O casamento foi consumado, finalmente Luísa se tornou mulher de Daniel e dormia tranquilamente em seus braços.
Daniel acordou primeiro, com alguns fios de cabelo de Luísa na frente de seu rosto. Com calma ele tirou o braço que repousava na cintura da mulher que estava de costas para ele e segurava seu outro braço que lhe aparava a cabeça, ajeitou os fios soltos por cima do travesseiro e expôs o pescoço dela. Inicialmente observava a pele nua, e macia da esposa. Não resistiu a encostar os lábios no ombro e a cheirar o pescoço.
Somente em pensar que a esposa estava nua ali com ele se sentia excitado. Luísa acabou despertando. Sonolenta, virou na direção do marido e o abraçou balbuciando um “bom dia”.
- Te amo. – Foi a primeira coisa que Daniel disse.
- Você é tão romântico. – Ela dirigiu o olhar a ele sorrindo. – Também te amo.
O homem a beijou e trouxe uma de suas pernas por cima de seu quadril, se encaixando no meio dela. Enquanto era acariciada Luísa sentia o marido enrijecendo no meio de suas pernas. Após alguns minutos de apertos e carícias intensas, Daniel levou a esposa até o banheiro e entrou embaixo do chuveiro com ela. Ele estava tão ávido para tê-la que fizeram amor ali, enquanto eram molhados pela água morna.
Saídos do banho Luísa continuou no banheiro se arrumando e Daniel foi pegar o celular para enviar uma mensagem ao amigo Felipe: “Estou em Lua de mel, não perturbe”.
Seu amigo insistia para que ele tomasse Luísa por mulher além do papel, sabia que ele começou a amá-la com o tempo de convivência, então Daniel o imaginou rindo satisfeito com a conquista. Felipe não o incomodaria e o ajudaria na nobre missão de tomar conta sozinho do serviço.
Agora precisava mandar Berta para casa, lhe daria folga para que pudesse ficar sozinho com a mulher. Luísa apareceu e foi até ele, se largando em seu colo. Apesar do frio, ela optou por usar um vestido solto e o marido reparou.
- Machuquei você? – Ele perguntou fazendo-a encará-lo de frente para reparar se falava a verdade.
- Não. – Ela sorria tímida. – Estou um pouco dolorida, mas nada muito alarmante. Na verdade faria amor de novo.
Daniel a deitou e ficou por cima disparando beijos por todos os lados fazendo-a rir.
- Shhh... – Ele pediu silêncio lhe dando beijos. – Berta já deve estar aqui.
O momento era mágico, os dois trocavam carinho como namorados, até Luísa lembrar o que o marido pretendia fazer no dia seguinte.
- O que foi? Por que minha esposa ficou séria? – Ele perguntou lhe beijando a boca.
- Eu gosto quando diz que sou sua mulher. – Falou com a voz suave.
- Então, minha mulher ainda não respondeu porquê está com essa carinha.
- Será que há a possibilidade de viajarmos em lua de mel e esquecer o que você faria amanhã? – Ela disse rápido e prendeu a respiração esperando a resposta.
- Eu sabia. – Ele levantou e ajudou a ficar de pé de frente para ele. – Se a gente fugir, vai dar no mesmo. Ele continuará a persegui-la, mesmo longe. Não foi o que você disse? Então, eu devo falar com ele, de qualquer forma. – O rapaz a abraçou. – Depois podemos sair em lua de mel.
Luísa não confirmou e nem disse que não, preferiu pensar num jeito de fazer Daniel desistir dessa ideia até o dia seguinte.
O marido a puxou em direção a porta e a levou até a cozinha onde babá estava distraída trocando a água de Jonas que brincava no jardim.
Berta os lançou um olhar de cumplicidade, sorrindo. Luísa corou e Daniel a prendeu entre ele e o balcão da cozinha.
- Berta, você está de folga hoje. – Informou Daniel beijando a bochecha da mulher.
- Estou vendo. Já era tempo. - Ela se referia ao dois estarem juntos.
- Olha! – Daniel pegou a mão esquerda da esposa junto com a dele para exibir as alianças. – Agora somos marido e mulher de verdade.
Berta os felicitou e logo foi embora para lhes dar privacidade, voltaria somente na segunda feira. Em seguida, os dois fizeram juntos o café da manhã.
- Vamos sair mais tarde? – Perguntou o rapaz abraçado a ela no sofá assistindo TV.
- É perigoso, Franco pode estar nos vigiando.
- Pare de pensar nesse cara. Eu dou um jeito, mas vamos sair hoje. – Ele puxou Luísa para seu colo, de modo que as pernas ficassem de cada lado de seu corpo e suas intimidades se tocassem através das roupas. – Vou levar minha mulher para jantar. – Informou entre beijos e subindo o vestido da esposa para segurar em sua cintura.
