CAPÍTULO 17

   

  Robyn Miller

{Já encontrei uma submissa para você. }

{ Finalmente. Já faz uma semana que não toco em uma mulher. Traga ela à minha cobertura. Estou apenas lendo um livro. }

{ Em alguns minutos chegaremos. }

{ Ótimo. }

   Deixei o celular na mesa de cabeceira ao lado do porta-retrato e no mesmo havia uma foto minha abraçada a Eve, que fora tirada recentemente. Aquele porta-retrato foi muito caro para ser jogado fora, além de ser valioso para continuar com aquela foto. 

   Peguei o porta-retrato, tirei a foto e depois de uma breve olhada, a amassei.

   Eu estava realmente começando a amar a mulher da foto, mas como uma tática do destino ou falta de sorte, fui novamente abandonada. Me enchi de ódio e decidi não abrir mais o meu coração a ninguém.

   Durante uma semana largada, estive lendo, estudando e praticando, além do treinamento físico para continuar com o desenvolvimento do meu corpo, algo que eu já fazia há mais de dez anos. Estive lendo sobre submissas e dominadores.

   E o tal de BDSM não foi excessão, comentário de Elliott.

   A palavra ‘ sádica ’ chamou a minha atenção. Sentir prazer chicoteando, dando palmadas ou algemando uma mulher? Essas respostas eu só teria se colocasse em prática, por isso encomendei certos tipos de objetos voltados a finalidade de machucar. Algemas e chicotes vieram parar em minha cobertura e eu as guardei no cofre, juntamente com os brinquedinhos sexuais, que quase nunca eram usados, a não ser se a minha companheira do momento pedisse para eu usar.

   Seria eu capaz de ser cruel como a vida estava sendo comigo? Seria capaz de punir a minha submissa, como estava escrito nas cláusulas do contrato? Será que mesmo com toda essa minha força em meus braços, eu seria fraca ao levantar a mão para castigar a pele da mulher que estivesse comigo?

   Afastei aqueles pensamentos sentindo meu coração arder de ódio por ter sido abandonada e no mesmo instante a campainha tocou, era Elliott com a mulher que seria a minha submissa por dois meses, a não ser que ela estivesse disposta a continuar por mais tempo comigo.

   Joguei a foto amassada na gaveta da mesa de cabeceira e fui atender a porta...

— Como ela se chama? — perguntei para Elliott enquanto conversávamos sozinhos na minha academia personalizada.

— Priscila Hawkins e ela está com o contrato na mochila.

— Ela já o assinou?

— Sim, mas tive que mostrar uma foto sua para ela e contar um pouco sobre você... mas não contei nada sobre o seu passado.

— E a levou ao médico?

— Sim... a saúde do corpo esta regular, além do que fica no meio das pernas dela.

   Rimos...

— Não seja idiota!

— Foi só uma brincadeira, Robyn.

— Ok, mas... me conte um pouco sobre ela.

— Ela é norte americana, vive em um apartamento simples com seus pais e já terminou os estudos, mas é uma daquelas jovens que não se importam com o futuro. Ela só aceitou porque envolvia dinheiro e sexo com uma mulher bonita e milionária.

   Elliot não perdia tempo para me elogiar.

— Hum... perfeito, é apenas isso que desejo da parte dela.

— Agora vou indo... vou tirar algumas fotos em Lower.

— Está bem, vá e se cuida... me liga quando terminar o seu trabalho.

— Ok... e você... — sorriu maliciosamente — pega leve com a garota... ela parece ser frágil.

— Pena que ela só " parece "...

   Ganhei um olhar de desapontamento e um sorriso gentil. Elliot é um idiota.

— Você está bem, Robyn? — perguntou de um jeito preocupado.

— Estou cada dia melhor... é só uma questão de dias e tudo voltará ao normal em minha vida, não se preocupe.

— Vou acreditar em você. — disse dando um leve soco em meu ombro e assim saiu.

   Momentos depois, já com os meus pensamentos sobre Priscila em ordem, fui ao encontro dela e a encontrei sentada no sofá com as pernas apoiadas na mesinha de centro e mascando um chiclete.

   Quando abri a porta e ela entrou juntamente com Elliot, eu não reparei muito bem no quanto ela poderia ser uma jovem travessa e já estava bem folgada, como se já me conhecesse a anos.

   Priscila Hawkins tinha os cabelos ondulados e loiros, a pele clara e o seu corpo possuía leves curvas, era bonita e tinha um belo rosto, exatamente como desejei.

— Tire os pés da mesinha de centro, por favor?!

— Por favor? — repetiu me dando um olhar desafiador.

— Quer que eu ordene? — confesso que ainda não sabia como fazer aquilo sem demonstrar a minha inexperiência.

