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A Boss On Wall Street

CAPÍTULO 1

                                                           E. Writer

  

O sangue de Robyn estava começando a ferver, seu irmão Ryan estava irritado e decidido a fazer uma besteira.

— Não se esqueça que sou um dos donos dessa empresa... faço com as minhas ações o que eu bem entender.

   Robyn cerrou o punho com irritação e encarou seu irmão sentado na cadeira em frente a sua mesa e as veias nas mãos dela eram totalmente visíveis e grossas, devido a sua prática de treino de todos os dias.

   Já Ryan, era um cara mimado e estressado no auge dos 25 anos e sem a mínima ideia de como ser um CEO. Ele era alto, magro e seus olhos eram castanhos, como os de Robyn, ele tinha se sentado à mesa para respirar fundo e em seguida pensar melhor em tudo o que se passava em sua cabeça.

   Robyn Miller era uma mulher de 30 anos e de um estilo casual, nada de ternos ou vestidos, a não ser em ocasiões especiais que exigiam a sua presença, ela se sentia confortável casualmente e ali em seu escritório rodeada por vidros, via-se uma mulher vestida em roupas escuras e calçados da mesma cor. Roupas essas que cobriam os músculos espalhados pelo seu corpo malhado e atlético.

   Seus braços estavam agora cruzados e a sua respiração estava calma, seu rosto claro mostrava seriedade, seus olhos castanhos mostravam-se em alerta e seus cabelos eram negros e curtos acima dos ombros jogados de lado.

   Mesmo o escritório sendo rodeado por vidros, ninguém do lado de fora era capaz de ver o que estava acontecendo lá dentro, porém Robyn, era capaz de ver os seus funcionários trabalhando e tudo o que acontecia durante todo o expediente.

   Robyn costumava encarar pessoas que tinham a arte de confronta-la e ali, com o seu irmão caçula, não foi diferente, mas naquela tarde de sexta-feira algo tomou conta de sua mente.

Naquele mesmo dia mais cedo, aconteceu algo que ela jamais imaginou. Ela esteve com uma mulher em um momento tenso, angustiante e comprometedor.

— Poderia me encontrar no estacionamento depois de me ligar... eu já disse que não a quero na empresa, os olhares dos outros em você me farão ter ciúmes... e você sabe como é o meu ciúme. — ela brincou com a sua amada.

— Mas eu precisava vir... eu preciso me despedir de você. — Aquela que falava era Eve Wolf, uma mulher com a qual Robyn estava tendo um relacionamento.

— Por que você precisa se despedir? — Robyn abraçou a mulher negra e belíssima por trás e começou a depositar beijos em sua nuca, sem imaginar o que estava por vir.

   Na noite anterior, elas tiveram um momento incrível juntas, onde Robyn se conteve para não confessar o seu amor por Eve.

— Eu estou me mudando para Londres... — Robyn se espantou e parou o que fazia, aquilo a deixou com as pernas fracas e os únicos passos que pôde dar, foi para ir até a sua mesa e se apoiar.

   Robyn acabou entrando em um momento de reflexão, porém ao mesmo tempo, se lembrou da ferida já quase curada em seu coração.

   Se lembrou que passou por dias tristes depois que sua ex esposa Amália a traiu, ela achava que poderia perdoar porque a amava como nunca amou alguém, mas com o desaparecimento repentino de Amália e os papéis do divórcio, evaporaram-se todas as chances que Robyn tinha de voltar a ser feliz com a sua mulher.

   Eve surgiu em sua vida, a fez se apaixonar e a fez esquecer de pouco a pouco da mulher que a traiu, no entanto, Eve acabou de atingi-la com um termino.

— Eu não queria te dar essa notícia assim, mas... foi a melhor forma que eu encontrei para te dizer, Robyn. — Eve se aproximou e tentou tocar o rosto de Robyn, mas Robyn se negou a ser tocada e segurou os braços de Eve com violência. Ela era bem mais alta e bem mais forte.

— Por que teve que vir aqui? — Robyn apertou com força os braços de Eve e a mesma se sentiu pressionada e começou a ter medo, Robyn nunca tinha sido tão agressiva. — Você deveria ter desaparecido e só assim eu lembraria que mulheres como você são substituíveis.

   Eve se sentiu magoada com as palavras cheias de desprezo e raiva de Robyn.

— Me solta, Robyn! — Eve tentou se soltar enquanto Robyn a segurava e a puxava mais ainda ao seu corpo.

— Estou machucando você? — Robyn foi irônica, ela sabia que quanto mais apertava os braços de Eve, mais a mesma sentiria dor.

— Sim... preciso que me solte e me deixe ir. — Eve tinha uma expressão de dor em sua face.

— Vou te machucar só pra você sentir o quanto dói... a dor que acabou de deixar sobre o meu peito.

   Robyn mordeu com força um dos ombros nus de Eve e a mesma gemeu, sem poder fazer nada para impedir a mais forte de agir.

— Para Robyn... ai... para, por favor?!

   Robyn soltou os braços de Eve assim que escutou seu lamento e girou a mesma rapidamente, assim a agarrou e Eve ficou de costas, completamente indefesa.

— Por que você está fazendo isso comigo, Eve?

— Porque eu devo ir Robyn... não posso mais estar ao seu lado.

— Por que? — Robyn cheirou lentamente desde o ombro até perto da orelha, ela queria fazer com que Eve mudasse de idéia, ela precisava da companhia de Eve.

   Eve sentiu a sensação incrível de estar nos braços de Robyn e acabou se lembrando dos dias passados de ambas, mas Eve realmente não podia mais seguir ao lado de Robyn, ela precisava seguir em frente.

— Por que eu não amo você e nunca vou amar.