- Eu não consigo. – Luísa ria. – Não com ele olhando desse jeito.
Jonas subiu no sofá e enfiou o focinho no meio dos dois, fazendo Luísa rir.
- Você também não ajuda, não é, Jonas? – Daniel esfregou a cabeça do amigo que agora pulava nos dois para brincar.
Os três aproveitaram para dormir mais um pouco, principalmente o casal, cansados da noite anterior. Antes o marido aproveitou para tirar o vestido de Luísa para que pudesse dormir em contato com sua pele.
Acordaram depois da hora do almoço. Dessa vez Luísa foi quem começou beijando o marido. Este despertou já subindo por cima dela.
- É melhor você descansar um pouco. – Falou recuperando o fôlego. – Não quero deixar você machucada.
- Não vai me machucar.
Daniel espalhou beijos até chegar em sua barriga, onde parou e repousou a cabeça. Os dois ficaram em silêncio por alguns instantes, pensando quase a mesma coisa.
- Luísa, nós não estamos nos protegendo. – Ele levantou e foi até ela, apoiado em um dos cotovelos. – Há a possibilidade de você ficar grávida.
Ela sentou e o encarou.
- Então é melhor evitarmos até que eu tome alguma coisa ou usemos proteção.
- Eu não me importo, se você estiver grávida, tudo bem.
- Mas eu não quero. – Ela tateou em busca da roupa espalhada pela cama. – A minha situação não é muito boa para que eu fique grávida.
- Pode ser um pouco tarde para isso. Quantas vezes nós fizemos amor?
Luísa não respondeu, estava ocupada se vestindo.
- Está chateada?
- Sim, eu não devia ter deixado você se aproximar de mim.
- Por que?
- Porque as coisas estão ficando complicadas demais. – Disse já levantando da cama.
- Não estão, não. – Daniel também levantou e a interceptou antes que saísse do quarto. - Você é quem quer carregar todos os problemas do mundo sozinha e não deixa que a ajudem. Receber ajuda não dói.
- Dói sim, e muito. – Ela suspirou. - Está doendo agora, porque eu ainda não quero que você vá se encontrar com meu padrasto. Ele é muito ruim e é arriscado. Arriscado para você também. – Ela se desvencilhou do marido e desceu até a cozinha.
Ele entendia sua apreensão, sabia que Luísa se preocupava com ele e gostava disso. Mas precisava fazer algo para não perdê-la.
A mulher ficou em silêncio após o almoço e não quis assunto com o rapaz. Seu objetivo também era fazê-lo desistir da ideia de querer levá-la para sair. Franco não era tão bobo ao ponto de deixá-la sem vigilância, mesmo estando na companhia de Daniel e Berta, que ele ainda achava serem seus cúmplices.
O celular de Daniel tocou:
- Meu garoto – Felipe ria no outro lado da linha. – Atrapalhei alguma coisa?
- Você é um infeliz mesmo. Ligou para quê? – Daniel não conseguiu evitar de sorrir.
- Quero saber como foi.
- Você não tem o que fazer?
- Tenho muito, já que deixou o serviço todo comigo, mas não fuja do assunto. Me diga como foi.
- Você é patético! Vá trabalhar. – Daniel desligou sorrindo.
O homem se arrumou e desceu para encontrar Luísa que estava no sofá com a cabeça escondida sob os braços e deitada.
- Você vai assim mesmo?
Ela ergueu a cabeça para encará-lo e voltou a posição inicial sem responder.
- Vamos, Luísa. Prometo que nada ruim vai acontecer. – Ele foi até seu lado e sentou. – Se acontecer alguma coisa amanhã, pelo menos você saiu uma vez comigo como minha esposa.
- Não tem graça. – A mulher se ajeitou e olhou para ele. – Se eu for você desiste de falar com ele amanhã?
- Isso não é negociável.
- Então não vou.
- Meu amor, não tenho escolha, ou isso ou ele vem aqui para levá-la embora. – Ele a abraçou. – Não quero mais que ele a assuste. Confie em mim, somente dessa vez. Me dê esse voto de confiança.
Luísa o olhava com os olhos brilhantes por lágrimas.
- Tudo bem, acho que você é mais teimoso que eu e não vou conseguir fazê-lo desistir de encontrar com aquele... – Ela não conseguiu achar a palavra certa para definir Franco. – Vou me arrumar a já volto. – Completou tristonha.
Lentamente e preocupada, Luísa colocou um vestido longo, preto com flores douradas, com alças que iam de ombro a ombro. Para este momento era o melhor que tinha. Se maquiou o mais rápido que conseguiu com os únicos itens de maquiagem que vieram na mala e desceu ao encontro do marido que fazia companhia a Jonas.
