Capítulo 17

Com o sol mergulhando no horizonte, pintando o céu em tons de laranja e roxo, Débora encerrou a ligação com mãos trêmulas, sentindo o gelo no peito. Ela atravessou o corredor da mansão com pressa, lançando olhares furtivos ao redor antes de girar a chave na fechadura do quarto. O silêncio reinava na casa, mas as palavras ameaçadoras ecoavam em sua mente.

Sentada na beira da cama, o tecido de seda sob ela parecia distante e frio: — Eu farei o que for preciso, só não machuque meu filho —, sussurrou para o vazio, uma promessa solene carregada com o peso do mundo.

Do outro lado da linha, a voz distorcida pelo telefone era implacável: — Não pense em chamar a polícia. Caso contrário, será Gustavo quem sofrerá as consequências.

Débora engoliu em seco, a ameaça apertando sua garganta: — Não se preocupe, não chamarei. Quanto você quer?

— Há tempo para tudo, Débora. Entrarei em contato novamente para discutirmos os detalhes.

Ela assentiu, mesmo sabendo que ele não podia vê-la: — Estarei aguardando sua ligação.

Quando o silêncio finalmente se instalou, Débora dirigiu-se ao cofre escondido atrás de um retrato imponente. Com dedos trêmulos, girou a combinação e abriu as portas, revelando fileiras de barras de ouro reluzentes, um contraste dourado com a escuridão de sua alma.

Uma a uma, colocou as barras sobre a cama, o som metálico ecoando no quarto. Sentada ao lado da fortuna que poderia tanto salvar quanto condenar, murmurou: — Sei o preço que ele pedirá. Mas seja qual for, resgatarei você, meu filho.

Com determinação gravada em cada movimento, Débora começou a encher uma mala branca com o ouro, cada barra representando uma promessa de luta e esperança.

A poeira da estrada de terra se erguia em nuvens enquanto Gustavo, aprisionado na escuridão sufocante da mala do carro da viatura, lutava desesperadamente contra seus grilhões. Seus punhos batiam repetidamente, um eco abafado de sua agonia interior clamando por liberdade. No entanto, Garoto, imperturbável, permanecia imune aos seus apelos, avançando com passos lentos e calculados em direção à fonte de sua angústia.

— Eu acabei de falar com a sua mãe —, declarou ele, sua voz carregada de uma calma perturbadora, contrastando com a gravidade da situação.

Gustavo, sufocado pela opressão do espaço confinado, respondeu com urgência, sua voz abafada ecoando pela escuridão claustrofóbica da mala: — O que você disse a ela?

— Se ela quiser vê-lo novamente, vivo e ileso, terá que me pagar em Barra de Ouros —, revelou Garoto, suas palavras carregadas de uma ameaça inconfundível.

— Minha mãe não tem condições de pagar nada disso — protestou Gustavo, sua voz trêmula ecoando pelas paredes da mala.

— Ah, mas você está muito enganado, Gustavo. Sua mãe é uma mulher muito rica —, retrucou Garoto com um sorriso sádico que ecoava em suas palavras.

Uma onda de incredulidade varreu Gustavo, as palavras doentias de seu captor ecoando em sua mente como uma sentença irrevogável: — Eu não posso acreditar —, sussurrou ele, a desesperança pairando sobre ele como uma sombra implacável.

Ignorando a reação de Gustavo, Garoto voltou sua atenção para a frente do veículo. Seus dedos encontraram a fria e implacável pistola do policial, segurando-a com uma determinação que deixava claro suas intenções sinistras: — Você tirou a vida do meu amigo, Gustavo, e agora eu vou tirar a vida da sua mãe —, declarou ele com uma frieza mortal.

As palavras perfuraram o coração de Gustavo como uma faca afiada, o peso da sentença iminente esmagando qualquer resquício de esperança que ainda restava em seu peito. O destino de sua mãe estava selado por um passado sombrio que ele não podia mudar e um presente sombrio que ele não podia controlar.

Com a luz do dia invadindo o quarto de Daniel, revelando cada partícula de poeira suspensa no ar, a tensão entre ele e Olívia atingiu um nível quase palpável. Seus olhos fixos nos dele, Olívia se aproximou com a respiração ofegante, carregando consigo uma aura de desespero e acusação.

