— Não! Já disse que prefiro mil vezes você viva! Então trate de me obedecer e pare de ser tão teimosa! — Ele respondeu ao me soltar abruptamente.
— Não, Edward! — Declarei com firmeza.
Ele sorriu de forma sarcástica e debochada.
— Então você vai ter que dormir comigo esta noite no meu quarto.
— O quê? Eu dormir com você? — Resmunguei em choque enquanto nos encarávamos intensamente.
— Isso mesmo: ou dorme comigo ou vai para o seu quarto. Você escolhe — ele bufou, as veias do seu pescoço pulsando visivelmente em sua frustração.
Sem querer ouvir mais daquela voz irritante, subi apressadamente para o meu quarto e tranquei a porta atrás de mim. Encostei-me a ela, respirando fundo enquanto a raiva e o nervosismo se misturavam dentro de mim.
Desperto com um espreguiço gostoso, e ao abrir os olhos, a luz que entra pela janela me revela que o dia já começou. Viro-me para o lado e, para minha surpresa, dou de cara com Edward. O susto me atinge como um balde de água fria. Como ele conseguiu entrar? Eu tinha trancado a porta na noite anterior!
— Porra! — resmungo, tentando processar a cena. Não tenho nem ideia de que horas são.
— Boa tarde. — Ele responde com aquela voz suave e ao mesmo tempo grave, que me faz sentir uma mistura de irritação e curiosidade.
— Bom dia — corrijo-me, tentando manter a compostura.
— Boa tarde — ele insiste, como se quisesse me provocar.
— Bom dia! — retruco, já perdendo a paciência.
— Boa tarde, porra! Agora são uma da tarde. Se arruma logo para irmos ao shopping. — Ele se levanta, deixando-me sem palavras. Como pude dormir tanto? Volto a me jogar na cama, sonolenta e desejando mais cinco minutinhos de sono.
Reparo em sua roupa: uma blusa branca de terno e calça social que o deixam ainda mais irresistível. O perfume amadeirado dele permeia o quarto, quase me fazendo esquecer do meu estado.
— Levanta, porra! Não tenho todo o tempo do mundo! — Ele diz sarcasticamente, aumentando ainda mais minha irritação matinal.
Reviro os olhos e vou até o banheiro; meu reflexo é um desastre: cabelo armado e rosto amassado. Ele não pode ter visto isso! Lavo o rosto com urgência e penteio o cabelo com as mãos.
Enquanto isso, escuto Edward conversando com um homem ao telefone. O que será que ele faz da vida para ter tanto dinheiro? Preciso focar em fugir e nada mais.
Volto ao quarto em busca de uma roupa no closet e me deparo com Edward sentado na cama segurando meu celular. Não acredito nisso! O que ele pensa que está fazendo? Uma onda de raiva sobe por mim ao ver aquela cena.
— Me devolve meu celular agora, Edward! — digo, aproximando-me dele com as mãos estendidas.
Ele apenas sorri, aumentando minha irritação.
— Ui, vejo que você se irritou. Se quer seu celular de volta, venha tentar pegá-lo! — Ele provoca, balançando meu celular na mão.
— Me devolve agora! — bufo enquanto encaro seus olhos desafiadores. Ele continua rindo como se eu fosse uma piada.
— Eu disse para vir tentar pegar ou você está com medo de eu ver você e seu namoradinho juntos de love?
— O quê? Do que você está falando? — resmungo com raiva enquanto avanço em sua direção para tomar o celular de volta. Mas ele é rápido e levanta os braços acima da cabeça, rindo sarcasticamente.
— Me dá! — insisto novamente, tentando alcançar o celular sem sucesso. Nossos olhares se cruzam e sinto um nervosismo crescente dentro de mim.
— Quer dizer seu ex-namorado? Deve ter sido muito triste para você quando ele fugiu com outra, não é mesmo Elizabeth? — Ele solta casualmente, aumentando minha fúria e a vontade de recuperar meu celular. Frunzo a testa, atônita com suas palavras.
— Como você sabe? Você andou me pesquisando? — pergunto furiosa enquanto ele mostra uma foto antiga da minha galeria: eu e Henry nos beijando. Eu ainda tinha aquela foto? Murmuro impaciente.
— Digamos que sim, sei muitas coisas sobre você, Elizabeth. — Ele diz olhando nos meus olhos, fazendo-me sentir um misto de constrangimento e raiva diante daquela invasão de privacidade.
— Você só pode estar louco! Deveria cuidar da sua vida em vez de fuçar no meu passado e nas minhas fotos! — Respondo indignada. Ele apenas sorri levemente. — Do que mais você sabe?
— Que você é órfã e que seu querido pai abandonou você e sua mamãe quando era criança. É verdade ou mentira, Elizabeth? — Ele pergunta com um olhar penetrante que me faz arregalar os olhos. Como ele pode saber disso tudo?
