Depois que finalmente se livrou da igreja católica, a qual sua mãe a forçou a frequentar durante toda a infância, Teresa saía com algumas amigas aos domingos. A rua Paula Freitas era agradável na maior parte do tempo, mas, às vezes, suas paredes altas a faziam se parecer com uma gaiola gigante. Natália era uma de suas melhores amigas, ela já tinha vinte anos, carteira de motorista e um Fiat uno, buscava Teresa em sua casa assim que a noite caía, depois elas passavam na casa de Darlene (que também era uma de suas melhores amigas), na rua Siqueira Campos, e as três desciam para a avenida Atlântica, ouvindo a rádio X e cantando juntas, a partir dali, a noite era toda delas. As boates estavam abertas todas noites, e em festas quentes de carnaval, você podia tomar um banho de espuma e se amontoar com um monte de desconhecidos naquela branquidão gelada.
Na noite em que conheceu Gustavo, era uma sexta feira, elas haviam descido para a rua Santa Clara, para o que seria a festa de aniversário de uma prima de terceiro grau de Natália, em um clube de festas.
— Ah, mas eu nem conheço essa menina, não vou, não — ela tinha dito para Natália mais cedo, enquanto elas faziam uma corrida matinal no calçadão de Copacabana.
— O nome dela é Bruna, agora você conhece — Natália insistiu — Ela disse pra eu levar as amigas, eu só tenho vocês de amigas, vai ter que servir.
— Ih, não faz drama, não, eu sei que você viajou pra Salvador não tem nem um mês — Teresa respondeu — Eu tive que ir pra danceteria de ônibus sem você aqui.
— Ué, sua mãe não tem dois carros?
— Tem, mas quem vai pra danceteria com a mãe? — Teresa perguntou, desviando de uma idosa no caminho.
— É, é doidice mesmo — Natália concordou, meneando a cabeça — Mas vocês vão comigo mesmo assim, não vai arrancar pedaço nenhum se você interagir com gente nova.
— Ih, olha lá, desde quando você toma decisões por mim? — ela questionou em um tom descontraído.
— A partir de agora? — Natália disse, jogando o corpo em sua direção e usando de seu tamanho avantajado para "subjuga-la". Natália era a mais alta de sua panelinha, quase tão alta quanto um homem, o que, somado com suas pernas grossas e braços definidos, faziam dela um mulherão, ninguém chamava tanta atenção no carnaval quanto ela.
— Tá, tá bom, chatice, eu vou, mas só vou ficar um pouquinho lá, e fala pra sua prima que eu não gosto de fogos de artifício — Teresa disse, se dando por vencida.
Ela vestiu um macacão jeans da Fido-Dido sobre uma camisa branca de mangas compridas. Algumas pessoas sofriam para escolher suas roupas na hora de sair, mas, sem falsa modéstia, tudo costumava ficar bem em Teresa; ela só costumava trocar de roupa umas três ou quatro vezes para achar o estilo que mais combinava com a ocasião, como esse era um aniversário de quinze anos de uma garota em Barra da Tijuca, não precisava de nada muito chamativo. Ela só veio se arrepender de sua escolha mais à frente, no momento em que conheceu Gustavo; ele era um dos parentes distantes de Natália, um lindo rapaz de cabelos castanhos e olhos verdes.
A festa ocorreu em um grande clube à céu aberto; começou às sete, mas elas só chegaram às oito. Uma bandinha local tocava algumas músicas do Roberto Carlos no palco, o vocalista tinha cabelos compridos e usava calças de couro. Algumas crianças pulavam em camas elásticas e os adultos estavam divididos entre os que bebiam e conversavam nas mesas de plástico, e aqueles que estavam levando aquela história de show realmente a sério, dançando coladinhos na pista de dança. Teresa se sentou em uma mesa mais isolada, junto a Natália e Darlene.
