A contaminação

Após uma breve pausa para analisar o sangue sob o microscópio, Alice voltou sua atenção para os registros e fichários, organizando meticulosamente cada detalhe. Enquanto isso, Diego continuava a examinar o cadáver de Junior, procurando por qualquer pista que pudesse ajudar a entender o que estava acontecendo.

— Alice, olha isso aqui — chamou Diego, entregando-lhe um pequeno tubo contendo um fragmento de algo branco. — Achei esse pedaço de dente em uma das mordidas.

Alice franziu a testa, observando o fragmento à luz. Era um pedaço de dente, mas não parecia um dente humano normal. A superfície era áspera, e o tamanho era ligeiramente maior do que o de um dente comum.

— Um dente? Como ele poderia ter ficado cravado no ferimento? — perguntou ela, intrigada.

— Quando os corpos começam a se decompor, os dentes podem se soltar e ficar fracos. Talvez tenha sido isso — sugeriu Diego, ainda que sua voz não soasse completamente confiante.

Alice assentiu, absorvendo a explicação e voltando sua atenção para o exame. As horas passaram rapidamente enquanto eles mergulhavam nas análises. O silêncio do laboratório era quebrado apenas pelo som de instrumentos sendo manipulados e pelos ocasionais suspiros de cansaço.

Quando a noite caiu, o cansaço começou a pesar sobre os ombros de ambos, mas Alice estava determinada a continuar.

— Você pode descansar enquanto eu continuo, Alice — sugeriu Diego, percebendo o cansaço no rosto da colega.

— Jamais, Diego! Já passei muitas noites em claro antes. Não vou descansar agora — respondeu ela com um sorriso teimoso, sentindo uma determinação renovada. Diego sorriu de volta, grato pela companhia e pelo apoio inabalável de Alice.

Os dois continuaram a trabalhar, analisando cada detalhe com uma dedicação feroz. Alice mergulhou nos resultados das amostras de sangue, notando padrões estranhos nas células e uma presença anômala que parecia se mover de forma independente. Diego, por sua vez, explorava as feridas no corpo de Junior, tentando entender a natureza das mordidas.

— Olha só isso, Alice — disse Diego, aproximando-se dela com uma expressão preocupada. — Essas mordidas são diferentes. Cada uma parece ter sido feita por um tipo de dente distinto. É como se não fossem todas do mesmo ser.

Alice olhou para ele, a inquietação crescendo dentro dela.

— Como assim, diferentes? — perguntou ela, sentindo um frio na espinha.

— Veja aqui — ele apontou para a mordida no braço, depois para a da perna e, finalmente, para a do pescoço. — Cada mordida tem um padrão de dentes diferente. Como se fossem de criaturas distintas.

Alice examinou as mordidas mais de perto, percebendo que Diego estava certo. As marcas no braço eram profundas e largas, enquanto as da perna pareciam mais estreitas e irregulares. A do pescoço, por outro lado, era quase circular e rodeada por pequenas perfurações, como se algo com dentes afiados e serrilhados houvesse cravado ali.

— Isso é muito estranho, Diego. É como se ele tivesse sido atacado por várias criaturas diferentes — murmurou Alice, a mente trabalhando para juntar as peças desse quebra-cabeça macabro.

A noite avançava, e a sensação de urgência crescia. Cada nova descoberta parecia trazer mais perguntas do que respostas. Alice e Diego sabiam que estavam correndo contra o tempo para entender o que havia matado Junior e o que isso significava para todos ao seu redor.

— Alice, precisamos enviar essas informações para o coronel Lian o mais rápido possível — disse Diego, sua voz carregada de preocupação. — Se não encontrarmos uma forma de conter isso, podemos estar diante de algo muito pior do que imaginamos.

Alice concordou, sentindo o peso da responsabilidade sobre seus ombros. Sabia que não poderiam descansar até descobrir a verdade. A escuridão da noite envolvia o laboratório, e a sensação de que algo sinistro estava prestes a acontecer pairava no ar, aumentando a urgência de sua missão.

Enquanto os dois continuavam a trabalhar, uma inquietação crescente tomava conta deles.

Com um misto de nervosismo e determinação, Diego decidiu avançar no procedimento, ignorando os protestos de Alice. Ele precisava entender o que estava acontecendo com o corpo de Junior, mesmo que isso significasse desafiar os protocolos habituais do laboratório.

— Alice, venha me ajudar aqui — chamou Diego, enquanto preparava os instrumentos necessários ao lado da maca. — Vou abrir ele, preciso ver o coração.

Alice arregalou os olhos, horrorizada.