   Robyn se entristeceu quando aquelas palavras saíram da boca de Eve e os seus braços deixaram a belíssima mulher livre.

— Me desculpe Robyn, mas...

— Não te quero mais aqui. — Robyn abaixou a cabeça se negando a olhar para os olhos verdes a encarando, olhos que pertenciam a uma mulher que ela estava disposta a amar — Vá e não volte nunca mais... você é igual ela.

   Eve sentiu lágrimas se formarem em seus olhos por ter sido comparada com a mulher que traiu Robyn e seu coração doeu.

— Me desculpe, Robyn? — Eve pediu e tentou tocar mais uma vez em Robyn.

— Não se aproxime... nunca mais.

   Eve saiu chorando do escritório, deixando Robyn cabisbaixa. Robyn jamais imaginou que a mulher dos olhos verdes a abandonaria depois de quatro longos meses, depois de momentos agradáveis, de demonstrar todo o seu esforço em esquecer o seu passado com Amália e de tentar novamente amar outra pessoa.

   Robyn acabou decidindo entre lágrimas não amar mais ninguém.

Robyn deu a volta na mesa e parou ao lado de Ryan para observa-lo de perto, ele já estava mais calmo e agora poderiam conversar sem que uma discussão se formasse.

— O que você fará com as suas ações?

— Por que esta pergunta, Robyn?

— Só me responda! — ela soou com autoridade e seu irmão ergueu a cabeça para olha-la, e encontrou um olhar sério e frio sobre ele, Ryan engoliu em seco.

— Eu... eu...

— Quero que me venda as suas ações e assim terei a empresa só pra mim.

— Desculpe irmã, mas...

— Só assim você poderá viver a vida que tanto deseja, festas, viagens... mulheres. — falou contando os dedos.

   Ryan sabia que tal proposta era tentadora, mas a mesma o pegou de surpresa.

— Mas eu não quero vender as minhas ações, Robyn.

— Você não quer? — Robyn se aproximou mais e agarrou a gravata de seu irmão ligeiramente o deixando imóvel e a encara-la quase sem fôlego.

— É... — ele não teve forças para responder pois tinha medo da superioridade de sua irmã.

— Você quer sim! — Robyn então sorriu de um jeito irônico e arrumou a gravata da forma correta, o que fez o seu irmão respirar profundamente — e amanhã você assinará os papéis que providenciarei ainda hoje... e passará todas as suas ações para o meu nome.

   Robyn se afastou de Ryan e logo se sentou sobre a mesa. Ryan ficou pensativo por um momento ainda na cadeira e assim que se livrou de seus pensamentos, ele saiu do escritório sem dizer mais nada.

   Já fazia um tempo que Robyn desejava ter o comando total da empresa em suas mãos, mas não sabia como convencer ou pressionar o seu irmão. Aquele dia que ela jamais iria esquecer, a deixou cheia de vontade de mudar tudo ao seu redor, como suas decisões e sua forma de ser e agir. O seu coração foi magoado mais uma vez e o mesmo se privou ao amor em poucas horas, um coração que antes sorria para qualquer um e que agora seria fechado para todos.

   A empresa cujo nome era “ All Miller ”, era localizada em Wall Street e os fundadores eram os Millers, pais de Robyn e Ryan. Os Millers decidiram deixar seus filhos à frente da empresa quando ambos chegaram na idade de seguir o exemplo de liderança empresarial da família e os dois se tornaram os donos majoritários da empresa.

   Robyn desejava manter a ordem na All Miller e faria o melhor pela empresa sendo a única CEO.

   O telefone no escritório de Robyn tocou e a mesma o atendeu, depois de deixá-lo tocar por alguns segundos.

“ Diga Gina. ”

“ O senhor Crawford está aqui. ”

“ Ok... peça-o para entrar.

“ Certo, senhorita. ”

   Robyn ficou a espera de Elliot Crawford, um fotógrafo famoso em Wall Street e melhor amigo dela. Ela o conheceu em uma galeria de arte e depois de saírem para beber, uma amizade surgiu entre ambos, e essa amizade já durava há oito anos.

   Um homem de pequena estatura e negro entrou no escritório sem nem mesmo bater e já foi tomando a liberdade de tirar algumas fotos com sua câmera, fotos da CEO mais bonita e sexy de toda Wall Street, como ele mesmo a chamava

   Sua câmera tirou várias fotos e só depois que Elliot olhou com atenção para Robyn, notou que a sua amiga não estava bem, ela o encarava e se mantinha sobre a mesa.

   Elliott ainda afastado, perguntou:

— Você quer que eu vá embora?

   Robyn pensou...

— Posso me aproximar?

   Robyn se moveu na mesa...

— Corro perigo de vida?

   E aquelas últimas palavras tiraram um leve sorriso dos lábios rosados de Robyn.

— Ufa. — Elliott respirou fundo pois logo soube que o problema não era ele. Ele tomou a liberdade novamente e se sentou na cadeira de couro escuro giratória de Robyn, como quase sempre fazia e aguardou em silêncio à espera da voz séria ou divertida de Robyn.

   Passou-se alguns minutos, mas ela não falou nada, continuava na mesa de costas para Elliott e o mesmo já estava impaciente com todo aquele silêncio ensurdecedor, ele odiava aquilo e já imaginava sua amiga desabafando tudo.

— O que aconteceu, Robyn?

   Robyn se lembrou do acontecimento da manhã e ficou pensativa.

— O que aconteceu com você?

— A Eve terminou comigo. — Robyn respondeu diretamente e Elliott se surpreendeu de tal forma, que até seu queixo caiu. Ele não podia acreditar.

