Tãram!

— Ja chega não?

— Não, quero beber mais. Faz tempo. — Alana diz com a voz lúcida.

— Se eu soubesse dirigir eu deixava, mas eu não sei. — falo calmo

— Eu te ensino. Você aprende rápido.

Acho que essa mulher esquece que eu além de não poder beber eu não posso dirigir.

— Alana, chega. Eu não posso dirigir.

— Gustavo pelo menos uma vez esquece essa compostura de jovem certinho. Namorar comigo ja me propõe um tempo de cadeia.

— Não propõe porque eu tenho catorze. Então para de beber. — digo tirando o copo da mão dela.

— Quando descobriu isso?

— Sua amiga me contou sobre a lei.

— Que amiga, Gustavo? Você se encontrou com a Jasmine!?

— Por acaso Alana, faz uns três dias. — respondo com clareza sem entender o alvoroço.

— Eu não quero você perto dela.

— Por que?

Ela parecia estar agitada, da mesma forma que com Yara.

— Alana?

— Vamos embora, perdi o ânimo. — ela diz pegando a bolsa.

— Não podemos ir, Alana. As meninas não vão querer ir agora, e pediram para deixarmos eles pelo menos próximo a entrada da Baixa.

Ela solta a bolsa e se joga para traz com a perna agitada, símbolo de irritabilidade.

Não entendi essa reação. Jasmine é a mesma amiga que se sentiu curiosa sobre nós dois. Elas parecem se dar bem, tem algo muito errado para ela reagir tão ciumenta.

— Aconteceu algo que eu não sei, princesa? — digo acariciando o rosto dela.

— Jasmine é para mim, que nunca tive namorado antes, uma boa amiga. Mas para as outras ela é fura olho. Eu não queria que você tivesse conhecido ela, você é muito bonito. Eu fico imaginando que homem você será daqui dois anos, eu realmente não quero correr o risco de que seja de outra mulher.

Sorri com o elogio de Alana e com sua fofa preocupação.

— Eu também não pretendo te deixar, donzela. — beijo o rosto dela. — Não precisa se preocupar, ela só me explicou que na minha idade eu já posso consentir e que a minha mãe autorizando não há problema

Ela concorda roçando o nariz no meu.

Ela para de beber, enquanto os outros que podiam, continuaram se embebedando. Eu comi petiscos junto dos outros quatro, churrasco e refrigerante.

O tempo vai passando e eu percebo Alana ficar sonolenta no meu abraço.

— Quando pretende ir, Arthur? — pergunto ao bêbedo falante. Ele não cala boca por um segundo a mais de uma hora.

— Amanhã?

— Arthur só tem nós e mais outro pessoal numa mesa, vamos embora. O bar estava cheio, o dono precisa descansar.

— Que zelo com o próximo Gustavo.

— Anda cara. Alana está com sono e quem vai dirigir é ela. — levanto saindo do abraço, Alana reclama. — Levanta. — digo ajudando ele.

Ele assente e cala a boca pela primeira vez. Isso foi ótimo. Nicolas e Mateus ajudaram Fernanda e Flávia.

Agradeci o dono do bar e nós saímos indo embora. Não era longe, então rapidamente chegamos na entrada da Baixa.

— Desce para casa, que daqui a pouco eu chego lá. — digo dando um beijo no rosto de Alana. Ela assente.

— Tem certeza, Gustavo? A gente dá conta de cuidar dos três. — Nicolas fala.

— Tenho, é de boa. — desço do carro abrindo a porta de trás. — Bora Arthur! — ele assusta, estava dormindo já.

— Caraca, Gustavo você é mal. — Mateus rir.

Subimos o morro, Nicolas, Mateus e Yara foram deixar as meninas e eu subi a escada que ia para casa de dona Terezinha. Peguei a chave no bolso do Arthur e entrei.

Coloquei ele encima da cama dele sem acordar os irmãos dele.

— Você nem gostou, né?

— Por que acha isso?

— Ficou quieto na sua, a Alana foi a única que se enturmou um pouco.

— Fica tranquilo. Eu adorei. Só que para me animado eu devo ter que possuir muito álcool no sangue. O que eu não terei por tão cedo. — sorri. — Eu vou sentir muita falta de vocês Arthur. Acredito que essa é parte mais difícil de estar indo. — ele funga.

Esse cara inventou uma desculpa para sair, foi a despedida dele para mim.

Eu gostei, só sou muito responsável e prefiro vigiar a todos, eles se divertindo para mim já é ótimo.

Sento nos pés da cama. Esperando o Mateus chegar. Arthur continuou a falar algumas coisas embolado. Apenas sorri de todas suas palavras baixinho.

— Desejo a maior sorte para você irmão. — ele diz.

— Obrigado.

Ouço a porta abrir. Junto dela, uma respiração calma de Arthur. Ele dormiu.