— Você está louco? Nós não fazemos isso! — exclamou ela, com a voz carregada de urgência. — Você sabe que não podemos!

Diego olhou para ela com seriedade, seus olhos refletindo uma determinação implacável.

— Alice, não temos mais ninguém para fazer isso. Não podemos perder tempo — disse ele, começando a se preparar rapidamente para o procedimento.

Alice hesitou por um momento, debatendo-se internamente com o dilema ético. Mas a urgência da situação e a falta de alternativas a convenceram a se juntar a Diego. Juntos, eles abriram cuidadosamente o corpo de Junior, revelando órgãos que, apesar de mortos, ainda mantinham algumas funções incompreensíveis.

Horas se passaram em um silêncio carregado de tensão. Diego examinava o coração de Junior, surpreso com o que descobria.

— Aqui, está frio e quente ao mesmo tempo. Que estranho — murmurou Diego, pedindo que Alice trouxesse uma bandeja para ajudá-lo.

Alice se apressou e observou junto com ele.

— Olha, você está vendo isso? — perguntou Diego, apontando para as veias que ainda pulsavam fracamente. — Essas veias ainda estão funcionando, alimentando o cérebro. Mas algo está errado, o coração dele está batendo.

Diego se aproximou mais, observando fascinado enquanto o coração de Junior pulsava lentamente, como se tentasse retomar a vida. A descoberta era desconcertante e aterrorizante ao mesmo tempo.

Com cautela, Diego colocou a mão perto do rosto de Junior, verificando se havia algum sinal de respiração. O silêncio no laboratório era ensurdecedor, apenas interrompido pelo som dos batimentos cardíacos irregulares e pela respiração pesada dos dois cientistas.

— Tenha cuidado, Diego — sussurrou Alice, os olhos fixos no cadáver.

Diego assentiu, tomando cuidado ao examinar a boca de Junior em busca de sinais de vida. E então, no momento mais inesperado, o cadáver abriu os olhos de repente, agarrando a mão de Diego com uma força sobrenatural.

— Ele me mordeu! Seu desgraçado! — gritou Diego, em pânico, enquanto tentava se libertar da mordida. Ele recuou rapidamente, correndo até a pia para lavar freneticamente a mão.

Alice agiu com rapidez, pegando os suprimentos médicos para tratar o ferimento de Diego enquanto tentava processar o que acabara de testemunhar. O horror da situação se desdobrava diante deles, desafiando toda a lógica e compreensão científica.

O cadáver de Junior permanecia imóvel na maca, os olhos agora fixos no teto, como se nada tivesse acontecido. Mas a experiência deixou uma marca indelével em Alice e Diego, uma lembrança sinistra de que algo terrível estava se desenrolando ao seu redor.

Enquanto Alice cuidava do ferimento de Diego, o silêncio pesado no laboratório era interrompido apenas pelo eco distante de seus próprios pensamentos. Eles sabiam que precisavam relatar o que haviam descoberto ao coronel Lian, mas também sabiam que uma verdade ainda mais sombria estava à espreita nas sombras do laboratório.

A noite se arrastava lentamente, mergulhada em suspense e terror, enquanto Alice e Diego lutavam para entender o que haviam desencadeado e como poderiam sobreviver ao pesadelo que se desdobrava diante deles.

Diego, com o rosto pálido e a expressão de dor, tentava processar a gravidade de sua situação enquanto Alice limpava a mordida em seu braço. Os dentes de Junior haviam rasgado a carne de Diego, deixando uma marca profunda e sangrenta. Alice sabia que não podia perder tempo; precisava tratar a ferida e evitar uma possível infecção.

— Ele mordeu você profundamente! Venha, deixe-me colocar álcool na ferida — disse Alice, pegando um frasco de álcool e despejando-o na mordida. Diego gemeu de dor, o álcool queimando ao entrar em contato com a pele ferida.

— Que droga, Alice! Isso dói demais! — reclamou Diego, o rosto contorcido em uma expressão de agonia.

— Eu avisei a você! Você é muito teimoso — respondeu Alice, a voz cheia de frustração e preocupação. Ela começou a enfaixar a mordida e a cuidar dos dedos mutilados de Diego, tentando conter o sangramento o máximo possível.

Diego observou seus dedos enfaixados, a dor latejando constantemente. — Além dos meus dedos, ele me mordeu. Isso é uma loucura — murmurou ele, sua voz carregada de raiva e desespero.

— Tenha mais cuidado. Não sabemos com o que estamos lidando. Agora, sobre essa mordida, precisamos descobrir se é contagiosa — disse Alice, pegando um tubo de coleta de sangue. Ela sabia que a mordida poderia ser perigosa e precisava verificar se havia alguma anomalia no sangue de Diego.

