Capítulo 7

Eliza está em pé na recepção do Hospital, com o coração acelerado e os pensamentos confusos enquanto esperava por notícias do seu irmão, Gustavo. Seus olhos se fixaram no médico que se aproximava com uma expressão séria, e ela mal podia conter a ansiedade para ouvir as palavras que ele tinha a dizer.

— Então me fala, o meu irmão vai ficar bem? —, Eliza perguntou, com uma mistura de esperança e temor em sua voz.

O médico sorriu gentilmente e colocou uma mão reconfortante no ombro de Eliza: — Não se preocupe, fizemos uma pequena cirurgia no seu irmão e ele vai ficar bem.

As palavras do médico foram como um raio de sol rompendo as nuvens escuras que pairavam sobre Eliza. Ela não conseguiu conter a felicidade que brotou dentro dela e começou a dar pulos de alegria.

— É sério? Doutor, o meu irmão vai ficar bem? — Eliza perguntou novamente, mal conseguindo acreditar na boa notícia.

— Sim, a cirurgia foi um sucesso. Seu irmão vai ficar bem. Agora você pode ficar tranquila —, o médico assegurou com um sorriso reconfortante antes de se afastar.

Eliza olha para Mateus, seu novo amigo, que está ao seu lado durante todo o momento angustiante: — Vi, eu falei que ia dar tudo certo! —, ele disse com um sorriso triunfante.

— Obrigada, Mateus. Eu nem sei como agradecer a você —, Eliza disse, profundamente grata pela presença reconfortante de seu amigo.

— Que isso, eu fiz mais do que minha obrigação —, Mateus respondeu humildemente.

— Mas eu agradeço. Obrigada —, Eliza disse, sentindo-se emocionada pela bondade e apoio de Mateus.

— De nada... mas você quer tomar um café comigo? — Mateus ofereceu, tentando trazer um pouco de leveza ao momento tenso.

Eliza hesitou por um momento, mas depois sorriu e aceitou. Os dois se dirigiram à cafeteria do hospital e, enquanto saboreavam suas xícaras de café, começaram a conversar sobre tudo e nada, encontrando conforto na companhia um do outro enquanto esperavam por boas notícias sobre o futuro de Gustavo.

Na penumbra do apartamento, uma tensão palpável pairava no ar enquanto Pedro e Thiago tentavam desesperadamente contatar Gabi, sem sucesso.

— Daniel, conseguiste falar com Gabi? — perguntou Thiago, sua voz carregada de preocupação.

— Thiago, só chama e vai para a caixa de mensagem —, respondeu Daniel, sua frustração evidente.

— Ela está sempre desligada —, acrescentou Pedro, sua voz ecoando pela sala vazia.

A conversa mudou para a briga intensa entre Gabi e Olívia, uma disputa da qual Daniel estava alheio.

— Essa briga foi tão feia assim? — perguntou Daniel, a curiosidade transparecendo em sua voz.

— Ainda bem que não estavas lá para ver —, respondeu Thiago, seu tom sombrio indicando algo mais profundo.

Com despedidas rápidas, Thiago e Pedro partiram, deixando Daniel e Olívia sozinhos no quarto. Daniel se viu mergulhado em pensamentos, sua mente obscurecida por sombras do passado. Ao abrir a gaveta, uma única empada repousava ali, lançando uma luz fugaz sobre seus pensamentos. Olívia observou silenciosamente a mudança de humor de Daniel, seus olhos ocultando segredos indecifráveis.

— Por que estás tão feliz? — indagou Olívia, sua voz suave como uma brisa noturna.

— Não é nada demais, estava apenas pensando —, respondeu Daniel, suas palavras mal conseguindo mascarar a intriga em sua mente.

Então, ela notou a empada em sua mão, sua presença singular quebrando a monotonia do momento.

— Desde quando gostas de empadas? — perguntou Olívia, sua voz tingida de curiosidade e desconfiança.

— Sempre gostei, só nunca me viste comendo —, explicou Daniel, suas palavras envoltas em mistério.

Com um gesto brusco, Olívia joga a empada no lixo e começou a demonstrar carinho por Daniel, seus movimentos cheios de uma urgência oculta.

— Por que todo esse carinho de repente? — perguntou Daniel, seu tom misturando surpresa e desconfiança.