— O que é isso? Você quer discutir a nossa relação agora mesmo? —, Daniel questionou, sua voz carregada de uma frustração que parecia se fundir com a própria atmosfera do quarto.

— Você sempre foge de mim! — acusou Olívia, sua proximidade com Daniel carregada de uma tensão não resolvida, como se estivessem à beira de um abismo emocional.

— Eu não estou fugindo. Eu e você não dá mais! —, declarou Daniel, suas palavras ecoando com a finalidade cortante de uma lâmina afiada.

— É por causa dela, né? — insinuou Olívia, sua voz elevando-se em desespero, enquanto as sombras do quarto pareciam se contorcer em resposta ao seu tom acusatório.

— Eu não sei do que você está falando —, retrucou Daniel, tentando manter a calma, embora algo sinistro parecesse pairar no ar ao redor deles.

— A vendedora de empadas. A Marginal —, cuspiu as palavras Olívia, como se estivesse expelindo veneno de seus lábios trêmulos.

— Ela tem um nome, assim como você —, defendeu-se Daniel, sua paciência prestes a se romper, enquanto sombras dançavam ao redor deles, como se estivessem aguardando ansiosamente o desenrolar da tragédia iminente.

— Você não pode me trocar por ela —, implorou Olívia, sua voz ecoando como um lamento sombrio em meio ao silêncio sufocante do quarto.

Tomado por uma onda de raiva e desespero, Daniel agarrou o braço de Olívia, suas mãos tremendo com uma energia sinistra que parecia emanar do próprio ar: — E por que não? —, desafiou, sua voz ecoando como um sussurro ameaçador no espaço confinado do quarto.

— Eu tenho berço. Eu sou rica! —, gritou Olívia, tentando usar sua posição social como um escudo contra as sombras que pareciam se cerrar ao redor deles, como se estivessem testemunhando o desenrolar de uma tragédia há muito profetizada.

— Você me enoja! —, exclamou Daniel, empurrando-a para o chão com uma força que parecia transcender a própria realidade, enquanto as sombras dançavam ao seu redor como espectros famintos à espera de um sacrifício.

Olhando desesperadamente ao redor, Olívia viu a faca de cozinha reluzindo sob a cama, sua lâmina refletindo as sombras que se contorciam ao seu redor como se estivessem famintas por sangue. Com um movimento rápido, ela a agarrou e se levantou, a lâmina brilhando com uma intenção mortal que parecia ecoar nas profundezas do próprio inferno.

Mas antes que pudesse avançar, Thiago entrou abruptamente no quarto, sua presença parecendo trazer consigo uma aura de medo e terror que parecia sufocar até mesmo as sombras que dançavam ao redor deles.

— Daniel, cuidado, há alguém atrás de você! —, alertou Thiago, sua voz tremendo com uma tensão que parecia ameaçar rasgar a própria realidade ao meio.

Daniel virou-se a tempo de agarrar a mão de Olívia, arrancando a faca de seu controle com uma força que parecia desafiar as próprias leis da física.

— O que você pensa que está fazendo? —, exigiu Daniel, seu rosto contorcido em uma máscara de incredulidade e horror que parecia refletir as sombras que dançavam ao seu redor como espectros famintos à espera de uma alma perdida.

— A culpa é sua! —, gritou Olívia, a loucura faiscando em seus olhos como chamas dançantes em meio à escuridão opressiva do quarto, enquanto as sombras pareciam se contorcer em resposta a sua voz carregada de desespero e ódio.

Thiago, aproximando-se com uma cautela que parecia ecoar como um eco sombrio na escuridão sufocante do quarto, tentou intervir: — Você está louca. Não percebe que estamos enfrentando problemas demais? —, questionou, sua voz ecoando como um lamento solitário em meio ao silêncio mortal que parecia envolver o quarto como um sudário fúnebre.

— Cale a boca! —, berrou Olívia, sua sanidade desmoronando como um castelo de areia sob o peso implacável das ondas do mar, enquanto as sombras dançavam ao seu redor como espectros famintos à espera de um sacrifício há muito profetizado.

— Eu não vou ficar calado, você é insana! —, retrucou Thiago, sua voz ecoando como um eco sombrio na escuridão opressiva do quarto, enquanto as sombras pareciam se contorcer em resposta a sua presença como espectros famintos à espera de uma alma perdida.