— Vai se danar, seu investigador psicopata! — Bufo enquanto levanto a mão para dar-lhe um tapa no rosto. Mas ele é mais rápido e segura meu braço firmemente. Nossos olhares se encontram novamente, sinto um nervosismo incontrolável crescendo dentro de mim e rapidamente desvio o olhar.
— Estou longe de ser um psicopata. — Ele diz enquanto percebo seu olhar escuro fixo em mim, resmungo tentando soltar meus braços dos seus.
— Não parece. — Respondo nervosa enquanto ele sorri provocativamente.
— Não se atreva a me bater de novo, Elizabeth. Já disse que não quero te punir tão cedo. — Ele afirma antes de soltar meu braço. Reviro os olhos novamente e me afasto dele, desviando o olhar enquanto sinto o dele ainda me observando intensamente.
— Me devolve meu celular agora! — repito, com firmeza, mas desta vez fixando o olhar nele, que estava sentado na beira da cama, me observando com um sorriso provocador.
— Eu disse para vir pegar, Bethzinha — ele responde, segurando meu telefone entre os dedos, como se fosse um prêmio. Sem opções, me aproximo dele, determinada.
Tento alcançar o celular, mas ele ergue os braços acima da cabeça, como se estivesse brincando. Perco o equilíbrio e acabo caindo em cima dele na cama, sentindo a pressão do meu corpo contra o dele. Nossos olhares se cruzam por um momento que parece se estender, e uma onda de tensão percorre meu corpo. Minhas bochechas ardem e um frio na barriga me invade.
— Me devolve meu celular agora! — insisto novamente, desviando o olhar para seus lábios tão próximos dos meus.
— Pede por favor, e quem sabe eu mude de ideia — ele provoca com uma voz suave que me deixa desconcertada.
— Por favor, Edward — imploro. Preciso dele para fazer uma ligação para minha amiga pelo menos. Ele segura o celular à minha frente como um desafio.
— Todo seu — ele diz com um sorriso maroto. Mas quando estendo a mão para pegar o celular, ele a retira rapidamente.
— Era brincadeira, princesa. Só vou te dar isso quando você se comportar e for uma garota obediente.
— Vai se ferrar! — lanço a resposta, irritada. Ele sorri novamente, aquele sorriso encantador e irritante ao mesmo tempo. Nossos olhares se prendem por alguns segundos até que ele quebra o clima.
— Seus olhos cor de mel são tão lindos, Beth — ele diz, fazendo meu coração disparar. Estávamos tão perto um do outro que era quase impossível ignorar a eletricidade no ar. Eu não deveria estar sentindo isso, mas a verdade é que ele despertava algo em mim que eu não conseguia controlar.
Observando seus olhos escuros com a mesma intensidade que ele me analisava, sinto sua mão apertar minha cintura e percebo algo duro entre minhas pernas. Uma de suas mãos acaricia meu cabelo e puxa suavemente meu pescoço em direção ao dele. O que estava acontecendo entre nós? Era confuso e inaceitável, eu odiava tudo que ele representava.
Mas a sinceridade me pega de surpresa: Edward era diferente de qualquer homem que eu já tinha conhecido. E lindo — qualquer uma adoraria estar no meu lugar nesse momento. Tentei afastar esses pensamentos indesejados enquanto ele continuava a me puxar para mais perto.
— Edward, por favor, me solta — murmuro perto de seus lábios, mas ele ignora completamente minhas palavras.
— Fica assim comigo. Eu gosto de te olhar, por favor — ele implora, deixando-me sem palavras. A confusão só aumenta à medida que os nossos olhares se entrelaçam.
— E ainda mais quando você fica tímida — continua ele, arrancando um sorriso involuntário de mim enquanto dou um leve tapa em seu braço. O clima mudou, era como se tudo ao nosso redor tivesse desaparecido e fôssemos apenas nós dois desfrutando daquele momento sem brigas.
Aproveito uma brecha para tentar pegar meu celular de volta enquanto ele está distraído, mas ele é rápido demais para mim. Reviro os olhos enquanto sua risada ecoa pelo quarto.
— Você é esperta, mas eu sou mais rápido e inteligente, princesa — diz ele com um sorriso provocador enquanto me afasto do colo dele.
— Só vai ter seu celular quando eu permitir e você me obedecer, caso contrário, nunca mais vai tê-lo — afirma com confiança. Então seja uma boa garota.
— Vai se ferrar, idiota! — resmungo em resposta enquanto mostro o dedo do meio para ele. Sua risada só aumenta diante da minha frustração. Edward havia estragado meu plano estratégico mais uma vez.
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Atualizado até capítulo 101
Comments
Branquinha
Que velho safado!!!
2024-11-17
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Luciana Souza
não vai adiantar nada ele vai pegar ela di novo
2024-09-10
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