Capítulo 2

As sombras da noite começavam a envolver os chalés na Califórnia, enquanto os amigos retornavam, cada passo pesado com o peso do segredo que enterraram junto a Renner.

— Eu vou tomar uma ducha. Estou toda suja de terra —, anunciou Olívia, sua voz carregada de exaustão e uma pitada de desconforto.

Enquanto Olívia se afastava em direção ao quarto, seus passos ecoando levemente pelas tábuas do assoalho, Gabi a seguia silenciosamente, um misto de preocupação e curiosidade estampado em seu rosto.

Na sala, o ambiente pesava com a presença silenciosa de Daniel, Pedro e Thiago. O olhar de cada um carregava o peso do que haviam feito, os segredos compartilhados entre amigos criando laços tão fortes quanto frágeis. Uma tensão silenciosa pairava no ar, quebrada apenas pelo sussurro do vento do lado de fora e o crepitar ocasional da lareira, seu calor contrastando com a frieza que se instalava nos corações dos amigos.

Ali, naquela sala, entre suspiros contidos e olhares fugazes, os laços de amizade eram postos à prova, enquanto segredos enterrados clamavam para emergir à superfície, ameaçando desvendar os alicerces frágeis de suas vidas. O vento sussurrava através das cortinas semi-abertas, enquanto a sombra de Gabi se projetava no quarto de Olívia. Ela avançou silenciosamente em direção à sua amiga, que estava parada diante da janela, perdida em seus pensamentos. Olívia, surpresa, girou-se abruptamente ao ouvir o som dos passos de Gabi.

— Que susto —, murmurou Olívia, tentando recuperar a compostura. — O que você está fazendo aqui no meu quarto?

Gabi encarou Olívia com uma expressão carregada de ressentimento: — Você é mais culpada do que eu —, acusou ela, sua voz cortando o silêncio da noite.

— Minha amiga, por favor, vá dormir. É melhor para você —, respondeu Olívia, tentando acalmar os ânimos.

— Vou sim, mas antes eu tenho que dar uma coisa para você —, retrucou Gabi, sua voz tremendo de raiva contida.

Olívia franziu a testa, sem entender o que sua amiga queria dizer. Antes que pudesse reagir, Gabi avançou e desferiu um tapa cruel em seu rosto.

Atordoada, Olívia levou a mão ao rosto, sentindo a queimadura da dor e o choque da traição: — Mas o que é isso? Você está ficando louca? —, exclamou ela, sua voz trêmula de incredulidade e mágoa.

— Você sabe muito bem o motivo —, retorquiu Gabi, sua voz carregada de amargura. — Você não presta... você não vale nada!

Com essas palavras finais, Gabi virou-se e deixou o quarto em silêncio, deixando para trás uma Olívia perplexa e ferida. Sozinha em seu quarto, Olívia afundou-se na cama, seu coração pesado de tristeza e confusão.

— Me aguarde, amiga —, sussurrou ela para o vazio do quarto. — Vai ter volta.

A atmosfera carregada da rodoviária de Natal parecia refletir os segredos que pairavam entre Eliza e sua tia, Carol. Enquanto aguardavam o embarque, as palavras sussurradas entre elas pareciam carregar um peso invisível, um mistério não revelado.

— Eu não tenho nenhum segredo com sua mãe! —, afirmou Carol, tentando dissolver a tensão que se formava no ar.

Mas Eliza não estava convencida: — Parece que a senhora tem —, retrucou, seu olhar inquisitivo buscando respostas.

Carol, por sua vez, tentou desviar o assunto: — É só impressão sua —, respondeu, evitando o confronto direto.

Mas Eliza persistiu: — Mas a senhora falou de um jeito... —, sua voz carregada de suspeita.

— A única pessoa que deve dar explicação é sua mãe —, declarou Carol, finalizando a discussão de forma enigmática.

Intrigada, Eliza ponderou: — Mas por quê? Você sabe o motivo? —, questionou, esperando desvendar os mistérios ocultos.

— Eu espero que você aproveite quando encontrar sua mãe. Ela que vai falar toda a verdade —, respondeu Carol enigmaticamente, deixando Eliza com mais perguntas do que respostas.

