CAPÍTULO 8

Passei as últimas horas daquele dia na companhia dos meus avós, depois fui ao banco fazer um depósito em minha conta e assim que tudo se resolveu, eu voltei para a cobertura de Robyn Miller. Já era noite e possivelmente a encontraria em seu quarto quando eu chegasse, mas não, ela não estava presente.

   Tomei um banho, me vesti com um vestido de alcinha preto e caminhei descalça pelos corredores indo para a cozinha. Eu precisava tomar algo doce e gelado e talvez encontraria um suco na geladeira. Quando abri a porta me deparei com garrafas de cerveja, água, latinhas de energéticos e sorvete.

   Olhei para aquele pote de sorvete de 500 g e pensei “ por que não? ” e o peguei, era doce e gelado, então serviria. Torci para que não fosse de creme ou baunilha.

   Atravessei o balcão assim que encontrei uma colher na gaveta do armário e me sentei no sofá ao lado da minha mochila metida a besta. Comecei a comer assim que tirei a tampa e fui ficando pensativa, aquela sala em que eu estava era tão grande e tão silenciosa, que exalava o cheiro da tristeza, era um pouco fria, mas até confortável, ali poderia ter uma TV ou um computador, mas não, e não sei o porquê, já que eu estava na propriedade de uma milionária.

   Resolvi deitar de bruços naquele grande sofá e continuei comendo o sorvete, era de chocolate. Robyn tinha bom gosto até em escolher sabores e eu adorei.

   De repente ouvi a porta se abrindo ligeiramente e não tive tempo para me sentar, e segundos depois fui encarada por um olhar dominador. Ela rodeou o sofá enquanto eu encarava os seus olhos, estavam tão penetrantes e pareciam exaustos, aquilo me fez achar que ela passou muitas horas lendo documentos em seu computador ou em qualquer outro aparelho, também em papéis, eu não tinha a certeza de tal porque ainda não sabia exatamente o que ela fazia em sua empresa, como CEO, com certeza só mandava, mandava e mandava.

  

   Decidi me ajeitar, não era certo toda aquela minha folga, mas então...

— Não se mova! — ela ordenou, se sentando na mesinha de centro bem próximo de mim.

— Robyn, eu...

— Calada! — ordenou erguendo o indicador, aquele indicador incrível — Não acha que você está com muita liberdade?

— Robyn... — tentei me ajeitar.

— Fica quieta, Courtney! — ela ordenou e assim segurou o meu maxilar, o virando completamente, me fazendo encara-la mais. Assim ela tirou o pote de sorvete de minha mão e deixou no chão encostado no sofá sem desviar o seu olhar.

   Estava com um olhar de possessiva e ao mesmo tempo de desejo e malícia.

   Sua mão saiu do meu maxilar e chegou aos meus cabelos, onde os jogou para o outro lado, deixando o meu ombro e uma parte do pescoço desnudo.

— Não acha que está com muita liberdade?

— Me desculpe? — pedi e a sua mão voltou ao meu maxilar, onde brincou com o meu lábio inferior e enfiou o indicador, colidindo com a minha língua, que ficou paralisada.

— Eu desculpo você — ela disse e moveu o indicador em minha boca — mas vê-la assim... me deixou com tesão.

   Surpresa, eu? Certamente. Ela acabou de confessar sua vontade em palavras.

— E o que eu devo fazer? — perguntei com curiosidade e com vontade de ouvir mais a sua voz.

— Quer mesmo saber?

— Quero. — respondi baixo, engolindo a saliva que o indicador em minha boca provocou. Robyn sorriu ao me ver engolindo com todo prazer.

— Perfeito. — ela disse e afastou a mão — agora sente-se e abra as pernas.

   Fiz aquilo meio hesitante, mas logo estava na posição que ela desejava. Ela respirou fundo e se aproximou levando as suas mãos ao tecido da minha calcinha, onde a tirou e deixou em sua coxa.

  Em seguida, ela fechou os olhos e levou as mãos a nuca onde apertou e suspirou, desceu as mãos pelo seu pescoço e repetiu o suspiro, assim seguiu para os seus seios por cima de sua blusa, e os apertou sem pudor algum, o que me levou ao tesão e ao desejo de repetir aquilo nela, sim, eu desejava toca-la mais uma vez. Talvez se eu lhe pedisse ela aceitaria, mas eu tinha medo e vergonha de ser rejeitada.

