CAPÍTULO 3 - Encontro forjado

Connor ficou paralisado quando recebeu aquela ordem de uma dama tão pequena, quando ela repetiu a ordem e explicou o seu motivo, acabou por sorrir. Ela diferia de outras damas e estava interessada em estar com ele.

— Não queria invadir a sua privacidade Sir.

— Connor, Connor Cameron de DUNHILL.

— Mary Lowell, sobrinha de Mac Rolth. — fez uma pequena mesura. — Serei apresentada a corte essa noite. — Ela viu-o arquear as sobrancelhas e percebeu que ele a julgava jovem demais. — Completei dezenove anos recentemente. O meu tio manteve-me em casa, a espera que o meu corpo se desenvolvesse, mas agora ele decidiu que só saio da corte com um marido, seja qual for.

Connor percebeu que mesmo ela ficando com a postura dolorosamente ereta, ela mal alcançava a altura dos seus ombros. Exceto pelos grandes olhos negros que o fitavam intensamente, tudo nela era pequeno, nem parecia ter sei@s. Ele não gostou de pensar que ela poderia ser vítima de qualquer depravado. Aliás, onde estariam as acompanhantes dessa pequena dama?

— Não tenho terras, apenas um pequeno dote. Devo aceitar o meu destino e desposar aquele que me aceitar.

Connor notou um tremor na voz da pequena dama. Era visível que ela se fazia de forte, tinha medo do seu destino ela parecia uma doce menina. O seu corpo reagia à sua presença, lutou contra a sensação de posse que tomava conta dele. Aquilo o perturbou profundamente, precisava manter o seu controle e distância dessa pequena dama.

— Não é certo imporem-lhe um casamento, seria errado homem desposá-la. — falou ele pensativo.

— Por que diz isso? Tenho idade e sou mulher, posso casar-me como qualquer outra. — Mary num tom agressivo, esquecendo-se de que era contra o casamento.

— Não, não pode. Não tem o corpo pronto, menina tola. — olhou para ela disfarçando a admiração — SEM sei@s ou quadril suficiente.

— Não tenho quadril? Sobre o quê estou sentada? Vamos, diga-me? — quase gritou, exasperada.

- Sobre um arremedo de quadril.

Aquelas palavras, vindas daquela boca, a ofenderam e a magoaram muito. Na sua ira, quase levantou as suas saias para mostrar os seus quadris. Juntou todo a sua dignidade para não fazer isso. Levantou-se do banco para poder olha-lo nos olhos e bem a sua frente, com as mãos na cintura, falou empertigada:

— Sir Connor, não sei como pude acreditar que o senhor seria um ótimo candidato a pretendente. Não sabe como tratar uma dama!

Mary não entendia como pode acreditar numa fantasia ridícula de quê ao vê-la, aquele troglodita cairia em encantos por ela e a desposaria. Ao invés de um galanteador, ele mais parecia um "bobo da corte".

— Não sei de onde tirou essa idéia de que vim até a corte para arrumar uma esposa. Vim apenas para me reunir com o soberano. — Connor falou, dividido entre o riso pela situação e a vergonha por ofender a dama.

— Sim! É o que irei fazer. Vou casar-me, terei muitos filhos, não importa qual seja o meu pretendente, afinal são todos iguais.

A declaração arrogante da moça quase o fez gargalhar. Ela parecia segura, o quê o fez ter a certeza de que ela pouco ou nada sabia o que acontecia entre um homem e uma mulher. Infelizmente, algumas moças eram protegidas demais pelos pais e isso as tornavam ignorantes a respeito dos fatos da vida e quando eram arrancadas da proteção da família, aí descobririam o que era o verdadeiro casamento.

— Passar bem, Sir Cameron!

Com essa declaração, saiu andando tão rápido quanto as suas pequenas pernas lhe permitiam. Com o queixo levantado, numa clara demonstração de zanga. O seu tio sempre tentava controlar o seu jeito independente de ser, não tinha as habilidades de uma verdadeira dama inglesa, dizia que ela foi contaminada pela exuberância escocesa.

Ele afirmava que damas de verdade não ficavam de quatro no chão para participar de jogos de dados, muito menos cavalgavam a pêlo como um guerreiro.

Sabia que poucos homens poderiam ser igualar a imagem que tinha de Sir Connor. Seria difícil não fazer comparações entre ele e o seu futuro marido, como não recebeu nenhuma enxurrada de propostas ou atenções dos candidatos a desposa-la, era fato que não teria sorte de ter um belo e jovem homem ao seu lado. Esperava que ao menos o seu pretendente fosse educado e carinhoso.

