CAPÍTULO 7

Acordei de repente assim abrindo os meus olhos naquela manhã de segunda-feira. Me deparei com Robyn colocando papéis dentro da gaveta da mesa de cabeceira.

   Na noite passada depois que ela me dominou na cama e me deu prazer cheio de intensidade, ela guardou o contrato naquela mesma gaveta, assim dormi novamente ao seu lado na cama, com ela me abraçando fortemente como da primeira vez. Algo que me parecia ser um costume ou um vício.

  

   Fechei os olhos para não encarar a mulher concentrada e em seguida acabei levando um susto...

— Eu sei muito bem que você está acordada — ela disse rudemente e eu senti a cama afundando de leve próximo do meu corpo — então não finja!

   A voz de Robyn era capaz de me assustar e qualquer comando dela me fazia estremecer, então assim que senti sua respiração próxima da minha boca, eu saí do meu “ sono falso ” e fiz com que nossos olhos se encontrassem.

  Robyn estava agora se curvando sobre mim e empurrando para o lado o cobertor que cobria o meu corpo nú, assim revelando a nudes dos meus seios.

— Bom dia, Courtney. — Robyn disse quase soprando as palavras em minha boca. O seu hálito era de menta e o seu rosto estava se aproximando cada vez mais. Ela estava pronta para ir trabalhar e estava tão sexy com aquela roupa casual completamente preta e colada nos braços, mostrando visivelmente o volume de seus bíceps e tríceps.

— B.. Bom... dia. — disse com dificuldade porque Robyn me fez engolir em seco, como também fez o meu coração acelerar. 

   Robyn sorriu contra o pequeno espaço entre as nossas bocas e o seu nariz tocando o meu me fez arrepiar e me encolher na cama.

   Será que finalmente a linda mulher me beijaria?

 

   Se sim, eu a receberia e possivelmente retribuiria, os lábios de um formato perfeito foi o que mais chamou a minha atenção desde que a vi pela primeira vez.

— Você parece nervosa.— Robyn disse e brincou com o seu nariz na ponta do meu, parecíamos até um casal feliz que se amava há muito tempo, mas isso só em um sonho mesmo.

— Eu... eu... é... — eu não sabia o que dizer ou fazer e se me movesse, possivelmente faria a sua frustração vir a tona e ela iria querer me punir.

   A ideia de que ela ficava pensando em formas de me punir, era algo que não saia da minha cabeça.

— Você deve se levantar agora! — ela foi um tanto rude e então foi descendo a sua cabeça lentamente, onde acabou depositando um beijo no meu queixo, outros em meu pescoço e ombro e eu não sabia se aquilo foi uma ordem, porque ela estava sobre mim, me dando beijos. Uma situação meio confusa, na verdade.

— Certo... — disse suspirando e senti a sua língua quente tocar o meu seio direito — eu devo me... me levantar e... e me arrumar para ir... pra faculdade.

— Seja uma boa aluna, bonequinha! — ela disse e começou a lamber com lentidão o meu mamilo.

— Sim é... — gemi sentindo aquela sensação prazerosa — eu serei.

— Você não vai querer me decepcionar, vai? — ela mordeu o meu seio e eu senti um espasmo, o qual percorreu o meu corpo e me encheu de tesão. — Mesmo eu odiando o que você estuda... quero ter orgulho do seu esforço e dedicação!

   Robyn revezou entre chupar o meu seio e falar palavras interessantes, intrigantes a certo ponto, mas vi que era uma forma de talvez me impulsionar a não desistir do meu futuro.

— Ahhh... eu... eu jamais faria algo para te... ahh... te decepcionar. — enfim falei algo, em meio a suspiros e uma sensação quente que corria em meu corpo.

— Excelente. — ela disse e senti sua mão tocar o meu abdômen, descendo com delicadeza, até que se infiltrou no meio de minhas pernas.

— Robyn? — chamei por ela quando senti os seus dedos ágeis começarem a percorrer toda a minha extensão escondida. Era incrível o seu vício em sexo e dominância.

