Criminally

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Capítulo 1

A brisa suave do mar envolve a Praia de Ponta Negra, em Natal, Rio Grande do Norte, onde Eliza encontra seu refúgio. Com o sol tingindo o horizonte de tons dourados, ela se dedica ao seu ritual familiar: escrever cartas, colocá-las dentro de garrafas e lançá-las ao oceano. Enquanto Eliza concentra-se em sua tarefa, Gustavo, seu companheiro de vida, se aproxima com curiosidade.

— Você está aí de novo, jogando cartas no mar —, comenta Gustavo.

— É o meu passatempo. Me ajuda a relaxar —, responde Eliza, sorrindo de leve.

Gustavo reconhece a rotina de Eliza e indaga sobre o conteúdo das cartas.

— O que você tanto escreve? —, questiona ele.

— Um dia você vai saber —, responde misteriosamente Eliza.

Gustavo, impaciente, insiste em saber mais, mas Eliza desvia o assunto, lembrando-o de suas responsabilidades.

— Você não devia estar ajudando a Tia a vender água de coco? —, lembra Eliza.

Gustavo reluta, reclamando da persistência da tia, mas Eliza o lembra do amor e cuidado que ela sempre demonstrou por eles.

— Então vamos ajudá-la —, sugere Eliza, e Gustavo concorda, decidido a apoiar sua tia.

Juntos, eles deixam a praia para cumprir seus deveres familiares, enquanto as ondas continuam a embalar as cartas lançadas ao mar, levando consigo os segredos e esperanças de Eliza.

O sol começava a se pôr sobre a tranquila praia de Ponta Negra, pintando o céu de tons dourados enquanto as ondas preguiçosas lambiam a areia. Gustavo e Eliza, com sorrisos radiantes, caminhavam em direção ao quiosque onde a tia Carol os aguardava.

— Ainda bem que vocês chegaram! —, exclamou Carol, aliviada, enquanto ajustava as cadeiras.

Eliza arqueou as sobrancelhas: — Por quê? O movimento hoje não está fraco?

Carol balançou a cabeça: — Não está. Daqui a pouco todos os gringos estarão chegando!

— Que bom! Vamos vender muita água —, respondeu Eliza animada.

— Graças a Deus... —, murmurou Carol, um leve sorriso de gratidão nos lábios.

De repente, Carol se virou para Gustavo: — Gustavoo? — ela chama.

Ele respondeu prontamente: — Oi tia... estou aqui.

— Eu quero que você vá lá em casa correndo e pegue o dinheiro trocado que esqueci de trazer — disse Carol.

— Tudo bem, tia! Eu volto já —, concordou Gustavo, partindo apressadamente em direção à casa da tia.

O sol derramava seus últimos raios sobre a paisagem enquanto Gustavo se debatia com a decisão que mudaria sua vida. A cada passo na direção da casa, o eco dos próprios pensamentos martelava em seus ouvidos, ecoando suas incertezas. O ar pesado da noite parecia carregar uma carga de tensão que ele mal conseguia suportar. Mas a determinação o impelia adiante.

A porta rangia quando Gustavo a empurrou com cuidado, como se cada rangido pudesse trair sua presença. Cada respiração era um lembrete constante de que estava arriscando tudo. Dentro da casa, os minutos pareciam se arrastar enquanto ele se movia em direção ao quarto da tia, guiado por uma força que ele não podia entender.

— Preciso fazer isso —, sussurrou para si mesmo, suas palavras ecoando vazias no silêncio opressivo.

O quarto estava mergulhado na escuridão quando Gustavo avançou, seus dedos tateando o móvel em busca do que veio buscar. As mãos tremeram quando encontraram o dinheiro, mas algo mais capturou sua atenção: uma carta, escondida entre as notas, como um tesouro esquecido. O papel enrugado parecia pulsar com energia, chamando por ele.

— O que é isso? — Gustavo murmurou para o vazio, seu coração acelerando enquanto desdobrava o conteúdo proibido.