- Nossa, a mulher mais linda caiu bem na minha casa.
- Não exagera. – Disse Luísa, sorrindo ruborizada.
Daniel a pegou para um beijo.
- Acho que estou perdendo a vontade de sair. – Ele falou com os lábios ainda tocando os dela.
- Então não vamos. – Ela sorria esperançosa.
- Vamos sim, nem que eu a leve no colo. – Ele ameaçou a pegá-la.
- Está certo. Eu vou com você.
Luísa estava feliz, mas não conseguia esconder a preocupação, o medo, a apreensão, a tensão. Daniel percebeu, mas se resumia a tocá-la e sorrir para lhe confortar. Saindo de casa não conseguiu evitar de olhar para todos os lados como se pudesse surgir um trem a qualquer momento e atropelá-los. Conhecendo bem seu padrasto, ela poderia pisar em trilhos sem se dar conta. Entrou no carro respirando fundo e a medida que o marido ganhava a avenida ela observava atentamente todos os carros pelo retrovisor para saber se não estava sendo seguida.
- Se acalme, Luísa. O FBI não está atrás de nós.
Ela afirmou, mas continuou de guarda armada caso precisasse. O carro foi deixado no estacionamento de um restaurante com enormes vidraças. Daniel havia feito reservas e seu interior inspirava a lugar caro, o que deixou Luísa mais tensa. Apesar de viver bem com o que o padrasto proporcionava, não estava acostumada a frequentar lugares do tipo.
- Ainda está com medo?
- Um pouco.
Daniel a abraçou antes de lhe levar ao lugar em que ficariam. Sentaram de frente para o outro. Ela não conseguia deixar de olhar para os lados. Por vezes se assustava com o garçom se aproximando ou com barulhos altos. O rapaz pegou sua mão em cima da mesa e acariciou.
- Não se preocupe tanto. Vai ficar tudo bem.
Sentia-se fatigada e desanimada. Consumia muita energia esperando que o pior acontecesse. O marido saiu de seu lugar e sentou ao seu lado.
- Quer fazer outra coisa?
Ela maneou a cabeça.
- Eu a trouxe aqui para que relaxe, para que saia um pouco de casa e pare de se preocupar tanto. É uma lua de mel improvisada, já que por enquanto não podemos ir muito longe. O objetivo era fazer você se animar e sorrir um pouco, mas estou vendo que o efeito foi contrário.
- Desculpe. Eu não consigo relaxar sabendo que você pode se complicar por minha causa.
- Mas eu já disse para deixar eu ajudá-la a terminar com isso. Quando que vai confiar em mim?
- Quando eu tiver a certeza que você não corre perigo. – Ela suspirou e continuou. – Mas, por hoje, eu só quero ficar com você.
- Só hoje?
- Não, se você prometer ficar comigo e não me deixar sozinha. Incluindo amanhã.
O homem se limitou a sorrir para ela e a trazê-la para seus braços. Ele já sabia que Luísa tentaria convencê-lo de todos os jeitos a não falar com Franco, mas ele estava firme em sua decisão.
Não houve alternativa senão aproveitar a noite com Daniel e esquecer por um momento que existia um monstro esperando à espreita lá fora. O restaurante era dividido em dois espaços. No meio dele havia ainda mais uma parede de vidro que separava uma área onde haviam mesas mais escondidas e um espaço para casais deslizarem dançando melodias românticas em som instrumental à meia luz.
Os dois ficaram no local por poucos minutos, ambos envergonhados porque não sabiam dançar e arriscaram poucos passos abraçados. Luísa não conseguia parar de rir porque enquanto ia para um lado Daniel sem querer ia para o outro. Ela acabou achando que ele fazia de propósito para lhe arrancar um sorriso.
Passava de meia noite quando saíram do estabelecimento. No estacionamento, Daniel a encostou no carro e a beijou apaixonado, se separando apenas para tomar fôlego. Ele ainda a segurava entre ele e o automóvel quando uma voz masculina fez Luísa se sobressaltar e virar o rosto para se esconder automaticamente.
- Não é ele, meu amor. – Daniel avisou ao percebê-la tremer e fechar os olhos amedrontada. – Vamos para casa. Não quero deixá-la nessa ansiedade toda. De qualquer forma, já se divertiu um pouco.
Ele deu-lhe um beijo na testa antes de entrarem no veículo. A rua estava mais deserta e chegaram mais rápido em casa.
Mesmo dentro da residência, a mulher continuava a olhar os cantos escuros apreensiva, como se o padrasto pudesse surgir pulando a qualquer momento a sua frente.