— Eu vou te mostrar quem é insana! —, ameaçou Olívia, sua voz ecoando como um grito sombrio na escuridão sufocante do quarto, enquanto as sombras pareciam se contorcer ao seu redor como espectros famintos à espera de uma alma perdida.

E num movimento rápido, ela retomou a faca com uma destreza que parecia desafiar até mesmo os próprios deuses, avançando em direção a Thiago com uma determinação que parecia ecoar nas profundezas do próprio inferno, enquanto as sombras dançavam ao seu redor como espectros famintos à espera de um sacrifício há muito profetizado. Daniel, agindo por instinto, agarrou o braço de Olívia com uma força que parecia desafiar as próprias leis da física, seu rosto contorcido em uma máscara de incredulidade e horror que parecia refletir as sombras que dançavam ao seu redor como espectros famintos à espera de uma alma perd.

Enquanto isso, na acolhedora cozinha da pousada, o aroma reconfortante de comida caseira permeava o ar, oferecendo um refúgio temporário da tensão que pairava sobre os ocupantes. Stephanie e Pneu moviam-se com determinação ao redor do fogão, enquanto Eliza adentrava o ambiente silenciosamente, tomando seu lugar ao lado de Pneu.

— Você está feliz por ter encontrado sua mãe? — Eliza indagou, sua voz suave carregada de significado.

— Estou, e devo toda essa felicidade a você —, respondeu Pneu, seu olhar encontrando o dela com sincera gratidão.

Stephanie, voltando-se da bancada com um sorriso caloroso, expressou sua gratidão: — Você foi um anjo, Eliza. Estaremos eternamente agradecidos.

— Amigos estão aqui para isso. Agora, só falta encontrar meu irmão! — afirmou Eliza, sua determinação refletindo-se em seu olhar.

Pneu, com uma expressão séria, fixou seus olhos em Eliza: — Precisamos encontrar Gustavo o mais rápido possível.

— Mas por quê? — questionou Eliza, uma ruga de preocupação formando-se em sua testa.

— Cada minuto que passa, seu irmão está em perigo lá fora —, explicou Pneu, a urgência em sua voz aumentando a ansiedade de Eliza.

— Vamos encontrá-lo —, prometeu Eliza, sua determinação tão firme quanto as rochas contra o mar.

— Viver nas ruas é uma luta constante —, concordou Pneu, suas palavras carregadas de experiência e compaixão.

Então, em um momento de solidariedade e força compartilhada, Eliza e Pneu se abraçaram, um gesto que transcendia palavras e falava de lutas passadas e da esperança de reencontros no futuro.

Débora estava confinada ao seu quarto, seus passos ecoavam pela sala enquanto a ansiedade a consumia. Cada vez que seus olhos pousavam na mala branca, era como se vissem a esperança e o desespero lado a lado. O telefone em sua mão era sua única conexão com o mundo lá fora, uma linha tênue que poderia determinar o destino de seu filho. Ela mal conseguia respirar, cada segundo parecia uma eternidade, até que finalmente o telefone irrompeu o silêncio como um trovão.

— Alô, estou aqui. Fale comigo —, Débora atendeu, sua voz trêmula carregada de medo e determinação.

Do outro lado da linha, uma voz fria e calculista respondeu: — Então, você quer ver seu filho vivo?

— Sim. Eu pago qualquer preço! — Débora exclamou, sua voz embargada pela emoção.

— Eu quero 100 milhões de dólares — Garoto declarou, sua voz revelando um sorriso cruel que Débora podia sentir mesmo sem vê-lo.

O mundo de Débora parou por um momento, o número ecoando em sua mente como um sino sinistro. Cem milhões de dólares. Era um preço exorbitante, um valor que poucos poderiam conceber, mas para ela, não havia escolha. O amor de mãe era uma força avassaladora, e ela estava disposta a sacrificar tudo para garantir a segurança de seu filho.

Um som metálico cortando o ar foi seguido por um baque surdo, e Pedro congelou no lugar, seu coração afundando em desespero. Thiago, seu amigo desde a infância, estava caído no chão da sala, várias facadas cravadas em seu corpo.

— Thiago! Não! —, gritou Pedro, correndo para o lado dele.

