Quando Me Tornei Uma Mulher

Quando Me Tornei Uma Mulher

Capítulo 1

Dan tem 19 anos, mede 1,65 de altura, pesa 55 quilos, sua pele é

bronzeada, especialmente por pegar sol o dia inteiro, seus olhos são

amarelos, as vezes pendem para o esverdeado, seus cabelos são

castanhos e bem curtos.

As roupas dela são

sempre as mesmas: calça jeans masculina, top, regata e camisa social

manga longa por cima, botinas e chapéu.

Mora na fazenda

desde sempre, esta fica à 20 km da cidade Palmeiras, aonde ia todos

os dias de transporte escolar durante o período de estudo

obrigatório. Por estar sempre cansada, era constantemente passada em

conselhos de classe, graças ao seu comportamento taciturno e

insociável não arrumava encrencas e isso a fazia cair nas graças

do conselho escolar.

Já fazem quase 2

anos que completou o ensino médio e tem se dedicado exclusivamente

aos trabalhos na fazenda, no último ano tem sido extremamente

exaustivo pois estão renovando as pastagens e ela passa boa parte do

dia no trator de gradear.

Além desse

trabalho, ela vai todas as tardes até o seu vizinho, João, um homem

idoso de 61 anos, que mora sozinho e fabrica queijo. Ela o ajuda a

apartar as vacas e em troca, recebia uma pagamento mensal com o qual

supria suas necessidades básicas.

Quando o dia

finalmente acabava, no silencio do seu quarto, Dan escrevia um

diário.

Diário

Olá, já tem 2

dias que não escrevo. Eu não estava em condições, sabe? Como

escrevi da última vez, chegou o aniversário da minha mãe mais uma

vez.

E mais uma vez

ele perdeu o controle, estava tão irado que nem consegui contar as

chibatadas dessa vez, acho que apaguei lá pela décima.

Ainda dói

bastante e mal tenho conseguido dormir ou trabalhar direito, quanto

menos teria ânimo para escrever, mas é o que me acalma

Eu gostaria de

ser menos covarde, sei que já escrevi isso muitas vezes, mas

realmente me angustia muito ser covarde assim. Entendo que meu pai

não consegue conviver com a dor da perda, mas já não tenho

resistência para aguentar viver.

Não é só pelas

surras que ganho, na verdade, apesar de doer bastante, elas são o

meu consolo, que me desvia a atenção da minha dor maior: a dor de

ter matado a minha mãe.

Dan não pôde continuar a escrever e guardou seu diário antes de dormir

envolvida entre lágrimas e soluços.

O seu quarto é simples, tem um armário pequeno e muito antigo, com as

gavetas pendendo e uma cama de solteiro com um velho colchão que

deve estar alí desde que ela nasceu.

O dia seguinte é sábado e, como de costume, Dan se pôs de pé as 5

horas da manhã.

- Para onde vai?

- Oi pai, vou trabalhar.

Seu pai a abordou quando ela passava pela cozinha.

- Não vai não! Vamos a Palmeiras.

- Por que… precisa de mim?

Perguntou trêmula.

- Para dirigir! Para que mais seria?

Dan se tocou de que se tratava da festa de vaquejada que estava

acontecendo na cidade. Seu pai sempre extravasava na bebida e, como

certa vez acabou se acidentando e perdendo uma caminhonete nova,

passou a levar Dan para dirigir. Ela aprendeu a dirigir os tratores

sozinha e então João a ensinou a dirigir carros também, mas não

tem carteira de habilitação.

Dan retornou para o quarto a procura de uma roupa menos “surrada’

para acompanhar o seu pai.

Otilo chegou a sua nova fazenda há 1 mês e poucas vezes esteve em

Palmeiras. Por ser uma cidade de pouco mais de 6 mil habitantes,

poucos dos seus assuntos poderiam ser resolvidos alí, o que o

impelia a tratar seus assuntos em Pontília, há mais de 80km de

distância e com cerca de 200 mil habitantes.

