CAPÍTULO 7

— Eu quero sair! — grito, tentando abrir a porta com a maçaneta. Ele apenas ri de mim, um riso desprezível e desdenhoso, enquanto continua a ler seu jornal, completamente indiferente às minhas palavras.

 — Você ouviu? Por favor!!! — repito, batendo na porta com desespero, tentando abrir. Sem obter resposta, decido ir até ele e arranco o jornal de suas mãos, movida por uma fúria intensa. Em um ímpeto de revolta, rasgo as páginas e jogo os pedaços no chão.

Ele se levanta da poltrona com um sorriso enigmático, e um medo súbito me invade ao encarar seu corpo alto e musculoso. Tento recuar, mas ele me segura contra si, fazendo com que o lençol que me cobria caia ao chão. 

 Minhas bochechas queimam de vergonha ao perceber que estou apenas de lingerie diante de um homem tão forte e imponente como ele.

 Luto desesperadamente para me libertar de seus braços, mas a nossa respiração se entrelaça em um ritmo inescapável. 

 Sinto seu rosto perigosamente próximo ao meu, os lábios quase se tocando, enquanto nossos olhares se encontram em uma sintonia única. 

 Por um breve instante, perco-me na profundidade dos seus olhos negros, que parecem penetrar na minha alma, revelando um misto de intensidade e desejo que me faz hesitar entre a fuga e a entrega. 

— Você ainda não entendeu, ou quer que eu explique melhor? — ele resmunga, com uma voz rouca e sedutora, seus olhos penetrando nos meus.

 — Eu já disse para me soltar! — retruco, forçando-me a sair. Mas não consigo desviar o olhar de seus olhos intensos, da boca que se aproxima da minha.

 — Agora você é minha, Elizabeth!! Apenas minha!! Entendeu? — Ele pronuncia as palavras como se fossem uma ordem, soltando meu braço que ainda arde sob a pressão. Resmungo diante da sua loucura.

 — Você só pode estar completamente louco! Não sou sua...nem nada do tipo! — grito novamente, caminhando em direção à porta. Mas ele me puxa de volta contra seu corpo, sem piedade.

 — Já te avisei para não tentar fugir, cacete! Qual parte você não entendeu, porra!? — Ele bufa, agora olhando fixamente para meus lábios e depois para os meus olhos. 

 Arqueio a sobrancelha, sem compreender o que ele deseja insinuar com isso.

 — O que você pretende ganhar com esse joguinho? — resmungo, nossos olhares se entrelaçando em uma batalha silenciosa. 

 — E minha bolsa com meus documentos? O que você fez, seu imbecil?

 Ele ri, um som que ecoa pelo quarto. 

 — Sua bolsa está em um lugar seguro. E para calar essa sua boca insistente, você vai fazer tudo o que eu mandar, entendido, princesa? — Um sorriso malicioso dança em seu rosto enquanto me afasto dele, tentando abrir a porta novamente, mas estava trancada. 

 Desanimada, escoro-me contra a porta e deslizo até o chão, sentindo a frieza do piso contra minha pele. Uma onda de tristeza invade meu ser, como se cada batida do meu coração ecoasse a sensação de estar presa, sem forças para escapar dessa situação doentia que me consome. 

 — O que você fez comigo? Você me tocou? O que quer de mim? Por que está fazendo isso? Me deixe em paz, por favor!! — As palavras saem atropeladas dos meus lábios, um turbilhão de perguntas desesperadas enquanto luto para manter a força. 

 Mas as lágrimas surgem involuntariamente, escorrendo pelo meu rosto, e eu as enxugo com as mãos, tentando recuperar o controle.

 — Não fui eu quem te tocou, foi uma mulher. Quero que você pare com essas perguntas idiotas e que fique calada por um segundo. — Sua voz é arrepiante e grossa, como um trovão que faz meu estômago revirar. Sinto o pânico crescer dentro de mim, mas forço-me a manter a calma, esperando que ele não se atreva a fazer nada comigo.

 — Você não entende! Tenho uma vida lá fora e não preciso de alguém como você mandando na minha!

 Ele se ajoelha à minha frente, e sua proximidade provoca arrepios pelo meu corpo, enquanto um sorriso enigmático se forma em seus lábios carnudos. O ar entre nós fica carregado de tensão.

 — Meu amor, eu não sou um homem qualquer, você não faz ideia do que sou capaz de fazer para conseguir o que quero.

 — E...o que você quer? — resmungo, tentando manter a firmeza na minha voz, mas sinto um frio na barriga. A maneira como ele me observa é intimidante, como se pudesse ler cada pensamento oculto em minha mente, e isso me deixa assustada.

