CAPÍTULO 11

" Eu já te disse como são as coisas... resolva isso ou será demitida!...

A voz impaciente e irritada de Robyn me acordou, estando agora um pouco assustada e preocupada. Olhei ao redor e a porta do closet estava aberta, me arrastei na cama puxando a lingerie sensual preta, que mais se parecia com um vestido curto, que ganhei de presente como outros vestidos, e cobri as minhas coxas... É, aquelas roupas na cama que me encantaram na noite passada eram todas minhas.

" Resolva esse problema do escritório o mais rápido possível e não me perturbe mais! "

Estava acontecendo algo complicado na empresa de Robyn naquela manhã de sábado e ela já estava impaciente.

Me levantei enrolando os cabelos em um coque frouxo e fui ao closet, ela estava lá, calada agora, porque a ligação já tinha sido encerrada. Cheguei na porta cruzando os braços e vi que ela estava agora concentrada tirando os meus pertences da mochila preta e colocando dentro de outra, mas a nova mochila era vermelha e sem nada no tecido duro, a não ser um chaveiro com o símbolo de um time de basquete, soube que era comum ela usar aquele tipo de chaveiro em suas mochilas, o seu time favorito obviamente era o LKRS. Mesmo sendo uma cena interessante, aquilo me intrigou já que não tinha motivos aparentes para ela estar fazendo-o, a ' mochila metida a besta ' até que era legal.

— Bom dia, Courtney? — ela desejou e eu levei um pequeno susto. Eu não tinha mostrado a minha presença à ela até aquele momento e nem ela havia se virado.

— Bom dia.

— A faxineira quer conhecer você, mas você não é obrigada a falar com ela se não quiser.

Como? É claro que eu gostaria de falar com a faxineira, era uma pessoa que poderia me fazer companhia quando eu estivesse sozinha naquela cobertura.

— Ela já deve estar indo embora... a contratei um dia atrás e ela só voltará em dias alternados.

— Ok, então... estou indo vê-la. — disse já me virando, já que ela continuava de costas pra mim.

— Espere. — ela pediu e eu parei, como algo que me paralisou. O contrato tinha sido rasgado, mas algo dentro de mim me fez agir como uma submissa. Foi como uma ordem que eu desejei fortemente obedecer, porém, eu devia ter agido ao contrário e ter deixado pra falar com ela depois, quando eu voltasse da conversa com a faxineira.

— Sim, Robyn?

— Veja este sobretudo. — disse me rodeando e parando em minha frente, onde pude ver o tal sobretudo, era cinza de um tecido mole e praticamente do meu tamanho.

Dei uma olhada na vestimenta que eu estava vestida e eu não podia me apresentar naqueles trajes para uma pessoa, mesmo sendo outra mulher. O que me intrigou foi que Robyn me pediu para olhar aquele lindo tecido, mas em nenhum momento ousou ordenar algo.

— É lindo. — afirmei tocando o mesmo, assim que descruzei os braços.

— Você entende algo sobre esse tipo de roupa?

— Mais ou menos e o pouco que sei é que com certeza vale uma nota.

Robyn sorriu passando os olhos no sobretudo e depois em mim. Vi que ela queria que eu o vestisse para cobrir um pouco da minha vestimenta sensual, mas ela não sabia como falar ou pedir.

— Posso colocar em você só por um momento? — perguntou enfim.

— Hum rum. — disse e ela o colocou em mim, assim se afastando para me olhar.

Vi brilho em seus olhos e um sorriso de canto em seus lábios, ela estava gostando do que via e eu estava adorando ter os castanhos sobre mim, agora sem dominância, era apenas um olhar simples com um sorriso gentil.

— Fique a vontade para retirá-lo... ele agora é seu. — disse e entrou no closet novamente, me deixando surpresa.

Fique a vontade, sim, eu já estou a vontade e vou ir agora dar uma volta pela cobertura, como se eu fosse a dona. — pensei — brincadeiras a parte.

Segui para a sala e logo encontrei uma senhora loira de coque e roupas sociais sentada no sofá, o mesmo sofá em que eu tive o prazer de ser tocada por Robyn, e olhar aquilo foi estranho.

— Bom dia? — disse com um sorriso e ela retribuiu, se levantando e vindo até mim.