— Porque te amo. Abraça-me, beija-me —, respondeu Olívia, sua voz sussurrando promessas obscuras enquanto se despiu completamente.

Daniel, seduzido pelo mistério que envolvia Olívia, entregou-se ao momento, mergulhando em um abismo de incertezas e desejos proibidos.

...{...}...

A noite se estendia pela cidade, envolvendo o apartamento de Lígia e João em um manto de silêncio e mistério. Enquanto Lígia folheava um jornal na sala de estar, João adentrava o lar após um longo dia de trabalho.

— Oi, amor, como estão as coisas? —, perguntou João, sua voz carregada de cansaço e preocupação.

Lígia ergueu os olhos do jornal, revelando um semblante cansado, mas sereno: — Graças a Deus, tudo calmo —, respondeu ela, oferecendo um sorriso reconfortante ao marido.

— Daniel já está em casa? —, indagou João, seus pensamentos momentaneamente desviados para o filho.

— Sim, ele chegou há pouco tempo —, confirmou Lígia, uma ponta de preocupação pairando em sua voz.

E então, a conversa desviou-se para o dia turbulento que haviam enfrentado. Lígia compartilhou com João as notícias sombrias que havia encontrado no jornal, destacando a morte trágica de Fernando e Renner, cujas histórias preenchiam as páginas impressas com um ar de mistério e intriga.

— É, eu já sabia —, murmurou João, sua expressão sombria refletindo a tristeza pela perda dos conhecidos.

— Mas você conseguiu falar com Débora hoje? —, indagou ele, mudando o foco da conversa para uma amiga ausente.

Lígia sacudiu a cabeça, uma ruga de preocupação surgindo em sua testa: — Eu não consegui. Eu tentei ligar para ela, mas só dá desligado", revelou ela, revelando sua frustração diante da falta de comunicação.

— Deve ser que ela quer passar um tempo sozinha —, sugeriu João, tentando encontrar uma explicação para o comportamento incomum de Débora.

— É, deve ser isso —, concordou Lígia, mas sua mente estava repleta de perguntas sem respostas, alimentando uma sensação inquietante de mistério que pairava sobre aquela noite sombria.

A noite pairava sobre o "Abrigo Dom Bosco", envolvendo tudo em seu manto escuro. Pneu, discreto de olhos determinados, adentrou o abrigo sem despertar a atenção de ninguém. Em suas mãos, ele segurava firmemente uma carta, um elo entre ele e seu amigo Gustavo.

— Eu tenho que entregar essa carta para o meu amigo —, murmurou Pneu para si mesmo, sua voz ecoando suavemente pelo corredor vazio. — Ele tem que encontrar a mãe dele. E eu vou ajudar!.

Com a determinação queimando em seu peito, Pneu decidiu que não esperaria até o amanhecer para entregar a carta. Ele sabia que cada minuto era crucial para o destino de seu amigo e sua mãe perdida. Assim, decidiu passar a noite com a carta em mãos, alimentando a chama da esperança que ardia dentro dele. Enquanto o mundo dormia ao seu redor, Pneu mantinha-se vigilante, com a carta como sua companheira mais preciosa. Amanhã seria o dia em que ele cumpriria sua promessa, o dia em que ele abriria as portas para um novo capítulo na vida de Gustavo e sua mãe.

À luz amarelada dos postes, Eliza se despede de Mateus na entrada do Hospital. O vento fresco da noite parece sussurrar segredos enquanto eles trocam palavras de gratidão e despedida.

— Obrigada por tudo —, diz Eliza, com um sorriso terno nos lábios.

— E eu que agradeço pelo seu tempo —, responde Mateus, com sinceridade em seus olhos.

Eliza sente o peso do tempo e sabe que precisa partir: — É hora de ir antes que a noite se prolongue —, ela comenta.

Mateus oferece-se para levá-la para casa, mas Eliza recusa gentilmente: — Não se preocupe, vou pegar o ônibus —, ela responde, com um aceno de despedida.

— Tchau até breve —, diz Mateus, enquanto Eliza se afasta em direção à parada de ônibus.

— Tchau. Até —, responde Eliza, deixando para trás o brilho da luz artificial e a figura de Mateus na entrada do hospital.

