Capítulo 11 – O Preço da Verdade

A sala parecia encolher ao redor deles.

Rafael e Ana estavam encurralados, os guardas armados bloqueando a única saída.

O homem de terno – o líder da Sentinela – deu um passo à frente, seu olhar frio como gelo.

— Rafael 001. Você é um erro que precisa ser corrigido.

Rafael cerrou os punhos.

— Eu não sou um número.

O homem sorriu de lado.

— Claro que é. Você sempre foi. E agora, é hora de voltar para casa.

Ana olhou para Rafael, tentando decifrar o que ele faria. Ele estava tenso, mas seus olhos analisavam cada detalhe da sala.

Ele estava calculando uma saída.

Mas havia alguma?

Os guardas deram mais um passo, armas erguidas.

— Não tentem nada — um deles disse.

Ana prendeu a respiração.

Então, Rafael se moveu.

Rápido como um raio, ele puxou o tablet da mesa e lançou contra a luz fluorescente no teto.

O vidro estourou, e a sala mergulhou na escuridão.

— CORRE! — Rafael gritou, agarrando a mão de Ana.

Os guardas atiraram, mas Rafael já estava se movendo.

Ele puxou Ana pelo braço, atravessando a escuridão.

O homem de terno gritou:

— Peguem eles!

Mas Rafael já tinha um plano.

Ele conhecia códigos, conhecia tecnologia… e conhecia o sistema de segurança da Sentinela.

Com um clique rápido em seu relógio digital, ele ativou um protocolo de emergência.

As sirenes dispararam.

"ALERTA: BRECHA DE SEGURANÇA DETECTADA. INICIANDO BLOQUEIO DE CONTENÇÃO."

As portas ao redor começaram a se fechar automaticamente.

Ana sentiu uma onda de adrenalina.

— Você travou o prédio inteiro?!

Rafael sorriu.

— Eu sou um hacker, lembra?

Eles correram pelos corredores enquanto os alarmes ecoavam.

Mas então…

Um guarda surgiu na frente deles.

Antes que Rafael reagisse, Ana agiu por instinto.

Ela pegou um extintor de incêndio da parede e bateu com força na cabeça do guarda.

Ele caiu no chão, inconsciente.

Rafael piscou, impressionado.

— Caramba, Ana!

— Depois te conto como aprendi isso! — ela disse, puxando-o para continuar correndo.

Eles chegaram a um elevador de serviço.

Rafael forçou a abertura do painel lateral e conectou seu dispositivo.

Os números piscaram na tela.

Ele pressionou um botão.

O elevador desceu rapidamente.

— Para onde estamos indo? — Ana perguntou.

— Saída subterrânea — Rafael respondeu.

Mas antes que o elevador chegasse ao destino, ele parou abruptamente.

E as luzes se apagaram.

Ana sentiu o pânico subir pela garganta.

— Isso não é bom…

A tela do elevador brilhou.

Uma mensagem apareceu.

"ACESSO NEGADO. CONTENÇÃO ATIVADA."

E então…

A voz do homem de terno soou pelo sistema de som.

— Acham que podem fugir de mim?

Ana olhou para Rafael.

Ele estava pálido.

— Eles tomaram controle do sistema — ele murmurou.

Ana sentiu o estômago afundar.

Eles estavam presos.

---

A Armadilha

As portas do elevador se abriram lentamente.

Luzes vermelhas piscavam do lado de fora.

O corredor à frente estava vazio… mas Ana sentia que era uma armadilha.

Rafael segurou sua mão.

— Fique perto de mim.

Eles saíram cautelosamente.

O chão de metal ecoava sob seus passos.

Então…

Passos pesados soaram atrás deles.

Ana se virou e viu três soldados da Sentinela se aproximando rapidamente.

Eles usavam armaduras negras e seguravam armas de choque.

Ana sentiu o medo tomar conta.

— Rafael…

Mas Rafael já estava agindo.

Ele puxou Ana para trás de uma pilastra e digitou algo em seu dispositivo.

De repente…

As luzes piscavam descontroladamente.

Os soldados hesitaram, confusos.

Rafael puxou Ana e sussurrou:

— Corra na minha deixa.

Ela assentiu, o coração disparado.

Os soldados se reagruparam.

Um deles apontou uma arma para Rafael.

— Ajoelhe-se. Agora.

Mas Rafael sorriu.

E então, ele apertou um botão.

BOOM!

Uma explosão de fumaça tomou o corredor.

Ana sentiu Rafael puxá-la e correu com todas as forças.

Eles passaram pelos soldados atordoados e seguiram em direção a uma porta de emergência.

Rafael digitou um código rapidamente.

A porta se abriu.

Atrás deles, os soldados começaram a se recuperar.

— RÁPIDO! — Ana gritou.

Eles entraram pela porta…

E o mundo desabou ao redor deles.

---

O Encontro com a Verdade

Quando Ana abriu os olhos, tudo estava silencioso.

Ela sentia o cheiro de terra molhada.

Rafael estava ao seu lado, respirando pesado.

Eles tinham caído em um túnel subterrâneo.

— Isso foi… intenso — Ana murmurou.

Rafael riu, ainda sem fôlego.

— Bem-vinda ao meu mundo.

Ana olhou ao redor.

— O que é esse lugar?

Rafael se levantou e ajudou Ana a ficar de pé.

— Um túnel de manutenção. Faz parte da antiga infraestrutura da cidade. Mas, pelo visto, a Sentinela também usa.

Ana sentiu um calafrio.

— Então ainda estamos no território deles?

Antes que Rafael pudesse responder, uma voz ecoou pelo túnel.

— Finalmente. Eu sabia que vocês viriam.

Ana e Rafael congelaram.

Das sombras, uma figura surgiu.

Elisa Montenegro.

Ana sentiu o coração acelerar.

— Você… está viva?

Elisa sorriu.

— Achei que já soubessem que sou difícil de matar.

Rafael estreitou os olhos.

— O que está fazendo aqui?

Elisa cruzou os braços.

— Salvando a pele de vocês.

Ana franziu a testa.

— Você nos seguiu?

— Eu já estava aqui antes de vocês chegarem. Vocês realmente acham que a Sentinela não previu que voltariam?

Rafael sentiu o estômago revirar.

— Então, foi tudo uma armadilha?

Elisa assentiu.

— Sim. Mas eu tenho uma saída.

Ana olhou desconfiada.

— E por que deveríamos confiar em você?

Elisa deu um passo à frente.

— Porque eu também quero derrubar a Sentinela. E vocês precisam de mim.

Rafael e Ana se entreolharam.

Eles não tinham escolha.

Se quisessem sobreviver…

Teriam que confiar em Elisa.

Pelo menos por enquanto.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!