— E quando isso aconteceu? — ele perguntou da forma mais inexpressiva possível porque ele sempre foi expressivo ao se comunicar, mas naquela situação, sua expressividade não seria algo que combinaria.

— Pela manhã... — Robyn desabafou — ela simplesmente chegou aqui, jogou uma bomba em cima de mim e foi embora.

— E por que ela fez isso?

— Porque ela não me ama... logo agora que eu iria confessar tudo que o meu coração sentia... eu comecei a amar aquela mulher, Elliott e por ter me magoado, esse amor foi aniquilado pelo meu próprio coração.

   Elliott ficou mais surpreendido. Ele era uma das testemunhas do fim do casamento de Robyn e o início do namoro dela com Eve, ele sabia que Robyn dificilmente confessava amar uma pessoa, então quando ela o fazia, significava que o sentimento era real. Até hoje ele esperava ela dizer um “ Eu te amo ” para ele.

— E o que você pretende fazer agora, querida? 

— Não sei... — ela pensou profundamente — possivelmente... nunca mais amar alguém novamente.

— Você quer matar as mulheres do coração? — Elliott brincou — aquelas que te olham e te desejam só de verem a sua sombra ou de ouvirem a sua voz?!

   Robyn sorriu maliciosamente porque sabia que aquilo era verdade. Pensou brevemente que poderia usar aquilo ao seu favor, como fez quando conheceu Eve.

— Você não vai mais sair com mulheres ou... tentar esquecer a Eve com uma outra bonequinha?

   Hum... — Robyn pensou...

— Posso te ajudar com isso!

—Me ajudar com o que? — Robyn o olhou por sobre os ombros, mesmo não enxergando sua face.

— Posso escolher algumas mulheres pra você, mais velhas ou jovens e que sejam do tipo que você gosta.

— Quer dizer que é capaz de encontrar uma jovem pra mim?

— Sim, mas... você pode escolher.

— Você pode fazer isso quando?

— Começarei hoje, estou livre. — ele sorriu porque sabia os pensamentos de Robyn.

— Então... assim que encontrar uma mulher saudável, submissa e com um belo rosto, leve-a a minha cobertura.

— Quando eu encontrá-la... devo alertá-la de algo?

— Além da boa quantia que ela terá como recompensa... diga que terá que fazer o que eu ordenar.

— Só isso? — ele soou surpreso.

— Crie um documento como um contrato e inclua cláusulas no mesmo do que ela deve ou não fazer quando estiver comigo... inclua também um tempo estipulado de dois meses, assim que esse tempo expirar, ela terá a liberdade de continuar ou não comigo.

— E o que ela deve ou não fazer, chefe? — Elliott pegou rapidamente o seu celular e abriu em seu bloco de notas, onde faria uma lista.

— A mulher jamais deve me tocar a não ser que eu esteja de acordo... — Elliott seguia as palavras e as digitava em seu celular — jamais deve fazer perguntas sobre o meu passado, jamais deve se recusar a nada e deve sempre me responder com clareza, além de estar sempre disponível e nunca, nunca me deixar, como também jamais sair com outra pessoa... se violar alguma dessas regras, deverá ser punida.

   Elliott ergueu os olhos e encarou as costas da mulher sobre a mesa, surpreendido com tudo o que a CEO o disse. Ele jamais pensou que Robyn podeira fazer esse tipo de coisa.

— E a mulher deverá manter tudo no sigilo! Se houver violação dessa regra... pagará muito caro.

— Ok. — ele disse sem demonstrar toda a sua surpresa e medo.

— Você está de acordo com essa minha proposta, Elliott?

— Sim... claro que sim. — e engoliu em seco ainda incrédulo.

— Ótimo... agora trate de encontrar uma mulher pra mim e que ela... pertença somente a mim.

                                                            ( ... )   ( ... )

  

CAPÍTULO 2

E. WRITER

24 HORAS DEPOIS...

— Agora é só assinar, irmãozinho!

   Ryan se curvou sobre a mesa de Robyn e assinou rapidamente os papéis, sem tremer e sem medo, ele aceitou vender as suas ações sem discussão.

   Robyn o olhava de cima por trás de sua grande mesa, enquanto seus braços estavam cruzados. Ela adorava ser superior, já que podia esbanja-la.

— Agora você deve continuar fazendo o melhor por nossa empresa... quero dizer, por sua empresa. — ele se aproximou e ambos trocaram um aperto de mão.

— Eu sou o melhor para essa empresa e sempre serei, irmão.

   Ela finalmente se tornou a única dona da All Miller, o seu irmão havia vendido suas ações à ela e agora estava livre de responsabilidades a mais em sua vida, já que ele não sabia como ser um CEO.

   4 MESES DEPOIS

   Sábado a noite...

Robyn descontava um pouco de sua raiva e decepção por ter perdido seu tempo precioso com Eve, em um saco de pancadas na academia personalizada, em sua cobertura no centro de Wall Street. Eve se tornou uma lembrança perturbadora e Robyn só a tirava da cabeça quando perdia tempo treinando. Ela nunca se viu socando o seu equipamento de treino por causa de uma mulher, mas aquela noite já era uma das muitas noites que ela repetia a mesma coisa. 

   Ela escutou um som de notificação vindo do seu celular, que estava sobre uma mesa repleta de equipamentos de treino próxima de onde ela estava e foi ver o que poderia ser.

   Tirou as luvas pretas de suas mãos e as deixou sobre a mesa. Robyn estava molhada pelo seu suor e sua regata branca estava colada ao seu corpo, deixando visível o seu abdômen e o top de treinamento preto que estava usando, ela tinha braços fortes e bíceps trabalhados e todo o seu corpo era atlético, ela usava uma calça moletom preta e estava descalça.