Enquanto Eliza embarca no ônibus e desaparece na noite, ela se pergunta sobre os encontros que a vida ainda reserva para ela naquela jornada. O destino é incerto, mas ela está pronta para enfrentar cada curva do caminho com coragem e determinação.

Ao chegar à Pousada, Eliza sente o alívio de estar em casa, mesmo que temporariamente. Aconchegando-se em sua cama, ela reflete sobre os eventos da noite e os rostos que cruzaram seu caminho, sabendo que cada encontro deixou uma marca indelével em sua vida. A pousada estava envolta em uma serenidade suave, com o crepitar da lareira ecoando pelo salão principal. Luzes amareladas emanavam das janelas, iluminando o caminho para os viajantes cansados que chegavam em busca de abrigo para a noite.

O aroma reconfortante de comida caseira pairava no ar, enquanto os hóspedes se reuniam na sala de jantar, trocando histórias do dia enquanto saboreavam pratos preparados com cuidado pela equipe da pousada. Enquanto isso, lá fora, a lua brilhava no céu estrelado, lançando uma luz prateada sobre os jardins bem cuidados da pousada. O suave murmúrio do riacho próximo acrescentava uma trilha sonora tranquila à noite, convidando os hóspedes a passear pelos jardins à luz do luar. Agora, Eliza hesitou por um momento antes de bater na porta do quarto de Stephanie. Sentia um misto de nervosismo e alívio ao confrontar a dona da pousada com sua ausência inesperada naquele dia. Com um suspiro, ela finalmente bateu na porta e entrou.

— Desculpe pela minha falta hoje —, Eliza começou, tentando manter a voz firme.

Stephanie olha para ela com uma expressão de surpresa: — Fiquei preocupada quando você não apareceu —, confessou. — O que aconteceu?

Eliza respirou fundo, reunindo coragem para revelar a verdade: — Eu estava procurando pelo meu irmão —, admitiu. — Mas hoje, finalmente o encontrei... infelizmente, ele foi atropelado.

Os olhos de Stephanie se arregalaram de choque: — Meu Deus, ele está bem?

— Sim, por sorte ele está se recuperando —, respondeu Eliza, sentindo um peso sair de seus ombros. — Mas estou exausta, foi um dia difícil.

Stephanie assentiu compreensivamente: — Você precisa descansar —, disse gentilmente. — Amanhã conversaremos com calma.

Com um sorriso leve nos lábios, Eliza se despediu, sentindo-se grata por finalmente ter encontrado seu irmão e por ter a compreensão de Stephanie. Ao fechar a porta do quarto, ela deixou escapar um suspiro de alívio. O pior já havia passado.

Já no Castelinho do Flamengo, erguia-se majestoso contra o céu noturno, suas torres góticas se elevando como sentinelas sombrias em meio à escuridão. A lua, envolta em nuvens escuras, lançava um brilho fraco sobre as paredes de pedra, dando à cena uma aura ainda mais sinistra. Uma brisa gelada soprava pelos corredores vazios do castelo, sussurrando segredos ancestrais e fazendo as sombras dançarem nas paredes de pedra gastas pelo tempo. O silêncio da noite era interrompido apenas pelo som ocasional de uma coruja solitária, ecoando seu chamado melancólico pelos corredores vazios. Dentro das paredes antigas, os móveis empoeirados e os quadros desbotados testemunhavam séculos de história e mistério, cada canto contendo segredos enterrados no passado.

À luz fraca das velas, as sombras ganhavam vida, contorcendo-se e dançando como espíritos inquietos que habitavam o castelo. No entanto, não eram apenas os fantasmas do passado que assombravam o Castelinho do Flamengo naquela noite. Uma presença sinistra pairava no ar, envolvendo o lugar em uma atmosfera de medo e perigo iminente. A cada ruído sussurrado e sombra movida pelo vento, a sensação de que algo terrível estava prestes a acontecer se intensificava. Gabi abriu os olhos devagar, uma sensação de confusão e pavor a envolvendo enquanto se levantava do chão frio. Ao olhar em volta, percebeu que não estava em sua própria casa, mas sim em um lugar desconhecido, sombrio e intimidador.

— Onde estou? — sussurrou para si mesma, sua voz ecoando no silêncio opressor do ambiente.