Com um aceno de despedida, Eliza embarcou no ônibus, deixando para trás Natal e rumando em direção a São Paulo, com um turbilhão de emoções e perguntas em sua mente.

...{...}...

Enquanto isso, em São Paulo, Gustavo desembarcava com a carta de sua mãe nas mãos, o coração ansioso por respostas. Ele decidiu fazer uma breve parada em um supermercado próximo, onde comprou alguns biscoitos e uma bolsa, preparando-se para a jornada que o aguardava. Caminhando pelas ruas movimentadas da cidade, Gustavo finalmente encontrou um local para descansar, "a Avenida Cruzeiro do Sul". Porém, sua pausa foi interrompida quando dois garotos se aproximaram dele, lançando um novo mistério em sua jornada em busca da verdade.

As sombras da tarde se estendiam pela movimentada Avenida Cruzeiro do Sul, em São Paulo. Entre o frenesi dos carros e o burburinho dos transeuntes, um momento tenso se desenrolava. Gustavo estava em seu próprio mundo quando foi abruptamente confrontado por dois garotos de aparência sinistra.

— Eu quero sua bolsa —, um deles exigiu, sua voz carregada de ameaça.

Determinado e sem se intimidar, Gustavo respondeu: — Eu não vou dar nada a vocês

Os olhos dos garotos brilharam com malícia enquanto trocavam um olhar significativo.

— Se não dá para o bem, vai dar para o mal —, um deles declarou, um sorriso cruel se formando em seus lábios.

Um misto de adrenalina e medo pulsava nas veias de Gustavo quando, num ato impulsivo, ele desferiu uma bofetada no rosto de um dos agressores. Em seguida, sem hesitar, ele virou as costas e começou a correr o mais rápido que pôde, deixando para trás a cena do confronto. O coração de Gustavo martelava em seu peito enquanto ele se afastava, a sensação de perigo ainda pairando no ar. A Avenida, normalmente tão familiar e acolhedora, agora parecia-lhe hostil e ameaçadora. Com cada passo, a adrenalina diminuía, mas a memória daquele momento de confronto permaneceria gravada em sua mente, moldando sua jornada futura de uma forma que ele ainda não podia compreender.

O sol escaldante da tarde banhava as ruas de São Paulo enquanto os amigos finalmente pisavam em solo brasileiro. A atmosfera estava carregada de tensão após os eventos recentes nos Estados Unidos. Daniel ergueu a mão para sinalizar a importância do momento.

— Agora, pessoal, precisamos manter a discrição. Nada de comentar sobre o que aconteceu lá nos Estados Unidos —, alertou ele, buscando preservar o segredo que os unia.

Gabi concordou prontamente: — Claro, não queremos causar mais problemas do que já temos —, murmurou ela, lançando um olhar significativo para Olívia.

Olívia repreendeu levemente sua amiga com um gesto sutil: — Por favor, Gabi, vamos manter a calma. Não é hora para dramas.

Thiago interveio, tentando dissipar a tensão: — O que aconteceu foi um acidente, pessoal. Não foi intencional —, lembrou, olhando para cada um de seus amigos em busca de compreensão.

Pedro assentiu, sentindo o peso da culpa em seus ombros: — Nós não queríamos prejudicar o Renner. Foi um mal-entendido.

Após a breve conversa, cada um seguiu seu caminho para casa. Daniel encontrou refúgio em seu apartamento, onde mora com seus pais, Lígia e João, mas sua paz foi interrompida quando Lígia, sua mãe, se aproximou dele com uma expressão curiosa...

A suave penumbra do apartamento de Lígia e João contrastava com a agitação nervosa que se instalava na atmosfera. Daniel, com o peso da recente viagem ainda fresco em sua mente, sentiu-se subitamente sobrecarregado pela iminente chegada do convidado especial.

— Mãe, já estou de volta —, anunciou ele, ao entrar pela porta.

Lígia, com seu sorriso caloroso, o cumprimentou, mas a tensão em seus olhos não passou despercebida: — Oi, meu querido. Foi uma viagem breve desta vez?

