CAPÍTULO 4

Eu estava presa pela força de Robyn e pelo peso de seu corpo, e encarava os castanhos hipnotizantes da que estava sobre mim,  imaginando muitas coisas a respeito daquele momento e da tensão sexual que se formou entre nós.

   A fiz notar a minha submissão estando totalmente imóvel, em um momento até me senti excitada, então vi ela se inclinar e após depositar um beijo carinhosamente sobre a minha testa, se ergueu e se deitou do outro lado da cama, ela demonstrava satisfação do que tinha feito e agora o seu corpo tanto quanto o meu precisavam descansar.

   Me intriguei a certo ponto, porque antes pensei que Robyn faria sexo comigo novamente. Me ajeitei na cama para dormir, já que no contrato dizia que eu deveria permanecer sempre ao lado de Miller.

   Assim que me cobri com o cobertor e me virei para o lado, senti Robyn se movimentando e se aproximando cada vez mais do meu corpo. Me senti nervosa por não saber o que aconteceria depois e acabei me surpreendendo quando senti o peso do braço de Robyn me abraçando por trás. Me mantive quieta e sentindo o calor do corpo da mais velha se chocando com o meu.

   Em seguida, senti meus cabelos sendo tocados e uma mão forte me puxar mais para seu corpo, onde fiquei perfeitamente encaixada nela, como se fossemos duas peças de um quebra cabeças.

   Mesmo quieta e sentindo sensações, timidamente, perguntei:

— Por que você está fazendo isso?

   Robyn murmurou e provavelmente sorriu, então apertou mais o meu corpo ao seu, bocejando profundamente.

— Porque eu gosto de fazer isso... e porque agora... você me pertence, bonequinha.

   Me rendi ao abraço forte e carinhoso e não disse mais nada, apesar de estar surpresa e confusa. Ela não devia estar fazendo algo certamente romântico.

   Não trocamos mais nenhuma palavra naquela noite. 

   Amanheceu...

   Houve um barulho no banheiro, minutos depois no closet, e em seguida na cozinha, barulhos que eu não pude evitar provocar. Já era manhã e eu tinha saído dos braços de Robyn, com cuidado para não acorda-la, com o pensamento de tomar um banho, me vestir com uma roupa qualquer dela, já que as minhas desapareceram e então preparar um café.

   Assim que cheguei no balcão, me deparei com um armário gigante e lá poderia ter xícaras ou copos, então fui vasculhar assim que preparei um café. O armário era um pouco alto e eu estava nas pontinhas dos pés me esforçando para pegar algum recipiente.

   Me esforcei tanto para pegar uma xícara, que minhas panturrilhas acabaram doendo e eu desisti de pegá-las. Até pensei em ir atrás da dona para ela me ajudar, mas em meio a esse pensamento, senti braços me cercando e uma respiração forte em meu pescoço, foi um pequeno susto pra falar a verdade, um que logo resolvi deixar pra lá e então relaxei.

   Mas em seguida fiquei nervosa porque senti mãos quentes tocando as minhas coxas e subirem lentamente a blusa moletom que pertencia a Robyn.

   Senti mais uma respiração forte em meu pescoço nú e ouvi sua voz meio sonolenta dizer:

— Você me acordou.

   Me excitei certamente porque logo senti sua mão adentrar a minha roupa íntima e repousar sobre a minha boceta.

— Me desculpa... eu não queria fazer barulho. — pedi entre respirações.

— Sem desculpas... — Robyn encostou seu corpo ao meu e movimentou seu quadril lentamente — se não fosse por isso, eu não te encontraria assim tão... gostosa. Você é uma tentação, pequena.

— Ah. — minha única palavra antes de me apoiar com as mãos abertas no armário, ficando com os meus braços erguidos, tive que me apoiar porque Robyn movimentava seu quadril cada vez mais rápido contra a minha bunda.

— O que estava tentando pegar no armário, bonequinha?