A noite, quando descia as escadas para o salão principal, vestia o seu melhor vestido, a sua tia havia escovado os seus cabelos até que brilhassem, depois fez um arranjo elaborado, deixando apenas alguns fios soltos para adornarem o rosto. Gostaria de ter sido a sensação da noite ao descer aqueles degraus, os olhares que caíram sobre ela, logo foram desviados para as moças mais ricas em dotes corporais e com belos dotes e terras.

Connor estava sentado ao lado do rei, numa audiência aberta, no salão principal. Queria voltar o mais breve possível para DUNHILL, mas precisava saber porque foi convocado pelo soberano.

— Sir Connor, está solteiro há muito tempo, não é mesmo?

— Deixo o casamento para meus irmãos, meu soberano. — Connor falou, suspeitando dos planos do rei.

— Você, sendo chefe do clã Cameron e Lord de DUNHILL, precisa de uma esposa. Ter muitos filhos para fortalecer a coroa. — O tom que o rei usou já demonstrava que não aceitaria a sua recusa.

— Meu soberano, não creio que seja um bom marido. As damas não costumam ter interesse em mim. Jovens donzelas tem preferência por homens mais delicados.

O rei observou o salão por um tempo, depois o mediu com os olhos e sentenciou:

— Você só será liberado da corte quando for um homem casado. Não aceito desculpas ou reclamações. — O rei observou mais um pouco o salão — Como diz não ter interesse, eu mesmo indicarão uma boa esposa. DUNHILL precisa de uma mulher forte e destemida para comandar aquela fortaleza ao seu lado, tenho uma em mente.

O rei fez sinal para um dos seus pajens se aproximar, falou algo no seu ouvido. Logo notou uma dama se aproximado, conduzida pelo serviçal. Era a pequena dama do jardim, o seu coração acelerou, o ar faltou e Connor ficou incomodado com a sua presença.

O que era aquilo? Seria possível que estava sobre o encanto da Alma Gêmea? O mal que atingia a todos os Cameron? Connor foi enfeitiçado pela pequena dama como o seu pai e os seus tios?

Estava ele ali sentado, encarando uma delicada Mary, mas linda como uma verdadeira princesa. O rei devia estar louco! Entregá-la a ele? Bruto e sem a delicadeza dos homens daquele salão. O soberano apenas falou com ela algumas poucas palavras e a liberou.

— Percebi que não é imune a pequena menina. Desde que ela chegou a nossa presença, ficou mudo e não tirou os olhos dela. — O rei falou com um olhar inquiridor para ele e em seguida sorriu. — Não se preocupe, mesmo sem um grande dote ou terras, você terá um tesouro nas mãos.

— Meu soberano, não desejo desposá-la ou qualquer outra dama.

— Não creio que esteja em posição de reclamar ou negar-me algo. Eu creio que a menina ficará melhor com você do que com qualquer outro nesse salão.

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Comments

Regiane Pimenta

Regiane Pimenta

Nisso de montar cavalo sem cela vou concordar pq assa a ppk toda e se for na garupa do cavalo até feri a ppk e bumbum