Seus sentidos aguçados captaram o som de passos se aproximando, e seu coração começou a bater mais rápido, ecoando em seus ouvidos como um tambor de guerra. Então, ela o viu: uma figura obscurecida pela escuridão, com uma máscara de LED iluminando apenas seus olhos, criando uma aura de mistério e perigo ao seu redor. O medo apertou o peito de Gabi enquanto ela recuava instintivamente, suas pernas trêmulas quase cedendo sob o peso do pânico.

— O que você vai fazer comigo? — sua voz tremia enquanto as palavras escapavam de seus lábios, ecoando no vazio do espaço sombrio.

Um momento congelado no tempo, onde o único som era o ritmo acelerado do coração de Gabi, batendo em desespero diante do desconhecido que a envolvia. A meia-noite envolvia o Castelinho com seu manto escuro, mas não era só a escuridão que assombrava o lugar. A figura misteriosa, envolta em luzes LED, observava Gabi em silêncio, deixando-a tremendo de medo, sem saber como reagir.

— O que você quer de mim? — Gabi perguntou, sua voz tremendo de ansiedade.

O mascarado lentamente apontou para cima. Gabi seguiu seu gesto e viu, horrorizada, os cacos de vidro pendurados no teto.

— Meu Deus, o que é isso? — ela murmurou, sua mente turvada pelo pânico.

Então, o mascarado retirou um controle remoto do bolso e mostrou para Gabi. Antes que ela pudesse entender, ele pressionou um botão. O teto explodiu em uma chuva de cacos de vidro, cortando a pele de Gabi enquanto caíam sobre ela, deixando-a ensanguentada e desamparada. Com as mãos, braços e pernas marcados pelo ataque, Gabi fugiu do Castelinho, gritando por socorro enquanto os ecos de sua agonia se misturavam aos sons da noite.

A noite sobre a tranquila pousada, e Eliza encontrou refúgio em seu quarto. O calor reconfortante da água do chuveiro lavou as preocupações do dia, enquanto ela se permitia relaxar na cama macia.

— Finalmente, encontrei meu irmão —, suspirou Eliza, sentindo um peso sendo levantado de seus ombros. — Em breve, estarei de volta em Natal, onde pertenço.

...{...}...

Com o nascer do sol, Eliza se levantou, determinada e cheia de energia. Antes mesmo dos primeiros raios de luz iluminarem o céu, ela já estava de pé, pronta para enfrentar o novo dia. Um rápido banho revigorante deu-lhe ânimo, e um café da manhã simples fortaleceu seu corpo para o que estava por vir. Enquanto o aroma tentador das empadas recém-assadas preenchia o ar, Eliza preparava suas deliciosas iguarias para a venda.

Cada empada era uma pequena obra-prima, recheada com o amor e a esperança de um futuro melhor. Com determinação, ela estava pronta para enfrentar os desafios que aguardavam lá fora, confiante de que seu destino a levaria de volta ao lar que tanto amava em Natal. Na tranquila pousada à beira-mar, a atmosfera matinal era banhada pela luz dourada do sol nascente. Eliza, a jovem determinada, estava ocupada na cozinha, preparando suas famosas empadas para a venda do dia. De repente, a dona da pousada, Stephanie, surgiu, trazendo consigo um sorriso acolhedor.

— Bom dia, Eliza. Dormiu bem? — Stephanie cumprimentou com gentileza.

— Sim, obrigada... e logo estarei voltando para Natal —, respondeu Eliza, com um tom decidido.

— É sério? — Stephanie pareceu surpresa.

— Sim, meu irmão está prestes a sair do hospital. Assim que ele estiver melhor, retornarei com ele para Natal —, explicou Eliza, com uma mistura de esperança e preocupação em seus olhos.

— Que Bom, desejo-lhe toda a sorte do mundo —, disse Stephanie, oferecendo seu apoio sincero.

— Obrigada por tudo. Você tem sido uma grande ajuda —, expressou Eliza, gratidão transbordando em suas palavras.

— Estou aqui para o que precisar. Agora vá vender suas empadas antes que fique tarde —, incentivou Stephanie, mostrando sua preocupação com a agenda de Eliza.

— Estou indo, mas vou demorar um pouco para voltar. Pretendo passar no hospital para verificar como está meu irmão —, explicou Eliza, com determinação em sua voz.