A caligrafia familiar de sua mãe saltou das páginas amareladas, envolvendo-o em um abraço há muito tempo desejado. As palavras contidas ali eram como uma revelação, iluminando os cantos escuros de sua mente com uma luz cruamente honesta. "Era uma carta de sua mãe."

As lágrimas borbulharam em seus olhos enquanto ele absorvia cada palavra, cada linha preenchendo uma lacuna em sua história que ele nem sabia que existia. A verdade estava ali, diante dele, desvendando os segredos e mentiras que haviam moldado sua vida.

— Por que minha tia escondeu isso de mim? — ele sussurrou, sua voz uma mistura de dor e indignação.

O mundo de Gustavo girava em torno da carta, girando em uma espiral de emoções conflitantes. Ele percebeu então que sua busca pelo dinheiro era apenas um prelúdio para uma jornada muito maior, uma busca pela verdade que o levaria pelos recantos mais sombrios de sua própria história.

— Eu preciso descobrir o que mais estão escondendo de mim —, ele murmurou, a determinação arrebatadora em sua voz ecoando no vazio do quarto.

Com a carta firmemente em suas mãos, Gustavo estava pronto para enfrentar o desconhecido, para desvendar os segredos que sua família havia mantido ocultos por tanto tempo. E assim, com cada passo adiante, ele se aproximava cada vez mais da verdade que havia sido negada a ele por tanto tempo.

A brisa suave acariciava a areia dourada da praia de Ponta Negra, enquanto o sol se punha no horizonte, tingindo o céu de tons avermelhados. No agitado quiosque à beira-mar, Carol olhava ansiosamente ao redor, preocupada com a demora do seu sobrinho.

— O seu irmão está demorando muito —, murmurou Carol para sua sobrinha, Eliza, cujos olhos estavam fixos no horizonte.

Eliza, com um sorriso tranquilizador, respondeu: — Vá atrás dele, que eu cuido daqui, tia.

Com um aceno de cabeça, Carol se apressou em direção à praia, determinada a encontrar Gustavo antes que a noite caísse completamente. Enquanto isso, Eliza permaneceu no quiosque, observando as ondas quebrarem suavemente na costa, sem perceber as sombras misteriosas que se aproximavam da praia.

Minutos depois, Carol chegou em casa, exausta após um longo dia de trabalho. Seu coração pesava com o peso dos segredos que carregava. Ao entrar no quarto, encontrou Gustavo, seu sobrinho, com um olhar furioso.

— Ei, menino, que demora é essa? — perguntou Carol, tentando disfarçar a ansiedade em sua voz.

Gustavo não perdeu tempo e acusou: — Você é uma mentirosa! Por que está escondendo a carta da minha mãe?

— Por favor, acalme-se —, pediu Carol, tentando conter a tempestade que se formava. — Eu posso explicar. Não é isso que você está pensando.

Mas Gustavo não estava disposto a ouvir: — Você mentiu para mim e para minha irmã! — gritou ele, sua voz ecoando pelo quarto.

As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Carol: — Você não vai entender —, disse ela com voz embargada. — Eu amo vocês.

— Você é uma mentirosa —, disse Gustavo, sua voz carregada de decepção. — Não quero mais saber de você.

Desesperada, Carol tentou apaziguar a situação: — Por favor, não fique com raiva de mim —, implorou ela. — Só estou tentando proteger vocês. Agora, me dê essa carta.

Mas Gustavo estava determinado: — Não, eu vou embora. Vou encontrar minha mãe.

Sem olhar para trás, Gustavo saiu correndo da casa. Ele foi até o ponto de ônibus mais próximo e, ao chegar em uma rodoviária, pagou a um homem para comprar uma passagem só de ida para São Paulo. Com o bilhete na mão, ele embarcou no ônibus, deixando para trás a confusão e os segredos de sua vida em Natal RN.

Enquanto isso, uma vizinha de Carol chegou com notícias preocupantes.

— Carol —, disse ela com um tom de urgência, — Gustavo foi embora de ônibus.

Carol sentiu seu coração apertar com a confirmação da partida de Gustavo. Os segredos que ela tanto tentara proteger agora ameaçavam separar ainda mais a família que tanto amava.