— Sim, mãe, muito rápida —, respondeu ele, tentando manter uma calma superficial.

— Ótimo... agora vá tomar um banho e se aprontar. O pai de Renner estará jantando conosco esta noite.

A notícia atingiu Daniel como uma onda gelada, fazendo com que seu coração acelerasse em antecipação e apreensão.

— O quê? Por quê? —, perguntou ele, lutando para manter a compostura.

— Ele é uma pessoa influente de São Paulo. Seu pai quer discutir alguns negócios com ele —, explicou ela, tentando tranquilizá-lo.

Embora resignado à inevitabilidade do encontro, Daniel não pôde deixar de se questionar sobre o que estaria por vir.

— Está bem, mãe. Me dê cinco minutos.

Enquanto se dirigia ao quarto, sua mente estava uma confusão de pensamentos. Como explicaria a ausência de Renner? O que diria ao pai do amigo?

— Meu Deus! E agora? Fernando certamente perguntará pelo filho. O que diabos eu vou dizer? —, murmurou ele para si mesmo, sentindo-se cercado pela incerteza.

Entre as paredes do apartamento, segredos e tensões pareciam flutuar no ar, como sombras dançantes em uma sala escura, prenunciando uma noite repleta de revelações e desafios para Daniel e sua família.

Eliza desembarcou na rodoviária de São Paulo com o coração pulsando de expectativa. O agito da cidade grande contrastava com a serenidade que ela buscava. Decidida a encontrar seu irmão perdido, ela seguiu seu instinto e rumou em direção à praia mais próxima. À luz da lua, as ondas dançavam ao som do vento, acolhendo Eliza como uma antiga amiga. Com um caderno em mãos e uma caneta pronta para capturar suas emoções, ela se entregou à inspiração que a natureza lhe proporcionava.

— É encantador —, começou a escrever Eliza, descrevendo a magnificência das praias, a areia grossa sob seus pés e as águas cristalinas que refletiam a grandiosidade das montanhas cobertas pela densa e exuberante mata atlântica. Mas sua contemplação foi interrompida por uma leve chuva que começou a cair, quebrando momentaneamente a magia do momento.

Depois de concluir sua carta, Eliza se viu mergulhada em pensamentos, perdida na imensidão do mar diante dela. O som das ondas batendo na costa ecoava em seus ouvidos, ecoando o chamado misterioso do oceano.

— E agora por onde eu começo, para achar o meu irmão? —, murmurou Eliza para si mesma, sentindo-se pequena diante da vastidão do desafio que a aguardava. O som do mar respondeu com um sussurro reconfortante, como se prometesse guiá-la em sua jornada.

Congelada pelo momento, Eliza absorveu a calma do mar, alimentando sua determinação e preparando-se para seguir em frente, rumo ao desconhecido que a esperava além das ondas.

Noite escura envolvia o modesto apartamento de Lígia e João, onde Daniel, sentado em sua cama, mergulhava em pensamentos turbilhonantes sobre a difícil conversa que teria com o pai de Renner. Com um suspiro pesado, ele decidiu buscar ajuda e abriu seu notebook, iniciando uma chamada no Skype com Olívia, sua confidente de longa data.

— Eu preciso de sua ajuda —, disse Daniel, a ansiedade ecoando em sua voz.

— Mas que ajuda? — respondeu Olívia, percebendo a tensão na voz de Daniel.

— O Fernando vem jantar aqui em casa hoje — Daniel confessou, o peso da situação evidente em suas palavras.

— Meu Deus, o pai de Renner? — Olívia exclamou, compartilhando a surpresa e preocupação de Daniel.

— Sim —, confirmou Daniel, sentindo o peso da expectativa sobre seus ombros.

— Fique calmo, você vai fazer o seguinte —, começou Olívia, prontamente oferecendo seu apoio e orientação para enfrentar a difícil tarefa que estava por vir.

A noite caía suavemente sobre o apartamento, pintando a sala de jantar com tons de mistério e antecipação. Entre conversas corteses e sorrisos, a presença de Senhor Fernando, um convidado especial, adicionava uma certa gravidade ao ambiente.

— Sr. Fernando, seja bem-vindo! —, saudou Lígia com um sorriso caloroso.

