Com esses pensamentos aterradores na mente, comecei a rezar em silêncio e me encostei à porta, observando sua aproximação.
— Parece que você não entendeu muito bem o que eu disse sobre não fugir de mim — ele declarou, parando bem à minha frente, colando nossos corpos um contra o outro.
Seu sussurro fez meu coração disparar. — Será que vou ser obrigado a te punir, princesa?
— Você é louco! — gritei, nossos olhares se encontrando em uma batalha silenciosa. Um sorriso sádico brotou em seus lábios.
— Por você? Sim, princesa. Eu faria qualquer coisa para te ter. Por isso te sequestrei... para que você seja minha! Espero que entenda isso de uma vez! — Ele falou, fixando seus olhos nos meus, enquanto uma onda de raiva fervia dentro de mim.
— Vai pro inferno! — respondi com desprezo, as palavras saindo com um veneno que eu esperava atingir seu orgulho.
— Já avisei para ter cuidado com o que diz, amor! — ele bufou, nossos rostos tão próximos que eu sentia calafrios percorrendo meu corpo.
— Entenda, Elizabeth: você é apenas minha agora e vai viver comigo. Portanto, trate de ser obediente e nada de tentativas de fuga!
— Por quê fez isso comigo? — perguntei, as lágrimas ameaçando escapar enquanto seus lábios estavam tão perto dos meus que a respiração quente dele parecia consumir meu ar. Seus olhos escuros ocultavam algo profundo e perigoso.
— Eu disse para parar com essas perguntas! Agora volta para seu quarto! — ele ordenou com rudeza, ainda segurando-me firmemente como se eu fosse uma boneca em suas mãos.
— Não! — respondi quase num sussurro. Vi sua expressão se contorcer em incredulidade diante da minha resistência.
— O que disse? — Ele indagou com ódio evidente no cenho franzido.
— Se você não vai por vontade própria, caramba!! Eu mesmo faço isso!! — continuou ele, enquanto eu franzia a testa, confusa. Sem esperar minha reação, ele me ergueu e jogou-me sobre seu ombro como se eu fosse um fardo.
— Você só pode estar louco! Me coloca no chão agora! — gritei, batendo em suas costas e arranhando sua pele com minhas unhas afiadas.
— Eu disse para me obedecer, e não tentar fugir! Porra!
— Vai se fuder, seu desgraçado! — gritei, com os cabelos desgrenhados, lutando para me soltar. — Me solta agora! Eu ordeno!
— Cala a boca! Só abra essa boca quando eu permitir! — ele respondeu, a voz firme e autoritária.
— Vai à merda, seu infeliz! — xinguei novamente enquanto ele me carregava para o quarto. Notei a empregada nos observando com um olhar de pena, o que só aumentou minha indignação.
Nunca havia sido tratada assim por um homem. Quem esse louco pensa que é? Tudo o que eu queria era voltar à minha vida normal, mas agora não havia nada que eu pudesse fazer.
[....]
Quando acordei de um breve desmaio, percebi que ainda estava no mesmo quarto. Levantei-me e fui até a porta, mas ela estava trancada.
Procurei algo interessante no criado-mudo que pudesse me ajudar a escapar daquele lugar, mas só encontrei objetos inúteis. Meu desejo era apenas ir embora e me livrar daquele homem insuportável.
De repente, a porta se abriu e dei de cara com a empregada de antes.
— Oi — ela disse em um tom baixo. Seu olhar revelava pena. Eu sabia que não merecia passar por isso, nunca imaginei que algo assim aconteceria comigo. Apenas queria minha vida normal de volta.
— Oi — respondi desanimada. A tristeza dominava meu ser, sentia-me completamente acabada.
— Eu sou a Maria, a empregada. Prazer em conhecê-la. O chefe mandou você tomar um banho e vestir as roupas do closet para descer e jantar com ele.
Soltei uma risada sarcástica ao ouvir suas palavras.
— Como é? Diga ao seu querido chefe que eu não quero jantar com ele, quero ir embora deste lugar! Tenho minha casa, minha família e meus amigos. Não sou uma desocupada como ele!
Os olhos dela se arregalaram em espanto diante da minha raiva. Estava furiosa com aquele homem e cruzei os braços em indignação.
— Eu sei, senhora! Mas são ordens dele, não posso fazer nada além de cumprir meu trabalho — ela respondeu, olhando para baixo. Sabia que ela não tinha culpa, o problema era o chefe dela.
Maria era apenas uma empregada obrigada a obedecer às ordens dele, então assenti resmungando. Não havia escolha, nada poderia fazer para escapar das garras dele. A única opção era aceitar em silêncio e ver até quando conseguiria suportar.
— Eu sei, Maria. Mas ele não deveria agir assim comigo. Diga a ele que não vou descer para jantar — falei com um sorriso gentil para a empregada, percebendo que ela parecia ser uma boa pessoa. Preferiria morrer de fome do que ter que encarar aquele rosto novamente.