O sol brilhava tímido através das cortinas, pintando a cozinha de tons dourados enquanto Carol tentava reunir coragem para revelar a notícia que estava pesando em seu coração. O aroma reconfortante do café recém-passado pairava no ar, mas não conseguia dissipar a ansiedade que a consumia.

— Como é que eu vou falar para Eliza? — murmurou Carol para si mesma, sua voz mal audível sobre o ruído da cafeteira.

Antes que pudesse ensaiar as palavras, Eliza entrou na cozinha, sua expressão inocente iluminada pela curiosidade.

— Tia, quem foi embora? — perguntou Eliza, seus olhos castanhos buscando respostas no rosto tenso de Carol.

O coração de Carol apertou-se com a pergunta direta de Eliza, o peso da verdade pairando sobre ela como uma nuvem escura. Num instante de silêncio tenso, ela sentiu a responsabilidade de escolher as palavras certas, palavras que poderiam mudar o mundo de Eliza para sempre.

...{...}...

No tranquilo cenário dos chalés na Califórnia, os amigos se reuniram para uma conversa descontraída. Entre risadas e brincadeiras, Gabi parecia um pouco distante, alimentando a curiosidade dos demais.

— O que foi, Gabi? Você está tão quieta —, perguntou Olívia, preocupada.

Gabi sorriu misteriosamente: — É porque tenho uma surpresa para vocês —, respondeu, despertando a curiosidade de todos.

Thiago e Pedro, sempre os brincalhões do grupo, não perderam a chance de fazer suas conjecturas: — Será que você finalmente perdeu sua virgindade? —, provocou Thiago, enquanto Pedro sugeriu com um sorriso malicioso: — Ou será que tirou o BV?.

Gabi revirou os olhos com um sorriso divertido: — Aí, meu Deus, vocês são tão porcos —, respondeu, sacudindo a cabeça.

Olívia interveio, querendo desvendar o mistério: — Deixem de besteira! Então, qual é a surpresa, Gabi?

Antes que Gabi pudesse revelar sua surpresa, um som ecoou no céu, todos se viraram para fora, surpresos, para ver um helicóptero se aproximando dos chalés. Intrigados, eles saíram para investigar. Do helicóptero emergiu Renner, uma figura do passado que os deixou atônitos, ele se aproximou dos chalés, trazendo consigo uma enxurrada de lembranças e emoções inesperadas. O ar fresco da Califórnia soprava suavemente entre os chalés, enquanto dentro de uma sala a atmosfera estava carregada de tensão.

— Então, de que horas vamos começar a festa? — Renner questionou, ansioso.

— A festa vai começar quando você foi embora! — Daniel respondeu com um tom cortante.

— Mas eu acabei de chegar —, Renner protestou, confuso.

— Para você, nunca vai ter festa nenhuma! — Daniel retrucou, sua voz carregada de raiva.

— Você está sendo muito grosso comigo — Renner reclamou, sentindo-se injustiçado.

— Calma gente, fui eu que convidei ele. É a minha surpresa — Gabi interveio, tentando acalmar os ânimos.

— Isso é a surpresa? Tô vendo que você tem um péssimo gosto — Olívia não poupou críticas.

— Vocês não podem me expulsar daqui — Renner desafiou, buscando afirmar sua presença.

Mas todos fizeram a mesma pergunta: — Por que não?

— Porque eu vou transar com cada uma das namoradas de vocês! — Renner disparou, sua ameaça cortando o ar.

O clima explosivo deu lugar a uma discussão acalorada. Em meio ao tumulto, Renner foi violentamente agredido, e acabou lançado contra uma mesa de vidro. O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor, enquanto a gravidade da situação pesava sobre todos. O que começou como uma festa cheia de expectativas se transformou em uma cena sombria e chocante. Com Renner lutando pela vida, o futuro de todos os envolvidos estava agora em jogo, marcado por segredos ocultos e decisões precipitadas que mudariam suas vidas para sempre.

A noite pairava densa sobre os chalés isolados na imensidão da floresta californiana, seu manto sombrio interrompido apenas pelo eco inquietante do sangue que escorria no chão da sala. Em meio ao horror que os consumia, os amigos se agrupavam ao redor do corpo inerte de Renner, enquanto Daniel se aproximava com passos hesitantes.

