4:57… 4:56…
O tempo na tela continuava a correr.
O coração de Rafael batia acelerado.
Ele olhou para os mapas piscando, cada um marcando um ponto na cidade. Explosivos, ataques, falhas no sistema.
O Homem de Terno não estava brincando.
— O que você quer? — Rafael perguntou, a voz tensa.
O Homem de Terno sorriu.
— Quero que você aceite seu destino. Você foi criado para se conectar à Sentinela. Agora é a hora de completar o ciclo.
4:45…
Ana apertou o braço de Rafael.
— Não dá para confiar nele! Se você fizer o que ele quer, ele vai te usar para algo muito pior!
Elisa se aproximou do terminal.
— Eu posso tentar desativar isso! Se conseguir entrar no código antes do tempo acabar…
Mas antes que pudesse tocar o teclado, o Homem de Terno ergueu a mão.
Todas as telas piscaram vermelho.
— Eu não faria isso, senhorita. Uma única tentativa de interferência e o programa será acelerado.
Elisa praguejou e recuou.
4:30…
Rafael sentiu a mente trabalhar a mil.
Se ele aceitasse a conexão, a Sentinela teria acesso a todas as suas habilidades. Ele seria a peça que faltava para torná-la invencível.
Se recusasse, milhares de vidas estariam em risco.
— Isso é uma escolha impossível — murmurou.
Ana olhou para ele.
— Não, não é. Você sempre encontra uma saída. Dessa vez não pode ser diferente.
Rafael respirou fundo.
Precisava de um plano.
4:15…
---
A Estratégia Impossível
Rafael encarou o Homem de Terno.
— E se eu aceitar?
Ana e Elisa o olharam chocadas.
O Homem de Terno inclinou a cabeça, curioso.
— Então a cidade estará segura. Você finalmente assumirá o papel para o qual foi criado.
4:00…
Rafael assentiu lentamente.
— Então me conecte.
Ana segurou o braço dele.
— O quê?!
Elisa arregalou os olhos.
— Isso é suicídio!
Rafael piscou discretamente para elas.
Ana prendeu a respiração.
Ele tinha um plano.
O Homem de Terno sorriu satisfeito.
— Excelente escolha.
Ele gesticulou para um dos painéis.
Uma cadeira metálica emergiu do chão, equipada com fios e sensores.
— Basta sentar, e a conexão será estabelecida.
Rafael caminhou até a cadeira e se sentou.
3:30…
Os sensores se ativaram automaticamente, ajustando-se ao redor da cabeça e braços dele.
Um visor desceu lentamente, cobrindo seus olhos.
E então…
O sistema se abriu para ele.
A rede da Sentinela.
Milhares de linhas de código passaram por sua visão.
E Rafael fez o que sempre fez de melhor.
Hackeou tudo.
---
Tomando Controle
O sistema tentou se conectar a ele.
Mas Rafael já estava no controle antes mesmo de o processo terminar.
Ele viu os mapas, os ataques programados, os dispositivos armados pela cidade.
E começou a apagar tudo.
Comandos reescritos.
Programas desativados.
Rede interrompida.
Os contadores começaram a descer para zero.
Os ataques foram cancelados.
No mundo real, o Homem de Terno franziu a testa.
— O que está acontecendo?
Ana olhou para a tela.
— Ele está revertendo tudo!
O Homem de Terno avançou para interromper a conexão.
Mas Ana foi mais rápida.
Ela pegou um dos pedaços de metal no chão e golpeou a lateral do painel de controle.
FAÍSCAS EXPLODIRAM.
— NÃO! — o Homem de Terno rugiu.
Elisa correu para o terminal e digitou freneticamente.
— Estou trancando ele do sistema!
Rafael sentiu o choque do código.
O Homem de Terno estava tentando reassumir o controle.
Mas Rafael era mais rápido.
Ele encontrou o núcleo da Sentinela.
O centro de tudo.
E o destruiu.
Uma mensagem piscou na tela:
"SENTINELA – ERRO FATAL. PROGRAMA DESATIVADO."
2:00…
O Homem de Terno cambaleou para trás.
— Isso… isso não é possível.
Ana se aproximou dele, cerrando os punhos.
— Você perdeu.
Ele olhou para ela, sua expressão de fúria sendo lentamente substituída por algo pior.
Diversão.
— Perdi? — ele repetiu. — Vocês acham que isso é o fim?
Ana sentiu um arrepio.
Rafael abriu os olhos e arrancou os fios da conexão.
Ele estava pálido, mas vivo.
Elisa correu até ele.
— Conseguiu?
Rafael assentiu.
— A Sentinela foi desligada. A cidade está segura.
Ana soltou um suspiro aliviado.
Mas o Homem de Terno começou a rir baixinho.
— Vocês são tão ingênuos…
Rafael franziu a testa.
— O que você quer dizer?
O Homem de Terno levantou a mão.
E o teto explodiu.
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A Última Armadilha
Detritos caíram. Luzes piscaram.
O barulho foi ensurdecedor.
Ana tossiu e tentou se levantar.
O salão estava desmoronando.
Rafael ajudou Elisa a se levantar.
O Homem de Terno estava de pé, intacto, com um sorriso tranquilo.
— Vocês se esqueceram de uma coisa.
O chão tremeu.
— A Sentinela era apenas uma parte do plano.
Ele apontou para o teto destruído.
— O verdadeiro projeto já começou.
Ana olhou para cima e sentiu o sangue gelar.
Lá fora, no céu escuro, algo gigantesco estava se movendo.
Uma estrutura metálica flutuante, cheia de antenas e braços mecânicos.
Elisa arregalou os olhos.
— Isso não pode ser…
O Homem de Terno sorriu.
— Bem-vindos à NOVA ERA.
O chão começou a desmoronar debaixo deles.
Ana segurou a mão de Rafael.
— PRECISAMOS SAIR DAQUI!
Ele olhou para o Homem de Terno.
— Isso não acabou.
O Homem de Terno sorriu ainda mais.
— Eu sei.
E então, tudo desabou.
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Atualizado até capítulo 22
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