A Boss On Wall Street
E. Writer
O sangue de Robyn estava começando a ferver, seu irmão Ryan estava irritado e decidido a fazer uma besteira.
— Não se esqueça que sou um dos donos dessa empresa... faço com as minhas ações o que eu bem entender.
Robyn cerrou o punho com irritação e encarou seu irmão sentado na cadeira em frente a sua mesa e as veias nas mãos dela eram totalmente visíveis e grossas, devido a sua prática de treino de todos os dias.
Já Ryan, era um cara mimado e estressado no auge dos 25 anos e sem a mínima ideia de como ser um CEO. Ele era alto, magro e seus olhos eram castanhos, como os de Robyn, ele tinha se sentado à mesa para respirar fundo e em seguida pensar melhor em tudo o que se passava em sua cabeça.
Robyn Miller era uma mulher de 30 anos e de um estilo casual, nada de ternos ou vestidos, a não ser em ocasiões especiais que exigiam a sua presença, ela se sentia confortável casualmente e ali em seu escritório rodeada por vidros, via-se uma mulher vestida em roupas escuras e calçados da mesma cor. Roupas essas que cobriam os músculos espalhados pelo seu corpo malhado e atlético.
Seus braços estavam agora cruzados e a sua respiração estava calma, seu rosto claro mostrava seriedade, seus olhos castanhos mostravam-se em alerta e seus cabelos eram negros e curtos acima dos ombros jogados de lado.
Mesmo o escritório sendo rodeado por vidros, ninguém do lado de fora era capaz de ver o que estava acontecendo lá dentro, porém Robyn, era capaz de ver os seus funcionários trabalhando e tudo o que acontecia durante todo o expediente.
Robyn costumava encarar pessoas que tinham a arte de confronta-la e ali, com o seu irmão caçula, não foi diferente, mas naquela tarde de sexta-feira algo tomou conta de sua mente.
Naquele mesmo dia mais cedo, aconteceu algo que ela jamais imaginou. Ela esteve com uma mulher em um momento tenso, angustiante e comprometedor.
— Poderia me encontrar no estacionamento depois de me ligar... eu já disse que não a quero na empresa, os olhares dos outros em você me farão ter ciúmes... e você sabe como é o meu ciúme. — ela brincou com a sua amada.
— Mas eu precisava vir... eu preciso me despedir de você. — Aquela que falava era Eve Wolf, uma mulher com a qual Robyn estava tendo um relacionamento.
— Por que você precisa se despedir? — Robyn abraçou a mulher negra e belíssima por trás e começou a depositar beijos em sua nuca, sem imaginar o que estava por vir.
Na noite anterior, elas tiveram um momento incrível juntas, onde Robyn se conteve para não confessar o seu amor por Eve.
— Eu estou me mudando para Londres... — Robyn se espantou e parou o que fazia, aquilo a deixou com as pernas fracas e os únicos passos que pôde dar, foi para ir até a sua mesa e se apoiar.
Robyn acabou entrando em um momento de reflexão, porém ao mesmo tempo, se lembrou da ferida já quase curada em seu coração.
Se lembrou que passou por dias tristes depois que sua ex esposa Amália a traiu, ela achava que poderia perdoar porque a amava como nunca amou alguém, mas com o desaparecimento repentino de Amália e os papéis do divórcio, evaporaram-se todas as chances que Robyn tinha de voltar a ser feliz com a sua mulher.
Eve surgiu em sua vida, a fez se apaixonar e a fez esquecer de pouco a pouco da mulher que a traiu, no entanto, Eve acabou de atingi-la com um termino.
— Eu não queria te dar essa notícia assim, mas... foi a melhor forma que eu encontrei para te dizer, Robyn. — Eve se aproximou e tentou tocar o rosto de Robyn, mas Robyn se negou a ser tocada e segurou os braços de Eve com violência. Ela era bem mais alta e bem mais forte.
— Por que teve que vir aqui? — Robyn apertou com força os braços de Eve e a mesma se sentiu pressionada e começou a ter medo, Robyn nunca tinha sido tão agressiva. — Você deveria ter desaparecido e só assim eu lembraria que mulheres como você são substituíveis.
Eve se sentiu magoada com as palavras cheias de desprezo e raiva de Robyn.
— Me solta, Robyn! — Eve tentou se soltar enquanto Robyn a segurava e a puxava mais ainda ao seu corpo.
— Estou machucando você? — Robyn foi irônica, ela sabia que quanto mais apertava os braços de Eve, mais a mesma sentiria dor.
— Sim... preciso que me solte e me deixe ir. — Eve tinha uma expressão de dor em sua face.
— Vou te machucar só pra você sentir o quanto dói... a dor que acabou de deixar sobre o meu peito.
Robyn mordeu com força um dos ombros nus de Eve e a mesma gemeu, sem poder fazer nada para impedir a mais forte de agir.
— Para Robyn... ai... para, por favor?!
Robyn soltou os braços de Eve assim que escutou seu lamento e girou a mesma rapidamente, assim a agarrou e Eve ficou de costas, completamente indefesa.