— Quem é a aniversariante mesmo? — Darlene perguntou, esticando o pescoço à procura da mocinha que fazia seus quinze anos.
— Ali, ó — Natália apontou para uma mesa mais distante, onde uma garota, com um grande vestido de princesa, interagia com os membros da família, uma mulher idosa de bigode e o rapaz que, mais a frente, ela veio a conhecer; Gustavo usava uma camisa xadrez sobre uma outra camisa negra, e uma calça esporte fino de um azul marinho profundo. Teresa não costumava se sentir insegura a respeito de sua aparência, mas, nessa noite, se sentiu ridícula, parecia que seu guarda roupas não possuía opções suficientes para deixa-la apresentável o suficiente, primeiro Gustavo a olhou e sorriu, acenando; Teresa retribuiu o gesto, quase como uma criança acenando para um adulto bonito, mas viu que Darlene fez o mesmo, e se sentiu ridícula de novo, talvez o aceno nem fosse para ela afinal, e nesse caso, ela estaria pagando mico em dobro.
— E aquele ali, você conhece? — Darlene perguntou, dando duas cotoveladas no flanco de Natália. Darlene era o tipo de pessoa assanhada e imperativa, para piorar, ela não era do tipo que esperava seus interesses românticos tomarem a iniciativa, Teresa até sentia que ela não se dava o devido respeito às vezes, mas essa falta de auto respeito acabava caindo bem nela, isso combinava com a sua personalidade.
— Gustavo, é meu primo também, de segundo ou terceiro grau — Natália respondeu — Você gostou dele, foi?
— É, eu achei ele gatinho — Darlene, assanhada e imperativa, respondeu sem a menor hesitação.
— Quer que eu apresente você pra ele? Eu acho que ele tá solteiro — Natália disse.
— Mais tarde, mais tarde.
— Teresa? — Natália a tocou no ombro, tirando-a de seu transe.
— Oi? — ela respondeu, um pouco mais sobressaltada do que deveria, chegando a assusta-las um pouco.
— Tudo bem com você? Tá com dor de barriga?
— Ué, só tô com um pouco de sono, não posso nem ficar quieta? — Teresa disse.
Embora tivesse uma opinião bem negativa a respeito das festas infantis (toda aquela coisa de palhaço Bozo e balões coloridos já eram chatos na sua infância, além de estarem atrelados a algumas das suas piores lembranças), Teresa até achava aquela festa minimamente decente, ao menos, não tinha um palhaço dançando pela pista. Mais tarde ela veio a conhecer a Bruna pessoalmente, e a achou fascinante, mas seu encontro mais importante ocorreu depois das dez da noite, bem além do horário que ela havia estabelecido para ir embora. Teresa foi até a mesa de guloseimas, no final do clube, pegar um pouco de purê de abóbora para Darlene, que costumava usar seu problema de pressão baixa para fazer as amigas de empregadas. A banda tocava O gosto de tudo, do Roberto Carlos. Quando Teresa pegou o último pote de purê da mesa, Gustavo surgiu subitamente em seu campo de visão, freando sua correria e praguejando.
— Ah, merda, eu achei que, se fosse rápido, ia conseguir pegar primeiro que você — ele disse, lhe oferecendo um sorriso cheio de dentes perfeitos. Teresa riu, e, depois de ambos hesitarem um pouco, seus olhos se encontraram.
— Foi mal, minha amiga tem pressão baixa, ela precisa mais do que você — ela respondeu, tentando não parecer muito boba, ao menos, não mais do que já parecia.
— Ela teve um ataque de pressão baixa? Nossa, a festa tá tão ruim assim, é? — Gustavo perguntou descontraidamente.
— Não, até que não, mas enquanto ela puder fazer alguém de empregada... Você sabe.
— Ah, entendi — ele disse, balançando as mãos como um garoto nervoso e tomando um fôlego profundo — Então, qual o seu nome? Eu vi que você tava com a minha prima, Natália, cês são amigas?