— Obrigado —, respondeu Fernando, retribuindo o gesto com um aceno de cabeça.

— Então, o que estamos esperando? Vamos jantar —, exclamou João, impaciente para iniciar a refeição.

Mas antes que pudessem começar, Lígia interrompeu, lembrando-se de algo importante: — Esperem, falta o Daniel para jantar conosco —, disse ela com preocupação.

— Seu filho já chegou de viagem? —, perguntou Fernando, curioso sobre a presença do herdeiro.

— Sim, ele chegou há pouco tempo —, respondeu João, indicando que Daniel já estava em casa.

Nesse momento, uma empregada se aproximou, trazendo notícias sobre Daniel: — Desculpe interromper, dona Lígia, mas o Daniel não poderá jantar conosco. Ele está com enxaqueca e foi dormir cedo —, informou ela com uma expressão de preocupação.

— Bem, então... vamos jantar. Meu filho está doente e foi dormir cedo —, anunciou Lígia, tentando dissipar qualquer preocupação que possa ter surgido.

— Mas como ele está? —, questionou João, demonstrando sua preocupação pelo filho ausente.

— É apenas uma enxaqueca, nada grave —, tranquilizou ela, tentando acalmar os ânimos.

— Vamos jantar. Depois falaremos sobre negócios —, sugeriu João, mudando o foco da conversa para assuntos mais pragmáticos.

— Estou ansioso para ver sua proposta de negócio —, acrescentou Fernando, demonstrando sua expectativa em relação às discussões que viriam a seguir.

E assim, com expectativas no ar e uma sensação de mistério pairando sobre a mesa, a noite prometia ser cheia de surpresas e revelações.

...{...}...

A brisa salgada envolvia Eliza enquanto ela lançava sua mensagem ao oceano, como um último suspiro de esperança. Sob a luz prateada da lua, ela vagou pela praia, a areia fria acariciando seus pés cansados. Finalmente, encontrou refúgio sob a sombra acolhedora de um majestoso coqueiro, onde se entregou ao abraço do sono.

Com o nascer do sol, Eliza despertou para enfrentar um novo dia de incertezas. Em busca de orientação, dirigiu-se à banca de jornais mais próxima, onde esperava encontrar não apenas notícias do mundo, mas talvez uma direção para sua própria jornada.

— Tenho que encontrar um lugar para ficar —, murmurou ela para si mesma, enquanto folheava o jornal em busca de anúncios de aluguel. As preocupações com o futuro se entrelaçavam com seus pensamentos enquanto ela tentava traçar um plano para sobreviver na cidade desconhecida.

Mas em meio às dúvidas e inseguranças, uma centelha de determinação brilhava nos olhos de Eliza. Mesmo diante das adversidades, ela estava determinada a encontrar um caminho, a construir uma vida digna para si mesma. Com um suspiro resignado, ela fechou um jornal e se levantou, pronta para enfrentar os desafios que aguardavam além daquelas páginas. O destino de Eliza estava nas mãos do destino, e ela estava determinada a escrever sua própria história, página por página.

Os raios de sol dançavam timidamente pelas ruas tranquilas da Vila Nova Conceição, enquanto Olívia seguia sua rotina matinal de caminhada. Era um ritual que a conectava com o bairro e lhe permitia apreciar a serenidade da manhã. No entanto, sua calma foi interrompida quando avistou Gabi, uma figura conhecida, dirigindo-se à casa do pai de Renner. Intrigada, Olívia escondeu-se discretamente para observar o desenrolar dos eventos.

— O que ela veio fazer aqui? —, questionou Olívia para si mesma, sua mente já fervilhando com especulações. Gabi sempre fora uma presença enigmática na vizinhança, e suas motivações suscitavam constantes suspeitas entre os moradores. Com uma mistura de curiosidade e preocupação, Olívia decidiu aguardar, observando atentamente enquanto Gabi adentrava a residência.