— Aí meu Deus... o que foi que vocês fizeram? Eu vou chamar a ambulância! —, exclamou Gabi, sua voz trêmula denunciando o pânico que a dominava.

— Ele está bem? —, indagou Thiago, a preocupação pesando em suas palavras.

— Ele está perdendo muito sangue —, observou Pedro sombriamente, já antecipando as sombras que se avizinhavam.

— O que está acontecendo? —, ecoou a voz trêmula de Olívia pelo ambiente carregado de tensão.

Daniel respirou fundo, seus olhos fixos em Renner: — Eu sinto muito... ele... ele morreu —, anunciou, sua voz ecoando como uma sentença irrevogável.

O grito estridente de Gabi trespassou o ar pesado: — Aí meu Deus, vocês o mataram! —, acusou, o medo transbordando em raiva.

Olívia fitou Gabi com um olhar duro: — Antes de Renner cair naquela mesa de vidro, você também o agrediu —, acusou, sua voz carregada de reprovação.

Gabi se defendeu, suas palavras ecoando com desespero: — Eu estava tentando protegê-lo! —, protestou, suas mãos tremendo de emoção.

— Mentirosa você! Sua falsa loira! —, contra-atacou Gabi, seu ressentimento transparecendo nas palavras afiadas.

Daniel interrompeu a crescente discórdia com uma voz firme: — Não é hora para brigas —, advertiu, sua expressão séria.

Mas a pergunta pairava no ar como uma nuvem negra.

— O que vamos fazer agora? —, perguntou Thiago, o desespero transparecendo em sua voz.

Pedro reconheceu a gravidade da situação: — Estamos em apuros —, admitiu sombriamente, sua mente já maquinando planos desesperados.

Gabi propôs uma solução desesperada: —Por que não chamamos a polícia? —, sugeriu, uma frágil esperança vibrando em sua voz.

Pedro recuou com medo: — Eu não quero ser preso —, confessou, o terror colorindo suas palavras.

Olívia foi categórica: — Ninguém será preso —, declarou, sua voz soando como uma sentença.

Gabi estava confusa e temerosa: — Então o que vamos fazer? —, perguntou, sua voz trêmula ecoando pela sala.

Daniel ponderou a proposta de Olívia: — Não temos outra escolha —, admitiu, resignação pesando em suas palavras.

Gabi lutou contra a ideia: — Não podemos simplesmente enterrá-lo como um animal! —, protestou, seu coração pesado pela moralidade do ato.

Olívia confrontou Gabi, suas palavras afiadas como lâminas: — Você quer enfrentar 20 ou 30 anos na prisão? —, desafiou, sua lógica cruelmente clara.

Gabi cedeu, sua voz vacilante: — Não. Eu só quero que isso acabe —, confessou, sua determinação fragmentada.

— Ok —, concordou Olívia sombriamente, sua mente já tramando os sinistros planos para ocultar o segredo na escuridão da noite.

As sombras do Tongass National Forest abraçavam os jovens enquanto eles se envolviam em um segredo sombrio. Um lençol branco, manchado pelo peso de suas ações, testemunhava seu pacto de silêncio. Sob a luz difusa das árvores, eles cavaram uma sepultura e depositaram o peso de suas escolhas lá, junto com o corpo de Renner... Daniel, Pedro, Olívia, Gabi e Thiago estavam unidos por um segredo mortal.

— Droga, isso está ficando cada vez mais louco —, murmurou Daniel, enquanto o grupo se afastava dos chalés.

— Precisamos nos livrar disso de uma vez por todas —, disse Pedro, sua voz cheia de urgência.

— Um pacto de sangue? —, sugeriu ele, olhando para os outros com olhos brilhantes.

Olívia pareceu hesitar: — Pacto de sangue? Parece um pouco extremo, não acha?

— Não há nada de extremo nisso —, respondeu Pedro com determinação.

— Gabi está certa, o que estamos esperando? —, disse Thiago, com sua voz ecoando pela floresta.