   Ela escutou mais uma notificação e então pegou o seu celular, assim abriu a mensagem de Elliot.

" Encontrei. "

   Robyn encarou o celular com ar de malícia e acabou sorrindo perversamente, ela estava gostando daquilo, já era a terceira mulher que vinha ao seu encontro porque nenhuma das anteriores desejou passar mais do que os dois meses estipulados no contrato, quando o mesmo vencia, as submissas seguiam suas vidas de antes.

   Robyn se tornou uma mulher um tanto cruel e sempre usava de punições para com as submissas que não seguiam com as cláusulas do contrato e por tal motivo elas escapavam.

                                                                                " Dessa vez você se superou . "

                                                                      " Traga ela para a minha cobertura. "

" Não precisa pedir. "

" Já estamos aqui. "

" Mas não irei acompanhá-la. "

" Ela é uma das quais você está precisando. "

                                                                                                                        " Perfeito. "

  

De repente...

   Bateram na porta e Robyn seguiu sem pressa para atender, sabia que era a tal mulher que seu amigo encontrou, seguiu mesmo não estando apresentável. Ela não podia acreditar que Elliot fosse tão rápido em encontrar uma mulher em tão poucos dias, a submissa número ( 2 ) fora embora a menos de cinco dias, então, certamente Robyn foi pega de surpresa.

   Ela saiu da academia e seguiu pelo corredor, passando pelos quartos, pela cozinha e assim chegou na grande sala de cor azul escura com sofás enormes de couro negro.

   Enfim, chegou na porta e quando abriu, ela se deparou com uma bela jovem de mais ou menos 20 anos de idade, que possuía a pele parda, os cabelos pretos e longos, um rosto fino, lábios carnudos meio avermelhados e olhos castanhos esverdeados, a pequena mulher em sua frente segurava apenas um envelope médio nas mãos, de unhas pintadas de preto. Robyn se encantou de tal forma que esqueceu até de piscar. Era uma mulher pequena, se tivesse 1,60 de altura era muito, Robyn pensou.

   A bela garota de pequena estatura se surpreendeu com os olhos castanhos e sérios sobre ela e também com o corpo suado, e acabou refletindo um flash de um passado não muito distante, de quando foi de repente surpreendida por um homem negro que logo se apresentou como senhor Crawford.

— Posso ter um minuto do seu tempo, jovem?

— Agora?

— Sim... qual é o seu nome?

   A garota estranhou, mas acabou respondendo ao homem novo que nunca tinha visto na boate. A garota diferente e de belas curvas, já trabalhava naquela boate servindo as mesas há dois meses.

— Courtney Drake.

   Elliott se encantou com o jeito direto da mesma se expressar, viu logo que a mesma tinha um grande potencial.

— Prepare uma tequila para mim, por favor.

— Está bem, senhor, mas agora eu não posso parar para conversar, devo atender os clientes, como vês — mostrou a quantidade de pessoas ao redor — há muitas mesas para servir.

   Elliot nada disse, somente a observou enquanto ela preparava a sua tequila.Ela entregou a tequila para Elliott e assim o homem apoiou os cotovelos no balcão, enquanto analisava todo o corpo de Courtney, ele pensou como Robyn e deu atenção para os traços da garota e principalmente em seus olhos.

    Você é a escolha perfeita. — Elliot pensou.

— Tenho uma proposta pra você, senhorita Drake.

   Courtney acabou dando atenção ao homem estranho sentado ao balcão, uma pessoa que era um tanto misteriosa.

   Ela se aproximou assim que terminou de atender um cliente gordo e barbudo.

— Tenho cinco minutos, então... seja rápido, por favor!

— Ótimo. — ele deu um gole na tequila e fez uma careta e ela sorriu de lado enquanto o encarava impaciente, além de observar o circular das pessoas na boate, um lugar um tanto ruim de trabalhar por causa dos assédios frequentes que ela, como também outras funcionárias sofriam — Quero que me ouça primeiro e então decida se vai aceitar ou não.

— Então senhor... — Courtney se intrigou repentinamente — se estiver atrás de uma modelo, eu não estou disponível.

   Elliot sorriu e ela o encarou confusa.

— Por que está sorrindo?

— Por nada, esquece... — ele se recompôs — agora me ouça!

— Ok.

— Tenho uma proposta pra você, mas antes... preciso saber se você costuma sair com mulheres.

— Ah... — ela pensou — na verdade, eu não tenho tempo pra sair com ninguém... eu trabalho e estudo.

— Vejo que você é bastante dedicada... por isso se encaixa perfeitamente ao perfil que estou procurando.

   Courtney engoliu em seco e começou a ficar nervosa.

— Mesmo você não tendo tempo pra sair com pessoas... você por acaso já se sentiu atraída por alguma mulher?

— Ah... — ela pensou por um momento porque aquela conversa estava tomando um rumo estranho — não sei, há muitas mulheres bonitas espalhadas por Wall Street, muitas também na boate, mas... por que estamos falando sobre mulheres?

— Perfeito... chegamos onde eu queria.

— Hã?

— A proposta é simples... você deve ser uma mulher totalmente aberta para o novo, ser completamente submissa e ser discreta.

— E por que eu faria ou seria isso? — deu um sorriso confuso e via-se que ela certamente se espantou.

— Porque se o fizer... — Elliott olhou toda a extensão da boate e para as pessoas sentadas, além do total abuso dos clientes com as mulheres — nunca mais precisará trabalhar em um lugar assim para pagar os seus estudos.

— Você quer que eu me prostitua com mulheres?

— Não... você terá que ter relações apenas com uma mulher... uma mulher que não gosta de dividir nada com ninguém.