 — Você. — Ele sorri de um jeito que me apavora, e eu sinto um frio na espinha. Levanto-me do chão, apoiando-me na porta, como se o contato com a madeira pudesse me dar um pouco de segurança. Não consigo entender o que ele deseja de mim, não tenho nada a oferecer.

 — Você não faz ideia de como esperei por isso, de como sonhei em te sequestrar, e torná-la minha. E agora consegui, exatamente como planejei. Veja só... — Ele fala com um sorriso perturbador, seus olhos fixos em mim de uma maneira estranha, como se pudesse me despir com o olhar. 

 Franzi o cenho, assustada e confusa diante de sua atitude. Ele só pode estar louco! Será que ele já me conhecia antes? Essa ideia me assombra, enquanto a realidade do que está acontecendo começa a se instalar em minha mente.

 — E não ouse me fazer mais perguntas idiotas, não vou responder nenhuma delas. — Ele continua, ainda me observando com uma intensidade que me faz sentir exposta, antes de se afastar por um momento. 

 Uma parte de mim grita para fugir, e denunciar esse homem à polícia. Como ele teve a audácia de me sequestrar, me perseguir e vigiar cada passo que dou como um psicopata? 

 Sempre soube que algo estava errado, aquela sensação de estar sendo seguida nunca me abandonou, e era sempre ele: um homem alto, envolto em sombras, com uma arrogância perturbadora. É verdade que ele é bonito, mas isso não justifica em nada o que está fazendo. Isso é crime.

 — Isso é crime, caso você não saiba. Posso te denunciar, seu psicopata idiota! Então você já planejava tudo isso há muito tempo? — Respondo com raiva, desafiando-o sem medo.

 Ele ri diante da minha bravata, um som que ecoa em minha mente como um tapa, e isso só aumenta minha irritação. Como ele pode achar graça nisso? Estou prestes a perder o controle.

 — Eu disse para se calar, caramba! Você não faz a mínima ideia de com quem está falando. - A voz dele é fria, e eu resmungo em negação.

 — Quem é você? E por que fez isso comigo? Você não respondeu às minhas perguntas! - Insisto, cada vez mais irritada; só quero sair daqui o quanto antes, não vou desistir fácil assim.

 — Eu já disse para ficar quieta! E não me faça essas perguntas imbecis, porra, porque eu não vou responder. Então aceite de uma vez por todas que agora você vai morar comigo. — Ele bufa sarcasticamente enquanto me observa, e eu sinto um arrepio percorrer minha espinha. 

 Desvio o olhar rapidamente, sentindo lágrimas quentes escorrerem pelo meu rosto. Isso só pode ser um pesadelo.

 Enquanto essa ideia se instala em minha mente, meus olhos se fixam na chave que balança no bolso traseiro da calça de moletom dele. Um sorriso diabólico se forma nos meus lábios, essa é a minha chance de escapar. Tudo o que preciso fazer é pegar a chave, abrir a porta e sair correndo. Desistir não é uma opção!

 Ele se senta novamente, e uma ideia brilhante surge na minha mente: dar o bote no seu bolso traseiro. Mas, como sempre, ele é mais rápido e mais forte. Num movimento ágil, ele me empurra para cima da cama, bloqueando minha visão e me deixando sem saída.

 — O que você pensa que ia fazer? Pegar a maldita chave, é isso? Acha mesmo que eu sou idiota? Qual parte você ainda não entendeu? — ele bufou, a irritação transbordando em sua voz. Estou tão nervosa que as palavras mal conseguem sair.

— Eu... — consigo sussurrar, enquanto ele aperta meu pescoço, seus olhos cravados nos meus. O medo me invade como uma onda, e sinto que estou ficando sem ar.

— Me sol...ta... — tento gritar, mas a força dos seus braços e o peso do seu corpo sobre mim tornam isso quase impossível. 

Nossas respirações entrecortadas criam um clima tenso, estamos tão próximos que quase selamos nossos lábios em um instante perturbador. Mas então ele se afasta, liberando a pressão em meu pescoço. Um suspiro de alívio escapa de meus lábios, como se eu tivesse emergido debaixo d'água.

— Você é minha, e espero que entenda isso de uma vez por todas. Por quê parece que isso não ficou, bem claro! Você vai viver comigo para sempre, e não há nada que você possa fazer. Não há escapatória alguma! — ele afirma, a confiança em sua voz é perturbadora.

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Comments

Auxiliadora Silva

Auxiliadora Silva

está história tá meia confusa .Sem noção

2025-03-13

0

Vanessa Brunner Milantonio Silva

Vanessa Brunner Milantonio Silva

cadê as fotos dos personagens

2024-12-22

0

Luciana Souza

Luciana Souza

ela é bem teimosa né /Facepalm//Facepalm/

2024-09-10

0

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