Capítulo 15 – Cinco Minutos para o Fim

4:57… 4:56…

O tempo na tela continuava a correr.

O coração de Rafael batia acelerado.

Ele olhou para os mapas piscando, cada um marcando um ponto na cidade. Explosivos, ataques, falhas no sistema.

O Homem de Terno não estava brincando.

— O que você quer? — Rafael perguntou, a voz tensa.

O Homem de Terno sorriu.

— Quero que você aceite seu destino. Você foi criado para se conectar à Sentinela. Agora é a hora de completar o ciclo.

4:45…

Ana apertou o braço de Rafael.

— Não dá para confiar nele! Se você fizer o que ele quer, ele vai te usar para algo muito pior!

Elisa se aproximou do terminal.

— Eu posso tentar desativar isso! Se conseguir entrar no código antes do tempo acabar…

Mas antes que pudesse tocar o teclado, o Homem de Terno ergueu a mão.

Todas as telas piscaram vermelho.

— Eu não faria isso, senhorita. Uma única tentativa de interferência e o programa será acelerado.

Elisa praguejou e recuou.

4:30…

Rafael sentiu a mente trabalhar a mil.

Se ele aceitasse a conexão, a Sentinela teria acesso a todas as suas habilidades. Ele seria a peça que faltava para torná-la invencível.

Se recusasse, milhares de vidas estariam em risco.

— Isso é uma escolha impossível — murmurou.

Ana olhou para ele.

— Não, não é. Você sempre encontra uma saída. Dessa vez não pode ser diferente.

Rafael respirou fundo.

Precisava de um plano.

4:15…

---

A Estratégia Impossível

Rafael encarou o Homem de Terno.

— E se eu aceitar?

Ana e Elisa o olharam chocadas.

O Homem de Terno inclinou a cabeça, curioso.

— Então a cidade estará segura. Você finalmente assumirá o papel para o qual foi criado.

4:00…

Rafael assentiu lentamente.

— Então me conecte.

Ana segurou o braço dele.

— O quê?!

Elisa arregalou os olhos.

— Isso é suicídio!

Rafael piscou discretamente para elas.

Ana prendeu a respiração.

Ele tinha um plano.

O Homem de Terno sorriu satisfeito.

— Excelente escolha.

Ele gesticulou para um dos painéis.

Uma cadeira metálica emergiu do chão, equipada com fios e sensores.

— Basta sentar, e a conexão será estabelecida.

Rafael caminhou até a cadeira e se sentou.

3:30…

Os sensores se ativaram automaticamente, ajustando-se ao redor da cabeça e braços dele.

Um visor desceu lentamente, cobrindo seus olhos.

E então…

O sistema se abriu para ele.

A rede da Sentinela.

Milhares de linhas de código passaram por sua visão.

E Rafael fez o que sempre fez de melhor.

Hackeou tudo.

---

Tomando Controle

O sistema tentou se conectar a ele.

Mas Rafael já estava no controle antes mesmo de o processo terminar.

Ele viu os mapas, os ataques programados, os dispositivos armados pela cidade.

E começou a apagar tudo.

Comandos reescritos.

Programas desativados.

Rede interrompida.

Os contadores começaram a descer para zero.

Os ataques foram cancelados.

No mundo real, o Homem de Terno franziu a testa.

— O que está acontecendo?

Ana olhou para a tela.

— Ele está revertendo tudo!

O Homem de Terno avançou para interromper a conexão.

Mas Ana foi mais rápida.

Ela pegou um dos pedaços de metal no chão e golpeou a lateral do painel de controle.

FAÍSCAS EXPLODIRAM.

— NÃO! — o Homem de Terno rugiu.

Elisa correu para o terminal e digitou freneticamente.

— Estou trancando ele do sistema!

Rafael sentiu o choque do código.

O Homem de Terno estava tentando reassumir o controle.

Mas Rafael era mais rápido.

Ele encontrou o núcleo da Sentinela.

O centro de tudo.

E o destruiu.

Uma mensagem piscou na tela:

"SENTINELA – ERRO FATAL. PROGRAMA DESATIVADO."

2:00…

O Homem de Terno cambaleou para trás.

— Isso… isso não é possível.

Ana se aproximou dele, cerrando os punhos.

— Você perdeu.

Ele olhou para ela, sua expressão de fúria sendo lentamente substituída por algo pior.

Diversão.

— Perdi? — ele repetiu. — Vocês acham que isso é o fim?

Ana sentiu um arrepio.

Rafael abriu os olhos e arrancou os fios da conexão.

Ele estava pálido, mas vivo.

Elisa correu até ele.

— Conseguiu?

Rafael assentiu.

— A Sentinela foi desligada. A cidade está segura.

Ana soltou um suspiro aliviado.

Mas o Homem de Terno começou a rir baixinho.

— Vocês são tão ingênuos…

Rafael franziu a testa.

— O que você quer dizer?

O Homem de Terno levantou a mão.

E o teto explodiu.

---

A Última Armadilha

Detritos caíram. Luzes piscaram.

O barulho foi ensurdecedor.

Ana tossiu e tentou se levantar.

O salão estava desmoronando.

Rafael ajudou Elisa a se levantar.

O Homem de Terno estava de pé, intacto, com um sorriso tranquilo.

— Vocês se esqueceram de uma coisa.

O chão tremeu.

— A Sentinela era apenas uma parte do plano.

Ele apontou para o teto destruído.

— O verdadeiro projeto já começou.

Ana olhou para cima e sentiu o sangue gelar.

Lá fora, no céu escuro, algo gigantesco estava se movendo.

Uma estrutura metálica flutuante, cheia de antenas e braços mecânicos.

Elisa arregalou os olhos.

— Isso não pode ser…

O Homem de Terno sorriu.

— Bem-vindos à NOVA ERA.

O chão começou a desmoronar debaixo deles.

Ana segurou a mão de Rafael.

— PRECISAMOS SAIR DAQUI!

Ele olhou para o Homem de Terno.

— Isso não acabou.

O Homem de Terno sorriu ainda mais.

— Eu sei.

E então, tudo desabou.

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