Capítulo 20

Um buquê de rosas brancas é cruelmente jogado ao chão. O lençol branco, costumeiramente associado à esperança e cura, agora encobre um corpo inerte. Enquanto médicos se apressam para a cena, o silêncio é interrompido apenas pelo som dos pneus dos veículos de emergência passando por cima da rosa perdida. O clima denso paira sobre o hospital, carregado de suspeitas e segredos, enquanto Pedro permaneceu na sala de espera do hospital, envolto na escuridão de sua própria angústia. Seus soluços ecoavam pelos corredores vazios enquanto ele se torturava com perguntas sem resposta.

— Por que não fiquei aqui? Por que não protegi Thiago? —, murmurou para si mesmo, suas palavras se perdendo no ar pesado.

O som de passos suaves que se aproximavam quebrou o silêncio opressivo. Daniel, o amigo leal, apareceu diante de Pedro, segurando um copo d'água como um pequeno símbolo de consolo em meio ao mar de tristeza de Pedro. Ele se sentou ao lado de Pedro, oferecendo-lhe o copo e um olhar solidário.

— Não é sua culpa, Pedro —, disse Daniel suavemente, sua voz carregada de compaixão. — Você não poderia ter feito nada para impedir isso.

Pedro aceitou o copo d'água, mas seu coração ainda pesava com o peso da culpa: — Mas e se eu tivesse estado aqui? E se eu tivesse feito algo para proteger Thiago?

Daniel colocou uma mão reconfortante no ombro de Pedro: — Não podemos mudar o passado, meu amigo. Mas podemos decidir o que fazer a seguir.

Pedro olhou para Daniel, uma centelha de determinação surgindo em seus olhos vermelhos e inchados: — O que podemos fazer?

Daniel respirou fundo, preparando-se para as palavras que viriam a seguir: — Vamos atrás do mascarado de LED.

As palavras de Daniel ecoaram na sala de espera, carregadas de promessa e determinação. Pedro ficou chocado com a proposta, mas uma sensação de propósito começou a crescer dentro dele.

— Mas ele é um assassino perigoso —, murmurou Pedro, sua voz vacilando. — Ele já tirou tantas vidas.

Daniel assentiu, sua expressão séria: — Eu sei. Mas não podemos permitir que ele continue espalhando medo e destruição. Vamos caçá-lo juntos, Pedro. Vamos garantir que ele pague por tudo o que fez.

Uma nova chama acendeu nos olhos de Pedro enquanto ele olhava para Daniel: — Sim —, disse ele, sua voz firme. — Juntos, vamos garantir que ele nunca mais machuque outra pessoa.

A tristeza no coração de Pedro é misturada com o medo crescente. Seus olhos estavam inchados de chorar, mas também estavam alertas, vasculhando cada sombra em busca de perigo iminente. Ele sabia que o mascarado de LED estava lá fora, em algum lugar, esperando para atacar novamente.

Daniel, segurando o copo d'água como um gesto de conforto, mas Pedro permaneceu tenso, seu corpo tenso como um arco prestes a ser disparado. Ele aceitou o copo d'água, mas seus olhos nunca deixaram os arredores, sua mente martelando com preocupações e suposições sombrias.

— Não é sua culpa, Pedro —, disse Daniel, sua voz suave como uma brisa reconfortante: — Você não poderia ter previsto o que aconteceria.

Pedro assentiu, mas o medo ainda ardia em seu peito: — Mas e se ele vier atrás de mim? E se eu for o próximo alvo?

Daniel colocou uma mão tranquilizadora no ombro de Pedro: — Nós vamos cuidar disso, Pedro. Nós vamos garantir que ele não machuque mais ninguém.

Pedro olha para Daniel, sua expressão uma mistura de gratidão e apreensão: — Mas como vamos fazer isso? Ele é um assassino perigoso.

Daniel olha fixamente nos olhos de Pedro, sua determinação inabalável: — Vamos enfrentá-lo de frente. Não podemos permitir que ele espalhe mais terror.

Uma sensação de urgência tomou conta de Pedro. Ele sabia que não podia simplesmente esperar passivamente enquanto o mascarado de LED continuava sua matança. Mesmo que estivesse com medo, ele sabia que tinha que agir.

— Está bem —, disse Pedro, sua voz firme apesar da tremulação interior. — Vamos fazer isso. Vamos garantir que ele pague por tudo o que fez.

— Não se preocupe, tudo vai ficar bem... mas parece pálido —, perguntou ele, estendendo um copo d'água.

Pedro aceitou o copo com um sorriso fraco e tomou a água até o último gole. Mas então, de repente, seus olhos se arregalaram de dor e ele começou a tossir violentamente, incapaz de respirar.

— Pedro! O que está acontecendo? — Daniel exclamou, sua voz tingida de pânico, enquanto observava Pedro agarrando sua garganta, lutando para respirar.