O que estaria por trás da visita inesperada? Segredos antigos ressurgindo? Conflitos familiares à espreita? Enquanto Olívia buscava respostas, o mistério envolvendo Gabi e sua conexão com a família de Renner parecia se aprofundar, prometendo revelações surpreendentes e consequências imprevisíveis na tranquila Vila Nova Conceição... Olívia não hesitou em se aproximar da majestosa Mansão de Fernando, determinada a ter uma conversa crucial com Gabi. No interior da luxuosa Sala de Estar, o clima estava tenso quando Olívia confrontou Gabi.

— O que você faz aqui? — questionou Olívia, sua voz carregada de desconfiança.

Gabi respondeu com frieza: — Isso não é da sua conta.

A troca de palavras rapidamente se tornou acalorada, com Olívia tentando explicar-se enquanto Gabi permanecia implacável em suas acusações.

— Olha aqui, foi tudo um acidente, eu sinto muito —, insistiu Olívia.

Mas Gabi não estava disposta a aceitar desculpas tão facilmente: — Será que foi mesmo? — provocou ela.

A tensão atingiu seu ápice quando Gabi revelou uma descoberta chocante: A ligação de Olívia com Renner.

— Eu descobri sobre você e Renner —, Gabi acusou, lançando uma bomba sobre Olívia.

Olívia, aturdida, negou veementemente: — Você está louca, não sei do que está falando!

As palavras duras de Gabi foram como punhais para Olívia: — Você é uma cadela, além de ser uma rapariga!

Em um acesso de raiva, Olívia não conseguiu conter-se e desferiu um tapa no rosto de Gabi: — Isso é pelo que você disse.

A chegada inesperada de Fernando, pai de Renner, interrompeu o confronto. Ele questionou as vozes alteradas que ouvira, enquanto Olívia tentava minimizar a situação. Após a saída de Olívia, a tensão permaneceu na sala, agora habitada apenas por Fernando e Gabi, deixando-os para refletir sobre as revelações e conflitos que acabaram de ocorrer.

O sol poente pintava o céu com tons de laranja e rosa enquanto Eliza caminhava apressadamente em direção à parada de ônibus mais próxima. Seus passos eram impulsionados por uma mistura de ansiedade e esperança, pois ela estava determinada a encontrar uma resposta para o mistério que envolvia o desaparecimento de seu irmão, Gustavo. Ao chegar ao destino, seus olhos percorreram rapidamente o local, absorvendo cada detalhe em busca de qualquer sinal de seu irmão perdido. E então, do outro lado da rua, ela o viu. Um jovem cujos traços faciais refletiam uma semelhança impressionante com Gustavo. Seu coração deu um salto de alegria enquanto uma onda de emoção percorria seu corpo.

— Meu Deus —, sussurrou Eliza para si mesma, sem conseguir conter a mistura de emoções que tomava conta dela. — Eu encontrei meu irmão, Gustavo!

Seus passos se apressaram ainda mais, guiados pela urgência de reunir-se com o irmão há tanto tempo perdido. Cada segundo parecia uma eternidade enquanto ela atravessava a rua, seu coração batendo forte no peito. Ao se aproximar, ela podia ver os detalhes familiares nos olhos do jovem desconhecido, a forma como ele inclinava a cabeça, até mesmo o sorriso que parecia ecoar o de seu irmão. Quando finalmente estavam face a face, as palavras escaparam de seus lábios com uma mistura de alívio e felicidade.

— Gustavo? —, disse Eliza, sua voz tremendo com a emoção. — Sou eu, sua irmã, Eliza.

Quando finalmente estavam face a face, a verdade se revelou cruelmente diante dela. O jovem desconhecido não era Gustavo. Ele olhou para ela com confusão, sem entender a intensidade das emoções que a consumiam. Eliza sentiu seu coração afundar em seu peito, uma mistura de desapontamento e tristeza tomando conta dela. Ela havia alimentado tanto esperança, apenas para ser confrontada com a dura realidade de que seu irmão ainda estava perdido. As lágrimas ameaçaram transbordar de seus olhos enquanto ela lutava para processar a decepção avassaladora que a envolvia. Naquela parada de ônibus solitária, a luz do sol já não parecia tão reconfortante, e Eliza se viu confrontada com a dolorosa jornada que ainda tinha pela frente na busca por seu irmão perdido.

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