CAPÍTULO 19

— Sr e Sra Drake, me chamo...

— Miller.

   O senhor mais baixo disse, assim que ambos entraram em meu carro, um Audi e-tron GT prata.

   Eu não sabia se deveria sorrir ou me manter com um olhar sério para o espelho retrovisor, já que o velho mantinha os seus olhos vidrados em mim. A senhora por outro lado, sorria alegremente, enquanto colocava o cinto de segurança.

   Eu não sabia se Courtney já havia contado sobre o nosso namoro para eles até que...

— O time de basquete favorito da minha namorada é o LKRS. — Courtney disse ligeiramente e acabei sentindo um alívio ao ver um sorriso surgir na face do velho.

   Era tão fácil assim ganhar a simpatia do senhor Robert? Aposto que aí tem coisa.

— Então nós nos daremos muito bem, Miller. — disse dando um tapinha em meu ombro e já reprimindo a mão — você é forte.

   Todos rimos e eu decidi me envolver na alegria do momento, com aqueles dois desconhecidos — mas com todo respeito, é claro — Courtney odiaria se lê-se os meus pensamentos e soubesse que não eram nada legais. Do tipo: Eu não acredito que ela conseguiu me convencer a passar por isso! Onde eu estava com a cabeça quando aceitei?

— Obrigado, senhor Drake. — agradeci.

— Robyn luta boxe quando bem entende e... treina quase todos os dias, por isso que ela é assim.

— Bonita? — a senhora Drake soou presunçosa e eu me senti envergonhada.

   Eu sabia que era bonita, mas não me gabaria por isso — mentira.

— Robyn é muito mais do que só bonita vovó... — Courtney disse e me olhou de um jeito sexy, um jeito que somente eu percebi, mas será que ela estaria pensando naquele exato momento, no que fizemos no banheiro antes de resolvermos buscar os seus avós? Nunca que eu iria esquecer o quanto ela gozou enquanto esteva de quatro pra mim — Robyn é incrível.

   E aquelas palavras me fizeram corar e lhe dar um largo sorriso, já recebendo um de amor de seus lindos lábios.

— Então... vocês são o casal perfeito. — a avó dela ressaltou e eu dei a partida no carro, fazendo todos ouvirem o barulho potente do motor.

   Vi a reação de Robert através do espelho retrovisor e tive que sorrir porque a boca dele estava formando um  ' o ' e suas sobrancelhas estavam erguidas pela surpresa.

— Vamos pessoal? — perguntei, olhando com um sorriso para Courtney, que se juntou a alegria de seu avô.

— Mete o pé! — brincou a senhora.

   E como ela disse, eu o fiz...

   Na arquibancada assistíamos ao jogo do LKRS. Os avós de Courtney estavam nas cadeiras em nossa frente e nós duas estávamos atrás. Os ingressos foram comprados fora da ordem e eu mesmo sem saber do fato antes, acabei adorando. Estávamos na última fileira e não tinha pessoas muito perto.

   Vimos um dos jogadores fazer um cesta de dois pontos e muitos dos que estavam sentados se levantaram para comemorar e eu não fiz diferente, afinal, era o meu time favorito. O senhor Robert sorriu pra mim ao virar a cabeça por cima do ombro ao se sentar e eu retribui, já me sentando também.

   Um momento depois, vi Courtney se movimentando de um jeito suspeito, olhei e vi ela tirando o casaco moletom de frio preta, a colocando sobre as suas pernas, já me olhando de volta e me pegando no flagra com um sorriso travesso.

— O que foi? — perguntou e acompanhou com os olhos um dos jogadores, mas eu a fiz olhar pra mim, assim que apertei sua coxa sobre o tecido do vestido, o que fez sua boca se abrir um pouco e seu pescoço mostrar claramente a quantidade de saliva que ela engoliu.

— Você está com frio nas pernas, bonequinha?

— Só um pouco... o tecido do vestido não ajuda muito.