— Era o que você já devia ter feito!

   Então me aproximei e chutei suas pernas agressivamente, ganhando agora um olhar mais cabisbaixo, um olhar que me fez ter prazer.

— Não sou gentil... e se pedi por favor, foi para que você obedecesse sem ter que me questionar.

   Vi o seu maxilar trincando levemente e me sentei na mesinha de centro, ficando no meio das pernas dela. Ali via-se uma loira vestida com um vestido preto de alças finas e descalça e suas unhas dos pés estavam pintadas de preto como as das suas mãos.

— Você entendeu? — perguntei, puxando ela até próximo do meu rosto através de sua nuca.

— Entendi. — respondeu com um nó na garganta.

   Ainda naquela mesma posição, eu disse...

— Eu sou Robyn Miller.

   Seus olhos lutavam para não desviar dos meus, ela já estava amedrontada e mostrando para mim o seu lado submissa, aquele lado que eu estava ansiosa para ver.

— Está com medo de mim, senhorita Hawkins?

— É... — sua voz tremeu, sim e agora ela estava violando uma das cláusulas do contrato, deveria responder claramente e aquilo estava em falta.

— Se não responder claramente... você sabe o que acontecerá, certo?

— Sim, sim, sim. — respondeu ligeiramente e ver o medo em suas palavras fez alimentar um pouco da minha insanidade, foi prazeroso.

— Está com medo de mim, senhorita Hawkins? — perguntei novamente e fui descendo a mão para o seu pescoço, onde dei uma leve apertada, reprimindo o seu fôlego em sua garganta.

— Sim. — respondeu claramente e eu tirei a minha mão dela, vendo alívio transbordar envolvido em um suspiro.

   Continuei ali sentada analisando-a, suas pernas eram belas, toda a sua pele mostrava claramente o cuidado que a mesma tinha com o seu corpo. Pude perceber sua respiração desregulando. Coloquei a mão sobre o seio esquerdo dela, por cima do vestido e senti os batimentos do seu coração, aqueles batimentos não eram por estar atraída por mim e sim por medo, o medo de não saber o que eu faria com ela a seguir. Algo que eu nem mesmo sabia.

— Me entregue o contrato! — ordenei e ela o fez ligeiramente, parecia estar no meio de um tiroteio ou fuzilamento, onde ela seria a próxima.

   Já com o mesmo em mãos, vi a assinatura dela e ao lado o espaço para que eu assinasse. Gostei das cláusulas e resolvi testar uma delas, antes de assinar.

— Toque o meu rosto! — ordenei e Priscila hesitou um pouco, mas acabou fazendo.

   Quando senti o calor de sua mão, eu me lembrei da maldita mulher que tinha me abandonado recentemente, e assim, segurei fortemente o seu pulso a erguendo do sofá violentamente, ficando poucos centímetros mais alta que ela.

— Ai.

— Fique calada! — ordenei puxando-a com o intuito de levá-la para o quarto de hóspedes, onde seria o lugar em que transaria com ela ou a puniria.

— Mas...

— Se falar mais uma palavra... você será punida!

   Depois do meu alerta, houve um silêncio ensurdecedor, um silêncio cruel que me deu prazer, um prazer fora do normal.

   Assim que chegamos no quarto, rasguei o seu vestido completamente a deixando somente com as peças íntimas e acabei me deliciando ao ver uma tatuagem na lateral de sua costela, era uma fênix avermelhada, além de gostar do belo corpo em pé ali na minha frente. Ofeguei e sorri para ela, que sorriu envergonhada.

— Você só está aqui pelo dinheiro e pelo sexo, não é?! — perguntei e tirei a minha blusa moletom, a jogando em qualquer canto, e vi Priscila ficar boquiaberta comigo, mais ainda com o músculos dos meus braços, seios e o meu abdômen.

— S... sim.. — sua boca salivou — mas... eu não esperava que você fosse tão forte assim ou tão... gostosa.

   Safada interesseira.

   O meu sorriso se alargou e eu acabei indo pra cima dela, o que a fez cair sem jeito na cama e logo em seguida ter o meu corpo sobre o dela.

— Fica quietinha! — ordenei em um sussurro e ela deitou os braços no colchão um de cada lado, somente assentindo e arfando sob mim.

   Fui descendo a mão por sobre o seu abdômen liso umedecendo de vez em quando os dedos e enfim, mergulhei por baixo do tecido de sua calcinha vermelha. Ela já estava toda úmida e quente e só faltava o meu avanço para torná-la a minha submissa.

— Me deixe tocar em você? — ela pediu e o meu coração negou com um aperto.

— Não!

— Por que?

— Porque pedidos da parte da submissa não estão incluídos no contrato.