   Comecei a gostar do apelido que ela estava usando para falar comigo. Bonequinha, obviamente por causa da minha altura.

— Uma xícara... ou copo. — consegui responder e senti sua mão descer mais dentro da minha calcinha. Robyn me penetrou sem aviso e eu mordi os lábios contendo o meu gemido e o repetiu mais duas vezes.

— Você está tão molhada... assim me encanta facinho.

— Eu... é... — e senti uma última vez a intensidade dos seus dedos que me fizeram estremecer por dentro.

   Ela não o fez mais.

   Houve um silêncio…

— Xícara, por que? — Robyn perguntou e ergueu o braço, e com facilidade colocou a mão no armário.

— Porque eu fiz... café.

— O aroma é ótimo. — Robyn afirmou assim que sentiu o aroma que se espalhou pela cozinha e então pegou duas xícaras marrons, então parou o movimento do quadril e tirou a mão de dentro da minha calcinha, se afastando em seguida, assim abaixei os braços e pude me virar para encarar a mulher dos cabelos curtos, mesmo com o rosto vermelho por ter sentido uma sensação de submissão e entrega de minha parte. Se ela tivesse ido em frente com aqueles dedos maravilhosos, eu não saberia onde me segurar.

— O... obrigada. — disse timidamente e encarei os olhos de Robyn, ficando certamente atenta e hipnotizada.

   Eu não tinha esquecido do jeito que Robyn me tocou na noite passada, como me fez suspirar de prazer.

— Vou deixar as xícaras em um lugar onde que você possa pegar — Robyn certamente debochou da minha altura, eu não demonstrei uma reação, mas não gostei nenhum pouco. — sirva café e traga um para mim em meu quarto... vou tomar um banho antes.

— Está bem. — concordei, mas certamente ignorando a posição em que ela me colocou.

   Robyn se foi me deixando com uma ordem.

   Passou-se um tempo e eu levei o café para Robyn, mas o tempo que demorei, aproveitei para tomar o meu café. Eu segui para o quarto e assim que entrei, encontrei Robyn terminando de vestir uma blusa branca de manga longa. Pude ver de relance a perfeição do abdômen trabalhado da mais velha, e não pude conter meus pensamentos, o corpo de Robyn era como o de uma atleta ou lutadora de artes marciais. Uma perfeita deusa grega.

   De repente...

— Você gostou do que viu?

— Ah... — me assustei com aquela pergunta que não estava esperando e o líquido preto dentro da xícara tremeu, mostrando claramente o meu nervosismo por ter sido pega. — você é... você é... bem forte. — eu não tinha argumentos.

   Robyn se virou e se aproximou.

— Não foi isso que eu perguntei! — ela foi rude.

— É...

— Você gostou do que viu, senhorita Drake? — ela me interrompeu e tirou a xícara da minha mão trêmula já parando em seguida, em minha frente.

— O que você fará comigo se... eu disser algo que não te agrade? — disse com a voz baixa.

   Robyn mostrou malícia ao morder o lábio inferior enquanto olhava para os meus lábios, e eu acabei salivando ao mesmo tempo.

— Nada... você tem o direito de se expressar.

   Suspirei aliviada e encarei a xícara para desviar os meus olhos da boca de Robyn.

   Robyn certamente me olhou de cima e então levou a xícara a sua boca, dando um pequeno gole, assim me fazendo olhar novamente para a sua boca. A esperta Miller sabia muito bem que eu queira beijar os seus lábios.

— Você quer me ajudar a terminar o café? — Robyn perguntou ligeiramente e isso me fez desviar o olhar, como se eu tivesse sido pega no flagra.

— Não, não, não. — respondi ligeiramente.

   Robyn sorriu para mim pela primeira vez e então terminou o café... Eu só não sabia que tipo de sorriso era aquele e aquilo me assustou.

— Pelo jeito... você sabe muito bem como se faz um café. — olhou para a xícara já vazia. — estava muito bom.

— Obrigada.