   O vestido era curto e preto e se não fosse o casaco, uma parte de suas coxas ainda estariam a mostra. Nem sei exatamente o que deu nela para vestir tal vestimenta em uma noite tão fria. Deveria ter vestido jeans e moletom, como eu o fiz.

— O que você tinha na cabeça quando vestiu essa preciosidade? — o vestido era realmente muito bonito, claro, eu quem havia escolhido na boutique.

— Talvez o mesmo que você quando me viu me vestindo e não disse nada.

   Hum?

   O que ela estava tentando insinuar?

— Cestaaaa, porra! — gritou algum fanático quando o LKRS fez mais dois pontos.

   Rimos juntas e assim vi minha mão sendo pega e arrastada para o meio das pernas de Courtney, onde encontrei o lugar totalmente nú, por baixo do vestido e do casaco.

— Você não fez isso?! — disse assim que deu uma vistoriada ao nosso redor para confirmar que o que estava para acontecer não seria visto, apesar de ser muito tentador.

— Fiz pensando em você. — disse desviando o olhar do meu e dando atenção para o jogo.

— Eu não vou te masturbar aqui! — sussurrei em sua orelha e vi a ponta de sua língua umedecer seus lábios e suas coxas prenderem a minha mão agora cativa.

— Só vai ficar livre quando terminar.

— E se alguém ver?

— Ninguém vai ver... vamos correr esse risco juntas.

   E a tentação perigosa fez a minha perversão por aquela beldade tomar conta de mim, assim antes de masturbar-la, eu a penetrei com força, onde vi ela morder os lábios para reprimir o seu gemido, mas ainda assim, um vapor quente saiu de sua boca, quando ela arfou.

   Toquei o seu clitóris e comecei a massagear colocando a pressão necessária através do indicador e o médio, o que me deu uma bela vista dos lábios de Courtney sendo mordidos, cada vez mais forte.

   Meus dedos continuaram com a massagem giratória, até que o corpo de Courtney espalmou e eu tive minha mão presa entre suas coxas, assim senti a umidade homogênea molhar os meus dedos.

— Isso foi gostoso — confessou tomando o ar possível — mas agora... preciso ir ao banheiro.

— Vou com você, querida.

— Meus avós vão desconfiar se você for — disse ligeiramente e assim tirei minha mão do meio de suas coxas — fica aqui que em poucos minutos eu volto.

— Está bem, querida. — falei e fiquei com o casaco, cobrindo a mão que usei e vi ela se levantar e ir...

   O jogo de basquete continuou e então vi o avô de Courtney me olhar por sobre o ombro e sorrir novamente. Acabei ficando vermelha por não saber se ele viu o que nós duas aprontamos ao vivo rodeadas por torcedores do LKRS.

   Ele continuou me olhando e seus sobrancelhas se juntaram e o seu indicador se movimentou, como uma forma de me chamar. Fui abaixando e já próxima do seu rosto, ele disse:

— Não decepcione, não machuque, não brinque e não faça a minha neta sofrer... ela é só uma jovem inexperiente e apaixonada então de valor e amor para ela, senhorita Robyn Miller. Desde que ela te conheceu, eu vejo brilho nos olhos dela, um brilho que ela voltou a ter depois de ser abandonada pelos pais, que infelizmente era um dos meus filhos. Peço mais uma vez que não a machuque... Courtney ama você.

   Courtney ama você!

   Courtney me ama?

   Assim que o velho se calou, me corpo sofreu um choque de realidade e eu acabei indo atrás, sim, fui atrás de Courtney para saber se as palavras de Robert eram mesmo verdadeiras.

   Ela realmente me amava em tão pouco tempo?

   Eu sabia que ela estava apaixonada, mas paixão é muito diferente de amor.

   Pela minha experiência, eu levava muito tempo para ame uma pessoa, como foi no caso de Eve Wolf, mas ainda bem que não confessei o provável amor que talvez estivesse sentindo por ela quando estivemos juntas.