— Por que você está fazendo isso comigo, Eve?
— Porque eu devo ir Robyn... não posso mais estar ao seu lado.
— Por que? — Robyn cheirou lentamente desde o ombro até perto da orelha, ela queria fazer com que Eve mudasse de idéia, ela precisava da companhia de Eve.
Eve sentiu a sensação incrível de estar nos braços de Robyn e acabou se lembrando dos dias passados de ambas, mas Eve realmente não podia mais seguir ao lado de Robyn, ela precisava seguir em frente.
— Por que eu não amo você e nunca vou amar.
Robyn se entristeceu quando aquelas palavras saíram da boca de Eve e os seus braços deixaram a belíssima mulher livre.
— Me desculpe Robyn, mas...
— Não te quero mais aqui. — Robyn abaixou a cabeça se negando a olhar para os olhos verdes a encarando, olhos que pertenciam a uma mulher que ela estava disposta a amar — Vá e não volte nunca mais... você é igual ela.
Eve sentiu lágrimas se formarem em seus olhos por ter sido comparada com a mulher que traiu Robyn e seu coração doeu.
— Me desculpe, Robyn? — Eve pediu e tentou tocar mais uma vez em Robyn.
— Não se aproxime... nunca mais.
Eve saiu chorando do escritório, deixando Robyn cabisbaixa. Robyn jamais imaginou que a mulher dos olhos verdes a abandonaria depois de quatro longos meses, depois de momentos agradáveis, de demonstrar todo o seu esforço em esquecer o seu passado com Amália e de tentar novamente amar outra pessoa.
Robyn acabou decidindo entre lágrimas não amar mais ninguém.
Robyn deu a volta na mesa e parou ao lado de Ryan para observa-lo de perto, ele já estava mais calmo e agora poderiam conversar sem que uma discussão se formasse.
— O que você fará com as suas ações?
— Por que esta pergunta, Robyn?
— Só me responda! — ela soou com autoridade e seu irmão ergueu a cabeça para olha-la, e encontrou um olhar sério e frio sobre ele, Ryan engoliu em seco.
— Eu... eu...
— Quero que me venda as suas ações e assim terei a empresa só pra mim.
— Desculpe irmã, mas...
— Só assim você poderá viver a vida que tanto deseja, festas, viagens... mulheres. — falou contando os dedos.
Ryan sabia que tal proposta era tentadora, mas a mesma o pegou de surpresa.
— Mas eu não quero vender as minhas ações, Robyn.
— Você não quer? — Robyn se aproximou mais e agarrou a gravata de seu irmão ligeiramente o deixando imóvel e a encara-la quase sem fôlego.
— É... — ele não teve forças para responder pois tinha medo da superioridade de sua irmã.
— Você quer sim! — Robyn então sorriu de um jeito irônico e arrumou a gravata da forma correta, o que fez o seu irmão respirar profundamente — e amanhã você assinará os papéis que providenciarei ainda hoje... e passará todas as suas ações para o meu nome.
Robyn se afastou de Ryan e logo se sentou sobre a mesa. Ryan ficou pensativo por um momento ainda na cadeira e assim que se livrou de seus pensamentos, ele saiu do escritório sem dizer mais nada.
Já fazia um tempo que Robyn desejava ter o comando total da empresa em suas mãos, mas não sabia como convencer ou pressionar o seu irmão. Aquele dia que ela jamais iria esquecer, a deixou cheia de vontade de mudar tudo ao seu redor, como suas decisões e sua forma de ser e agir. O seu coração foi magoado mais uma vez e o mesmo se privou ao amor em poucas horas, um coração que antes sorria para qualquer um e que agora seria fechado para todos.
A empresa cujo nome era “ All Miller ”, era localizada em Wall Street e os fundadores eram os Millers, pais de Robyn e Ryan. Os Millers decidiram deixar seus filhos à frente da empresa quando ambos chegaram na idade de seguir o exemplo de liderança empresarial da família e os dois se tornaram os donos majoritários da empresa.
Robyn desejava manter a ordem na All Miller e faria o melhor pela empresa sendo a única CEO.
O telefone no escritório de Robyn tocou e a mesma o atendeu, depois de deixá-lo tocar por alguns segundos.
“ Diga Gina. ”
“ O senhor Crawford está aqui. ”
“ Ok... peça-o para entrar.
“ Certo, senhorita. ”
Robyn ficou a espera de Elliot Crawford, um fotógrafo famoso em Wall Street e melhor amigo dela. Ela o conheceu em uma galeria de arte e depois de saírem para beber, uma amizade surgiu entre ambos, e essa amizade já durava há oito anos.
Um homem de pequena estatura e negro entrou no escritório sem nem mesmo bater e já foi tomando a liberdade de tirar algumas fotos com sua câmera, fotos da CEO mais bonita e sexy de toda Wall Street, como ele mesmo a chamava
Sua câmera tirou várias fotos e só depois que Elliot olhou com atenção para Robyn, notou que a sua amiga não estava bem, ela o encarava e se mantinha sobre a mesa.
