— Eu sei, eu ia te pagar, mas não consegui... — Ele tenta se justificar, nervoso. Edward solta uma risada fria e o medo na voz do homem é palpável.
— Não estou interessado em ouvir suas desculpas esfarrapadas...
— Me desculpe! Eu vou te pagar! Apenas me deixe viver, por favor! — Ele implora, tremendo. Edward mantém o riso sinistro enquanto mira a pistola bem no meio da testa do homem que agora está coberto de suor.
— Não me deixe morrer... — O homem tenta se levantar da cadeira, apavorado.
Edward sorri de maneira cruel. — Já disse que não quero ouvir isso. Se você quer viver, transfira a porra do meu dinheiro agora! Se não o fizer, morrerá. A escolha é sua, Will...
— Eu não tenho! Por favor! Dê-me mais alguns dias! Não me deixe morrer! — Will clama, visivelmente em pânico.
Franzo a testa ao observar essa cena. O que Will deve a Edward? Dinheiro? Por quê? Estou confusa e tento não pensar muito nisso enquanto espero para ver o que Edward fará com ele. Só espero que ele não o mate.
— Olha, senhor Will, já te avisei para parar com essas desculpas. Parece que você não entendeu: ou você morre agora ou me paga... — Ele sorri de forma maquiavélica.
— Eu... eu te pago amanhã, chefe... — Will implora novamente, aterrorizado. Edward apenas ri.
— Para, para...com isso, Will! Sua presença aqui nem faz falta para ninguém. Se quer ficar devendo algo, que seja para o diabo no inferno, mas não para mim. — Ele diz com um sorriso cruel antes de disparar um tiro bem no meio da testa do homem sentado na cadeira. O sangue espirra por toda parte e eu sinto meu corpo paralisar de horror.
— Te vejo no inferno, caralho!! — Edward afirma após cometer o ato brutal, enquanto meus olhos se arregalam incrédulos diante do que acabei de testemunhar. Observo seus guardas cobrirem o corpo e trocarem palavras entre si.
— Era só isso? Tenho assuntos mais importantes para resolver no meu escritório — Edward diz ao olhar para o relógio em seu pulso. Sinto uma indignação crescente, como ele pode simplesmente voltar ao trabalho como se nada tivesse acontecido depois de tirar uma vida?
— Era só isso, chefe! — responde um dos guardas enquanto Edward assente.
— Apenas não deixe que isso se repita, entendido? Não quero ter que matar mais nenhum outro idiota, endividado.
— Sim, chefe. Seguirei suas ordens e peço desculpas por isso. Juro que seremos mais competentes.
— É o que espero. Caso contrário, terei que demiti-los. E vocês definitivamente não querem acabar como esse homem, certo? — Ele se dirige ao guarda chamado Steven, que assentiu cabisbaixo.
Logo depois aparece Robert e sinto náuseas ao vê-lo, aquele homem quase me abusou naquele dia e a vontade de matá-lo é imensa. Por que Edward não faz isso?
— Robert, vá verificar se a garota ainda está no carro. Eu esqueci a maldita porta aberta, ela pode ter fugido — diz Edward abruptamente. Meu coração acelera: preciso sair daqui urgentemente, se ele me pegar...
— Como quiser, Edward... — responde Robert, aumentando meu medo. Decido agir rápido e procuro uma saída no estacionamento do prédio.
Corro com pressa, me escondendo para que ninguém me veja. Tudo o que preciso é escapar das garras dele hoje.
Ao encontrar uma saída no estacionamento do prédio e sair para a avenida caótica de Nova York, sou recebida por pessoas correndo em desespero ao meu redor, carros passam em alta velocidade.
Preciso de um táxi urgentemente, se Edward me encontrar aqui no meio dessa multidão minha estratégia de fuga estará arruinada.
Continuo correndo, atenta a cada movimento ao meu redor para garantir que ele não esteja atrás de mim.
Enquanto corro entre os imponentes prédios da cidade, distraio-me momentaneamente até esbarrar em uma garota vestindo calça jeans e blusa branca de regata.
— Desculpa! — digo envergonhada ao perceber minha própria desatenção.
— Tá tudo bem... — Uma voz familiar ecoa nos meus ouvidos. Viro-me e dou de cara com Martina, ela parece absorta em seu celular. Meus olhos se arregalam de felicidade ao vê-la e um sorriso brota involuntariamente em meu rosto.
— Martina! É você? — grito sem esperar resposta e caio em seu colo num abraço apertado que quase a derruba.
— Claro que sou eu, doida! E você? Por que sumiu daquele dia no cassino sem dar explicações? Você não tem celular, não? — pergunta ela assim que me solta do abraço.
— É uma longa história...
— Espera aí! Deixa eu adivinhar: você transou com algum gostosão naquele dia no cassino e ficou morando na casa dele por isso não me deu mais notícias?
Sorrio com seu comentário brincalhão.
— Não exatamente… Quer dizer… mais ou menos...