— Teresa, Maria Teresa — ela respondeu — É um prazer.
— Gustavo, só... Gustavo mesmo — ele disse.
— É um nome bonitinho, dá pra te chamar de Gusta.
— Não, por favor, não — ele disse, rindo, e ela riu também.
— Tudo bem, tudo bem, esquece o Gusta — Teresa disse — Foi péssimo mesmo — ela emendou.
— Então... Você tem que entregar isso aí, né? Mas se você estiver livre, a gente pode dançar um pouco, depois.
— Você quer dançar uma música do Roberto Carlos comigo? — Teresa perguntou de forma pretensiosa — Bom, a gente tá naquela mesa ali, no final, você pode me chamar lá daqui a alguns minutos, vou só ver se a Darlene vai precisar de alguma coisa ainda.
— Beleza, eu passo lá — ele deu um joinha, ponto as mãos nos bolsos e voltando para o local de onde veio. Teresa não pode deixar de reparar em como Gustavo tinha costas largas, e em como os pelinhos claros de seu antebraço eram charmosos de uma forma estranha. Eles foram em direções opostas, mas Teresa olhou sobre o ombro umas duas vezes enquanto voltava para a sua mesa.
— Aqui — ela pôs o potinho de purê de abóbora sobre a mesa.
— Ah, obrigada, Tê, você é tudo de bom — Darlene sorriu com gratidão, como se não soubesse bem que Teresa tinha ido buscar a contragosto.
— Pois é, e você é a encarnação da preguiça — Teresa respondeu com descaso. Ela se dirigiu para Natália logo em seguida — Ah, e eu acabei conhecendo o seu primo lá.
— Foi? Sério? E então? — Natália perguntou, sorrindo e arqueando uma sobrancelha.
— É, ele parece ser gente fina ... Tinha os dentes limpos, olhos claros, e é até bonitinho — Teresa disse, fingindo desinteresse, assim como fez quando conversou com ele, a ideia de "vá me buscar na minha mesa" era uma espécie de truque para saber o quão longe ele estava disposto a ir por ela, além de determinar quem estava no comando ali, ela estava no comando.
— Se eu soubesse disso, eu tinha ido pegar o purê sozinha — Darlene disse, culpando-se com veemência pela sua falta de ação, a atitude de dar encima de alguém não seria um problema para ela, se estivesse por perto, mas a diferença entre Darlene e Teresa era claramente o seu nível classe.
Alguns minutos depois, ao som de Coisas que não se esquece, Gustavo realmente apareceu em sua mesa (tinha arrumado o cabelo e ajeitado as mangas da camisa xadrez), ele mostrou um sorriso, um pouco mais superficial do que antes, como se não quisesse parecer muito escancarado.
— Opa, e aí Natália — ele cumprimentou a sua prima primeiro — Oi — disse para Darlene e, por fim, se dirigiu a Teresa — E então, eu posso roubar você um pouquinho?
— Ah, sim, claro — ela fingiu indiferença, estendendo a mão para ele, com a palma virada para baixo — Ei, meninas, eu acho que vou dançar um pouco.
— Certo, vai lá — Natália disse
— Não acredito nisso! — Darlene vociferou. Teresa podia até imaginar a cara que ela estava fazendo enquanto se afastava, mas isso não importava muito para ela, classes diferentes, classes diferentes.
Gustavo a levou até a pista de dança, onde vários outros casais já se uniam e moviam-se suavemente ao ritmo da música. Teresa sabia que acabaria exibindo seus dotes novamente. Ela foi bem sortuda na loteria dos talentos, uma vez que era boa para conversar, era boa para fazer joguinhos de interesse e até mandava bem em algumas matérias como matemática e álgebra, mas era na dança que ela brilhava de verdade, ela tinha feito aula de ballet dos onze anos até os dezessete. A pista de dança era como um palco para ambos naquela noite, ela pisava tão suavemente que mal sentia o chão sob seus pés, Gustavo correspondia, segurando em sua cintura e deixando que ela fosse livre, mas não o suficiente para que saísse de perto dele, não o suficiente para deixar de senti-la, e Teresa gostava que fosse assim, gostava tanto, que até perdeu a noção do tempo, e quando foram perceber, já tinham dançado umas três músicas, ficando para trás enquanto a maioria dos casais já haviam parado, chamando mais atenção do que queria, mas não se importando o suficiente para acabar com sua diversão. Naquela noite, eles se encaixavam como duas peças de um quebra-cabeça.