Elliott ainda afastado, perguntou:
— Você quer que eu vá embora?
Robyn pensou...
— Posso me aproximar?
Robyn se moveu na mesa...
— Corro perigo de vida?
E aquelas últimas palavras tiraram um leve sorriso dos lábios rosados de Robyn.
— Ufa. — Elliott respirou fundo pois logo soube que o problema não era ele. Ele tomou a liberdade novamente e se sentou na cadeira de couro escuro giratória de Robyn, como quase sempre fazia e aguardou em silêncio à espera da voz séria ou divertida de Robyn.
Passou-se alguns minutos, mas ela não falou nada, continuava na mesa de costas para Elliott e o mesmo já estava impaciente com todo aquele silêncio ensurdecedor, ele odiava aquilo e já imaginava sua amiga desabafando tudo.
— O que aconteceu, Robyn?
Robyn se lembrou do acontecimento da manhã e ficou pensativa.
— O que aconteceu com você?
— A Eve terminou comigo. — Robyn respondeu diretamente e Elliott se surpreendeu de tal forma, que até seu queixo caiu. Ele não podia acreditar.
— E quando isso aconteceu? — ele perguntou da forma mais inexpressiva possível porque ele sempre foi expressivo ao se comunicar, mas naquela situação, sua expressividade não seria algo que combinaria.
— Pela manhã... — Robyn desabafou — ela simplesmente chegou aqui, jogou uma bomba em cima de mim e foi embora.
— E por que ela fez isso?
— Porque ela não me ama... logo agora que eu iria confessar tudo que o meu coração sentia... eu comecei a amar aquela mulher, Elliott e por ter me magoado, esse amor foi aniquilado pelo meu próprio coração.
Elliott ficou mais surpreendido. Ele era uma das testemunhas do fim do casamento de Robyn e o início do namoro dela com Eve, ele sabia que Robyn dificilmente confessava amar uma pessoa, então quando ela o fazia, significava que o sentimento era real. Até hoje ele esperava ela dizer um “ Eu te amo ” para ele.
— E o que você pretende fazer agora, querida?
— Não sei... — ela pensou profundamente — possivelmente... nunca mais amar alguém novamente.
— Você quer matar as mulheres do coração? — Elliott brincou — aquelas que te olham e te desejam só de verem a sua sombra ou de ouvirem a sua voz?!
Robyn sorriu maliciosamente porque sabia que aquilo era verdade. Pensou brevemente que poderia usar aquilo ao seu favor, como fez quando conheceu Eve.
— Você não vai mais sair com mulheres ou... tentar esquecer a Eve com uma outra bonequinha?
Hum... — Robyn pensou...
— Posso te ajudar com isso!
—Me ajudar com o que? — Robyn o olhou por sobre os ombros, mesmo não enxergando sua face.
— Posso escolher algumas mulheres pra você, mais velhas ou jovens e que sejam do tipo que você gosta.
— Quer dizer que é capaz de encontrar uma jovem pra mim?
— Sim, mas... você pode escolher.
— Você pode fazer isso quando?
— Começarei hoje, estou livre. — ele sorriu porque sabia os pensamentos de Robyn.
— Então... assim que encontrar uma mulher saudável, submissa e com um belo rosto, leve-a a minha cobertura.
— Quando eu encontrá-la... devo alertá-la de algo?
— Além da boa quantia que ela terá como recompensa... diga que terá que fazer o que eu ordenar.
— Só isso? — ele soou surpreso.
— Crie um documento como um contrato e inclua cláusulas no mesmo do que ela deve ou não fazer quando estiver comigo... inclua também um tempo estipulado de dois meses, assim que esse tempo expirar, ela terá a liberdade de continuar ou não comigo.
— E o que ela deve ou não fazer, chefe? — Elliott pegou rapidamente o seu celular e abriu em seu bloco de notas, onde faria uma lista.
— A mulher jamais deve me tocar a não ser que eu esteja de acordo... — Elliott seguia as palavras e as digitava em seu celular — jamais deve fazer perguntas sobre o meu passado, jamais deve se recusar a nada e deve sempre me responder com clareza, além de estar sempre disponível e nunca, nunca me deixar, como também jamais sair com outra pessoa... se violar alguma dessas regras, deverá ser punida.
Elliott ergueu os olhos e encarou as costas da mulher sobre a mesa, surpreendido com tudo o que a CEO o disse. Ele jamais pensou que Robyn podeira fazer esse tipo de coisa.
— E a mulher deverá manter tudo no sigilo! Se houver violação dessa regra... pagará muito caro.
— Ok. — ele disse sem demonstrar toda a sua surpresa e medo.
— Você está de acordo com essa minha proposta, Elliott?
— Sim... claro que sim. — e engoliu em seco ainda incrédulo.
— Ótimo... agora trate de encontrar uma mulher pra mim e que ela... pertença somente a mim.
( ... ) ( ... )
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Atualizado até capítulo 30
Comments
Elenilda Soares
a coitada
2024-07-31
1
Diva
Então...
2024-07-29
1
Mah
meu novo passa tempo
2024-05-31
2