— Bom dia, senhorita. — ela parou a alguns centímetros, era uma senhora que parecia ser simpática.

— Robyn disse que queria me conhecer.

— Verdade, senhorita.

— E por que?

— Porque começarei a trabalhar aqui e saber como é o seu rosto e o seu nome me deixaria mais aliviada. Talvez eu entraria em desespero se chegasse aqui e encontrasse um estranho.

— Ah... entendi, acho que — pensei — acho que eu faria o mesmo.

Ela sorriu.

— Agora que conheci a esposa da senhorita Miller, já...

O que?

Como?

Paralisei e não ouvi mais nada.

Um momento depois me libertei do transe por causa do barulho da porta se fechando.

Esposa da senhorita Miller? Desde quando? Quando ela começou a me considerar como uma esposa?

Andei de um lado para o outro na sala pensando em como encarar Robyn e perguntar sobre o assunto que martelava em minha cabeça ' esposa '. Parei enfim e voltei para o quarto, eu conseguiria? Sim! Eu vou conseguir.

Me aproximei do closet e vi Robyn mexendo em coisas em uma caixa preta, vi por um momento, algemas.

Algemas? Ela pretendia usar aquilo em mim? Pensativa fiquei ainda mais só de pensar em estar algemada e sob o controle de Robyn.

Afastei esses pensamentos...

— Como foi a conversa com a senhora Smith?

Dessa vez não me assustei, mas Smith, eu não sabia o nome da faxineira por causa do momento de transe que me envolveu a pouco.

— Normal.

— Ótimo... — e então ela fechou a caixa e se virou para mim — o sobretudo ficou bom em você... quando tirá-lo, o coloque em sua parte onde coloquei os vestidos que comprei pra você.

Vestidos lindos e todos meus...

— Vamos tomar café da manhã e em seguida, se você quiser... — veio se aproximando — podemos usar a cama.

— É... — engoli em seco e ela parou em minha frente, levando as suas mãos ao meu rosto, onde depositou carícias.

— Você quer fazer amor comigo, Courtney? — ela perguntou e o meu interior ferveu.

— Devemos falar sobre uma coisa, Robyn.

— Sim diga. — ela disse e abaixou a cabeça encontrando logo o meu pescoço, o que me fez estremecer com os seus primeiros beijos molhados que se distribuíam sobre o meu pescoço.

Eu sabia que ela estava com vontade de me tocar e já fazia dias que eu não sentia o seu toque.

— Desde quando me considera como a sua esposa? — perguntei ligeiramente e me afastei encontrando a seguir, frustração em seus olhos.

— Tive que te dar um título quando estava falando sobre as pessoas que moram nessa cobertura, para a senhora Smith.

— Poderia ter dito apenas que eu era uma conhecida ou amiga!

— Eu não transo com amigas ou muito menos faço amor... — disse, se virou e fechou as portas do closet — apesar de ter transado uma ou duas vezes com uma colega de quarto da faculdade que se considera até hoje como a minha melhor amiga.

— Você não acha que exagerou ao me intitular como sendo a sua esposa? — perguntei e vi ela caminhar para a cama, onde se sentou, jogando a cabeça para trás, como se estivesse exausta.

A imagem dela na ponta da cama de pernas abertas pra mim me veio brevemente à cabeça e eu fiz desparecer como em um passe de mágica.

Tudo o que ela fazia é sensual e aquela jogada de cabeça, Oh god.

— Talvez você deva aceitar esse título porque depois que eu me... — ela se interrompeu — eu não o dei a nenhuma outra mulher.

Ela ocultou algo que me pareceu importante e intrigante, mas o que poderia ser?

Agora eu poderia perguntar sobre o seu passado, já que ela mesma rasgou o contrato.

— Se eu aceitar... quero ter todos os privilégios de uma esposa! — disse sem pensar.

— Por mim tudo bem, contanto que você cumpra os desejos de sua dominadora na cama! — e assim ela olhou pra mim desde a cabeça a ponta dos meus pés.

Óbvio. Ela me dominar na cama já era fato, mas enquanto eu estivesse resistindo, ela não teria nenhuma chance de me tocar, apesar dela estar sendo a minha tentação.