— Ok, senhora — disse ela, mas interrompi: — Apenas Elizabeth.
— Elizabeth, vou tentar falar com ele, mas não prometo nada. O chefe é muito teimoso e estava bastante irritado antes, deve ser algo relacionado ao trabalho dele — explicou Maria enquanto assentia e se retirava, fechando a porta atrás de si. Murmurei de ódio.
Na verdade, não me importava com ele nem um pouco. Para mim, ele poderia se irritar à vontade.
Deixei esses pensamentos de lado e fui ao banheiro tomar um banho e lavar meu cabelo oleoso. Também precisava limpar meu rosto borrado pela maquiagem.
Ok, eu estava realmente suja, um banho era essencial.
Depois de sair enrolada em uma toalha, procurei algo no guarda-roupa e finalmente encontrei um vestido solto que me serviu bem e vesti às pressas.
Sentei-me na cama entediada, com o cabelo molhado e minha barriga roncando de fome. Precisava comer, mas não iria até ele me mandar embora. Enquanto pensava nisso, ele entrou no quarto e eu me levantei assustada ao vê-lo.
Ele se aproximou rapidamente, encostando-me na parede do quarto com seu corpo musculoso à minha frente. Senti nossas respirações em sintonia e nossos corações batendo forte.
Trocamos olhares intensos, seus lábios carnudos estavam quase colados aos meus. Virei o rosto para evitar encará-lo quando ele me segurou levemente pelo pescoço com suas mãos fortes.
Resmunguei de ódio por estar tão perto dele enquanto tentava escapar de seus braços, mas era impossível, ele era mais forte.
— Maria me disse que você não queria descer para jantar — sussurrou em meu ouvido com aquela voz grave que arrepiava, confesso que senti um certo medo dele.
Senti uma de suas mãos subindo por baixo do meu vestido até tocar minha calcinha de renda.
— Não estou com fome — tentei dizer enquanto ele apertava levemente meu pescoço.
— Não é o que parece. E não me provoque, se o fizer, serei obrigado a te punir — afirmou ele em tom irritado.
— Me solt... — murmurei enquanto sua mão deslizava lentamente sob meu vestido, despertando uma excitação indesejada dentro de mim.
— Isso é para você aprender a me obedecer. Te espero lá embaixo para jantar... caso contrário, vou te buscar à força — disse ele deixando-me arrepiada pela ameaça implícita nas suas palavras.
— Não quero jantar, eu quero ir embora daqui! — resmunguei quase sem ar enquanto o desafiava sem pensar nas consequências.
Ele sorriu com aqueles olhos escuros arrepiantes que me faziam olhar para ele novamente.
— Você que sabe se quiser morrer de fome — respondeu ainda segurando-me firmemente.
— Prefiro isso do que olhar para esse seu rosto imundo! — resmunguei com dificuldade para falar e finalmente agradeci aos céus quando ele decidiu me soltar, liberando meu pescoço dolorido.
Tossei suavemente enquanto acariciava a área marcada por suas mãos.
Ele bateu na parede com tanta raiva que quase senti a vibração no chão. Não sabia o que o atormentava exatamente, mas sua irritação transparecia em cada movimento seu.
Talvez eu tivesse provocado demais...
— Eu não quero te machucar, de verdade. Só quero que você me obedeça, e faça o que eu mando. É tão difícil para você entender isso? — Ele murmurou, seus olhos penetrantes fixos nos meus. Um frio na espinha me fez recuar.
— Já te disse que quero minha casa de volta — respondi, insistente, com as lágrimas prestes a transbordar.
— Não, caralho. Te espero lá embaixo para jantar, se não quiser morrer de fome... Já disse que agora você é minha, Elizabeth. Entenda isso, e fique quieta — ele disse, desta vez com um tom mais controlado, antes de sair do quarto.
Ouvi seus passos pesados descendo as escadas e não pude evitar o colapso emocional. As lágrimas começaram a escorregar pelo meu rosto.
Não podia chorar, mostrar fraqueza para ele era um risco que eu não estava disposta a correr. Limpei os olhos com as costas das mãos e tomei uma decisão: desceria para jantar não por causa dele, mas pela comida. A fome me consumia.
Ao descer as escadas, um vento gelado percorreu meu corpo, fazendo-me cruzar os braços em busca de calor. Ao chegar à sala de jantar, avistei uma mesa enorme repleta de pratos deliciosos e ele me encarava com um olhar intimidador. Murmurei algo inaudível, e me sentei ao seu lado.
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Atualizado até capítulo 101
Comments
Branquinha
Essa garota é muito burra, meu sonho ser sequestrada por um milionário gostosão e ela aí reclamando!
2024-11-17
6
Luciana Souza
ela é burra,se fosse eu iria aproveitar a vida boa que ele quer dar pra ela 🤩
2024-09-10
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