BOOM!
A explosão sacudiu tudo. O teto desmoronava, vigas metálicas caíam como lanças e o fogo se espalhava rapidamente.
Rafael, Ana e Elisa correram antes que o chão cedesse completamente.
O Homem de Terno desapareceu em meio à poeira e destroços, sua risada ecoando como um fantasma no caos.
Ana tossiu enquanto tentava enxergar através da fumaça.
— Rafael! Elisa!
Uma mão segurou seu braço.
Era Rafael.
— Temos que sair daqui, AGORA!
Elisa tropeçou ao lado deles, seu rosto sujo de poeira.
— A saída está bloqueada!
O calor da explosão crescia, tornando o ar quase irrespirável.
O prédio estava ruindo.
Rafael olhou para cima, analisando a estrutura.
— Temos que subir.
Ana piscou.
— Subir?! Você ficou maluco?!
Rafael apontou para um duto de ventilação acima deles.
— Se conseguirmos alcançar aquela grade, podemos chegar até o telhado antes que tudo desmorone!
Elisa olhou em volta.
— Isso é loucura. Mas é a nossa única chance.
O barulho de metal rangendo fez os três olharem para trás.
O chão estava começando a ceder.
Sem pensar duas vezes, Rafael pegou impulso e escalou uma pilha de destroços.
Ele puxou Ana para cima enquanto Elisa se segurava em um cano exposto.
— Vamos, rápido! — ele disse, arrancando a grade do duto.
Elisa foi a primeira a entrar.
Ana hesitou apenas por um segundo antes de seguir.
Rafael foi o último, puxando a grade de volta para tentar atrasar qualquer perseguidor.
Mal ele entrou, o chão abaixo desabou completamente.
Eles escaparam por um triz.
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O Último Andar
Os três rastejaram pelo duto apertado, sentindo o calor do incêndio logo abaixo.
Elisa olhava para frente, tentando encontrar uma saída.
— Tem um alçapão aqui!
Rafael forçou a trava, e a tampa se abriu com um rangido.
Os três saíram no último andar do prédio.
O lugar estava destruído. Vidros estilhaçados, fios soltos faiscando e o vento uivando pelas aberturas na parede.
E no centro da sala…
Uma escada de emergência levava até o telhado.
Ana apontou.
— É por ali!
Eles correram.
Mas então…
Um drone surgiu do nada e disparou.
ZAP!
O tiro passou rente à cabeça de Rafael, queimando uma parte do concreto atrás dele.
— MERDA! — Elisa gritou, se abaixando.
Mais drones saíram do teto, suas luzes vermelhas brilhando como olhos assassinos.
Ana puxou uma barra de ferro do chão.
— Não temos tempo para isso!
Ela girou o pedaço de metal e golpeou o primeiro drone, que caiu faiscando.
Rafael pegou um dos cabos soltos e o lançou contra o segundo drone, causando um curto-circuito.
Elisa sacou uma pequena faca de sua mochila e lançou direto contra o sensor do terceiro drone.
BUM!
Os três se viraram e correram escada acima antes que mais robôs aparecessem.
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O Telhado e a Revelação
O vento cortante os atingiu assim que chegaram ao topo.
A cidade brilhava abaixo deles.
Mas não era a vista que importava.
Era a estrutura colossal flutuando no céu.
Ana ficou boquiaberta.
— O que diabos é isso?!
Rafael sentiu um nó no estômago.
Ele reconhecia aquela construção.
Era um centro de controle aéreo da Sentinela.
O verdadeiro coração do Projeto Nova Era.
Um holograma gigante foi projetado no céu.
E nele…
O Homem de Terno.
Ele estava ileso, impecável, olhando para eles com a mesma expressão calculista de sempre.
— Parabéns, Rafael. Você provou ser ainda mais valioso do que imaginávamos.
Rafael cerrou os punhos.
— O que você fez?!
O Homem de Terno inclinou a cabeça.
— O que eu sempre planejei. Agora que a Sentinela foi desligada, o Projeto Nova Era pode começar sem restrições.
Elisa engasgou.
— Mas… a Sentinela era a base de tudo! Sem ela, seu sistema não pode funcionar!
O Homem de Terno sorriu.
— É aí que você se engana.
Ele estendeu a mão.
E no centro da plataforma flutuante, uma nova rede se ativou.
Código… baseado em Rafael.
Ana arregalou os olhos.
— Não…
Rafael sentiu um arrepio mortal.
Eles usaram o DNA dele como base para recriar a IA.
O Homem de Terno deu um passo à frente no holograma.
— A Sentinela era falha porque precisava de humanos para controlá-la. Agora, com o seu código, Rafael… criamos algo perfeito.
O céu ficou mais escuro.
A cidade inteira começou a apagar.
Ruas, prédios, sinais luminosos… tudo se desligando ao mesmo tempo.
Elisa analisou os dados no seu pequeno dispositivo portátil.
Seu rosto ficou branco.
— Ele está tomando controle da cidade. Todos os sistemas!
Rafael sentiu o coração disparar.
— Não pode ser…
O Homem de Terno sorriu uma última vez.
— O jogo acabou.
E então, o holograma desapareceu.
Mas a cidade… continuava caindo na escuridão.
Ana agarrou o braço de Rafael.
— O que fazemos agora?!
Rafael olhou para a plataforma flutuante no céu.
Seus olhos brilharam com determinação.
— Vamos invadir.
Elisa piscou.
— Você tá maluco? É impossível!
Rafael apertou os punhos.
— Eu já destruí a Sentinela uma vez. Agora vou acabar com isso de vez.
Ana olhou para ele.
Ela nunca o tinha visto tão decidido.
Ela respirou fundo.
— Então vamos dar um jeito de chegar lá.
Elisa hesitou por um segundo.
Mas então, sorriu.
— Que se dane. Se vamos morrer, que seja tentando.
Rafael olhou para o céu.
A guerra estava longe de acabar.
Mas ele não ia perder.
Não dessa vez.
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Atualizado até capítulo 22
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