Mais tarde, quando se sentaram para beber um pouco, ele sorria sem um motivo claro, sorria apenas de olhar para ela, o que até soaria bobo se seus dentes não fossem tão perfeitos.
— Pois é, você... Dança pra caramba, hein? – Gustavo disse, bebendo um grande gole do ponche de maçã.
— Pois é — Teresa repetiu em resposta — Você também, deve ser uma das melhores pessoas que já dançaram comigo — ela emendou, sabendo que ele era, definitivamente, a melhor pessoa com quem ela já dançou, mas não estando disposta a entregar o jogo dessa maneira.
— Ah, que nada — ele disse, fazendo um gesto de falsa modéstia com a mão.
— Eu fiz aula de ballet até os dezessete anos — ela disse.
— Sério? Você é bailarina? Por isso! — Gustavo disse, estranhamente empolgado, se inclinando em sua direção — Minha vó também é, sabia?
— Sua vó? — Teresa sorriu, mas seu sorriso logo se transformou um riso — Você olha pra mim e enxerga a sua vó, é isso?
— O que? Não, nada a ver! — Gustavo riu também. Eles riram juntos por um tempo, embora nem soubessem o motivo daquilo ser tão engraçado naquela época.
— Você aprendeu alguma coisa com ela? — Teresa perguntou — Você é tipo um bailarino também?
— Não — ele respondeu, reduzindo seu sorriso até esconder novamente os dentes — Deve ser alguma coisa com a genética, minha vó tem o dom de dançar, e passou o dom pra mim.
Naquela noite, ele definitivamente disse que sabia dançar tão bem por conta de sua genética, que herdou a habilidade de sua avó, então, foi uma surpresa para Teresa quando viu que Luíza não se parecia em nada com Gustavo, nem em comportamento, nem em postuta, nem mesmo a etnia era a mesma. Apenas alguns minutos depois, ela veio a notar algumas semelhanças na forma como ambos moviam as sobrancelhas, mas não sabia ao certo se um movimento de sobrancelhas era algo genético ou um hábito que se adquire com a convivência.
— Que clima de velório, ninguém fala nada nessa cozinha — Luíza disse, como se não fosse ela a culpada por isso.
— Eu tô meio sem assunto hoje — Gustavo disse, tão concentrado na sopa que sequer olhava para elas.
Teresa mexia a colher para lá e para cá no prato de sopa, estava com fome, não comia nada desde o meio dia, mas algo lhe embrulhava o estômago nessa noite, algo como um mal presságio.
— A sopa tá ruim, Teresa? — Lúcia a perguntou.
— Não, eu só tô sem fome hoje — ela disse, não era bem mentira, mas o olhar acusador que Gustavo lhe lançou, foi como se ele achasse que ela estava inventando isso só para fazer drama, o que a deixou ainda mais irritada com toda a situação.
— Sem fome? E você comeu antes de vir pra cá? — Luíza perguntou de forma seca.
— Não — ela respondeu com mais sequidão ainda.
— Então... Eu soube que vocês querem ir pra Paris no fim do ano — Luíza disse, calma e sutilmente, como se plantasse uma semente da discórdia. Gustavo largou a colher no prato, fazendo um barulho metálico que acordou novamente a bebê no colo de Luíza; ela começou a chorar de novo.
— A gente falou disso mais cedo, vó! — ele disse.