   Courtney se afastou pensativa e foi atender um outro cliente e enquanto o fazia, ela encarava Elliot e pensava em sua condição financeira atual, além de todas as coisas que faziam parte de seu mundinho reservado. Courtney tinha vinte anos, era bolsista e estudava biologia marinha, mas além de pagar uma parte das mensalidades de sua faculdade, ela precisava ajudar com as contas, com o aluguel do apartamento em que morava juntamente com os seus avós e com os medicamentos necessários para a doença de sua avó.

   Assim que Courtney se aproximou mais uma vez de Elliot, o mesmo perguntou:

— Você já tem uma resposta, senhorita Drake?

   Courtney parou próxima dele e disse em um sussurro:

— O que devo fazer e quando eu começo?

   Elliot sorriu sabendo que finalmente não iria mais precisar sair a procura de mais um perfil valioso, assim ele deixou Courtney a par de tudo o que ela deveria saber, através do contrato que Robyn exigiu, onde tinha as cláusulas para que a mesma fosse uma perfeita submissa.

   Robyn tirou Courtney de seus pensamentos batendo palmas próximos de seu rosto e a mesma logo se encantou com a seriedade nos olhos castanhos que a encarava, além de achar sexy como o corpo da mulher de braços trabalhados e fortes estava suado. Courtney mordeu a língua inconscientemente e engoliu em seco, ela estava olhando para a mulher que iria domina-la. Por um momento imaginou muitas coisas, coisas que poderiam fazer juntas, além do toque carnal, algo mais romântico, mais íntimo.

   Já Robyn, se concentrou nas curvas consideráveis do corpo pequeno de Courtney escondidas por uma calça jeans preta e fantasiou coisas com o corpo da mulher do lado de fora.

— Qual é o seu nome?

— É... — Courtney se sentiu nervosa ao pensar como responder aquilo diretamente — eu sou Courtney Drake e o senhor Crawford me trouxe até aqui para...

— Entre! — Robyn disse e puxou Courtney para dentro pelo colarinho da blusa vermelha que a mesma estava usando e assim a porta foi fechada.

   Já dentro daquele lugar silencioso, Robyn levou Courtney até a cozinha e lá a serviu uma cerveja gelada.

— Agora beba! — Robyn ordenou aquilo de um jeito autoritário e Courtney cedeu facilmente ao comando, como se estivesse sendo ameaçada — Beba devagar... não tenha pressa, bonequinha.

— Ok. — e assim o fez, depois de corar pela forma como Robyn a chamou.

   Robyn observou o olhar concentrado de Courtney enquanto os lábios da mesma estavam na boca da garrafa da cerveja, viu que a jovem encarava os seus braços e o suor que molhou a regata que estava usando.

  Robyn deu a volta no balcão que as separavam e parou atrás de Courtney, que deixou a cerveja de lado e respirou fundo.

   Courtney sabia que a qualquer momento, a mulher mais sexy e linda que já viu a tocaria, ela sabia que deveria manter a calma e seguir as palavras de Elliott, como também tudo o que estava escrito no contrato.

   Robyn encostou seu corpo ao de Courtney e isso fez a menor ficar colada ao balcão, mas também a fez se lembrar de algo muito importante, ela ainda não tinha assinado o tal contrato, e o mesmo estava em sua mão.

   Assim que ela sentiu a respiração forte de Robyn se aproximar de seu ombro esquerdo, ela pediu:

— Espera!

   Robyn parou bruscamente e ficou calada a espera do que a menor iria dizer, mas ela queria tocar aquela mulher, uma mulher que a encantou.

— Preciso te dizer algo.

— Diga. — Robyn sussurrou bem perto da orelha esquerda de Courtney, que acabou fechando os olhos quase suspirando.

— Eu ainda não assinei o contrato.

   Robyn se intrigou com aquilo, mas pensou em saber mais.

— E por que não?

— Porque eu precisava saber se eu vou poder sair mesmo com esse acordo.

— Você pode sair, pode viver sua vida lá fora... — Robyn viu Courtney suspirar aliviada — mas deve estar ao meu lado nas horas necessárias.

— Ah...

   Robyn começou tocando os braços livres de Courtney e subiu distribuindo apertos leves, até que chegou aos ombros, assim pegou os longos cabelos e fez um coque frouxo para que pudesse ver o pescoço.

— Espera! — Courtney disse e então deixou o envelope sobre o balcão, Robyn de certa forma se irritou, mas não podia obrigar a mulher a fazer nada antes que a mesma assinasse o tal contrato.

— Diga!

— Podemos conversar antes de você começar a...

— Se for sobre o contrato, a única coisa que temos para falar é... que você terá liberdade pra ir aonde for, viver a sua vida, mas jamais se envolver com outra pessoa ou violar as cláusulas.

   Courtney engoliu em seco e ficou apreensiva com a autoridade da mais alta sobre ela.

   E Robyn precisava saber somente mais algumas coisas sobre a mesma.

— Como está a sua saúde? — Robyn perguntou e apertou os ombros finos de Courtney, que acabou sentindo uma leve dor, o que ocasionou uma mordida em seu lábio inferior.

— Regular.

— O Crawford te acompanhou para fazer um check-up?

— Sim.— a voz de Courtney tremeu.

— Então... assina o contrato e eu o assinarei logo em seguida.

   Courtney pensou...

   Robyn aproximou os lábios do pescoço e cheirou, dando em seguida um beijo molhado, o que causou arrepios em Courtney e fez seus punhos cerrarem com a sensação.

   Robyn notou o nervosismo da mulher estranha e indefesa e se excitou, aquele tipo de submissão a excitava facilmente e o seu desejo em dominar, a preenchia por inteira.