— Robyn?

Assentiu.

— Acho que devemos ir tomar o café da manhã.

— Ou... podemos continuar aqui conversando e você ser o meu café da manhã... a não ser que você esteja me ignorando.

Seu café da manhã?

Ignorando, eu? Talvez, para compensar os dias que nem mesmo se esforçou para olhar pra mim ou falar comigo. Eu não poderia estar com rancor da minha dominadora porque nos reconciliamos a poucas horas, horas essas que consumi com ela dormindo ao meu lado e ao redor dos meus braços. Sim, dessa vez foi a minha vez de abraça-la e dormimos de conchinha.

— Não estou ignorando você.

— Então... — deu tapinhas na cama ao seu lado — venha e sente-se aqui.

Creio que algo está faltando nesse pedido.

Continuo encarando-a...

— Por favor?

— Ok. — e fui, me sentei e logo recebi o conforto do peso de seu braço dando a volta no meu pescoço.

— Tomar café da manhã é melhor que sentir o meu toque?

— Eu... é... — a olhei por um momento — panquecas com mel tem um sabor incrível.

— Acredito que o meu sabor seja melhor.

— Como saberei? — disse com o meu coração já acelerado.

— Posso fazer você experimentar — disse e umedeceu os lábios — as que provaram pediram pra repetir.

Será que ela estava oferecendo os seus lábios sem mais nem menos, tipo assim: ' é todo seu! '.

— Provavelmente elas quiseram se aproveitar de você e você pensou o contrário.

— Não pensei o contrário, já que eu que estive no controle o tempo todo.

Convencida!

— E agora?

— Agora?

— Quem está no controle neste exato momento?

— Eu!

— Certo, então... me mostre. — a confrontei.

— O que deseja ver exatamente? — ela disse aproximando o rosto do meu enquanto ambas olhavamos para nossos lábios.

— O que você quiser me mostrar. — sussurrei e senti um frio na espinha, como também uma dor próxima do umbigo que surgiu do nada.

Dor, sim, era cólica. Eu estava nos dias da TPM, mas ainda não tinha menstruado.

— Vou te mostrar uma coisa bem legal. — ela disse sem imaginar o que eu estava sentindo ou pensando naquele instante.

— Robyn... deixe para me mostrar outra hora... eu tenho que ir tomar banho agora. — me levantei assim que tirei o seu abraço do meu pescoço.

Robyn se ergueu e agarrou o meu braço fortemente me impedindo e fez os seus lábios virem na direção dos meus, onde virei o rosto e acabei recebendo um beijo próximo da orelha.

— Deixa eu te mostrar?! — pediu em um sussurro, um sussurro que fez todo o meu corpo tremer como também os meus músculos interiores.

Ela queria me beijar, mas se eu deixasse, ela iria acabar me jogando na cama. Eu pensava daquele jeito porque desde que começamos a conversar, ela não parava de insinuar coisas, coisas que me excitaram e que com certeza, a deixaram com vontade de me dominar.

— Ainda não! — eu disse com a voz meio trêmula porque sentia o prazer do roçar de seus lábios próximo da minha orelha e em minha bochecha, sempre chegando mais e mais perto da minha boca, enquanto eu continuava virando o rosto.

— Não me deixe assim, Courtney. — sussurrou como um pedido e segurou meu maxilar com as duas mãos cheia de delicadeza e desejo, me fazendo olhar fixamente em seus olhos, onde ela acabou encostando os nossos narizes e testas — por favor... não me deixe assim.

Quase cedi quando vi a aproximação de seus lábios, mais um pouco... chegou pertinho...

— Eu realmente não posso perder tempo, Robyn. — disse me saindo do calor de suas mãos delicadas e segui para o banheiro, onde vi que iria ter que esperar uma semana para voltar a ser tocada novamente.

Sei que Robyn se sentiu rejeitada pois quase conseguiu o que queria, eu também queria, mas as condições em meu corpo me fizeram rejeita-la.

Poxa visita do mês, logo agora?!

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Comments

Adriana Gomes

Adriana Gomes

visita indesejada essa bendita menstruação.
se for um casal sem tambus conseguem fazer algo e por sinal bem gostoso 😍

2023-08-09

1

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