— Pedro... me ajuda... — Thiago sussurrou com dificuldade, seu rosto contorcido pela dor.

— Meu Deus, Thiago, o que aconteceu? Porque a Olívia fez isso com você? — Pedro perguntou, suas mãos tremendo enquanto ele procurava por sinais de vida em seu amigo.

— Não sei... eles... entraram... atacaram... — Thiago lutou para falar, sua respiração fraca e irregular.

Pedro sentiu um nó se formar em sua garganta. Ele precisava agir rápido. Pegando o celular do bolso, ele discou para o serviço de emergência, sua voz tremendo enquanto explicava a situação desesperadora.

— Por favor, meu amigo está morrendo, vocês precisam vir agora! —, Pedro implorou, sua voz ecoando com urgência.

Enquanto esperava pela ajuda, Pedro pressionou suas mãos sobre as feridas de Thiago, tentando desesperadamente conter o sangramento. Cada segundo parecia uma eternidade, e o coração de Pedro batia tão forte que ele podia ouvi-lo ecoar em seus ouvidos. Finalmente, as sirenes da ambulância cortaram o ar, trazendo um vislumbre de esperança para Pedro. Ele acompanhou Thiago até o hospital, mantendo uma vigilância silenciosa ao lado dele enquanto os médicos corriam para salvá-lo. Horas se passaram antes que um médico emergisse da sala de cirurgia, seu rosto cansado, mas sereno.

— Ele vai ficar bem —, o médico disse a Pedro, e um suspiro de alívio escapou dos lábios de Pedro.

Com o coração mais leve, Pedro se sentou ao lado de Thiago, determinado a ficar ao lado dele durante toda a recuperação. Eles haviam passado por um momento de terror juntos, mas agora, mais do que nunca, Pedro estava determinado a manter seu amigo seguro.

O coração de Débora batia descompassado, ecoando no amplo quarto da mansão como um tambor de guerra. O preço exorbitante do resgate, cem milhões de dólares, reverberava em sua mente como um eco insistente. Para ela, uma quantia colossal, quase inalcançável, mesmo com sua vasta fortuna.

— Não posso reunir essa quantia aqui, agora —, sua voz trêmula mal conseguia articular.

— Não me interessa, Senhora. Se quer ver seu filho são e salvo, terá que pagar —, a voz do Garoto soava impiedosa do outro lado da linha.

O desespero crescia dentro dela, como uma maré avassaladora: — Vou tentar arrumar o dinheiro, mas não será fácil —, murmurou, tentando ganhar tempo.

— Quero tudo em barras de ouro —, a exigência do Garoto soou como um golpe final.

— Está louco? Retirar cem milhões em barras de ouro sem levantar suspeitas é impossível —, protestou Débora, sua mente fervilhando em busca de soluções.

— Não me importa. Dê um jeito —, a resposta do Garoto soava impaciente, quase raivosa.

— Está bem, encontraremos uma solução. Onde nos encontraremos para a entrega? — Débora perguntou resignada, já aceitando o inevitável.

Garoto ditou o local do encontro, e Débora anotou cada palavra com mãos trêmulas. Desligando o telefone, dirigiu-se a uma mala branca, revelando as reluzentes barras de ouro, promessas e perigos refletidos em sua superfície.

— Isso não será suficiente. O que farei agora? — murmurou, a realidade do desafio diante dela cada vez mais nítida.

Agarrando uma das barras, sentiu o frio metal pesar em suas mãos. Encarando-o como se buscasse respostas, encontrou, ao invés disso, uma determinação recém-descoberta.

— Já sei o que fazer —, declarou, com uma firmeza até então desconhecida.

O quarto estava mergulhado em um silêncio opressor, interrompido apenas pelo som abafado da respiração de Daniel. Ele olhava para Olívia, sua ex-namorada, incapaz de compreender a cena diante de seus olhos. Ela havia esfaqueado Thiago, um grande amigo, e agora suas mãos estavam cobertas de sangue.

— O que foi que você fez? — Daniel perguntou, sua voz quase um sussurro.

Olívia, com os olhos arregalados e a mente em turbilhão, respondeu: — Eu sinto muito, perdi o controle.