Os olhos de Pedro começaram a ficar vermelhos, enquanto ele se debatia no chão, sua respiração se tornando cada vez mais difícil. Daniel estava em pânico, sem entender o que estava acontecendo. E então, em um último suspiro de agonia, Pedro no chão, imóvel. Daniel correu até ele, mas era tarde demais. Seu amigo estava morto, vítima de um envenenamento misterioso. O coração de Daniel estava pesado de choque e pesar.

No entanto, em um canto distante da sala de espera, um grande aquário de peixes brilhava com uma luz misteriosa. A água cristalina abrigava uma variedade de criaturas coloridas, cujos movimentos graciosos contrastavam com o caos ao redor. De repente, emergindo das profundezas do aquário, surgiu uma figura envolta em mistério: o mascarado de LED. Vestido em trajes extravagantes e adornado com um elaborado visor de LED, sua presença era tão intrigante quanto inesperada.

No suave banho de luz matinal que adentrava o apartamento de Lígia e João, um turbilhão de emoções se desencadeava. O mundo de Lígia desmoronava diante das palavras trêmulas impressas na carta que segurava. Lágrimas silenciosas marcavam seu rosto enquanto a verdade revelada cortava seu coração, desencadeando um grito sufocado.

— Isso não pode ser verdade! — diz Lígia.

Observando-a com uma mistura de compaixão e resolução, Mateus se aproximou, oferecendo sua presença como um refúgio em meio ao caos: — Sinto muito profundamente. Sei o quanto é difícil para você agora —, suas palavras soaram como um bálsamo em sua angústia.

Com a voz embargada pela dor, Lígia indagou: — Como você descobriu?

— Foi naquele dia em que você foi à delegacia. Comecei a investigar sua família depois que você saiu e descobri tudo —, revelou Mateus, sua expressão séria refletindo a gravidade da situação.

Incredulidade e raiva se misturaram no coração de Lígia: — Não posso acreditar que João seria capaz disso!

As piores suspeitas de Lígia foram confirmadas por Mateus: — Seu marido tirou a vida da própria filha.

— A mim disseram que ela morreu de overdose — protestou Lígia, a dor de uma mãe transbordando em cada sílaba.

— Vou providenciar um mandado de prisão para João —, prometeu Mateus, sua determinação refletida em seus olhos.

Fortalecida pela promessa de justiça, Lígia afirmou: — Quero vê-lo atrás das grades. Ele tirou a vida da minha filha.

— Ele não escapará impune. João pagará pelo que fez —, assegurou Mateus, injetando um fio de esperança na tempestade de emoções de Lígia.

O abraço que se seguiu foi um porto seguro para Lígia, que se permitiu ser envolvida pela força e pelo carinho de Mateus. Enquanto chorava, algo novo começou a florescer dentro dela.

— Estou começando a sentir algo muito forte por você —, confessou ela, sua voz trêmula.

Tocado pela proximidade, Mateus admitiu: — Você está me tocando de uma forma que não consigo resistir.

— É melhor pararmos, estou com muito medo —, sussurrou Lígia, o medo e o desejo travando uma batalha dentro dela.

— É compreensível ter medo —, respondeu Mateus, sua voz reconfortante.

O momento seguinte foi carregado de tensão e desejo. Os lábios de Mateus encontraram os de Lígia em um beijo que selou uma promessa não verbal.

Quando se separaram, Lígia, ainda sob o efeito do beijo, pediu que ele partisse: — Você deveria ir agora.

— Está bem, eu vou. Mas antes, preciso te perguntar uma coisa —, disse Mateus, hesitante.

— O quê? — perguntou Lígia, seu coração acelerado.

— Você gostou do beijo? — indagou Mateus, vulnerável.

— Não sei, estou tão confusa agora, tantas coisas estão acontecendo na minha vida —, respondeu Lígia, a confusão e a dor transparecendo em seus olhos.

— Vou embora, mas voltarei para você —, prometeu Mateus antes de partir, deixando Lígia com seus pensamentos tumultuados e o eco do beijo em seus lábios.

Sozinha, Lígia sentou-se no sofá, envolta em memórias recentes. Seu olhar caiu sobre a carta da filha sobre a mesa, renovando sua determinação. — Agora tenho mais o que fazer.

Com a luz do sol banhando a sala de estar da mansão, cada móvel parecia ser tocado por promessas de um novo começo. No coração desse cenário, um momento de vulnerabilidade e sinceridade se desenrolava. Débora, a matriarca da família, ajoelhada diante de seus filhos, buscava redenção.

— Primeiro, preciso pedir desculpas a vocês. Sei que falhei como mãe e os abandonei —, começou Débora, sua voz carregada de arrependimento.

