Connor ficou a observar Mary. Cada movimento, cada carinho no pescoço do animal, cada vez que ela sussurrava para Baran… sim, ele estava enciumado.
Estava com ciúmes de um cavalo! Ela dava mais atenção e carinho ao seu garanhão que ao próprio marido.
— Se continuar a escova-lo dessa forma, irá deixá-lo em carne viva. — resmungou o homem cheio de ciúmes.
— Tentava apenas recompensa-lo pelo sacrifício que tem nessa jornada rumo ao desconhecido.
— DUNHILL será o seu lar. Quando chegarmos lá, você ficará segura. — Connor falou enquanto a observava se aproximando.
Mary foi calmamente até o tronco e sentou-se ao lado do marido, com os olhos no assado:
— Como é DUNHILL? — quis saber.
Connor ficou pensativo por um tempo, quando ela pensava que não teria a sua resposta, ele falou baixo com a sua voz potente que lhe causava arrepios, e não eram arrepios de medo:
— É o meu lar. — a sua voz era carregada de emoção. — Todos dependem e acreditam que eu os manterei seguros. Então trabalho para terem segurança,
mesmo os que moram nos arredores de DUNHILL, fora das nossas grandes muralhas.
— O meu tio falou que os Cameron são grandes guerreiros, respeitados em todas as terras altas.
— A espada é sempre usada com justiça. — falou ele enquanto virava o assado. — DUNHILL é próspera, eu e os meus irmãos conseguimos manter o clã sempre em segurança.
— DUNHILL deve se linda! Vocês têm jardins?
Connor pensou que se a sua esposa esperava achar um jardim como os da corte, ela teria uma bela surpresa. Exceto se as touceiras de capim pudessem ser consideradas flores...
— DUNHILL é uma fortaleza, somos guerreiros, não agricultores. Pela nossa espada. — falou ele com orgulho, enquanto virava mais uma vez a lebre.
Mary procurou entender o que o seu marido queria dizer, mas não gostou da forma que ele falou. Esperava que o seu novo lar fosse ao menos habitável. Ela não era dada aos serviços destinados à mulher, mas gostava de certas regras básicas de arrumação.
Connor, pensativo, mexeu mais um pouco no assado. Será que a sua esposa teria apreço por seu lar, seu povo?
Não gostaria que a senhora de DUNHILL fosse uma "dama esnobe". O seu clã estava em ascensão, mas Connor sempre pensou na segurança e no bem-estar do seu povo. Ele sentia no fundo da sua alma que Mary era o seu destino, mas preferia viver o restante da sua vida com o coração solitário do que ver o seu povo ser maltratado por uma esposa mimada.
Queria que o seu casamento desse certo, mas o seu povo vinha em primeiro lugar. Mesmo estando tão encantado com Mary e sedento por ela, precisava ser racional.
Não era porque os seus tios e até o seu pai, sofreram com o amor de alma gêmea, que ele não poderia ser imune. Afinal ele era Connor, o bárbaro.
Todas as mulheres de DUNHILL e das redondezas o temiam, para se deitarem com ele, precisavam ser convencidas por um bom punhado de moedas. Agora ele tinha uma esposa que não o queria e ele precisava de conquistá-la com urgência, antes que ele acabasse por enlouquecer de paixão.
Levantou-se e foi até uma árvore para se aliviar e até nesse momento, os seus pensamentos eram para Mary, não suportava mais ficar sem tocá-la.
Voltou para perto da fogueira e
avivou o fogo. Achou melhor fazer mais algumas fogueiras para diminuir a escuridão que tomava conta de tudo a sua volta e também para se ocupar de algo que não fosse ter pensamentos libidinosos com a sua própria esposa.
Ao retornar para perto de Mary, trouxe a outra manta consigo e colocou os ombros da esposa para aquece-la, seria uma noite fria.
Foi ver o assado que já estava pronto, comeram juntos aquela iguaria.
— É uma pena não termos mais vinho. — reclamou Mary enquanto chupava os dedos lambuzados, sem perceber o que provocava nele.
Connor parou até de mastigar, olhando aqueles movimentos. Para ele era simplesmente a coisa mais provocante que já viu na sua vida, imaginou aquela boca no seu corpo, sugando...
Sim, a sua noite seria um grande tormento. Eles teriam que dividir a única manta e não tinha certeza se seria capaz de se comportar como um cavaleiro. Levantou-se do tronco abruptamente:
— Vou enterrar os ossos. Assim evitamos o perigo de ter algum predador nos rondando.
Dizendo isso, saiu com os restos do assado em direção às árvores e começou a cavar uma pequena cova. A cada punhado de terra que jogava para o lado, era uma imprecação diferente que saía da sua boca.
Jogou os restos da lebre no buraco e com a bota jogou a terra por cima. Estava perdendo o juízo certamente. Ficar com pensamentos de luxúria apenas por olhar a sua esposa se alimentando, era no mínimo vergonhoso para um homem adulto como ele.
Ao retornar para o pequeno acampamento, encontrou a sua esposa já deitada na cama improvisada, enrolada na manta.
Foi até os cavalos e os deixou presos, de forma que fizessem a segurança durante a noite. Lavou as mãos com a água de um dos odres até Mary e deitou-se após retirar as suas botas e deixar a espada ao alcance das mãos.
— A noite será fria, minha doce esposa. Vou precisar do seu calor para não congelar. — falou ele, já em baixo da manta, sentindo-a enrigecer com a proximidade.
Perderia a oportunidade de mais uma noite de carícias, talvez com o passar das noites ela aceitasse-o como homem. Sem pedir licença, enlaçou-a pela cintura, trazendo-a para perto do seu corpo.
— Assim os nossos corpos se aquecem mutuamente. — falou ele propositalmente com voz baixa e sussurrante bem próximo ao ouvido dela.
Quando sentiu o corpo delicado ao encontro do seu, foi como se o seu corpo queimasse. Ele ardia de desejo, mas tinha apenas que lhe mostrar as delícias do casamento, até que ela o aceitasse por inteiro. Ela precisava perder o medo dele e da consumação daquele casamento que já era um martírio para ele.
Seria uma noite de agonia para ele, mas no dia seguinte estariam na Taverna e ele poderia servir-se de uma mulher limpa por algumas moedas.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Luisa Nascimento
Connor coloca ela para toca-lo. faz ela pegar no seu membro e sentir, possa ser que de vontade dela prende-lo na gaiola. não vai atrás de outra por favor.😨😨😨
2024-12-18
1
arineideferreira
como a falta de diálogo é prejudicial
2025-02-15
0
Claudia da Silva Santos
Nossa vai ser triste ele ter que se aliviar com outra mulher, ao invés da esposa, ela tem que perder esse medo logo
2024-01-18
11