Capítulo 19 — O Rei dos Goblins

O sol já se despedia no horizonte, tingindo o céu com tons dourados e laranjas, quando o grupo de Asas de Couve-Flor chegou à clareira, onde o exército de goblins aguardava. Os seis aventureiros estavam alinhados, prontos para enfrentar o que quer que estivesse à sua frente, embora nenhum deles tivesse a menor ideia do que exatamente isso seria.

De repente, um goblin surgiu à frente deles, um ser de pele verde e orelhas pontudas, trajando uma armadura de metal que mais parecia uma coleção de latas de sopa amassadas. Ele olhou para Felix com uma expressão de choque estampada em seu rosto. E então, o caos se desenrolou.

— O rei! O rei está aqui! — o goblin exclamou, apontando para Felix com um dedo trêmulo.

Felix piscou, tentando entender o que estava acontecendo.

— O quê? Eu sou... o quê? E desde quando goblins falam?

Antes que pudesse processar, os goblins começaram a se ajoelhar, seus rostos colados ao chão, como se Felix fosse uma divindade. Lyra soltou uma risada irônica, com um toque de provocação.

— Ah, claro. Deve ser pela sua rara beleza, Felix. Eles devem ter pensado que você era o rei que estavam esperando! Como não perceberam antes, hein? — disse ela, com um sorriso travesso, aproveitando o momento para zombar de seu amigo.

Felix olhou para os goblins ajoelhados, completamente confuso, sem saber o que fazer. Mas, como se fosse uma centelha de inspiração, uma ideia bizarra surgiu em sua mente, provavelmente influenciada pela estranheza do momento.

— Sim, sou eu. Eu sou o rei! — declarou, com uma firmeza que não combinava com seu desespero interno. Sentiu-se imediatamente ridículo, mas na lógica insana da situação, parecia ser a única saída para evitar um confronto direto.

Os goblins explodiram em gritos eufóricos, suas vozes altas e desordenadas.

— Nosso rei voltou! Nosso rei!

Felix olhou para Lyra, esperando algum tipo de reação, mas ela parecia se divertir demais para oferecer qualquer tipo de ajuda.

— Isso vai dar certo, não vai? — Felix murmurou para ela, com um tom de incerteza.

— Não faço a menor ideia, mas pelo menos vamos evitar que eles nos massacre, espero — respondeu Lyra, com uma pitada de sarcasmo.

O goblin que parecia ser o líder se levantou, com uma expressão de profunda veneração no rosto.

— Grande rei! Nosso território foi tomado por um dragão malvado que fez sua morada nas terras dos goblins. Se o rei não lutar por nós, seremos forçados a fugir! Por favor, mate o dragão! Só assim poderemos retornar ao nosso lar!

Felix olhou para o líder goblin, sem saber o que dizer. Um dragão malvado? Isso não passava de mais uma loucura dessa viagem. E, para piorar, ele não tinha a menor ideia de como derrotar um dragão.

— Você quer que eu lute contra um dragão? — Felix perguntou, a voz tremendo de incredulidade. — Eu sou apenas um mago com mais sorte do que talento!

O líder goblin, no entanto, parecia mais ansioso a cada palavra que proferia.

— O rei deve lutar! Como um verdadeiro rei, deve vencer o dragão e restaurar a paz para os goblins! Aqui está uma espada lendária que encontramos! Use-a para derrotar o dragão, meu rei!

Um dos goblins entregou-lhe uma espada de lâmina negra, com runas misteriosas brilhando levemente. Felix a olhou, tentando encontrar algum tipo de consolo naquela arma, mas o que sentiu foi apenas um peso insuportável. Não sabia como usá-la. Na verdade, ninguém no grupo parecia conseguir segurar a espada sem que ela escorregasse das mãos, como se a lâmina tivesse uma energia própria que a tornava impossível de controlar.

— Acho que ela não gosta de mim — disse Felix, tentando rir nervosamente enquanto a espada escorregava de suas mãos e caía no chão com um estrondo.

Lyra lançou-lhe um olhar cético.

— Deve ser a espada dos ‘grandes reis’, não é? Por que será que não funciona com você, Felix?

Felix tentou erguer a espada novamente, mas ela parecia ter vontade própria.

Grindor, mais calmo que qualquer outro no grupo, algo que não condizia com ele, deu um passo à frente, observando a cena com uma expressão pensativa.

— Acho que essa espada tem algo a ver com o fato de eles falarem agora e estarem mais... "inteligentes" — comentou, observando a lâmina.

— O que quer dizer com isso? — perguntou Felix, ainda sem compreender.

— Ei, goblin, quando vocês encontraram essa espada? — questionou Grindor ao goblin que havia entregado a espada.

— Nós achar há alguns dias, quando uma voz disse para entregá-la ao rei.

— Uma voz? Que tipo de voz? E por que ele seria o seu rei? — perguntou Grindor novamente.

— A voz da espada, e ele — o goblin apontou para Felix — tem aura de rei, e a espada vibrava quando ele chegou.

Todos ficaram em silêncio, uma sensação estranha pairando no ar. De alguma forma, Felix parecia ter alguma ligação com aquele absurdo, mas não sabia exatamente como.