   Assim que entrei no banheiro a procura de Courtney, vi ela no canto da parede sendo beijada a força por ninguém menos que a tal de Lindsey, a mulher da faculdade. Courtney lutava enquanto tentava empurrar o corpo da maior, que segurava o seu rosto como também o seu corpo a obrigando a fazer o que ela queria.

   Uma fúria subiu sobre os meus punhos e quando vi, eu já estava com Lindsey sob mim sendo espancada com socos.

    De repente, eu parei quando vi que o seu rosto já estava ensanguentado e quando me levantei, fui levada por Courtney até o lavatório, onde tive minhas mãos lavadas enquanto via a mulher machucada no chão do banheiro e meio desacordada.

— Vamos sair daqui, amor.

   Courtney me puxou para fora assim que eu a ouvi me chame pela primeira vez de amor e a próxima coisa em que pensei em fazer foi beija-la, sem me importar com a umidade das minhas mãos. A empurrei contra uma parede vermelha e cai sobre os seus lábios, os mordendo e os beijando intensamente.

   Courtney abraçou-me pela cintura colando mais meu tronco ao dela e sua língua invadiu a minha boca, pedindo insistentemente por espaço, o qual dei.

   E quando paramos e nos olhamos, meu desejo era apenas ouvir aquelas simples palavras que eram capazes de aquecer qualquer um, se fossem ditas com todo amor e sinceridade.

— Diga Courtney, por favor... — pedi enquanto tocava seus lábios em selinhos ternos — Diga o que realmente sente por mim.

   Sem espaço de tempo nos envolvendo, ela confessou...

— Eu te amo, Robyn.

— E o que deseja de mim... me diga!

— Eu desejo que me ame... assim como eu amo você!

— Vou me esforçar para te amar... prometo.

— Confio em você, meu amor.

   Me coração se aqueceu e pela primeira vez, depois de muitos dias, pude sentir uma vaga lágrima escorrer em meu rosto, a qual foi limpa com a língua quente de Courtney, o que acabou deixando meu rosto mais úmido.

   Tirou um sorriso de meus lábios e os envolveu em um novo beijo, um beijo ardente e cheio de sentimento.

   Assim que nos afastamos, me lembrei da merda que tinha feito por impulso e quis voltar para ver se pelo menos quebrei o nariz daquela assediadora, no entanto, Courtney me parou e me envolveu em um abraço terno e longo.

— Obrigada pelo que fez por mim... — sussurrou contra o tecido da minha moletom — de repente Lindsey surgiu e eu não soube o que fazer... — fiquei com medo e pensei em um milhão de coisas.

   Acariciei seus cale prendendo seu corpo em meus braços e ficamos ali por um momento, somente ouvindo a respiração uma da outra.

— Não se lembre mais do que aconteceu... — disse nós afastando carinhosamente — agora volte para onde seus avós estão... tenho que terminar o que comecei.

   Courtney me olhou amedrontada e então seguiu sem me questionar. Seu medo era evidente porque não sabia o que eu iria fazer com a sua suposta amiga.

   Adentrei o banheiro pela segunda vez e encontrei Lindsey terminando de secar um dos lados do rosto, cheio de hematomas e cortes. Fui pra cima dela com o meu coração a pulsar de raiva, a peguei pelo pescoço e a empurrei contra a parede. A enforquei até que seu olhos se fecharam e ela perdeu as forças das pernas e cair.

   Nos encaramos, eu de cima com o meu olhar superior e ela de baixo com o seu olhar derrotado e amedrontado. Me abaixei para ficarmos quase da mesma altura e assim que seus olhos se prenderam aos meus, eu disse:

— Suma da vida da minha mulher! — me ergui vendo seu maxilar trincando de ódio por mim — e se eu te ver novamente, não importa o lugar, não importa a hora, não importa o momento, eu... — apontei o indicador para mim mesma — eu vou te queimar viva!

   A deixei caída e voltei para a companhia da mulher que me amava.

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Comments

Maria Do Carmo Andrade

Maria Do Carmo Andrade

estou amando essas duas são puro fogo

2023-08-06

2

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