— Que foi mano? — Mateus aparece na porta.

— Nada, estava conversando com Arthur até você chegar. Vou indo nessa. — toco o ombro dele saindo.

— Boa noite... — ele olha para cama. — Arthur seu folgado, pode abrir espaço!

Rir.

— Deixa ele dormir, dorme com a Linda. — digo fechando a porta.

No quarto deles é bem grande e tem três camas, duas de solteiro para as crianças, e uma de casal que dorme eles dois. Só que Arthur cansado atravessou a cama inteira.

Desço a escadaria, na outra esquina avisto o mesmo homem qual Tião me impediu de encontrar naquele dia. Não fiz nenhum movimento suspeito, não devo ninguém na Baixa do sapateiro.

Percebi que ele estava me encarando e apenas o cumprimento com um gesto de cabeça. Sigo meu caminho.

— Tá fazendo o que na rua essa hora? — assusto dando um pulo para trás com a voz de Sebastião, estava tão rouca que parecia um trovão.

— Vim deixar o Arthur em casa. O que diabos você faz acordado agora?! — digo horrorizado. — Parece um fantasma.

— Hahaha, engraçadão você. Vaza moleque. Isso não é hora de criança estar na rua.

— Eu já estava indo, que saco. Eu só vim trazer o Arthur porque ele está bêbado. — vou saindo engolindo o sermão desnecessário do meu tio.

...****************...

— Zela muito por esse garoto, Tião. — Capala se aproxima. — O que você tem relacionado essa gente?

— Não é da sua conta. Não se meta nos meus negócios.

— Quem está se metendo nos meus é você.

— Ele não tem culpa que sua marmita te trocou por cana. Supera, Capala. A filha mais nova dela tem a minha idade. Com base nisso você ver quanto tempo perde nessa sede absurda de vingança. Por uma mulher morta!

— Não se meta nos meus assuntos.

— Então saiba que se encostar no moleque, vai ter guerra. — fecho a porta da bancada.

...****************...

Chegando próximo de casa avisto o carro da Alana do lado de fora. Quando chego perto vejo se está trancado, estava aberto. Essa mulher não bate bem da cabeça.

Entro em casa e quando chego no surta está Alana apagada na cama com vestido levantado.

— Você é minha perdição, Lana. — puxo o vestido para o devido lugar, cobrindo ela com a coberta. — Amor, cadê a chave do carro? Você esqueceu de travar.

— Pode deixar, aqui é uma zona neutra. Não ocorre furtos. — ela murmura. — Mas se te tranquiliza esta sobre a estante. Vem para cama logo.

— Só vou banhar. Não quer tomar banho?

— Só se for com você. — ela diz manhosa.

— Não começa.— ela rir.

— É sério. Eu mal consigo ficar em pé sozinha.

Em nenhum momento na nossa conversa Alana olhou para mim. Ela estava sonolenta, então julgo que eu serei o único em problemas.

Saio para trancar o carro.

Volto e passo a pomada eu mesmo para poder tomar banho.

— Levanta. — digo puxando os braços de Alana. Ela deita no meu peito ainda dormindo. — Lana, anda.

— Me ajuda. — ela ergue os braços.

— Alana você me tortura... — puxo o vestido o tirando ouvindo sua risada travessa.

Só pensar que é como se estivesse cuidado de uma das suas irmãs quando estiverem adultas, só pensar assim, Gustavo.

Pego a toalha dela atrás da porta e enrolo em seu corpo. Tirando o feixe de seu sutiã.

— Que habilidade. — ela sorri.

— As vezes eu ajudo a minha mãe, Alana. Mas é a minha mãe, não a mulher que eu sou apaixonado. Tô tendo sérios problemas aqui. Você tira a calcinha. — digo me levantado.

Levo ela até o banheiro, e a coloco debaixo do chuveiro sem olhar para seu corpo.

— Gustavo, por que ainda está de calça? — ouço sua voz desperta e saio da divisa da cortina. — Gustavo?!

— Desculpa, Alana. Não consigo. — sento no vaso. — Toma banho primeiro, depois eu banho. Vou esperar aqui.

Sinto seu corpo molhado em um abraço suave.

— Alana colabora. — um bolo na minha garganta se forma.

Não sinto que é adequado esse desejo, esse anseio...

Ela beija meu pescoço, e não deixa suas mãos quietas um segundo se quer, as deslizando pelo meu corpo.

Faço um giro rápido a levantado em a pressionando contra parede, ela entrelaça as pernas em volta da minha cintura.

Beijo seu lábios em um profundo desejo, retribuindo toda a tentação que ela vinha me trazendo desde de o dia que nós conhecemos.

A mulher mais provocante que existe e não mede esforços em me deixa louco. Despertando instintos que eu nem sabia da existência.

— Gustavo? — ouço a voz da minha mãe — A Alana foi para casa essa hora? Não vi o carro.