Sua esposa havia partido há quase um ano e isso o arrancou do chão de

forma tortuosa. Quase perdeu o juízo de tanto sofrimento, mas

conseguiu reerguer a cabeça após longos seis meses de luto e agora

estava mergulhado de cabeça nos negócios.

Ouviu dizer que estava tendo uma festa na cidade, mas isso não chama a sua

atenção, nada pode tirar o seu foco do trabalho, exceto a tristeza

no rosto do seu filho. Otto tem se mantido forte durante todo esse

tempo, mas seus olhos são pura tristeza e isso tem incomodado

bastante Otilo, mas como nunca foi um pai extremoso, o máximo que

conseguiu fazer pelo filho foi mergulhá-lo junto nos negócios.

-

Otto, vamos à cidade agora.

Otto ergue os olhos surpreso. Eram 7 da manhã e mal havia chegado ao

escritório da fazenda.

- Vamos à Pontília? Por que não avisou antes?

- Não vamos à Pontília, e sim à Palmeiras.

Otilo já estava na porta do escritório quando Otto se levantou e o seguiu

sem entender. Otilo passou algumas instruções às secretárias e

saíram em direção a casa, aproximadamente 800 metros de distância.

- O que vamos fazer lá, pai?

- Eu soube que está tendo uma festa de vaquejada lá, fiquei curioso

em conhecer.

- Nesse caso, não precisa de mim. Tenho muito trabalho a fazer.

- Negativo, não irei sozinho.

A esperança de Otilo é que seu filho encontre alguma diversão nessa

festa, mas Otto não se sente nada empolgado .

Otilo tem 42 anos e é um dos maiores agricultores do Brasil. Herdou os

negócios de seu pai e com inteligência e determinação triplicou o

patrimônio da família em 20 anos de trabalho. Casou- se aos 20 com

o amor da sua vida e viveu ao seu lado por 21 anos, tiveram seu filho

Otto, que hoje tem 18 anos e então dua amada teve um tipo raro e

agressivo de câncer e acabou morrendo após longos 2 anos tratando.

Ele tem pele branca, 1,80 de altura, cabelos negros, com alguns fios

grisalhos, barba bem cuidada, olhos verdes, corpo bem definido.

A previsão é de vários eventos ao longo do dia, incluindo cavalgada

e até corrida de cavalos. Dan adora cavalos, mas seu pai nunca a

deixou cavalgar nessas festas. Agora estavam chegando à arena e

Artur estacionava no desembarcador todo pomposo com seu cavalo quarto

e milha. Dan retira os arreios, tão pomposos quanto o cavalo e

acompanha seu pai até o local designado para o seu animal. Em

seguida ela retorna à caminhonete para estacioná-la num lugar

correto.

- Olá, bom dia meu jovem.

Dan ouve um homem atrás dela, mas não se importa e segue adiante

prestes a alcançar a caminhonete quando é segurada pelo ombro. Num

movimento rápido ela segura o punho e antes que alguém pudesse

piscar já estava com o braço do homem torcido em suas costas quase

ajoelhando diante dela.

Otto se apressa em socorrer seu pai e prende o pescoço dela num mata

leão. Surpresa, ela solta Otilo e busca se livrar de Otto.

- Solte ela, imediatamente!

A voz de João era grave e cheia de significado quando se aproximou dos

três.

- Ela?

Otilo se recompôs e olhou para a figura na sua frente. Pelas roupas só

imaginou ser um menino, mas agora, olhando em seu rosto, de fato tem

traços femininos. E nada de medo ou tensão.

-O que está havendo aqui? Quem são vocês e o que fazem com ela?

João estava assustador, mas não intimidou Otilo.

- Peço perdão, houve um equívoco aqui, não queremos fazer nenhum

mal à garota.

Se justificou Otilo de olhos nela.

- Vocês não são daqui.

João analisou suas roupas caras e bem passadas.

- O que querem?

- Eu me chamo Otilo e este é o meu filho, Otto. Acabamos de comprar

algumas terras nas proximidades.

Nesse momento Artur se aproximou do grupo.

- Então o senhor é o agricultor que vai investir em lavouras por

aqui!