— Só mais uma coisa, Miller. — disse ao suspirar.

— Sim, Drake? — sussurrou na orelha da menor, que fechou novamente os olhos, ao sentir a respiração e a sensação de submissão percorrer o seu corpo por inteiro.

— Só vou assinar o contrato, se você... me mostrar o que vai fazer comigo antes.

   Robyn se arrepiou com as palavras da mulher, ela não imaginava que a beldade em pessoa lhe proporia algo tão excitante. E naquele mesmo instante, decidiu que com aquela pequena mulher, aqueles meses se assim se sucedesse, faria tudo diferente do que fez com as outras submissas, Robyn viu atitude nas palavras de Courtney.

— Se é isso que você quer... então é isso que você vai ter.

   Courtney tremeu assim que sentiu novamente os lábios de Robyn em seu pescoço.

— Você está ciente de como deve agir daqui pra frente, certo bonequinha? — apertou novamente os ombros de Courtney.

— Sim. — teve dificuldade em sua voz baixa.

— Então... agora você vai tirar as suas roupas e me acompanhar!

   Courtney abriu os olhos por ser surpreendida com aquele comando e seu coração começou a acelerar como nunca antes, enquanto sabia que Miller estava aguardando a sua decisão. Robyn desejava dominar aquela mulher, mesmo sabendo que tudo tratava-se de um acordo, já estava sendo a terceira vez, mas certamente era considerado sempre algo novo.

 

                                         

  

CAPÍTULO 3

                                                         C. DRAKE

Naquele momento comprometedor, eu decidi fazer conforme o que me fora mandado e quando tentei me virar, fui pega de surpresa pelas mãos de Robyn mãos grossas e fortes, usadas para desabotoar a minha jeans.

   Robyn estava um tanto apressada e acabou se complicando no botão, então tentei ajudá-la.

— Não me toque! — Robyn esbravejou assim que deu uma tapa na minha mão por eu ter tocado as suas mãos sem a sua permissão, mas o tapa somente ardeu.

— Só... — a minha voz tremeu — queria ajudá-la.

— Eu sei muito bem como fazer isso... então, não se mova, exceto se eu mande.

— Ok. — senti-me totalmente inferior.

   Robyn tentou mais uma vez e enfim conseguiu abrir aquele bendito botão. Ela foi se abaixando lentamente enquanto abaixava o meu jeans e eu pude sentir que ela encarava com atenção as minhas coxas e pernas. Ela fez-me erguer os pés um de cada vez e tirou os meus tênis, assim terminou de tirar as calças e não havia mais um tecido para tampar ou complicar aquele momento.

   Robyn foi a subir lentamente enquanto os seus lábios e a sua língua tocavam as minhas coxas, deixando pontos úmidos, que me excitaram.

   Eu nunca senti tamanha tesão, uma tesão provocada por uma mulher que se recusava a ser tocada. Eu estava a gostar do novo que me envolvia, mesmo sendo devido a um contrato.

   Robyn se ergueu completamente e acabou a apertar fortemente a minha bunda, onde tive um leve espasmo, mas contive-me para não gemer, e contive-me ainda mais para não fazer nada que não agradasse a minha dominadora.

— Você vai tirar a sua blusa ou quer que eu mesma tire? — ela perguntou enquanto apertava no mesmo lugar, porém sem tanta força.

— Eu... eu... — eu não sabia o que falar, as palavras estavam presas na minha garganta seca, além de um nervosismo que tomou conta de mim.

— Sim ou não? — Robyn deu um tapa na minha bunda e eu acabei mordendo os lábios, saboreando a sensação de dor e prazer ao mesmo tempo — Diga Drake!

— Você... você tira. — respondi desesperadamente porque mesmo tendo gostado do tapa, eu não desejava ser punida de novo.

   Robyn então tirou a minha blusa com pressa, jogou para qualquer lugar como se fosse lixo e então abraçou o meu corpo quase todo nú.

    Pude sentir o calor do corpo de Robyn na minha pele e a umidade da regata suada. Para alguns aquilo poderia parecer nojento, mas para mim, era algo excitante.

    A mulher suada ficará suada novamente e será por cima de mim. — eu pensei vagamente.O poder que ela tinha sobre mim, já estava me fazendo ter pensamentos e mais pensamentos.

   Robyn percorreu o meu abdômen e foi subindo a mão, logo encontrando um dos meus seios médios, então começou a apertar os mesmos levemente. Não consegui me segurar e me contorci nos braços de Robyn, assim fechando os olhos para sentir melhor a sensação de estar sendo tocada um tanto agressivamente.

   Robyn decidiu de rompante me levar a um lugar, sem me dizer nada, mas logo eu soube que era para o banheiro, o lugar onde concluiria o que começou.

   Encarei a banheira e vi Robyn ligar a água quente, logo depois senti os braços fortes se envolverem envolta do meu corpo, a mulher atrás de mim estava calada e cheia de desejo, pois o seu toque em mim demonstrava.

   Enquanto a banheira enchia, Robyn beijava e mordia o meu ombro de acordo com os apertos leves nos meus seios ainda cobertos pelo sutiã vermelho.

   Robyn fez algo que eu certamente gostei, mas era algo que ela não deveria ter feito. Ela me apertou em seus braços e depois de fazê-lo, ela depositou um tapa em uma das minhas coxas ocasionado um leve ' slap '.

   Em meio a sensação do tapa e dos apertos em meus seios, me senti indefesa e pensativa, eu não sabia o que poderia acontecer se me entregasse para a mulher linda que estava me abraçando cheia de desejo e possessividade. Então decidi cortar o silêncio entre nós quando, a chamei...

— Miller?