— Sim, Courtney? — ela ergueu a cabeça, deixando o meu seio úmido e encarou os meus olhos.

— Estou atrasada. — falei em um fio de voz e assim gemi descontroladamente com a sua penetração forte em mim.

— Não está não! — ela falou com convicção e movimentou rápido os seus dedos dentro de mim, onde acabei segurando o cobertor ao lado da cintura e tocando sem querer uma parte de sua coxa, uma parte que antes nem vi que estava sobre a cama ou tão perto da minha mão.

— Me desculpe... — pedi e meus olhos se fecharam, logo sentindo que o clímax estava começando a se aproximar, continuei tocando a coxa coberta pela calça jeans preta, onde apertei forte. — é sério... me... me desculpe, Robyn?

   De repente, ela tirou os dedos de dentro de mim, se levantou da cama e me olhou com seu olhar predador, porém travesso, onde viu a frustração em meu olhar.

   Robyn foi se afastando de costas e eu como uma pessoa totalmente frustrada, me sentei na cama puxando o cobertor para cobrir os meus seios e a confrontei...

— Sério que você vai me deixar assim?

   Robyn parou e eu tremi. Ela era poderosa demais, e usando o seu olhar destemido, disse:

— Você violou novamente a cláusula principal do contrato... você me tocou sem a minha permissão!

— Eu não quis fazer aquilo... — engoli em seco e suspirei, ainda sentindo tesão, uma tesão que precisava ser liberada urgentemente. — eu pedi desculpas... duas vezes.

— Hum... e eu ouvi, mas... pedido de desculpas não está incluso no contrato!

— Por favor, Robyn... não me puna desse jeito. — implorei com a voz baixa.

   Houve um silêncio constrangedor...

— Pergunto mais uma vez... — ela disse seriamente e cruzou as mãos atrás de suas costas — prefere levar tapas?

   Me lembrei do peso de sua mão e do ardor de seus tapas em mim e não, eu não queria que ela me batesse de novo.

— Me responda!

— Não Robyn — encarei seu belos lábios — não me machuque.

— Então vejo que já escolheu a forma de punição que mais te agrada!

   Não! Nenhuma das duas formas me agradava, mas uma delas eu poderia resolver quando estivesse no banho, onde eu poderia me aliviar.

   Robyn andou no quarto e vi que ela estava olhando demais para o cobertor que cobria os meus seios, parecia estar desejando ou até mesmo fantasiando com eles. E enquanto eu encarava o seu rosto em meio ao silêncio que se instalou entre nós, eu só queria correr para o banheiro e me aliviar da tesão, da forma mais fácil, sim, eu iria me masturbar.

   De repente...

— Eu vou te deixar agora, tenho que ir para a minha empresa e você deve ir estudar, mas quero que volte e fique à minha espera.

   Óbvio, sexo outra vez. — pensei.

— Está bem. — disse enquanto desejava a saída dela do quarto.

— E mais uma coisa! — ela parou.

— Sim?

— Você não poderá se tocar quando estiver no banho!

   Como assim?

   Por acaso ela estava lendo ou ouvindo os meus pensamentos?

— Hã? — me fiz de desentendida, mas claramente, eu estava ficando vermelha.

— Não faça isso, Courtney! 

— Fazer o que? 

— Não se faça de desentendida! 

— Eu não estou me fazendo de desentendida, Miller. — eu estava sim.

— Hum! — soltou os braços — e se você se tocar no banho, eu saberei.

   Ah é? Por acaso tem câmeras no banheiro?

— E por que acha que vou fazer isso?

— Porque você está transbordando de vontade de gozar, sua boca está salivando, seu coração está cada vez mais acelerado e o seu corpo me mostra sinais.

   Bem observadora, não? Por isso que não tirou os olhos de mim enquanto andava.

— Se é isso que você acha... por que eu não posso me tocar?

   Abriu-se um sorriso malicioso no canto de seus lábios.

— Por que não posso? 

— Porque faz parte da sua punição!

   É, aquilo estava óbvio desde o início de nosso primeiro diálogo matinal, e até agora, o mais longo.