— Mais ou menos? Então quer dizer que sim? — Ela arregala os olhos de felicidade e solta uma gargalhada contagiante.
— Mas você podia ter me avisado pelo menos! E cadê seu celular?
— É... bem... — resmungo lembrando que Edward ficou com minha bolsa e documentos pessoais.
— Que tal irmos para um lugar mais tranquilo? Eu prometo que te explico tudo! — sugiro rapidamente mudando de assunto enquanto olho nervosamente ao redor na esperança de que ele não apareça por aqui.
— Ok! Mas por que você está tão assustada? Aconteceu alguma coisa? Estou preocupada com você! — Martina diz olhando fundo nos meus olhos percebendo o medo estampado neles. A verdade é que estou apavorada com Edward e a possibilidade dele reaparecer a qualquer momento.
— Não… Quer dizer… tá tudo bem, sim… Vamos sair daqui? Por favor? — imploro enquanto olho nervosamente ao redor novamente. Martina percebe meu estado inquieto.
— Ok então! Vamos para o meu carro ali na frente. — Ela acena e eu assinto seguindo-a mas sem deixar de olhar para os lados atenta ao perigo iminente caso ele apareça por aqui novamente.
Assim que entramos no carro ela pergunta:
— Mas então… Que droga, aconteceu com você Elizabeth?
Eu hesito antes de responder:
— É…
Meu olhar se fixa no farol do carro quando vejo Edward se aproximando rapidamente com seu veículo, ele deve estar me procurando!
Merda!
Preciso fazer algo!
O desespero toma conta de mim quando grito:
— Amiga! Corre! Acelera logo!
Martina obedece imediatamente ligando o carro e dando ré enquanto pergunta aflita:
— O que está acontecendo Elizabeth?
Eu grito desesperadamente:
— Corre mais rápido, por favor!
Ela acelera entrando em uma rua qualquer enquanto sigo olhando nervosamente pelo retrovisor esperando ver Edward atrás de nós mas aliviada quando percebo que conseguimos despistar seu carro assassino à espreita atrás da gente!
Martina diminui a velocidade ofegante:
— Que merda! Foi essa? Me explica!!
Desvio rapidamente, a conversa:
— Para onde vamos agora?
Martina olha pra mim com uma expressão séria:
— Vamos pra casa de um amigo, você vai gostar dele!
Enquanto nos afastamos do centro agitado da cidade entro numa rua deserta onde avisto algumas árvores altas cercadas por montanhas ao fundo, nunca tinha vindo aqui antes mas confesso: é bonito!
Ao parar em frente à casa feita de madeira estilo chalé sinto um misto de alívio e curiosidade sobre aquele lugar novo…
As montanhas são lindas!
Uma nova esperança surge dentro de mim enquanto admiro a paisagem pela janela:
— Nossa… Eu amei esse lugar!
Martina sorri satisfeita:
— Você gostou? É lindo não, é?
Confirmo assentindo ainda admirando as árvores ao redor tentando esquecer tudo aquilo pelo qual passei…
— Meu amigo disse que poderíamos ficar aqui por enquanto, até quando der — ouvi Martina comentar, mas a frase se perdeu em meio à minha contemplação da casa de madeira à frente.
— Elizabeth... Já pode sair!!! Heii!! Amiga!!! — Martina gritou, batendo no vidro do carro. Eu tomei um susto ao ver seu reflexo já do lado de fora. Uau, como ela desembarcou rápido! Franzi o cenho e abri a porta do carro, ainda meio atordoada.
— O que foi? Eu te chamei várias vezes, parecia que estava viajando na lua — ela comentou, um sorriso estampado no rosto. Sorri de volta, mas a inquietação ainda pulsava dentro de mim.
— Eu só estava pensando, ok? — defendi-me, enquanto suas risadas ecoavam ao meu redor. Olhei para as árvores que balançavam ao vento gelado, que me deixava arrepiada não apenas de frio, mas também de medo.
Uma sensação inexplicável de insegurança me envolvia. Ele poderia aparecer a qualquer momento com seus guardas armados e... me matar. Não sei se Edward seria capaz disso, mas ele estava tão fora de si que faria qualquer coisa para me punir. Por mim, ele iria até o inferno, ele totalmente louco.
— O que foi, Elizabeth? Sinto que você não está bem e que está escondendo algo de mim — disse Martina, cruzando os braços ao notar minha expressão estranha.
— Estou ótima, Martina. Já disse — menti enquanto a confusão se desenhava em seu rosto. Foi então que avistei seu amigo se aproximar.
Ele era moreno, com olhos cor de mel que lembravam os meus. Bonito, mas nada comparado ao homem que me sequestrou.
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Atualizado até capítulo 101
Comments
Branquinha
Tá me dando raiva dessa garota já!
2024-11-17
1
Branquinha
Fala logo a verdade pra ela, idiota!!!
2024-11-17
0
Branquinha
Não sei pq essa idiota não fala logo oq aconteceu pra ela
2024-11-17
0