   Robyn andou pelo quarto olhando para a xícara vazia, enquanto eu observava os seus passos, não sabia o porquê daquilo, mas certamente, ela estava tramando algo naquela cabeça pensativa. De vez em quando eu desviava o olhar para qualquer ponto no quarto.

   Robyn deixou a xícara sobre a mesa de cabeceira ao lado do relógio despertador, como também do contrato, respirou fundo e olhou para mim, assim encontrando os meus olhos concentrados em seu lindo rosto.

— Sente-se na cama, Courtney! — disse com autoridade e seriedade, e apontou para a cama.

   O fiz sem hesitar a obedecendo e me sentei na ponta, eu não gostaria de deixar a mulher poderosa me esperando.

— O que você fazia da vida antes de aceitar a proposta de Elliot? — Robyn perguntou e certamente encarava as minhas costas, pois estava a uns centímetros atrás de mim.

— Eu... eu trabalhava em uma boate como atendente e às vezes preparava alguns pedidos e servia mesas.

— E o seu salário era o suficiente para suprir todas as suas necessidades?

— Bem... além da faculdade... eu usava a metade do dinheiro para ajudar com as contas básicas da minha casa, para ajudar os meus avós.

— Interessante... você é uma universitária! — Robyn soou surpresa e me fez sorrir silenciosamente.

— Isso.

— E o que você estuda? — Robyn perguntou e senti que ela se aproximava mais, enquanto que eu não fazia ideia do que estava acontecendo atrás de mim.

— Biologia marinha.

— Você gosta de animais marinhos?

— Sim. — respondi com orgulho e sorri porque tive uma breve lembrança de quando segurei um filhote de tartaruga em um aquário quando estava fazendo uma pesquisa para um trabalho da faculdade.

— Eu não gosto! — Robyn disse de rompante e então deu a volta na cama, me encontrando completamente atônita enquanto eu a encarava.

— E... — engoli em seco enquanto meus olhos se misturavam com o olhar penetrante de Robyn — por que... não gosta?

— Porque não gosto do mar.

— E por que... não gosta do mar? — perguntei vendo Robyn se curvar sobre mim lentamente, enquanto eu me abaixava apoiando-me na cama.

— Porque tem muita água envolvida. — respondeu em um sussurro e deixou a ponta de seu nariz tocar a minha bochecha e o canto da minha boca, assim fechei os olhos e suspirei intimidada. — e eu só gosto de líquido... quando é capaz de transbordar na minha boca.

   Foi perversa e eu estremeci.

— E... tem mais alguma coisa de que não goste?

— Sim... muitas coisas. — sussurrou novamente e começou a descer lentamente, enquanto seus lábios tocavam o meu pescoço e depositavam pequenos chupões — tipo... muitas perguntas.

— E... ahh... o que eu não devo perguntar? —  suspirei ao ter recebido mais chupões leves em meu pescoço e ver Robyn se abaixar, se ajoelhando em minha frente.

— Se eu posso parar.

   Hum? — de início não entendi, já que eu estava concentrada em seus movimentos.

— Abra as pernas! — ordenou e eu a obedeci sem pestanejar — se me perguntar se eu posso parar, a resposta será não!

— Ah. — entendi enfim a o que Robyn se referia.

   Robyn se ocupou por um momento enquanto tirava a minha roupa íntima, e em meio a isso, eu somente observava calada e suspirando. Eu estava ansiosa pra saber o que a mulher ajoelhada iria fazer.

— Você já passou por isso antes, senhorita Drake? — perguntou e apertou as minhas coxas que estavam um pouco abertas e mordeu a parte interna, lambendo com carinho e cuidado, mas logo me deu um tapa e a sensação de dor percorreu minha coxa indo diretamente para o meu ventre.

— Ahhmm... — fiquei sem fôlego por um momento e isso fez com que Robyn sorrisse maliciosamente e continuasse, mesmo sem minha resposta.

   E não, eu nunca tinha passado por aquilo antes, mas já imaginava o que iria acontecer.