   Quando os olhos dela abriram novamente, eu encarei o castanho de seus olhos, suas pupilas estavam enormes e eram extremamente atraentes, ela estava cheia de tesão, como eu.

  Ela mordeu os lábios e eu a imitei como se ela fosse o meu gatilho. Só percebi quando repetiu a mordida e eu a imitei novamente. Robyn sorriu e abriu suas pernas, ficando sentada como um homem, eu diria que se ela tivesse um pênis, com certeza eu veria claramente a sua ereção, mas não, Robyn não precisava de um pênis para me mostrar a sua excitação. Robyn era uma mulher com desejos misteriosos e que estava me revelando novos prazeres.

— Agora. — ela levou as mãos as suas coxas, onde começou a acariciar, sem desviar os olhos de mim.

— Sim? — a tesão em minha voz era visível.

— Se toque com força!

   Sim, eu o faria, do jeito que ela me ordenou, mataria a saudade do quanto desejei gozar quando ela me atiçou.

   Repeti com lentidão o que ela fez em seu corpo e enquanto isso, ela me fazia ter sensações novas com o seu olhar controlador. Logo cheguei onde ela queria e me penetrei com força, a intensidade dentro de mim me fez gemer e fechar os olhos sentindo o prazer torturante.

   Com os meus olhos semicerrados vi Robyn tocando novamente os seus seios e se maravilhar com os meus gemidos que eram constantes.

   Eu estava começando a gozar, mas de repente, ela me assustou segurando fortemente a minha mão.

— Ainda não!

— Ahh... — arfei gemendo.

   Será que ela iria me punir novamente? Eu não iria suportar. Eu precisava sentir aquele prazer que a dias necessitava.

— Agora use as suas duas mãos, Courtney!

— Hã?

   Como é?

— Faça agora! — seu desejo a deixou explosiva.

   Assenti e imaginei o que “ usar as duas mãos ” poderia significar. Então minhas mãos desceram e começaram a fazer conforme a minha imaginação. Enquanto eu me penetrava sem pudor algum e minha outra mão massageava o meu ponto de prazer.

   Os meus gemidos eram mais intensos e aquele tipo de posição era dificultosa, eu nunca tinha me masturbado e me penetrado ao mesmo tempo, então os meus músculos estavam começando a contrair na altura dos ombros.

   Eu estava prestes a sentir o clímax em todo o meu corpo, mas a dor nos músculos começaram a me fazer desistir de pouco a pouco.

   Robyn viu a minha exaustão e segurou as minhas mãos me parando novamente. Eu odiei e acreditei que ela realmente estava querendo me punir, mas então...

— Continue com as pernas abertas!

   Continuei naquele mesma posição e Robyn encarou a minha nudez, me mostrando desejo em seus olhos.

— Por favor, Robyn... — implorei, eu precisava dela — eu não consigo mais.

— Eu sei. — ela afirmou e então desceu a cabeça já me dando a visão de sua língua fora de sua boca.

   Eu estava tão sensível que quando a sua língua úmida tocou com pressão o meu clitóres, eu tive um espasmo e contrai o abdômen, como também meus músculos interiores.

   Ela girou a língua com intensidade e segurou meus pulsos ao lado de minhas coxas, me deixou presa até o momento em que o clímax se espalhou pelo meu corpo e eu gozei com puro deleite em sua boca.

   Ela continuou ajoelhada e eu fui solta, assim vi que os meus pulsos estavam um pouco vermelhos devido a sua força enquanto me segurava e me dava prazer.

— Sentiu saudades, bonequinha?

— É.... — arfei e delirei — eu, eu..

   Eu sentia uma saudade absurda de ser dominada por ela, porém naquele momento não pude responder devido ao meu estado, eu não sabia se respondia ou se respirava.

— Você gosta de como eu te faço gozar?

— Eu gosto, Robyn. — confessei e seus lábios foram mordidos com vontade e quem dera ela me deixasse fazer o mesmo com ela.

   Robyn se levantou, me olhou por um momento enquanto eu ofegava tendo ainda alguns sinais e ondas de calor pelo corpo e eu vi pela primeira vez, uma feição carinhosa em seu rosto. Não era um sorriso largo e nem de seriedade, era um olhar simples e marcante.

