— Espero que tenha gostado das compras, senhor Walker. Apareça mais vezes, eu adoraria te ver, lindo. — Ela sorri de forma maliciosa, piscando com um olhar sedutor. Meu descontentamento se intensifica, já estou irritada.
Como podem flertar na minha frente? Que tipo de atendente é essa? Deveriam processar essa maldita loja! Resmungo em silêncio, desejando escapar daquela situação ridícula. Edward realmente não percebe o quão inconveniente está sendo.
Cruzo os braços, observando Edward, que me olha e acena para sairmos.
— Ah... Senhor gostosão, espera! Meu número, caso queira me ligar. — A atendente loira interrompe Edward antes que ele possa sair. Olho para ele, que parece estar gostando da atenção. Ele só pode estar brincando, para mim, já chega. Não vou perder meu tempo vendo essa cena.
— Eu já vou, Edward! — Bufo alto, direcionando meu descontentamento a ele. A atendente nos observa em silêncio enquanto me viro para a saída. Edward me puxa pelo braço com força.
— O que foi? Me deixa... — resmungo com raiva, encarando seus olhos escuros. Ele sorri de um jeito insuportável e me solta. Continuo a andar pela loja, bufando e batendo os pés no chão enquanto ele continua conversando com a loira. Uma leve insegurança me atinge, é inegável que ela era incrivelmente linda e tinha um corpo muito bem definido.
Não é ciúmes, é medo de que a mesma coisa aconteça novamente. Não posso me iludir com ele. Edward é cercado por mulheres que o acham irresistível — e não é de se esperar, sua beleza é inegável. Mas isso não muda o fato de que ele continua sendo um babaca que me sequestrou.
Saio da loja em busca dos seguranças de Edward, mas não vejo nenhum deles por perto, o que me dá uma oportunidade de escapar. Olho ao redor e vejo as pessoas caminhando pelo shopping, tento correr para pedir ajuda a alguém, mas sou surpreendida pelo guarda dele, que me segura firmemente por trás.
— Nem pense em fugir, senhorita. Edward me mataria vivo — ele diz, segurando meus pulsos com força. Resmungo cheia de ódio por ele ter atrapalhado meu momento de fuga.
— Por que você não me deixa ir? Eu prometo que não conto para ninguém... Por favor, tenha dó de mim... — imploro, desejando desesperadamente que ele me soltasse.
— Não posso, senhorita. Já disse que não tenho escolha. É ordem do chefe. Ele é maluco por você e faria qualquer coisa para te ter — ele revela, olhando nos meus olhos com seriedade. Franzi o cenho diante de suas palavras. Por que Edward precisa ser tão obcecado assim por mim?
Olho ao redor mais uma vez, tentando escapar de seus braços, mas é impossível.
Espero pela chegada de Edward, torcendo para que ele deixe de flertar com aquela mulher insuportável. Reviro os olhos ao vê-los trocando sorrisos à distância.
— Seu chefe é sempre assim? — perguntei ao guarda que me segurava. Ele soltou um sorriso de lado, e eu resmunguei, impaciente com a demora. Tudo o que eu queria era sair dali o mais rápido possível.
— Confesso que sim, senhorita. A fama dele é bem conhecida na cidade. — Ele respondeu, fazendo meu cenho franzir em confusão.
Como assim ele era famoso em Nova York? E eu ainda não o conhecia? Enquanto refletia sobre isso, o idiota apareceu com um sorriso desgraçado no rosto, aumentando ainda mais minha irritação.
— Do que vocês estavam conversando, Steven? — Edward questionou o guarda que me mantinha presa, temendo uma possível fuga. A verdade é que eu realmente queria fugir, mas não havia como escapar daquela situação.
— Nada demais, chefe. — Steven disse com desdém.
— Ela tentou fugir, não é mesmo? Já te avisei para se comportar, Elizabeth. — Edward declarou com um tom autoritário que só serviu para inflamar minha raiva.
— Me comportar? Vá pro inferno, Edward! Eu nunca vou seguir suas regras! — Cuspi as palavras com toda a indignação acumulada, ele apenas riu.
— Olha... Se eu fosse você, fecharia essa boquinha antes de falar besteira. Você pode se arrepender depois, Elizabeth. — Ele disse, seus olhos vermelhos e escuros transmitindo um medo inexplicável.
— Eu te odeio! Seu idiota! — gritei em desespero, atraindo olhares curiosos ao nosso redor. Ele sorriu como se estivesse se divertindo com a cena.
— Podia gritar um pouco mais baixo? As pessoas estão olhando... E eu sei que no fundo você me ama... Princesa! — Ele provocou novamente, seu sorriso me fazendo querer quebrar seu rosto.
— Você se garante muito, não é, Walker? — Respondi com um sorriso forçado, tentando disfarçar meu desdém.