   Robyn parou, me virou para ela e encarou os meus olhos, que certamente estavam cheios de submissão e apreensão, já os seus olhos, estavam profundos e cheios de malícia. Engoli em seco e fiquei hipnotizada com o olhar de superioridade sobre mim e todo o meu corpo.

— Sim, Drake?

— Por favor... — abaixei a cabeça em timidez — por favor, não me machuque. — continuei com a cabeça abaixada pela vergonha que senti ao pedir aquilo.

   Robyn ficou por um momento calada, certamente estava pensando e o seu silêncio era ensurdecedor e intrigante.

— Eu não vou te machucar... a não ser que você viole alguma cláusula. — disse e ergueu a minha cabeça, então vi que a banheira já estava quase cheia.

— Então... — eu encarei sem medo os olhos de Robyn — por que me bateu duas vezes sem eu ter feito nada?

   Robyn se negou a responder e eu insisti sem falar nada, somente a encarando confusa.

— Só o fiz porque... eu sou assim e gosto de fazê-lo — ela respondeu e desviou o olhar, respirando fundo. — e no contrato diz que deve ceder a o que eu quiser fazer... você não deve se impor.

— Você vai me bater de novo? — perguntei porque precisava ter certeza de que ela não me machucaria, já que depois de assinar o contrato, eu seguiria a risca as cláusulas.

— Não... — ela respondeu meio hesitante e tirou um grande peso do meu peito — mas agora... me acompanhe em um banho.

— Posso confiar em você, Miller? — perguntei com a voz baixa.

—Pode, mas... se quiser ir embora por medo... você já sabe onde é a porta. — as suas últimas palavras pareceram arranhar a sua garganta, parecia que ela não queria que eu fosse embora, e também que ela precisava conhecer mais profundamente o meu corpo, já que o tocou com tanto deleite.

   Nos olhamos como se estivéssemos nos analisando, e então, Robyn se afastou, desligou a torneira da banheira e entrou estando ainda completamente vestida. Assim observou o meu corpo de cima abaixo, aguardando esperançosa por minha decisão.

   Eu sai do banheiro sem dizer nada, deixando Robyn sozinha, e certamente a multiplicar seus pensamentos sobre mim.

   Eu havia saído do banheiro para pensar especialmente nas palavras da mais velha, demorei decidir o que eu queria, eu já tinha visto o rosto da mulher, já sabia o que poderia acontecer comigo, já sabia que ela era uma CEO milionária e já sabia também com o que o futuro me recompensaria.

   Parada do lado de fora do banheiro, escutei um barulho e resolvi de rompante me entregar de uma vez. Eu tirei as peças que restavam em meu corpo e fui ao encontro da mulher bonita na banheira.

   Quando enfim entrei, vi que a mesma já estava prestes a sair toda molhada, mas então ela encarou o meu corpo nú e paralisou. Os seus olhos encararam com desejo a minha nudes e seus lábios demonstraram desejo.

— O que eu devo fazer agora? — eu perguntei e cobri os meus seios, já estando um pouco envergonhada, mas era um pouco incomum gostar do olhar de desejo da mulher que me olhava em uma posição um tanto estranha.

— Você é... você... — Robyn se deslumbrou surpresa com a minha atitude, que certamente acabou esquecendo brevemente que existia um vocabulário.

— Onde ou como devo me sentar? — resolvi adiantar as coisas, já que possivelmente não manteríamos um diálogo.

— É... — Robyn se sentou novamente na banheira saindo daquela posição de estátua — sente-se de costas pra mim.

   Eu o fiz sem tanta pressa e enfim pude sentir as mãos calmas de Robyn me tocar e logo em seguida, envolver seus braços longos e fortes ao redor do meu corpo. 

   Robyn ficou por um momento beijando a minha nuca e o meu pescoço, onde acabei repousando a minha cabeça num de seus ombros aproveitando a sensação de estar sendo delicadamente tocada. Eu não deveria ter feito aquilo, mas na posição que estávamos era impossível ficar ereta, pensei por um breve momento em me afastar, mas como Robyn se manteve calada, resolvi me manter quieta.

   Então Robyn desceu suas mãos para debaixo da água uma de cada lado da minha cintura e começou com cuidado a usar os seus dedos de ambas as mãos. Enquanto uns de seus dedos me penetravam devagar e girava dentro de mim, os outros massageava com uma leve pressão o meu clitores.

   No começo achei um pouco estranho aquele jeito de fazer sexo, já que eu nunca tinha transado com uma mulher, mas logo fui me acostumando, porque o meu prazer foi aumentando de acordo com meus gemidos baixos e os movimentos mais intensos dos dedos de Robyn dentro de mim.

— Ahhmm — gemi roucamente baixo.

   Eu não podia ser uma escandalosa e nunca que seria a aquela altura do campeonato, mas...

— Não se envergonhe... é pra você gemer gostoso porque estou te fodendo gostoso!

   Não pude falar nada porque com os movimentos mais rápidos, eu comecei a me libertar através dos meus gemidos, além de suportar o tesão que senti depois que a sua boca se calou. Ela era pura perversão.

— Ahhmm... — eu gemi prazerosamente e senti Robyn se excitando encantada e me apertando em seus braços.

   Robyn mordeu o meu ombro e arfou continuando com a sua intensidade, ali em meio aos meus gemidos, entendi que ela sentia tesão e prazer ao ver a mulher dominada por ela gemendo e suspirando.

— Você é uma bonequinha deliciosa!

   Eu não pude falar algo porque só sabia gemer e gemer.

— Eu amei o seu cheiro e o seu tamanho.

— Ahhmm... uhmm...

— Espero que o seu gosto seja muito melhor que o seu cheiro, senhorita Drake!