Abro a porta do banheiro e minha mãe me olha com grande surpresa, seus olhos quase saltaram de seu rosto.

— O que aconteceu com você? — ela pergunta pausadamente, ainda tentando digerir a cena, eu, de calça jeans, sem camisa e completamente molhado.

Passo a mão no meu rosto dispersando a adrenalina.

— Alana aconteceu. — passo pela minha mãe indo para o quarto.

— Está molhando a casa, Gustavo!

— Eu seco depois. — entro no quarto para tirar a calça e a cueca molhada.

— Sogrinha linda, acordamos você? — Alana pergunta descarada.

— Você vai fazer meu filho surtar a qualquer momento, Alana. — minha mãe diz embasbacada.

— Finalmente alguém que me entenda. — olho para Alana. — Deixa eu tomar banho.

— Eu ainda não tomei banho também. — Alana diz sorrindo encostada no portal.

— Essa senhora se retira. — mais uma vez a agilidade de dona Vanessa, que sempre dependia de mim para empurrar sua cadeira, surpreende-me.

Encaro a minha garota.

— Saia. — digo e ela se diverte a negar. — Olha, Alana, eu vou entrar nesse banheiro, mas é para você deixar eu tomar banho.

Ela assente.

— Que foi? — ela pergunta vendo que eu hesito em tirar a toalha. — Quer companhia para encorajar? — ela diz retirando a toalha uma atitude completamente despudorada. — Estamos no nosso íntimo, Gusta. — ela envolve os braços em volta do meu pescoço.

— É sério, Alana. Para. — suplico.

— Tá bom, vem. — ela pega minha mão me puxando para chuveiro. — Sem a toalha, Gustavo. Eu não vou olhar. — tiro a toalha da cintura. — Aí meu Deus!

— Você disse que não ia olhar!

— Ricardo estava falando a verdade. — ela vai intercalando o olhar entre meus olhos e minha intimidade.

— Para Alana. — falo entre dente tampando com a mão.

— Quando o Ricardo falou que o dele era de criança e o seu de adulto, eu não quis acreditar! Gustavo tem certeza que isso ainda está em desenvolvimento!?

— Alana!

— Posso tocar?

— Óbvio que não! — puxo a toalha de volta.

Me sinto vulnerável.

— Quando foi que Ricardo falou isso com você?

— Tem um tempinho já. Ele perguntou para sua mãe porque a sua genital era diferente, no caso a sua grande e a dele pequena, se vocês dois são meninos. Sua mãe deu essa distinção, explicando que o dele um dia cresceria.

— Eu desisto do banho. — digo tocando a maçaneta e Alana interfere. — Amor... Eu brinquei na porta do bar, eu sei que eu errei. Mas eu realmente não estou pronto.

— Se acalma, lindo. Eu só estava analisando o material. — ela pisca para mim e eu a encaro. — Vem tomar banho. Dizem que é gostoso banho em casal. — ela sorri tirando a toalha da minha mão e me levando até o chuveiro.

Finalmente entramos no chuveiro para tomar banho. Finalmente!

Ela as vezes fazia uma dancinha, não era na intenção de sensualizar, é da Alana que estamos falando, uma mulher divertida que gosta de sorrir e brincar.

Levei as costas dela, ela lavou a minha. Sei que foi o banho mais longo que eu tomei a minha vida inteira.

Um beijo aqui, outro ali, algo realmente gostoso de se fazer. O banho que me disseram que acontecia entre um homem e uma mulher não era tão inocente e sim de prazer sexual.

Ainda bem que eu o conheci numa vertente tão linda, digamos, muito bom para se desfrutar. Principalmente para mim e para Alana, que estamos num relacionamento pela primeira vez, não sabemos muito sobre vida a dois.

Saímos do banho, olho para o relógio na parede eram mais de cinco horas da manhã. Eu cheguei era por volta de umas quatro e pouco.

Beijo o pescoço de Alana, ela solta um ronrono, como uma gata. Sorri com aquilo. A pego no colo.

— Gustavo ficou doido!? — ela sussurra brigando.

Sorri lhe dando uma bitoquinha.

— Linda. — digo com muito carinho.

Ela encosta no meu peito. Entrando no quarto eu a ponho sobre a cama.

— Tem roupa sua aqui? — ela nega, eu pego uma camisa minha das novas que haviam ali e um short.

— Não quero essa. — ela levanta, e eu fixo hipnotizado pala sua quebra de quadril. — Tãram! — ela pega uma blusa que eu uso para trabalhar.

— Quê?

— Tem o seu cheiro. — ela diz se enfiando dentro da camisa e pega o short que estava na minha mão. — Só não vou pegar o short porque estou sem calcinha e você mexe com graxa entre outras coisas enquanto trabalha.

Essa mulher é perfeita demais.

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