2024-11-26

0

Regiane Pimenta

Regiane Pimenta

Uma coisa que eu faria na hora da raiva para provar que tinha seios simm rsrs

2024-11-26

0

Luisa Nascimento

Luisa Nascimento

Tomara que fiquem juntos!❤ ❤

2024-12-17

0

Ver todos
Capítulos
1 CAPÍTULO 1 - Connor Cameron
2 CAPÍTULO 2 - Mary Lowell
3 CAPÍTULO 3 - Encontro forjado
4 CAPÍTULO 4 - Preparação
5 CAPÍTULO 5- Surpresa
6 CAPÍTULO 6 - Impossível
7 CAPÍTULO 7- A corte...
8 CAPÍTULO 8 - Lugar de depravação
9 CAPÍTULO 9 - Desconhecidos
10 CAPÍTULO 10- Tormento
11 CAPÍTULO 11 - Mudanças
12 CAPÍTULO 12 - Carícias
13 CAPÍTULO 13 - Controle
14 CAPÍTULO 14- Desassossego
15 CAPÍTULO 15 - Manhã quente
16 CAPÍTULO 16 - Despertar
17 CAPÍTULO 17- Seguindo um plano
18 CAPÍTULO 18- Vigiada
19 CAPÍTULO 19- Ciúmes
20 CAPÍTULO 20 - Noite de agonia
21 CAPÍTULO 21- Noite quente
22 CAPÍTULO 22- Paz ?
23 CAPÍTULO 23- Rapto.
24 CAPÍTULO 24- Vingança...
25 CAPÍTULO 25- Tentativa...
26 CAPÍTULO 26- Resgate
27 CAPÍTULO 27- O VILAREJO
28 CAPÍTULO 28 - NA ESTALAGEM...
29 CAPÍTULO 29- PRAZER
30 CAPÍTULO 30- Instinto.
31 CAPÍTULO 31- De volta a estrada
32 CAPÍTULO 32-
33 CAPÍTULO 33- Noite fria
34 CAPÍTULO 34- Perto demais
35 CAPÍTULO 35- Pegos.
36 CAPÍTULO 36- Salvos!
37 CAPÍTULO 37- Tudo bem
38 CAPÍTULO 38- Ignorada
39 CAPÍTULO 39- Carícias
40 CAPÍTULO 40- Desentendimentos
41 CAPÍTULO 41- DUNHILL
42 CAPÍTULO 42- Traição
43 CAPÍTULO 43- Verdades
44 CAPÍTULO 44- Senhora de DUNHILL
45 CAPÍTULO 45- Seus domínios
46 CAPÍTULO 46- Mudanças
47 CAPÍTULO 47- Confronto
48 CAPÍTULO 48- Arrumando a casa
49 CAPÍTULO 49- Atitude
50 CAPÍTULO 50- Desobediência
51 CAPÍTULO 51- Violência...
52 CAPÍTULO 52- Culpa...
53 CAPÍTULO 53 -Revelação
54 CAPÍTULO 54- Desejos
55 CAPÍTULO 55- Onda de paixão
56 CAPÍTULO 56- Doces sentimentos
57 CAPÍTULO 57- Sem medo
58 CAPÍTULO 58- Insatisfação
59 CAPÍTULO 59– Promessas
60 CAPÍTULO 60- Alma gêmea
Capítulos

Atualizado até capítulo 60

1
CAPÍTULO 1 - Connor Cameron
2
CAPÍTULO 2 - Mary Lowell
3
CAPÍTULO 3 - Encontro forjado
4
CAPÍTULO 4 - Preparação
5
CAPÍTULO 5- Surpresa
6
CAPÍTULO 6 - Impossível
7
CAPÍTULO 7- A corte...
8
CAPÍTULO 8 - Lugar de depravação
9
CAPÍTULO 9 - Desconhecidos
10
CAPÍTULO 10- Tormento
11
CAPÍTULO 11 - Mudanças
12
CAPÍTULO 12 - Carícias
13
CAPÍTULO 13 - Controle
14
CAPÍTULO 14- Desassossego
15
CAPÍTULO 15 - Manhã quente
16
CAPÍTULO 16 - Despertar
17
CAPÍTULO 17- Seguindo um plano
18
CAPÍTULO 18- Vigiada
19
CAPÍTULO 19- Ciúmes
20
CAPÍTULO 20 - Noite de agonia
21
CAPÍTULO 21- Noite quente
22
CAPÍTULO 22- Paz ?
23
CAPÍTULO 23- Rapto.
24
CAPÍTULO 24- Vingança...
25
CAPÍTULO 25- Tentativa...
26
CAPÍTULO 26- Resgate
27
CAPÍTULO 27- O VILAREJO
28
CAPÍTULO 28 - NA ESTALAGEM...
29
CAPÍTULO 29- PRAZER
30
CAPÍTULO 30- Instinto.
31
CAPÍTULO 31- De volta a estrada
32
CAPÍTULO 32-
33
CAPÍTULO 33- Noite fria
34
CAPÍTULO 34- Perto demais
35
CAPÍTULO 35- Pegos.
36
CAPÍTULO 36- Salvos!
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CAPÍTULO 40- Desentendimentos
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CAPÍTULO 41- DUNHILL
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CAPÍTULO 42- Traição
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CAPÍTULO 44- Senhora de DUNHILL
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CAPÍTULO 45- Seus domínios
46
CAPÍTULO 46- Mudanças
47
CAPÍTULO 47- Confronto
48
CAPÍTULO 48- Arrumando a casa
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CAPÍTULO 49- Atitude
50
CAPÍTULO 50- Desobediência
51
CAPÍTULO 51- Violência...
52
CAPÍTULO 52- Culpa...
53
CAPÍTULO 53 -Revelação
54
CAPÍTULO 54- Desejos
55
CAPÍTULO 55- Onda de paixão
56
CAPÍTULO 56- Doces sentimentos
57
CAPÍTULO 57- Sem medo
58
CAPÍTULO 58- Insatisfação
59
CAPÍTULO 59– Promessas
60
CAPÍTULO 60- Alma gêmea

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