Os olhos de Artur brilhavam. É um negócio novo por aqui e ele quer

muito fazer parte, mesmo não tendo ideia de por onde começar.

- Isso mesmo.

Respondeu Otilo. Havia visto Artur de longe quando chegou com Dan, então sabia

que estavam juntos.

-Pai, vamos embora.

Otto  estava no seu limite, não era de seu costume conversar com

desconhecidos e aquele momento tenso o deixou bastante nervoso.

Otilo o ignorou.

-Eu sou o Artur, é um prazer te conhecer!

Artur se apresentou rapidamente.

-Como acabei de dizer a eles, me chamo Otilo. É um prazer te conhecer

também, artur.

Alguém questiona porque a caminhonete de Artur ainda não foi retirada do

desembarcador e Dan aproveita a oportunidade para sair de perto

destes homens desagradáveis.

No entanto, quando retorna, percebe que se pai ainda está com os dois e

estão em uma mesa.

- Pai, já estacionei. Precisa de alguma coisa?

Perguntou acreditando que seria dispensada e poderia ir dar uma olhada nos

cavalos.

- Sente-se conosco, Dan. - Convidou Otilo.

Quando ouviu o seu nome na boca do desconhecido sentiu raiva. Aguardou seu

pai mandá-la sair de perto.

- Sente-se Dan.

Contrariando suas expectativas, seu pai a fez sentar.

Artur  falava eloquentemente sobre seus anseios de entrar para a agricultura

e de como estava contente que esse ramo finalmente começou a ganhar

desataque na região.

A mesa era pra quatro pessoas e Dan estava de frente para Otilo, embora

mantivesse seus olhos baixos, podia sentir os olhares dele.

-Eu dizia ao seu pai, Dan, que quando avistei vocês chegarem com o

quarto de milha, fiquei muito impressionado, gosto muito de cavalos.

Por isso a abordei.

- Ah…

Dan viu nos olhos do seu pai que um ah era pouco a se dizer .

-Eu também gosto bastante de cavalos.

-É mesmo?

Otilo se inclinou para frente, contente com uma abertura pra introduzir

algum diálogo com a moça.

-Ela gosta bastante mesmo, monta desde muito pequena.

Respondeu Artur.

- E que tipo de esporte pratica com cavalos, Dan?

Otilo estava levemente irritado. Queria ouvir a voz firme, porém fina de

Dan e não o seu pai.

- Trabalho.

Ela respondeu sem nenhuma emoção. Como assim, que esporte? Dan não

conhecia nenhum esporte que não fosse o trabalho.

Pelo resto do dia, Artur entreteve Otilo, pensando ter caído em suas

graças, enquanto Dan era seu objeto de estudos constante. Para ter

mais tempo com Otilo e ainda assim o impressionar, colocou Dan para

cavalgar em seu cavalo, o que foi uma surpresa imensa para ela, nunca

pode sequer passar a perna nesse cavalo, o único cavalo de raça de

seu pai.

No fim do dia, Artur tinha uma visita agendada à fazenda de Otilo.

Para Artur não foi difícil perceber o interesse de Otilo em Dan, ainda

mais quando ele insistiu em que Dan fosse junto nessa visita, mas não

era um preço significativo para Artur se isso significasse um bom

negócio.

Dan, por outro lado, não fazia ideia do que se passava e findou o dia

como se nada demais tivesse acontecido, a não ser…

Diário

Olá diário.

Hoje ele me levou para a vaquejada e aconteceu algo inesperado: me

deixou montar no seu cavalo exclusivo. Não sei o que foi isso, mas

foi bom participar da cavalgada.

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Comments

ARMINDA

ARMINDA

ESTE PAI DE DAN É UM BASTARDUUUU.

2024-06-26

2

ARMINDA

ARMINDA

JOÃO SALVANDO DAN DE OTTO E OTILIO.

2024-06-26

1

ARMINDA

ARMINDA

COITADA PELA PRIMEIRA VEZ CAVALGOU NO CAVALO DO PAI .🙄🙄🙄🙄

2024-06-26

2

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