— Se você se tocar... eu mudarei a sua forma de punição! — sua voz de domínio predominou entre nós duas naquele momento.

— Sério que você vai fazer isso comigo, Robyn?

— Sim! — ela foi se afastando em direção a porta — e não ouse me desobedecer, não faça aqui e muito menos no banheiro da sua faculdade... agora que assinou um contrato... posso te observar em qualquer lugar!

— Robyn? Robyn?

— Estamos entendidas... vou trabalhar agora. — ela disse por fim e saiu completamente, me deixando pê da vida.

   Me odiei só de pensar que em todos os cômodos daquela cobertura poderia ter microcâmeras escondidas.

   Ela me puniu com o meu próprio desejo.

   Uma semana depois...

   Ao longo da semana, nada além de dormirmos juntas aconteceu. Robyn não me tocou, mas ainda me abraçava todas as noites para dormir. Mas, eu não soube o porquê de sua falta de vontade em tocar em mim, eu era a sua submissa e fiquei intrigada. Os dias foram passando e ela viajou a negócios, uma viajem que durou horas porque ela regressou a Wall Street no mesmo dia e chegou cansada buscando pelo aconchego de sua cama e de sua bonequinha humana, que no caso, era eu. Ela simplesmente me jogava na cama e me amassava em seus braços e o seu calor me envolvia por inteira.

( ... )

   Campus...

— Estive falando com o professor de matemática e ele me disse que preciso melhorar as minhas notas... — aquela que falava era Lindsey Norcut, uma lésbica popular e ruiva, de olhos negros e um corpo bem desenhado, ela era dedicada aos estudos, mas a matemática martelava muito em sua cabeça, mas tinha que martelar mesmo, já que ela estava cursando medicina. — que tal você ser a minha monitora?

   O que será que Robyn Miller está fazendo nesse momento? Será que se encontra com uma outra mulher quando não está em sua cobertura? Por onde anda a mulher linda da foto amassada?

— Aí. — gritei quando senti um beliscão bem forte na carne do meu braço, um que ardeu muito. — Qual é o seu problema?

— Meu problema? — Lindsey enfatizou me olhando confusa — Qual é o seu problema?!

— Como assim... meu problema? — perguntei já percebendo o porquê da impaciência dela.

— Estou aqui tentando conversar com você... e você fica ai, encarando as suas mãos sobre esse seu livro idiota de biologia.

— Esse livro não é idiota e... me desculpe, eu estava pensando no que tem acontecido em minha vida ultimamente. — disse olhando de relance para o livro aberto sob as minhas mãos e para a mochila preta logo ao lado, a mochila que Robyn me entregou, como também a de Lindsey que era cinza. Aqueles pertences estavam bem próximos de nós duas, já que estávamos sentadas à mesa.

— Ah, mas... agora, me responda!

— Responder o que?

— Se você quer ser a minha monitora... me ajudar em matemática?!

— Ah... era sobre isso que você estava falando. — recordei brevemente algo que nem ouvi claramente por causa dos meus pensamentos, pensamentos que ainda estavam rondando o meu cérebro.

— Isso Courtney! — ela já estava menos impaciente.

— E por que você acha que eu sou a melhor escolha para ser a sua monitora? — perguntei olhando para as mesas de leitura ao nosso redor na biblioteca, as mesmas estavam vazias pela hora, já estava quase na hora de eu ir embora, visitar rapidamente os meus avós e resolver o assunto do dinheiro, aquele montante precisava ser depositado na minha conta do banco.

— Porque eu gosto de você. — ela respondeu diretamente e pela primeira vez em três anos, ela me olhou diferente, não era mais seu olhar brincalhão ou fofo, era um olhar mais intenso, mais malicioso, vi Robyn em seus olhos.

   O que será que ela está pensando da vida ou sobre mim?

— Eu também gosto de você. — disse para afastar uma pequena tensão que queria se infiltrar entre nós.

— E a quanto tempo gosta de mim? — perguntou e aproximou a sua cadeira da minha, onde acabou ficando com o joelho encostado em minha coxa.