— Eu não sei se você percebeu. Mas você acabou de matar uma pessoa — Daniel exclamou, a realidade do ato horrendo começando a se assentar.

— Eu não queria fazer isso — Olívia protestou, mas suas palavras eram vazias diante da gravidade de seus atos.

Daniel pegou seu celular, a intenção de ligar para Pedro e saber notícias de Thiago interrompida quando Thiago, movido por uma fúria justificável, confrontou Olívia.

— Você por acaso ficou louca? Como você teve a coragem de esfaquear o meu melhor amigo, o meu companheiro? — Pedro acusou, a dor e a traição evidentes em sua voz.

Daniel, tentando mediar a situação explosiva, pediu a Olívia que explicasse a Pedro o que havia acontecido: — Foi tudo um acidente. Aconteceu muito rápido — ela disse, mas suas palavras não aliviaram a tensão.

Pedro, com um olhar de choque e descrença, agrediu Olívia e exigiu que Daniel chamasse a polícia. Sem esperar, sua mão se ergueu e desferiu um tapa estalado contra o rosto de Olívia: — Ela que é o Mascarado de LED!

Olívia cambaleou com o impacto, uma marca vermelha florescendo em sua bochecha.

— Mas o que você está falando? Para de falar essas coisas porque senão quem vai ser esfaqueado de novo aqui, vai ser você —, Olívia ameaçou, a desespero em sua voz.

Pedro, incapaz de conter sua raiva, agrediu Olívia e exigiu que Daniel chamasse a polícia: — Ela que é o Mascarado de LED!

Daniel, ainda tentando manter a calma, advertiu Pedro para ter cuidado com suas acusações: — Eu sei que Olívia cometeu um grande erro gravíssimo, mas a gente não tem certeza se ela é o mascarado de LED.

A discussão escalou rapidamente, com Pedro agarrando Olívia pelo pescoço e acusando-a de assassinato: — Você é assassina! E vai ter que pagar pelos seus crimes —, ele gritou.

Olívia, lutando para se libertar, implorou: — Você está me machucando, me larga, me larga, me larga!

Daniel interveio, separando-os e tentando acalmar os ânimos: — Calma, se for para continuar assim, não vai adiantar em nada!

Pedro, finalmente cedendo, decidiu voltar para o hospital para ficar ao lado de Thiago. Daniel, após a partida de Pedro, disse a Olívia que precisavam ter uma conversa séria quando ele retornasse.

Sozinha, Olívia permaneceu no quarto, olhando para suas mãos manchadas de sangue, assombrada pelo horror e pelos gritos de Thiago.

...{...}...

A noite caía sobre o apartamento, mergulhando o quarto de Daniel em sombras inquietantes. Olívia permanecia imersa na tarefa sombria de limpar o sangue de Thiago, uma lembrança sombria de um passado que ela tentava desesperadamente esquecer. Após o trabalho árduo, ela se permitiu um momento de alívio sob o chuveiro, deixando a água quente lavar não apenas a sujeira física, mas também as lembranças perturbadoras que assombravam sua mente. Envolta em uma toalha macia, Olívia foi interrompida por uma batida na porta, que a fez estremecer. Ao abri-la, deparou-se com João, cuja presença lançou uma sombra de desconforto sobre ela.

— Cadê o povo dessa casa? —, perguntou ele, sua voz carregada de curiosidade e um toque de malícia.

— Daniel saiu para resolver algo —, respondeu Olívia, tentando esconder sua inquietação —, e minha sogra ainda não chegou.

A pergunta seguinte de João ecoou no ar, fazendo com que Olívia se sentisse ainda mais vulnerável: — Você está sozinha aqui? —, ele indagou, seus olhos percorrendo seu corpo com um interesse desconcertante.

— Sim, estou —, murmurou Olívia, lutando para manter a compostura.

Sem aviso, João se aproximou lentamente, sua presença dominando o espaço entre eles. Um arrepio percorreu a espinha de Olívia quando ele falou novamente, sua voz carregada de promessas sombrias: — Vamos brincar um pouquinho?

Com um gesto ousado, Olívia deixou a toalha cair, revelando sua nudez diante dele. O calor da noite foi substituído por uma tensão palpável enquanto João se aproximava, seus lábios famintos encontrando os dela em um beijo carregado de desejo e perigo.

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