Eliza, cuja vida foi virada de cabeça para baixo, respondeu com uma mistura de confusão e mágoa: — Nossa vida mudou completamente, mãe. De repente, estou em Natal-RN, e então, bam, estou em São Paulo

Gustavo, segurando uma carta desbotada pelo tempo, revelou: — Encontrei uma carta sua nas coisas da Tia. Acabei fugindo para São Paulo, e então Eliza veio atrás de mim!

Débora, com os olhos marejados, confessou: — Eu planejava voltar para Natal um dia e explicar tudo para vocês. Mas minha vida deu uma guinada inesperada.

Eliza, buscando compreender a dor que moldou seu destino, perguntou: — O que aconteceu de tão grave para você sair de Natal e vir para São Paulo?"

A história de Débora era uma trama de amor, engano e consequências: — Em Natal, conheci o pai de vocês quando era muito jovem. Ele era significativamente mais velho. Tivemos um relacionamento e ele prometeu se casar comigo. Quando Eliza nasceu, ele ficou feliz, mas queria um filho homem. Então Gustavo veio ao mundo. Descobri que ele era casado, meu pai soube e me expulsou de Natal. Foi aí que sua tia Carol começou a cuidar de vocês.

Gustavo, perplexo, questionou: — Mas por que a tia Carol nunca nos contou nada disso?

Débora, suspirando pesadamente, admitiu: — Quando retomei contato, pedi a ela que mantivesse segredo.

Eliza, com um olhar acusador, confrontou: — Depois você se casou e teve outra família!

Débora, com lágrimas escorrendo, assegurou: — Nunca tirei vocês do meu coração. E queria que soubessem que têm outro irmão.

Gustavo, atônito, perguntou: — Onde ele está?

Com dor insuportável, Débora revelou: — Ele morreu aos 26 anos. Meu marido teve um infarto ao vê-lo no caixão. No mesmo dia, ele e seu irmão foram enterrados juntos

Eliza, com sabedoria além de sua idade, ofereceu consolo: — Mãe, todos erramos nesta vida.

Débora, com a alma exposta, suplicou: — Já falei tudo, se quiserem me perdoar...

Gustavo, com voz firme e amorosa, afirmou: — O amor de uma mãe é insubstituível.

Eliza, olhando pela janela para o céu, disse com esperança: — Mãe, até das nuvens mais escuras cai água limpa.

Palavras de perdão e aceitação se entrelaçaram como um abraço coletivo. Débora, Gustavo e Eliza se uniram em um abraço que transcendia o tempo perdido, selando um novo capítulo em suas vidas.

...{...}...

A luz matinal apenas começando a beijar o horizonte, Daniel ergueu-se, os primeiros raios de sol se infiltrando pela janela entreaberta. A tranquilidade do quarto contrastava com a agitação de sua mente. Após um rápido banho, algo fora do comum capturou sua atenção: a bolsa de Olívia, solitária no canto. Ao se aproximar, um papel deslizou dela, como se implorasse para ser lido. Daniel o apanhou e, ao decifrar as palavras ali escritas, seu mundo desabou. — Olívia está grávida —, dizia o papel, uma bomba emocional que explodiu sob seus pés. Inquieto, ele começou a andar de um lado para o outro, cada passo ecoando sua confusão interior.

— Isso não pode estar acontecendo... Olívia não pode estar grávida —, murmurou Daniel, tentando dar sentido ao caos que se instalara.

O tempo parecia ter congelado enquanto ele ponderava, mas a urgência da situação o compelira a agir. Com o coração martelando no peito, ele discou o número de Olívia.

— Alô —, sua voz soou do outro lado, uma nota de esperança em meio à incerteza.

— Onde você está? — Daniel perguntou, lutando para manter a calma.

— Uau, você não perde tempo, não é? — Olívia brincou, alheia à tempestade prestes a desabar.

— Não é hora para brincadeiras. Preciso falar com você, agora — Daniel insistiu, sua voz revelando a gravidade da situação.

— Tudo bem, não precisa ser tão sério. Estou em casa, venha logo! — Olívia respondeu, uma pontada de irritação em suas palavras.

— Estou indo, e esta conversa será definitiva —, Daniel declarou, determinação transbordando de cada palavra.

Vestindo-se às pressas, Daniel agarrou o teste de gravidez, o pedaço de papel que mudaria tudo, e partiu para encontrar Olívia. O que aconteceria a seguir era um enigma, mas uma coisa era certa: suas vidas estavam prestes a sofrer uma reviravolta irreversível.

O sol começava a se pôr sobre a pequena cidade quando Pneu, ainda ofegante pela intensa partida de bola, retornou à modesta pousada que agora chamava de lar. Seus músculos latejavam com a exaustão, mas seu coração se encheu de gratidão ao avistar o rosto sorridente de sua mãe, Stephanie, que o aguardava na porta.