— É claro! Não viu que a atendente loira pediu meu número? Você não faz ideia de quantas mulheres queriam estar no seu lugar agora! — Ele sorriu ainda mais, o que aumentou minha irritação. Resmunguei e fiz uma careta, pensando em como ele se achava a última bolacha do pacote.
Me esperneei contra o guarda, desejando escapar daquele lunático e nunca mais voltar a vê-lo.
— Se tem tantas outras mulheres, por que você não me deixa em paz!? Seu babaca! Acha mesmo que o mundo gira ao seu redor? — Bufo, sentindo a raiva crescendo enquanto as pessoas observam aquela cena vergonhosa.
Ele começou a rir. — Eu sei que você ficou com ciúmes.
— O quê? — Resmunguei, incrédula diante da audácia dele. — Eu? Ciúmes de você? Claro que não! Nunca sentiria ciúmes de alguém como você.
Ele continuou rindo, aumentando minha irritação. Como ele podia ser tão insuportável?
— Não é o que parece, querida Beth.
— Não se engane, senhor Walker. Não sou tão fácil quanto você pensa. E pare de me chamar de "Beth". — Falei com raiva, mas ele apenas sorriu como se achasse tudo engraçado.
— Você é ótima em mentir, Beth. Dá pra ver nos seus olhos o ciúmes se espalhando. — Ele se aproximou mais de mim, fazendo meu coração acelerar e meu nervosismo aumentar.
— Você é louco! Não se engane tão facilmente assim... — Respondi sob seu olhar intimidador que parecia nos envolver completamente.
E ele sorriu. — Steven, pode soltá-la. Ela não tem escapatória. — Ele disse ao guarda que imediatamente me liberou. Tentei me afastar um pouco de Edward enquanto ele insistia em se aproximar mais.
— Eu ainda não esqueci de quando você implorou para gozar da minha mão. — Ele sussurrou em meu ouvido e senti um calor subir pelo meu corpo só de lembrar da vontade intensa que tive mais cedo. Mordisquei os lábios com raiva e desejo misturados.
Ele apertou minha cintura com as mãos firmes, colando nossos corpos novamente. Nossos olhares se encontraram por alguns segundos e eu senti as bochechas esquentarem ao perceber a intensidade daquela conexão.
— Você poderia me soltar? — pergunto, a voz trêmula enquanto ele toca minha cintura. Sempre que nossos olhares se cruzam, sinto algo diferente, uma tensão que me desconcerta. Ele finalmente assente, e começamos a andar entre as pessoas no shopping. Vejo todos distraídos, e uma ideia surge: é agora! Preciso encontrar uma forma de escapar. Não posso desistir tão facilmente.
Quando dou os primeiros passos, um impulso de adrenalina me toma. Começo a correr, mas logo percebo que o guarda está em meu encalço, suas mãos firmes agarrando meus braços com uma força impressionante. Desesperada, me debato contra ele, sentindo os olhares curiosos da multidão ao nosso redor. Tentar escapar é inútil, ele é muito mais forte.
— Já te avisei milhões de vezes para não tentar fugir! Que parte disso você não entendeu? — Edward resmunga, sua voz carregada de frustração. O ódio que sinto por ele só cresce, enquanto meus cabelos castanhos caem desordenadamente sobre meu rosto, dificultando minha visão.
— Eu não ligo pra você! Alguém me ajuda! Socorro! — grito para a multidão que nos observa com expressões assustadas e curiosas, mas ninguém se move para me ajudar. A sensação de desespero aumenta.
— Cala a boca! — Ele grita, claramente irritado com a situação embaraçosa em que nos encontramos.
— Não! Eu quero que você me solte! — exalto-me, furiosa, tentando me desvencilhar de seu aperto. Mas antes que eu consiga fazer qualquer coisa, o guarda cobre minha boca com a mão. A falta de ar começa a me fazer perder os sentidos, e em um instante tudo se torna escuro.
Abro os olhos lentamente, a luz do dia me atinge como um raio, ofuscando minha visão momentaneamente. Com um gesto automático, acaricio meu cabelo, mas logo sou tomada por uma dor latejante na cabeça. É quando percebo que estou no carro de Edward.
Meu coração dispara ao tentar entender a situação. O desespero toma conta de mim enquanto bato com força na porta, implorando por socorro, mas ele não aparece. As mãos tremem enquanto decido que preciso escapar daquele automóvel. Com determinação, tiro o cinto de segurança, mas antes que consiga abrir a porta, Edward surge à minha frente e me força a sentar novamente.
— O que você pensa que está fazendo? Coloca a porra do cinto! — Edward resmunga, sua voz carregada de irritação. Reviro os olhos e cruzo os braços em desafio, sentindo uma mistura de raiva e frustração.
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Atualizado até capítulo 101
Comments
Flor De Liz Soares Souza
Beth a feia kkkkk
2025-02-19
0
Branquinha
Eu espero que essa idiota não vá até lá pra defender esse homem🤦🏻♀️
2024-11-17
0
Neide Cosmo
adorando a história
2024-09-03
1