Ela coletou uma amostra de sangue de Diego, que a observava com uma expressão preocupada.

— Se eu morrer, diga para a Kessia que eu gosto dela — disse Diego, sua voz tremendo ligeiramente com a admissão.

Alice olhou para ele com surpresa e, depois de um momento de hesitação, respondeu com um tom cauteloso.

— Kessia? Mas ela já está namorando — disse Alice, tentando não aprofundar ainda mais a dor emocional de Diego.

Diego respirou fundo, a tristeza invadindo seus olhos. — Sério? Ela nunca me disse nada sobre isso — disse ele, abaixando a cabeça, sentindo-se abatido.

Alice ficou em silêncio, seu coração apertado ao ver a decepção de Diego. Ela pegou a amostra de sangue e caminhou até o microscópio, determinada a analisar o que poderia estar acontecendo no corpo dele. O laboratório parecia mais silencioso e sinistro do que nunca, como se a escuridão ao redor estivesse se fechando sobre eles.

Ao olhar através do microscópio, Alice viu algo alarmante. As células sanguíneas de Diego estavam começando a apresentar mudanças, semelhantes às que haviam visto no sangue de Junior. Havia uma atividade anômala, com células deformadas e movimentos anormais, indicando uma possível infecção que parecia estar se espalhando rapidamente.

Seu coração disparou, e a respiração ficou ofegante. Alice sabia que precisava agir rápido. Ela precisava de mais informações, mas, mais do que isso, precisava proteger Diego e a si mesma de qualquer ameaça iminente. O que eles estavam enfrentando era mais perigoso do que qualquer coisa que já haviam imaginado.

Alice voltou até Diego, tentando manter a calma, mas sua voz traía o medo crescente.

— Diego, temos um problema. Seu sangue está mostrando sinais de infecção, semelhante ao que vimos em Junior. Não sei o que isso significa exatamente, mas não é um bom sinal — disse ela, tentando manter a voz firme.

Diego olhou para ela, o pânico começando a tomar conta.

— O que vamos fazer, Alice? Se isso for contagioso, eu... — Ele não conseguiu terminar a frase, o medo e a incerteza esmagando suas palavras.

Alice sabia que precisava manter a cabeça fria. Eles estavam lidando com algo além de sua compreensão, algo que poderia se espalhar rapidamente e causar uma catástrofe inimaginável.

— Vamos manter a calma, Diego. Precisamos contatar o coronel Lian e informar sobre o que encontramos. Ele deve ter recursos para lidar com isso. E enquanto isso, vamos tentar conter essa infecção aqui — disse ela, tentando soar confiante.

O terror pairava no ar, e cada segundo parecia se arrastar, carregado de medo e incerteza. Alice e Diego estavam no centro de um pesadelo, lutando contra um inimigo invisível e implacável, sem saber como poderiam sobreviver ou se havia algum fim para aquele horror.