Com um pedaço de vidro quebrado, cada um cortou sua mão, deixando a escuridão do bosque testemunhar sua promessa. Enquanto o sangue se misturava com a terra, eles formaram um círculo, unindo suas mãos em um juramento solene.

— Prometemos —, sussurraram em uníssono, sentindo o peso de sua culpa e segredo selados entre eles. Sob as copas das árvores antigas, eles sabiam que aquela aliança de silêncio era mais do que apenas palavras; era um pacto que os uniria, mesmo quando o peso de sua culpa ameaçasse consumi-los.

Mas naquele momento, debaixo da vegetação densa do bosque, eles estavam unidos por algo mais sombrio do que as próprias árvores: a promessa de silêncio, tingida com o rubor do sangue derramado.

...{...}...

A cozinha estava impregnada com a tensão palpável quando Eliza confrontou sua tia Carol. O silêncio pairava pesadamente sobre elas, como se o peso das palavras não ditas fosse sufocante.

— Então Tia, me responda quem foi embora? — Eliza pressionou, sua voz ecoando no pequeno espaço.

O olhar de Carol desviou-se, seus olhos refletindo a angústia que ela tentava esconder.

— O que eu tenho para falar para você é muito delicado —, ela finalmente murmurou.

— Tia, pode me falar — Eliza insistiu, sua determinação evidente em cada palavra.

E então veio a revelação que mudaria tudo: — O seu irmão achou uma carta da sua mãe... e... ele foi para São Paulo, para encontrá-la —, confessou Carol, com uma mistura de tristeza e resignação em sua voz.

— Gustavo? Ele fugiu? — Eliza ficou chocada com a notícia.

— Sim —, confirmou Carol, sem rodeios.

Decidida a trazer seu irmão de volta, Eliza declarou: — Eu vou atrás dele, e vou trazê-lo de volta.

Mas a preocupação de Carol era evidente: — São Paulo é uma cidade muito grande. Como é que você vai encontrá-lo? —, questionou ela, tentando dissuadir a sobrinha.

— Tia, não tem porque esconder mais —, respondeu Eliza com convicção.

Apesar de suas preocupações, Carol cedeu: — É verdade. Mas você tem certeza? —, perguntou, querendo ter certeza de que a decisão de Eliza era firme.

— Sim, tia, eu preciso ir —, afirmou Eliza, sem hesitação.

— Então, já que é sua vontade —, concordou Carol resignadamente.

Determinada a cumprir sua promessa, Eliza assegurou: — Eu vou trazer ele de volta. Você vai ver

Com um suspiro, Carol decidiu apoiar a sobrinha: — Eu vou dar um dinheiro para você comprar sua passagem e se manter em São Paulo —, ofereceu generosamente.

— Muito obrigada, tia. É preciso —, agradeceu Eliza, sentindo o peso da responsabilidade que agora pesava sobre seus ombros. A jornada em busca de seu irmão começava ali, naquela modesta cozinha em Natal.

Na movimentada rodoviária de Natal, sob o calor escaldante do nordeste brasileiro, Eliza se preparava para embarcar. Seu coração batia forte, misturando ansiedade e esperança enquanto arrumava suas malas e garantia sua passagem. Ao lado do ônibus, uma figura familiar se aproximou: era Carol.

— Que Deus abençoe você e seu irmão —, disse Carol com uma expressão séria, como se carregasse um peso profundo em suas palavras.

— Amém, vai dar tudo certo, tia, em nome do Senhor —, respondeu Eliza, tentando manter a calma apesar das preocupações que a assombravam.

— Quando encontrar seu irmão, não deixe que Gustavo fale com sua mãe —, disse Carol, sua voz carregada de segredos e mistérios.

Eliza se sentiu perplexa: — Por quê? Qual é o segredo entre você e minha mãe? — questionou, sua curiosidade misturada com uma pitada de medo.

Um momento de silêncio tenso pairou entre elas, apenas o som distante da batida do coração de Carol preenchendo o espaço. Seus olhares se encontraram intensamente, carregados de emoções não ditas, revelando que havia muito mais por trás daquela troca de palavras do que Eliza jamais imaginara.

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