— Bem... — fingi pensar, na verdade, eu gostava dela desde que nos conhecemos, mas de uma forma normal, somente como amigas e havia um grande espaço chamado “ Friendzone ” entre nós. Ela era uma mulher bonita, de 25 anos e de boa família, mas eu nunca pensei nela de outro jeito, já que a dias atrás eu pensava que eu fosse uma hétero como milhões de pessoas em todo o mundo.

   Aquele meu pensamento estava errado e talvez, o meu destino fosse conhecer uma milionária, ter momentos comprometedores com ela, e quando chegasse o fim do contrato, eu voltaria a viver a minha antiga vida, trabalhando em boates até estar formada e atuando na profissão que escolhi.

— Bem? — Lindsey veio de gatuna e repousou sua mão sobre a minha coxa, aquela que o seu joelho continuava tocando.

— Gosto de você e penso que podemos fortalecer mais a nossa amizade se eu te ajudar... sendo a sua monitora. 

— Ah. — ela disse e sorriu sem graça.

— Podemos estudar juntas aqui na biblioteca todos os dias e assim que estiver mais confiante em seu desempenho em matemática, seguirá o seu caminho e eu seguirei o meu... mas prometo te ajudar sempre.

— É... — Lindsey abaixou o olhar e voltou olhando profundamente em meus olhos — e se fortalecermos mais a nossa amizade com benefícios?

— Como assim? 

— Assim! — ela afirmou e sua mão foi entrando por baixo do meu vestido roxo de mangas cumpridas, enquanto não desviavamos o olhar.

   Ela foi chegando de mansinho por entre as minhas coxas e acabei me lembrando das palavras de Robyn " posso te observar em qualquer lugar " e de repente segurei a mão de Lindsey, que ficou atônita.

— Não posso deixar você continuar. — disse da forma mais gentil possível.

— E por que não?

— Porque... porque eu... eu estou menstruada.

— Ah... é... tudo bem, me desculpe. — pediu sem graça tirando a mão e repousando sobre as minhas mãos.

— Não se desculpe. — eu menti e me senti mal.

— Ok... eu entendo, mas... — ela foi aproximando o rosto do meu — posso fazer outra coisa e prometo que você não vai se arrepender.

— Lindsey? — olhei para os seus lábios e imaginei o rosto de Robyn, a mulher que só me atiçava com aqueles lábios atraentes.

— Sim? — ela foi chegando, chegando e a parei, fazendo o meu rosto se afastar do dela, assim que pude sentir o toque macio de seus lábios nos meus.

— Eu não quero fazer isso... agora não... nesse mês não!

   Lindsey se levantou frustrada, mas sem demonstrar e tirou a sua mão das minhas, me olhando meio confusa e curiosa.

— Mês que vem... você vai aceitar? — vi brilho em seus olhos negros.

— Eu não sei, não sei o que quase acabou de acontecer... e temo que eu perca a sua amizade.

— Não vai perde-la... eu sei que você é hétero, eu só achei que gostaria de experimentar algo novo.  

   Mal sabia ela que eu já havia experimentado estar nas mãos de uma mulher e que naquela altura do campeonato, não era mais hétero.

— Lindsey eu... eu não sei o que dizer.

— Não precisa — sorriu com sinceridade — só aceite ser a minha monitora... assim posso ficar te admirando todos os dias e esquecer que isso aconteceu.

— Ainda me quer como a sua monitora? — perguntei surpresa, já que lhe dei um belo fora.

— Sim, contanto que não se afaste de mim.

— Ok... eu aceito ser a sua monitora.

— Incrível... vou ver se encontro algum livro de Shakespeare por essas prateleiras. — ela disse por fim e assim desapareceu entre o vão de prateleiras.

   Me desculpe.

Mais populares

Comments

ZonZon

ZonZon

Não aguento mais esperar 😩, preciso saber o que acontece a seguir!

2023-07-27

3

Helen

Helen

Já li tantos livros, mas esse é definitivamente um dos meus favoritos!

2023-07-27

1

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!