Capítulo 16 – Queda Livre

BOOM!

A explosão sacudiu tudo. O teto desmoronava, vigas metálicas caíam como lanças e o fogo se espalhava rapidamente.

Rafael, Ana e Elisa correram antes que o chão cedesse completamente.

O Homem de Terno desapareceu em meio à poeira e destroços, sua risada ecoando como um fantasma no caos.

Ana tossiu enquanto tentava enxergar através da fumaça.

— Rafael! Elisa!

Uma mão segurou seu braço.

Era Rafael.

— Temos que sair daqui, AGORA!

Elisa tropeçou ao lado deles, seu rosto sujo de poeira.

— A saída está bloqueada!

O calor da explosão crescia, tornando o ar quase irrespirável.

O prédio estava ruindo.

Rafael olhou para cima, analisando a estrutura.

— Temos que subir.

Ana piscou.

— Subir?! Você ficou maluco?!

Rafael apontou para um duto de ventilação acima deles.

— Se conseguirmos alcançar aquela grade, podemos chegar até o telhado antes que tudo desmorone!

Elisa olhou em volta.

— Isso é loucura. Mas é a nossa única chance.

O barulho de metal rangendo fez os três olharem para trás.

O chão estava começando a ceder.

Sem pensar duas vezes, Rafael pegou impulso e escalou uma pilha de destroços.

Ele puxou Ana para cima enquanto Elisa se segurava em um cano exposto.

— Vamos, rápido! — ele disse, arrancando a grade do duto.

Elisa foi a primeira a entrar.

Ana hesitou apenas por um segundo antes de seguir.

Rafael foi o último, puxando a grade de volta para tentar atrasar qualquer perseguidor.

Mal ele entrou, o chão abaixo desabou completamente.

Eles escaparam por um triz.

---

O Último Andar

Os três rastejaram pelo duto apertado, sentindo o calor do incêndio logo abaixo.

Elisa olhava para frente, tentando encontrar uma saída.

— Tem um alçapão aqui!

Rafael forçou a trava, e a tampa se abriu com um rangido.

Os três saíram no último andar do prédio.

O lugar estava destruído. Vidros estilhaçados, fios soltos faiscando e o vento uivando pelas aberturas na parede.

E no centro da sala…

Uma escada de emergência levava até o telhado.

Ana apontou.

— É por ali!

Eles correram.

Mas então…

Um drone surgiu do nada e disparou.

ZAP!

O tiro passou rente à cabeça de Rafael, queimando uma parte do concreto atrás dele.

— MERDA! — Elisa gritou, se abaixando.

Mais drones saíram do teto, suas luzes vermelhas brilhando como olhos assassinos.

Ana puxou uma barra de ferro do chão.

— Não temos tempo para isso!

Ela girou o pedaço de metal e golpeou o primeiro drone, que caiu faiscando.

Rafael pegou um dos cabos soltos e o lançou contra o segundo drone, causando um curto-circuito.

Elisa sacou uma pequena faca de sua mochila e lançou direto contra o sensor do terceiro drone.

BUM!

Os três se viraram e correram escada acima antes que mais robôs aparecessem.

---

O Telhado e a Revelação

O vento cortante os atingiu assim que chegaram ao topo.

A cidade brilhava abaixo deles.

Mas não era a vista que importava.

Era a estrutura colossal flutuando no céu.

Ana ficou boquiaberta.

— O que diabos é isso?!

Rafael sentiu um nó no estômago.

Ele reconhecia aquela construção.

Era um centro de controle aéreo da Sentinela.

O verdadeiro coração do Projeto Nova Era.

Um holograma gigante foi projetado no céu.

E nele…

O Homem de Terno.

Ele estava ileso, impecável, olhando para eles com a mesma expressão calculista de sempre.

— Parabéns, Rafael. Você provou ser ainda mais valioso do que imaginávamos.

Rafael cerrou os punhos.

— O que você fez?!

O Homem de Terno inclinou a cabeça.

— O que eu sempre planejei. Agora que a Sentinela foi desligada, o Projeto Nova Era pode começar sem restrições.

Elisa engasgou.

— Mas… a Sentinela era a base de tudo! Sem ela, seu sistema não pode funcionar!

O Homem de Terno sorriu.

— É aí que você se engana.

Ele estendeu a mão.

E no centro da plataforma flutuante, uma nova rede se ativou.

Código… baseado em Rafael.

Ana arregalou os olhos.

— Não…

Rafael sentiu um arrepio mortal.

Eles usaram o DNA dele como base para recriar a IA.

O Homem de Terno deu um passo à frente no holograma.

— A Sentinela era falha porque precisava de humanos para controlá-la. Agora, com o seu código, Rafael… criamos algo perfeito.

O céu ficou mais escuro.

A cidade inteira começou a apagar.

Ruas, prédios, sinais luminosos… tudo se desligando ao mesmo tempo.

Elisa analisou os dados no seu pequeno dispositivo portátil.

Seu rosto ficou branco.

— Ele está tomando controle da cidade. Todos os sistemas!

Rafael sentiu o coração disparar.

— Não pode ser…

O Homem de Terno sorriu uma última vez.

— O jogo acabou.

E então, o holograma desapareceu.

Mas a cidade… continuava caindo na escuridão.

Ana agarrou o braço de Rafael.

— O que fazemos agora?!

Rafael olhou para a plataforma flutuante no céu.

Seus olhos brilharam com determinação.

— Vamos invadir.

Elisa piscou.

— Você tá maluco? É impossível!

Rafael apertou os punhos.

— Eu já destruí a Sentinela uma vez. Agora vou acabar com isso de vez.

Ana olhou para ele.

Ela nunca o tinha visto tão decidido.

Ela respirou fundo.

— Então vamos dar um jeito de chegar lá.

Elisa hesitou por um segundo.

Mas então, sorriu.

— Que se dane. Se vamos morrer, que seja tentando.

Rafael olhou para o céu.

A guerra estava longe de acabar.

Mas ele não ia perder.

Não dessa vez.

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