— A minha língua é melhor que os meus dedos e todas às vezes eu chupo gostoso.

   Robyn assim falou e então desceu lentamente sua língua por uma das minhas coxas e enterrou sua cabeça no meio das minhas pernas, onde acabei tendo um leve espasmo ao sentir a umidade de uma língua quente em meu clitóres, que ali ansiava já cheio de tesão. E aquela língua iniciou um movimento tentador e giratório, como algo que não tinha freio, me fazendo gemer e me segurar nos lençóis da cama, já que eu não podia tocar na mulher por medo de uma punição, mas, os seus cabelos seriam o tecido perfeito para puxar naquela situação de tortura prazerosa.

— Seu gosto é maravilhoso, bonequinha. — falou sem cessar os movimentos.

   Gemer para Robyn se tornou o meu mais novo serviço e o que ela estava fazendo era gostoso até demais.

— Geme, porra! — e ordenou apertando minhas coxas.

   Eu via a sua cabeça subindo e descendo no meio das minhas coxas, sentia calor com a umidade de sua língua, sua saliva se misturando com a minha boceta e em um momento não pude mais ver aquela arte, porque minha cabeça pendeu para trás pelo tamanho prazer que eu estava recebendo.

— Você é deliciosa!

   E assim seguiu até que senti tudo em meu interior explodir, e ver com os olhos sonolentos a mulher ajoelhada saboreando o que tinha saído de mim. Aquela boca tentadora me levou ao delírio e a um clímax intenso, juntamente com espasmos e um gemido como um grito saído ofegante da minha garganta.

   Sei que Robyn estava excitada e certamente chegou ao clímax como eu sem nem mesmo ter sido tocada, mas pelo visto, ela não iria demonstrar para mim porque eu era a sua submissa, e era quem deveria dar-lhe gemidos. Eu já sabia que ela sentia prazer quando se empenhava para dar prazer a outra pessoa.

   Robyn se levantou e me encarou vendo a minha face cheia de redenção e sonolência, então senti uma vontade imensa de beijar aqueles lábios rosados com um formato bonito, estavam tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes, mas de repente me lembrei que não deveria me mover ou toca-la, e sabia que não deveríamos envolver sentimentos naquele relacionamento arranjado por um contrato.

   Robyn lambeu os lábios e após me segurar com cuidado, me ergueu e me segurou em seus braços, eu ainda recuperava o fôlego e tentava pisar firme no chão.

— Você deve tomar um banho. — ela falou de uma forma preocupada depois de ter sido a causadora daquilo pelo qual eu estava passando.

— Ok. — concordei baixinho e acabei repousando a minha cabeça entre os seios de Robyn, ficando com o seu queixo acima da minha cabeça.

   Robyn certamente notou que eu tinha acabado de violar uma das regras do contrato porque toquei em uma parte de seu corpo, mas ela não seria tão ruim assim para me punir depois de me fazer sua mais uma vez e de eu passar por um momento muito intenso, do qual eu ainda saia.

— Você precisa de ajuda? — senti preocupação em sua voz baixa.

— Não, Miller... só preciso de um banho.

— Ok... vou levá-la ao banheiro e lá quero que tome um banho... quando estiver pronta, você poderá ir visitar os seus avós.

— Sério? — Robyn certamente notou uma animação em minha voz, enquanto eu sorria silenciosamente longe do alcance de sua visão e sentia o seu cheiro.

— Sim... você deve viver a sua vida, porém seguindo com todas as cláusulas do contrato... sei que você tem uma vida lá fora e não pretendo te tirar dela.

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Comments

Hosana gatinha 😻

Hosana gatinha 😻

primeiro livro gl q leio normalmente leio os bl mas estou amando acho q ali tou me entendo

2023-08-13

1

Adriana Gomes

Adriana Gomes

maravilhosa

2023-08-08

1

Maria Do Carmo Andrade

Maria Do Carmo Andrade

eu amo autora que interagem com o leitor

2023-08-06

1

Ver todos

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