— Me deixe tocar em você como quando me ordenou... — suspirou — ordene que eu faça, por favor?

   E assim penetrei os meus dedos nela, fazendo ela gritar e segurar o lençol branco do colchão .

— Quer pedir mais alguma coisa? — perguntei, movimentando sempre com força, tendo seus gemidos de dor como música para os meus ouvidos.

— Ahhmm... não... não.

— Obedecer é melhor neste momento, senhorita Hawkins!

   Durante todo aquele mês, eu dominei Priscila Hawkins, a fiz fazer coisas para me dar prazer e por suas investidas travessas e desobediências, tive que puni-la. A puni cinco vezes e a recompensei com o dinheiro e quando o contrato perdeu a validade, a puni com chicotadas e palmadas, além de deixá-la algemada por horas. A primeira submissa se foi e dias depois, Elliot trouxe outra mulher, uma asiática.

   A asiática se chamava Anna devido ao seu nascimento nos Estados Unidos e de sua mãe ser americana. Anna era uma jovem mais calada, porém, cheia de intenções. No auge dos seus vinte cinco anos, ela só pensava em Yakisoba, séries, jogos e dinheiro, o sexo era somente um pontinho a mais em sua lista de prazeres.

— Me diga o nome do primeiro rei de Roma! — ordenei, assim que entrei no quarto da submissa, já encontrando ela vestida em uma lingerie sensual roxa, quase transparente, que mostrava os bicos de seus seios, era uma introvertida que sabia provocar.

— Acho que o nome do idiota que matou o irmão é Rômulo.

   Sorri.

— Exato... — cheguei na cama e fui subindo, já encontrando suas pernas abertas pra mim — e que tal você se deitar de bruços?!

— Tanto faz. — disse e se virou, fazendo a lingerie erguer um pouco deixando visível toda a extensão clara de seu bumbum.

— Vou te foder gostoso. — avisei em um sussurro e tirei o strap-on de dentro da minha moletom.

— Não me decepcione. — disse de um jeito sexy e eu fervi.

— Jamais.

   Penetrei Anna assim que me calei e o seu corpo cedeu para frente, como também sua cabeça, pois encostou no travesseiro. Escutei seu gemido delicioso, que me encheu de prazer.

   Movimentei o meu quadril sem deixar de ouvir a cada segundo um som diferente sair de sua boca e quando ela gozou, com seu corpo contraindo em espasmos e tremores, sai de dentro dela e a virei de frente para mim, já levando a minha língua até o seu clitóris, onde depositei lambidas e giros constantes, o que a fez gemer entre contrações e pela primeira vez, gemeu o meu nome, seguido de puxões leves em meus cabelos.

   Fiz ela chegar ao clímax novamente e quando me deliciei com tudo o que transbordou dela, eu me inclinei sobre ela e senti prazer com os seus olhos famintos. Dei um beijo em sua testa, pois depois daquele beijo, eu parti para algo mais cruel.

   Deixei ela no quarto sem dizer nada e quando voltei, os seus olhos que antes haviam desejo, se encheram de medo e aquele mesmo medo me encheu de desejo de castiga-la. Ali aconteceria a sua primeira punição, porque Anna seguia todas as regras ao pé da letra. Mas como cedeu, tive que exercer o meu papel estipulado no contrato.

— Por favor, Robyn... — pediu se sentando ligeiramente e puxando os lençóis para cobrir seu corpo, como se fosse um escudo — não me puna... por favor?!

— Se resistir... o número de chicotadas aumentaram.

— Robyn... o que fiz foi por causa do calor do momento... por favor... não faz isso. — implorou e eu a puxei dos lençóis.

— Seriam cinco, agora serão oito e se der mais um pio... — a curvei sobre a cama, deixando ela exposta pra mim e empinada — será o dobro.

   E não houve mais resistência da parte dela.

   Puni Anna com as oito chicotadas e quando terminei, um pouco ofegante, vi ela reprimindo as suas lágrimas para não chorar, ela não ousou olhar pra mim, somente se deitou de bruços, porque se ela se deitasse de costas o seu bumbum avermelhado iria doer. Cobri seu corpo com algum cobertor e sai dali completamente satisfeita, voltei ao cofre em meu quarto e guardei o chicote de tiras, assim me deitei em minha cama para dormir. Durante todo o processo da punição, eu não senti nenhum remorso por tê-la castigado, quanto mais eu castigava, mais eu tinha prazer, o meu coração frio se tornou de pedra.

   O contrato venceu e Anna se foi, mas ela me deu um beijo e me desejou o melhor. Ali eu estava sem mais nenhuma companhia e partiria para outra submissa.

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Comments

Rosimary Da Silva

Rosimary Da Silva

Queria que ela tivesse falado de seu último relacionamento com Eve

2023-12-28

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