    Atingi o clímax depois de ter dado vários gemidos e ter feito a mulher que me dominou satisfeita, além de sentir todo o seu corpo tremer ao redor de mim.

   Robyn saiu da banheira assim que eu tive espasmos, onde ela pôde sentir todos, me deixou recuperar o fôlego e em seguida foi para o chuveiro, onde fechou a porta e começou a tomar um banho, mas não me disse nada e aquilo certamente me deixou triste. Como estipulado no contrato, sexo, recompensa ou punição.

   Em nenhum momento tive a chance de ver o corpo nú e atlético de Robyn, mas eu podia imagina-lo. Miller era uma mulher muito bonita, elegante e perversa.

   Sai da banheira surpresa comigo mesma e cheia de pensamentos, e um deles se referia ao tal contrato que eu deveria assinar.

   Me senti nervosa e um pouco tímida durante o sexo um tanto selvagem, mas não nego que a mulher de braços fortes e dedos ágeis teve cuidado e consideração quando me tocou, além de não poupar o pudor em suas palavras. Eu realmente gostei de ser dominada por outra mulher, porém senti que algo muito importante faltou no nosso momento. 

   E o que seria?

   Por que você não me beijou, Miller? — pensei enquanto me lembrava da umidade dos lábios de Robyn percorrendo minhas pernas e meu pescoço, mas os mesmos não tocaram os meus. Eu queria ter tido o privilégio de beijar os lábios rosados de Robyn ou talvez sentido alguns selinhos.

   Encontrei um hobby azul marinho enquanto ouvia o barulho do chuveiro e então o vesti, indo até a sala em busca do envelope. Assim que o peguei, o rasguei e tirei o papel do contrato contendo as palavras já lidas por mim várias vezes e vi mais uma vez os espaços para assinar.

   Andei pelos cômodos e corredores da cobertura iluminada a procura de uma caneta e acabei chegando em um quarto de paredes pretas e janelas de vidro gigantes com cortinas brancas. Eu observei que naquele quarto havia uma cama enorme de lençóis brancos e travesseiros pretos, uma mesa de cabeceira com um relógio despertador prateado em cima, um quadro com uma pintura acinzentada e belíssima, luzes quadradas no teto, e também duas maçanetas prateadas a esquerda, e percebi que ali poderia ser o closet e o quarto de Robyn.

   Me deslumbrei com a beleza do quarto e decidi ir procurar uma caneta na mesa de cabeceira, porque com certeza ali haveria uma. Acabei encontrando a caneta, mas também encontrei algo que era pessoal de Robyn.

   Me sentei um pouco hesitante na cama e observei uma foto amassada que peguei da gaveta da mesa de cabeceira. Na foto, estavam Miller abraçando uma mulher negra de lindos cabelos cacheados e ambas sorriam felizes. Pareciam ser um casal feliz.

   Fiquei alguns minutos olhando o sorriso de Miller, era tão bonito, comparado ao seu olhar de superioridade, e então me apressei para devolver a foto à gaveta assim que ouvi passos se aproximando.

   Me ergui em segundos e então pude contemplar a mulher de cabelos molhados entrar no quarto vestida em um hobby preto, onde mostrava uma parte explícita de um de seus seios.

   Como não olhar para a parte saliente do hobby, não é mesmo, senhorita Drake? —pensei.

— Vejo que está pensando em tomar uma decisão, senhorita Drake. — Robyn apontou para o papel em minha mão e começou a se aproximar, encarando o hobby azul marinho que cobria o meu corpo — Você já o assinou?

— Eu ainda não o fiz. — respondi e senti a respiração de Robyn, assim que a mesma parou em minha frente.

   Eu já deveria ter assinado o bendito contrato, já que eu tive uma prova de como as coisas iriam ser, mas perdi esse tempo porque fiquei encantada com o sorriso lindo na foto.

— E por que ainda não o fez? — ela perguntou e me puxou através do tecido folgado do hobby, me deixando colada ao seu corpo, onde os nossos rostos ficaram a míseros centímetros de distância, no entanto eu não me atrevi a toca-la, mesmo minhas mãos desejando. Fiquei imóvel encarando os castanhos acima de mim.

— Porque eu...

— Você precisa de mais incentivo? — Robyn sussurrou levando a mão aos meus cabelos amarrados e os soltou delicadamente. Me arrepiei e fechei os olhos, pensativa sobre o contrato e pronta para beijar os lábios rosados.

   Segundos se passaram e então tive o contrato e a caneta tirados de minha mão por Robyn e logo em seguida, abri os olhos decepcionada, já encontrando a mulher no hobby preto assinando o contrato que apoiou sobre a mesa de cabeceira. Ela não me beijou, somente atiçou a minha curiosidade em saber o gosto de seus lábios.

   Robyn se virou mostrando a sua assinatura e eu a olhei pensativa. A mulher forte assinou primeiro e vi que ela estava esperançosa pela minha decisão, porém a escondendo um pouco.

— Você vai ser a minha submissa... ou eu devo rasgar o contrato? — Robyn perguntou com superioridade e um ar dominador.

— Eu...

— Você decide, senhorita Drake!

   Houve um silêncio no quarto e olhamos-nos profundamente...

— Eu... eu aceito. — enfim as minhas palavras libertaram-se.

   Robyn entregou-me o contrato e a caneta. curvei-me para assinar o mesmo sobre a mesa de cabeceira e quando o assinei respirei fundo como se estivesse me libertando da minha decisão. Assim que deixei a caneta de lado, acabei sendo empurrada com agressividade na cama, tendo em seguida o corpo de Robyn sobre o meu e as minhas mãos erguidas sobre a minha cabeça, o seu corpo era pesado e o seu cheiro era apaixonante.

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