- É por esse motivo que eu preciso fazer isso. Eu não aguento vê-la assustada o tempo inteiro. – Ele falou ao chegarem no quarto e só assim vendo-a relaxar a tensão.
Luísa não se manifestou, apenas se envolveu em seus próprios braços sentindo frio e arrepios. O marido a pegou pela cintura e recomeçou a beijá-la, passando depois para seu pescoço, abaixando as alças do vestido e indo em direção aos ombros.
Ela queria resistir a isso, mas não conseguia, ele a excitava demais somente com beijos e suas mãos passeando por suas costas, braços e cintura. Luísa se sentia pequena e segura entre os braços de dele.
- Espere. – Ela pediu tentando afastá-lo, mas se sentindo muito fraca para isso. – Eu não posso ficar grávida. – Sussurrou a última palavra perdendo a força ao sentir a respiração dele em seu pescoço e próximo ao seu ouvido enquanto a colava mais em seu corpo.
Ele abaixou vagarosamente o vestido da esposa até deixá-la somente de calcinha, já que estava sem sutiã. Luísa o agarrou pela nuca e sem separar a boca da dele começou a despi-lo da camisa e em seguida da calça. Daniel a encostou na parede imprensando com o quadril. A ergueu do chão, fazendo-a envolver as pernas em sua cintura.
Quando se deu conta, Luísa já estava embriagada pelo prazer que Daniel lhe dava. Era impossível resistir a ele. Ainda tontos e exaustos os dois estavam jogados na cama abraçados.
O marido ligou a luz do abajur ao lado e se apoiou no cotovelo para observá-la.
- Não me olhe dessa forma, me deixa sem jeito. – Luísa sorria envergonhada.
- Eu estou vendo o quanto você é linda. – Ele a deu um beijo e completou. – E envergonhada com as bochechas rosadas, fica mais linda. – Outro beijo.
Ela o segurou o rosto e olhou penetrante em seus olhos.
- Estou confiando em você. Nunca fiz isso com ninguém. Espero que volte bem, sem arranhões e rápido.
- Não precisa se preocupar. – Ele sorria e a acariciava, colocando alguns fios de cabelos dela atrás da orelha. – Eu sei que preciso voltar para cuidar da minha mulher.
Luísa estava feliz, pensando em como era maravilhoso estar nos braços de Daniel. Estava nas nuvens e letárgica repassando todas as carícias que o marido fez e se arrepiando.
Outra coisa que lhe passou pela cabeça foi que se Franco a tivesse levado, não estaria com marido agora, ou pior, talvez o padrasto abusasse dela. Mesmo apreensiva, decidiu deixar que o rapaz a ajudasse.
Ainda na madrugada ela começou a ter pesadelos, o que a fez acordar assustada.
- Meu Deus, é ele. – Luísa levantou assustada e abriu a porta do quarto correndo.
O rapaz acordou igualmente assustado e demorou a perceber o que a outra queria dizer.
- Calma, Luísa. Não tem ninguém na porta. – Daniel falou virando de barriga para cima e tapando os olhos com o braço, morto de preguiça.
O cachorro correu desembestado escada acima, Jonas havia achado um jeito de sair da cozinha, subiu e arranhava a porta deles para entrar. A garota encostou na parede do corredor para bocejar e esfregar os olhos. Metade consciente, sentou no início das escadas, com o mal pressentimento de seu sonho, que não conseguia mais recordar.
Ela trajava somente a camisa de Daniel e a calcinha, deixou que o frio á despertasse de vez. Queria levar o choque de temperatura para tirar toda a sensação ruim do pesadelo. O marido deveria voltar bem, tinha que voltar bem.
- Luísa? O que está fazendo aí? – Daniel perguntou indo ao encontro.
- Tive um pesadelo.
- Venha, está frio para que fique aí assim. – Ele estendeu a mão para ajudá-la a levantar e a guiou de volta ao quarto.
- Me promete que vai voltar bem?
- Sim, meu amor. Eu prometo. – Ele a cobriu e deitou ao lado, trazendo-a para perto.
- Eu não estou brincando. – Ela falou firme e pegou no rosto dele para que a olhasse nos olhos. – Se você não voltar para ficar comigo eu nunca vou te perdoar.
- Nossa, depois dessa ameaça eu volto com certeza.
- Estou falando sério. Se você não voltar Franco pode acabar me pegando, mesmo que eu lute contra ele. Vou confiar em você de verdade e ficarei esperando seu retorno. Se quebrar essa confiança eu juro que não volto a sequer olhar para você.
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Atualizado até capítulo 21
Comments
janilda forechi santos
ficam se agarrando aos beijos em local público.estao querendo morrer mesmo.
2023-09-22
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Tarcila Costa
Estou amando a história até agora
2023-09-18
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