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Capítulos
1 O cadáver
2 A contaminação
3 O chamado
4 Refúgio temporário
5 Uma solução
6 Dores e percas
7 Andando sem rumo
8 A estrada
9 Vai uma briga por aqui?
10 Abrigados na farmácia
11 Presença inesperada
12 A fazenda
13 Podemos confiar neles?
14 Morte rápida
15 O silêncio
16 Momento de paz
17 Sempre bom confiar no local
18 A caminho de uma peça
19 Em busca de uma peça
20 Momento de paz
21 Em uma pequena fazenda
22 Então... Eu cuido de você
23 Um novo membro!
24 Menos um
25 De cara a cara com a fera
26 Salve-se quem puder!
27 Risos e conversas
28 Refúgio no meio do mato
29 Vamos fortalecer nosso abrigo
30 O ataque na loja de Conveniência
31 Judith e Rafael
32 Confio nela, mais do que em mim mesmo
33 Apenas eles dois
34 Novos sobreviventes
35 Trinta e cinco
36 Confiança em primeiro lugar
37 Trinta e sete
38 O Kaito precisa descansar!
39 Trinta e nove
40 Se queria ficar abraçada comigo, era só ter pedido
41 Brigados
42 Um clima pesado
43 A refém
44 Quarenta e quatro
45 A beira do sangue
46 Seja com ele ou sem
47 Ele até tenta ser bonzinho
48 Se conhecendo
49 Chapter 49
50 Chapter 50
51 Chapter 51
52 Chapter 52
53 Chapter 53
54 Luto pela família de Filipe
55 Em busca do Daniel
56 Daniel
57 A busca pelo amanhã
58 Um Momento de Intimidade
59 Chapter 59
60 Chapter 60
61 Chapter 61
62 Acho que estamos sendo seguidos
63 Chapter 63
64 Chapter 64
65 Uma grande esperança a frente
66 Redenção
67 Chapter 67
68 Eu perguntei quem é você, seu imbecil!
69 Chapter 69
70 Estamos do mesmo lado. Por enquanto.
71 Qualquer passo errado... vai ser você, Kaito
72 eu não sou um salvador.
73 desconfiados
74 Eu fui enviado para resgatar ela.
75 Lugar para se chamar de Lar
76 Ainda parece surreal
77 Quando o bravo hesita perto de Alice
78 O desejo
79 Kaito complicando tudo
80 Foi ideia minha
81 Isso é chamado de amor?
82 Conversas e mais conversas
83 Perigo!
84 Não discuta, Alice. Não vou deixar você para trás.
85 Surgindo outro amor
86 A noite será longa
87 Eu amo você...
88 Está tudo sob controle!
89 Três sobreviventes
90 A chegada
91 O amor está no ar
92 Chapter 92
93 Chapter 93
94 O som dos tiros
95 A caminho do refúgio
96 Uma noite na enfermaria
97 Recuperações...Após três dias.
98 Viva ao Kaito
99 Capítulo 99 - Esqueceu a Hera?
100 Capítulo 100
101 Capítulo 101
102 Capítulo 102 - Uma semana depois
103 Capítulo 103
104 Capítulo 104
105 Capítulo 105
106 Capítulo 106
107 Capítulo 107
108 Capítulo 108 - A procura da cura
109 Capítulo 109 - Astrid...
110 Capítulo 110
111 Capítulo 111_ Um caos no laboratório
112 Capítulo 112
113 A grande solução
Capítulos

Atualizado até capítulo 113

1
O cadáver
2
A contaminação
3
O chamado
4
Refúgio temporário
5
Uma solução
6
Dores e percas
7
Andando sem rumo
8
A estrada
9
Vai uma briga por aqui?
10
Abrigados na farmácia
11
Presença inesperada
12
A fazenda
13
Podemos confiar neles?
14
Morte rápida
15
O silêncio
16
Momento de paz
17
Sempre bom confiar no local
18
A caminho de uma peça
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Em busca de uma peça
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Momento de paz
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Em uma pequena fazenda
22
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24
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25
De cara a cara com a fera
26
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27
Risos e conversas
28
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29
Vamos fortalecer nosso abrigo
30
O ataque na loja de Conveniência
31
Judith e Rafael
32
Confio nela, mais do que em mim mesmo
33
Apenas eles dois
34
Novos sobreviventes
35
Trinta e cinco
36
Confiança em primeiro lugar
37
Trinta e sete
38
O Kaito precisa descansar!
39
Trinta e nove
40
Se queria ficar abraçada comigo, era só ter pedido
41
Brigados
42
Um clima pesado
43
A refém
44
Quarenta e quatro
45
A beira do sangue
46
Seja com ele ou sem
47
Ele até tenta ser bonzinho
48
Se conhecendo
49
Chapter 49
50
Chapter 50
51
Chapter 51
52
Chapter 52
53
Chapter 53
54
Luto pela família de Filipe
55
Em busca do Daniel
56
Daniel
57
A busca pelo amanhã
58
Um Momento de Intimidade
59
Chapter 59
60
Chapter 60
61
Chapter 61
62
Acho que estamos sendo seguidos
63
Chapter 63
64
Chapter 64
65
Uma grande esperança a frente
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Redenção
67
Chapter 67
68
Eu perguntei quem é você, seu imbecil!
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Chapter 69
70
Estamos do mesmo lado. Por enquanto.
71
Qualquer passo errado... vai ser você, Kaito
72
eu não sou um salvador.
73
desconfiados
74
Eu fui enviado para resgatar ela.
75
Lugar para se chamar de Lar
76
Ainda parece surreal
77
Quando o bravo hesita perto de Alice
78
O desejo
79
Kaito complicando tudo
80
Foi ideia minha
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Isso é chamado de amor?
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Conversas e mais conversas
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Não discuta, Alice. Não vou deixar você para trás.
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A chegada
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O amor está no ar
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Chapter 92
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Chapter 93
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O som dos tiros
95
A caminho do refúgio
96
Uma noite na enfermaria
97
Recuperações...Após três dias.
98
Viva ao Kaito
99
Capítulo 99 - Esqueceu a Hera?
100
Capítulo 100
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Capítulo 102 - Uma semana depois
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Capítulo 111_ Um caos no laboratório
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