Capítulos
1 Capítulo 1 — O Fracasso da Magia e o Começo
2 Capítulo 2 — O Primeiro Monstro (E a Primeira Tragédia!?)
3 Capítulo 3 — Como NÃO Derrotar um Dragão
4 Capítulo 4 — Rumores e Um Herói por Acidente!
5 Capítulo 5 — O Grupo de Aventureiros Pobres e Uma Ideia Genial
6 Capítulo 6 — O Exame Oficial e Um Monstro Que Não Deveria Existir
7 Capítulo 7 — Um Novo Rival?!
8 Capítulo 8 — O Duelo do Século (Ou Algo perto disso)
9 Capítulo 9 — Convocados Pelo Reino
10 Capítulo 10 — A Ponte Amaldiçoada
11 Capítulo 11 — O Banquete Real
12 Capítulo 12 — Habilidades Duvidosas e Uma Mentira Convincente
13 Capítulo 13 — Um Pedido Irrecusável
14 Capítulo 14 — O Monstro do Pântano Sem Fim
15 Capítulo 15 – O Novo Grupo de Felix
16 Capítulo 16 — Asas do Vento (Ou Quase Isso)
17 Capítulo 17 — Sangue Real, Problemas Reais
18 Capítulo 18 — O Reino dos Elfos e o Pedido de Myra
19 Capítulo 19 — O Rei dos Goblins
20 Capítulo 20 — O Rei, a Espada e o Dragão
21 Capítulo 21 — O Fardo de um Rei (Que Nunca Foi Rei)
22 Capítulo 22 — O Último Desejo (Ou o Primeiro de Muitos)
23 Capítulo 23 — O Pedido Impossível
24 Capítulo 24 — Um Casamento, Uma Maldição e Um "GATO?!"
25 Capítulo 25 — Um Teleporte e Uma Confusão Real
26 Capítulo 26 — Dois Reis e Nenhum Amor Fraternal
27 Capítulo 27 — Um Mal Entendido e Felix De volta
28 Capítulo 28 — Informações Inesperadas e o Chamado da Realeza Élfica
29 Capítulo 29 — O Preço da Independência e a Falência do Grupo
30 Capítulo 30 — A Cidade do Começo e Um dos Segredos de Felix.
31 Capítulo 31 — O Passado Esquecido de Felix
32 Capítulo 32 — O Mestre que Não Devia Existir
33 Capítulo 33 — O Mistério da Magia de Felix
34 Capítulo 34 — Pobres, Mas de Consciência Limpa
35 Capítulo 35 — O Retorno do Rival e Uma Profecia
36 Capítulo 36 — Indigentes E Procurados
37 Capítulo 37 — Uma Missão Suspeita
38 Capítulo 38 — O Pagamento
39 Capítulo 39 — Um Banquete do Desespero
40 Capítulo 40 — O Pernil da Perdição e um Batismo Forçado
41 Capítulo 41 — Bem-vindos a Sagramour... Agora Fiquem Onde Possamos Ver Vocês
42 Capítulo 42 — Felix e o Tubo Exploxivo
43 Capítulo 43 — Felix, o Indecifrável
44 Capítulo 44 — A Arena e um Novo Rival
Capítulos

Atualizado até capítulo 44

1
Capítulo 1 — O Fracasso da Magia e o Começo
2
Capítulo 2 — O Primeiro Monstro (E a Primeira Tragédia!?)
3
Capítulo 3 — Como NÃO Derrotar um Dragão
4
Capítulo 4 — Rumores e Um Herói por Acidente!
5
Capítulo 5 — O Grupo de Aventureiros Pobres e Uma Ideia Genial
6
Capítulo 6 — O Exame Oficial e Um Monstro Que Não Deveria Existir
7
Capítulo 7 — Um Novo Rival?!
8
Capítulo 8 — O Duelo do Século (Ou Algo perto disso)
9
Capítulo 9 — Convocados Pelo Reino
10
Capítulo 10 — A Ponte Amaldiçoada
11
Capítulo 11 — O Banquete Real
12
Capítulo 12 — Habilidades Duvidosas e Uma Mentira Convincente
13
Capítulo 13 — Um Pedido Irrecusável
14
Capítulo 14 — O Monstro do Pântano Sem Fim
15
Capítulo 15 – O Novo Grupo de Felix
16
Capítulo 16 — Asas do Vento (Ou Quase Isso)
17
Capítulo 17 — Sangue Real, Problemas Reais
18
Capítulo 18 — O Reino dos Elfos e o Pedido de Myra
19
Capítulo 19 — O Rei dos Goblins
20
Capítulo 20 — O Rei, a Espada e o Dragão
21
Capítulo 21 — O Fardo de um Rei (Que Nunca Foi Rei)
22
Capítulo 22 — O Último Desejo (Ou o Primeiro de Muitos)
23
Capítulo 23 — O Pedido Impossível
24
Capítulo 24 — Um Casamento, Uma Maldição e Um "GATO?!"
25
Capítulo 25 — Um Teleporte e Uma Confusão Real
26
Capítulo 26 — Dois Reis e Nenhum Amor Fraternal
27
Capítulo 27 — Um Mal Entendido e Felix De volta
28
Capítulo 28 — Informações Inesperadas e o Chamado da Realeza Élfica
29
Capítulo 29 — O Preço da Independência e a Falência do Grupo
30
Capítulo 30 — A Cidade do Começo e Um dos Segredos de Felix.
31
Capítulo 31 — O Passado Esquecido de Felix
32
Capítulo 32 — O Mestre que Não Devia Existir
33
Capítulo 33 — O Mistério da Magia de Felix
34
Capítulo 34 — Pobres, Mas de Consciência Limpa
35
Capítulo 35 — O Retorno do Rival e Uma Profecia
36
Capítulo 36 — Indigentes E Procurados
37
Capítulo 37 — Uma Missão Suspeita
38
Capítulo 38 — O Pagamento
39
Capítulo 39 — Um Banquete do Desespero
40
Capítulo 40 — O Pernil da Perdição e um Batismo Forçado
41
Capítulo 41 — Bem-vindos a Sagramour... Agora Fiquem Onde Possamos Ver Vocês
42
Capítulo 42 — Felix e o Tubo Exploxivo
43
Capítulo 43 — Felix, o Indecifrável
44
Capítulo 44 — A Arena e um Novo Rival

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