Após uma breve despedida, Stephanie voltou às suas tarefas na pousada, enquanto Eliza partiu para vender suas deliciosas empadas, carregando consigo o peso dos seus deveres e a esperança pelo bem-estar de seu irmão.

O sol se filtrava pela janela da cozinha, pintando o apartamento com tons dourados enquanto a família desfrutava de seu café da manhã habitual. João e Lígia conversavam tranquilamente, saboreando o momento, até que a chegada inesperada de Daniel e Olívia quebrou a serenidade da manhã.

— Bom dia, mãe e pai —, cumprimentou Daniel.

— Bom dia —, respondeu João, enquanto Lígia olhava para o casal com curiosidade.

— Vocês dormiram juntos? —, indagou ela.

Olívia respondeu prontamente: — Sim, tivemos uma ótima noite!

Lígia, com sua típica sagacidade, interveio: — Eu sei que são namorados, mas vamos manter os limites, certo?

— Sim, minha sogra, como a senhora quiser —, concordou Olívia, com um sorriso nos lábios.

João, buscando desviar o foco da conversa, propôs: — Então, vamos parar de falar e vamos tomar café?

Enquanto todos se sentavam para desfrutar do café da manhã, a empregada se aproximou da mesa com uma expressão sombria.

— Sua amiga Gabi sofreu um grave acidente —, anunciou ela, deixando um silêncio tenso pairar sobre a mesa. — Ela está no hospital com cortes profundos, e o estado dela é grave.

Daniel ficou chocado: — Nossa, a Gabi... mas você tem certeza?

— Sim, foi o que me disseram —, confirmou a empregada. — É ela mesma.

Olívia imediatamente se levantou: — Amor, nós precisamos ir agora para o hospital.

Lígia ofereceu apoio: — Eu e seu pai podemos ir com vocês?

Daniel hesitou por um momento antes de responder: — Não precisa mãe... e pai precisa trabalhar e eu não quero incomodar.

João interveio rapidamente: — Então, se precisarem de algo, é só me ligar.

Após as despedidas, Olívia e Daniel partiram apressadamente. Enquanto saíam do apartamento, Daniel ligou para Thiago e Pedro, pedindo-lhes que se encontrassem com eles no hospital. Unidos pela preocupação com a amiga ferida, seguiram juntos em direção ao centro médico, com o coração pesado e a esperança frágil.

Na sombria sala de estar da mansão de Débora, as paredes ecoavam com sua tristeza silenciosa, obscurecida pela névoa de bebidas alcoólicas. O vazio ao redor dela era palpável, até que o som de batidas urgentes na porta cortou o silêncio. Débora ergueu-se lentamente de seu torpor alcoólico, seus olhos vermelhos encontrando os da policial parada à sua frente.

— Posso ajudar em alguma coisa? —, ela murmurou, tentando manter a compostura.

— Sim, mas antes de tudo, quero expressar meus pêsames pelo seu marido —, a policial começou, seus olhos carregando o peso da triste notícia.

Débora respirou fundo, sua dor ressurgindo, mas ela a empurrou para o fundo de sua mente: — Já passou —, ela disse, sua voz firme.

— A razão pela qual estou aqui —, continuou a policial —, é porque seu marido me contratou antes de sua morte. Ele queria que eu investigasse a morte de seu filho.

Os olhos de Débora se arregalaram com surpresa e angústia: — E você descobriu algo? —, ela perguntou, sua voz tremendo ligeiramente.

— Sim —, disse a policial, sua expressão séria. — Enterraram o seu filho vivo... tudo indica que ele ainda estava vivo quando foi enterrado

O golpe da notícia atingiu Débora como um soco no estômago: — Enterraram meu filho ainda vivo —, ela sussurrou, sua voz se partindo.

Lágrimas começaram a escorrer por seu rosto, uma mistura de dor e raiva fervendo dentro dela: — Eu quero ver o culpado na cadeia! —, ela declarou —, na cadeia. — Sua voz agora cheia de determinação.

Com um juramento silencioso, Débora limpou as lágrimas dos olhos e prometeu a si mesma que faria de tudo para garantir que a justiça fosse feita e que o responsável pelo assassinato de seu filho pagasse pelo que fez.

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