— Me acompanhe em uma rodada de pizza. — ela disse, enquanto se afastava indo na direção do quarto.

— É... sim. — disse de um jeito ansioso e pude ver pelo seu tom de voz, que aquilo não foi uma ordem, foi como um pedido tímido.

— Volto em segundos. — ela completou e desapareceu no corredor do quarto.

   Vesti pela segunda vez a minha calcinha naquela que noite, já pronta vi os segundos se tornarem minutos. Eu queira poder saber o que ela foi fazer que demorou tanto, até que me sentei para esperar, mas, mais minutos se passaram.

   Me levantei já impaciente e fui atrás dela, mas acabei a encontrando no meio do caminho, que foi onde esbarrei em seu grande corpo parado como uma estátua a olhar para algo em seu celular, celular aquele que era idêntico ao que ela havia me dado, mas não era o meu.

   O meu primeiro pensamento foi me afastar e aceitar que daquela vez eu a toquei por pura distração, ela iria me punir, pensei, sim você vai me punir, sou a única culpada desta vez.

   No entanto...

— Não fuja de mim, Courtney! — ela disse em um tom de ordem.

— Mas, mas... eu toquei em você... — eu acompanhava o receio em minha voz — você vai me punir por isso.

   Robyn segurou o meu queixo e o ergueu, assim me fazendo encarar aqueles castanhos penetrantes. Ela sabia que eu estava com medo e tinha o dever de cumprir com a cláusula no contrato e o meu medo era de não suportar o misterioso castigo que possivelmente viria a seguir.

— Você sabe o que é um chicote? — ela perguntou e ergueu mais o meu queixo, me deixando com uma leve dor na nuca.

— Sim Robyn... eu sei. — eu sabia e temia.

   Ela me puniria com um chicote?

— E você sabe o que são fatias de pizza?

— Hum rum.

   Hã, qual é a da aleatoriedade?

— Então... — ela desceu a mão para o meu pescoço e o apertou lentamente, me fazendo perder o pouco de fôlego que reservei em meus pulmões, ela me enforcou e teve prazer porque eu vi em seus olhos — você e eu vamos à uma pizzaria onde eles preparam uma pizza apimentada em forma de chicote.

   O que? pensei

— O que? — e acabei falando.

   Será que ela estava falando sério?

— Isso mesmo. — ela sorriu e levou a mão aos meus cabelos, os acariciando e os jogando para trás.

— Como assim? — confusa e aliviada, meu coração se escondeu profundamente em meu tórax.

— Eram essas as reações que eu queria causar em você!

— Quais reações?

— De surpresa, alívio e... medo.

— E por que quis me assustar?

— Porque eu sempre faço esse tipo de coisa... meu irmão caçula pode provar.

— Ah.

   Será que era mesmo verdade e ela estava apenas tirando o meu medo de levar chicotadas naquele presente momento para que me puni-se depois de comermos a pizza?

— Você tem irmãos? — disfarcei o medo e murchei, com certeza se eu fosse uma bexiga, eu sairia soltando o ar até cair no chão já vazia.

— Sim, só um, mas... eu não quero falar sobre ele — ela disse e guardou o celular no bolso de sua calça moletom preta.

— Como desejar, Miller.

— Agora vamos!

— Vamos. — aceitei porque vi que a minha possível punição teria sido esquecida e esperava que continuasse no esquecimento.

   E o que eu menos esperava naquela noite era de entrar em uma Mercedes prateada de vidros fumê, a qual estava rodeada por outros carros belíssimos e caríssimos. Aquele carro era tão perfeito que me senti indigna de sentar em seu banco de couro e de usar aquele cinto de segurança, mas enfim, aconteceu. 

                                             

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Comments

Adriana Gomes

Adriana Gomes

esse livro enche qualquer um de desejo🌋🌋🌋

2023-08-09

1

Aline Costa

Aline Costa

Estou Amando a história,você realmente e surpreendente a cada capítulo.. já estou anciosa pelo próximo 😄

2023-07-28

2

윤기 :3

윤기 :3

Amei a criatividade da autora, surpreendente!

2023-07-28

1

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