— Filho, esse daqui é o seu quarto —, anunciou Stephanie, abrindo as portas de um novo mundo para ele. Pneu mal conseguia acreditar no conforto e na segurança que o aguardavam ali, um contraste gritante com as noites insones que passara nas ruas.

— Uau, mãe, tudo isso é para mim? —, murmurou Pneu, emocionado.

— Sabe que sim, meu amor. Você merece tudo isso e muito mais —, respondeu Stephanie, com ternura maternal. — Agora, vá tomar um banho. Você está todo suado.

Com um aceno de cabeça, Pneu concordou e dirigiu-se ao banheiro, deixando-se sozinho com seus pensamentos e o silêncio reconfortante do quarto. Mas sua tranquilidade foi abruptamente interrompida quando uma rajada de vento fechou a porta do banheiro com estrondo, trancando-o lá dentro.

— Oi? Mãe, é você? Estou trancado —, chamou Pneu, tentando abrir a porta em vão.

Uma voz familiar e arrepiante começou a ecoar ao seu redor, congelando-o de medo.

— Pneu, achou que tinha se livrado de mim? Estou de volta. E agora, só terá a mim —, sussurrou a voz, enviando calafrios pela espinha de Pneu.

Desesperado, Pneu começou a se debater, até que a porta finalmente se abriu, revelando a figura sinistra do Garoto.

— Meu Deus, você está vivo? —, exclamou Pneu, atônito.

— Estou mais vivo do que nunca. Sobrevivi à queda do penhasco —, anunciou o Garoto, seu olhar transbordando de triunfo e vingança.

Pneu engoliu em seco, sentindo o pânico se apoderar dele: — O que você vai fazer comigo? —, perguntou, temendo a resposta.

O Garoto se aproximou lentamente, encarando Pneu com uma intensidade assustadora: — Você quer voltar para as ruas? —, desafiou, sua voz ecoando como uma ameaça.

— Não, por favor, não —, implorou Pneu, aterrorizado com a ideia.

— Então, me dê o que eu quero e nunca mais ouvirá falar de mim —, propôs Garoto, um sorriso malicioso se formando em seus lábios.

E foi então que ele fez sua demanda, uma exigência tão absurda que deixou Pneu completamente sem palavras: — Você vai me dar... 100 milhões de dólares —, declarou Garoto, com um olhar que o fez tremer até o âmago de sua alma.

Pneu encarou o Garoto, atordoado e impotente diante da magnitude daquela exigência, sem ter ideia de como poderia sequer começar a lidar com isso.

A mansão de Olívia era um labirinto de mistérios ocultos e segredos sombrios, onde até mesmo o silêncio parecia conspirar contra ela. Em seu santuário privado, envolta na seda de sua melhor lingerie, Olívia confrontava seu reflexo com determinação implacável.

— Não permitirei que Daniel se vá. Eu o conquistarei, não deixarei que aquela vendedora de empadas o roube de mim. — A voz de Olívia ecoava, enquanto seus dedos habilidosos ajustavam cada fio de cabelo com precisão.

Entretanto, a paz frágil foi abruptamente quebrada por passos sinistros, que ressoavam pelas escadas como um aviso macabro. Com o coração martelando em seu peito, Olívia avançou corajosamente em direção às escadas, desafiando o silêncio opressivo.

— Quem ousa invadir minha morada? Já chamei a polícia!

Mas o silêncio era a única resposta, até que o estilhaço de vidro cortou o ar, ecoando em sua mente como um grito de alerta. Movida pelo pânico, Olívia se lançou em direção à cozinha, agarrando uma faca como sua única arma e o telefone como sua única conexão com o mundo exterior. E então, das sombras, emergiu a figura ameaçadora do Mascarado de LED, envolvendo Olívia em um véu de terror paralisante.

— O que deseja de mim? — ela exigiu, a faca trêmula em suas mãos trêmulas.

Com uma voz que arrepiava até os ossos, o Mascarado questionou: — Por que não esfaqueou Daniel?

Olívia, lutando contra o turbilhão de medo que ameaçava engolfá-la, respondeu com firmeza: — Daniel é meu amor, jamais o machucaria

— Seu tempo acabou — proclamou o Mascarado, lançando outra faca sobre a mesa, que serpenteou ameaçadoramente em direção a Olívia.

Com a faca em punho, ela sussurrou, o medo entrelaçado em cada palavra: — O que pretende que eu faça com esta faca?

— Esfaqueie-se até a morte, Olívia! — ordenou o Mascarado, a luz de sua máscara piscando como o batimento cardíaco de uma presença maligna.

Imobilizada pelo choque, Olívia se viu encarando a face do destino, enquanto o Mascarado de LED a observava impiedosamente, cada piscar de luz um lembrete implacável de seu destino sombrio.

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