— Eu só quero saber se ela concorda com isso, mesmo sabendo do desperdício de dinheiro que isso vai ser — Luíza prosseguiu, implacável.
— Se eu concordo? — Teresa arqueou as sobrancelhas, a ideia de ir para Paris nem foi exatamente dela, Gustavo quem havia mencionado isso há um tempo, mas Teresa realmente deu forças a ele, e por que não?
— É, você concorda com todo esse gasto de dinheiro? — Luíza perguntou, com um ar tão agressivo, que quase era possível ver a sua fúria sendo exalada do corpo.
— Bom, eu concordo, não é desperdício de dinheiro, e a gente não vai falir só por causa disso — Teresa respondeu, sem se intimidar pelo tom de voz dela.
— É, talvez você não, né? Você não vai pagar nada — Luíza respondeu, com um sorriso que sequer omitia o veneno nas palavras.
— Vó, dá pra gente jantar em paz hoje? — Gustavo elevou a voz acima do choro de Mariana.
— E você, baixe o tom pra falar comigo! — Luíza o repreendeu, e ele encolheu os ombros como um garotinho.
— Mãe, me dá a Mariana aqui, por favor — Lúcia pediu, enquanto eles brigavam por cima daquele som de apito gaiato.
— Espera aí, essa viagem é o motivo de você ficar me olhando com essa cara de tatu desde a hora que eu cheguei aqui? — Teresa a perguntou, colocando seu melhor sorriso irônico no rosto.
— Cara de tatu? Menina, eu tô olhando pra você da forma que eu olho pra qualquer pessoa — Luíza disse, sua voz se tornando mais aguda.
— Então você olha pra todo mundo assim? Me admira que você tenha se casado — Teresa retrucou. Luíza sorriu, embora os seus olhos ardessem de ódio.
— E fui muito bem casada — disse Luíza — Sabe o que eu acho? Que você gosta muito de se aproveitar do Gustavo, e que ele é um idiota por não ver isso — ela emendou — Eu conheço a sua mãe, menina, sei bem o tipo de gente que vocês são!
— Mãe! — Lúcia tentou repreende-la, enquanto pegava Mariana à força, mas a essas alturas, ninguém mais estava dando atenção a ela.
— Vó, pelo amor de Deus, isso não é coisa que se fale! — Gustavo disse, mais desesperado do que realmente irritado, e aquilo foi o cúmulo do patético.
— O que você quer dizer com o "tipo de gente" que a gente é? Você tá chamando a minha mãe do quê? Fala! — Teresa ficou subitamente de pé, espalmando a mesa.
— Eu só falei o que todo mundo da família queria falar, menina — Luíza respondeu — Você é uma... interesseira — ela concluiu, e esse foi, definitivamente, o momento em que Teresa esteve mais perto de bater em uma mulher idosa. Foi necessário que ela usasse todo o seu autocontrole para simplesmente engolir em seco.
— Que se dane, eu não ligo pro que a sua família idiota pensa de mim!!
Mariana finalmente parou de chorar, quando começou a mamar em Lúcia. Um estranho silêncio pairou no ambiente.
— Gustavo, me leva pra casa — Teresa disse resoluta.
— Ah, Tê, espera aí — ele disse, se levantando e tentando tocar seu ombro, mas Teresa recuou, evitando-o.
— Se você não me levar pra casa, eu vou sozinha pra lá, aí você nem precisa mais me ligar! Tá bom assim?! — ela disse, ameaçando-o de término pela terceira vez em seis meses de namoro, embora ela nunca tenha falado isso de forma tão séria como nesse momento.
Um longo suspiro foi a resposta dele.
— Valeu aí, vó, valeu... — Gustavo disse, finalmente tocando-a no ombro e a conduzindo para fora dali. Enquanto saía daquela casa de loucos, Teresa sentia uma vontade incontrolável de quebrar alguma coisa.
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Atualizado até capítulo 23
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