Connor ficou paralisado quando recebeu aquela ordem de uma dama tão pequena, quando ela repetiu a ordem e explicou o seu motivo, acabou por sorrir. Ela diferia de outras damas e estava interessada em estar com ele.
— Não queria invadir a sua privacidade Sir.
— Connor, Connor Cameron de DUNHILL.
— Mary Lowell, sobrinha de Mac Rolth. — fez uma pequena mesura. — Serei apresentada a corte essa noite. — Ela viu-o arquear as sobrancelhas e percebeu que ele a julgava jovem demais. — Completei dezenove anos recentemente. O meu tio manteve-me em casa, a espera que o meu corpo se desenvolvesse, mas agora ele decidiu que só saio da corte com um marido, seja qual for.
Connor percebeu que mesmo ela ficando com a postura dolorosamente ereta, ela mal alcançava a altura dos seus ombros. Exceto pelos grandes olhos negros que o fitavam intensamente, tudo nela era pequeno, nem parecia ter sei@s. Ele não gostou de pensar que ela poderia ser vítima de qualquer depravado. Aliás, onde estariam as acompanhantes dessa pequena dama?
— Não tenho terras, apenas um pequeno dote. Devo aceitar o meu destino e desposar aquele que me aceitar.
Connor notou um tremor na voz da pequena dama. Era visível que ela se fazia de forte, tinha medo do seu destino ela parecia uma doce menina. O seu corpo reagia à sua presença, lutou contra a sensação de posse que tomava conta dele. Aquilo o perturbou profundamente, precisava manter o seu controle e distância dessa pequena dama.
— Não é certo imporem-lhe um casamento, seria errado homem desposá-la. — falou ele pensativo.
— Por que diz isso? Tenho idade e sou mulher, posso casar-me como qualquer outra. — Mary num tom agressivo, esquecendo-se de que era contra o casamento.
— Não, não pode. Não tem o corpo pronto, menina tola. — olhou para ela disfarçando a admiração — SEM sei@s ou quadril suficiente.
— Não tenho quadril? Sobre o quê estou sentada? Vamos, diga-me? — quase gritou, exasperada.
- Sobre um arremedo de quadril.
Aquelas palavras, vindas daquela boca, a ofenderam e a magoaram muito. Na sua ira, quase levantou as suas saias para mostrar os seus quadris. Juntou todo a sua dignidade para não fazer isso. Levantou-se do banco para poder olha-lo nos olhos e bem a sua frente, com as mãos na cintura, falou empertigada:
— Sir Connor, não sei como pude acreditar que o senhor seria um ótimo candidato a pretendente. Não sabe como tratar uma dama!
Mary não entendia como pode acreditar numa fantasia ridícula de quê ao vê-la, aquele troglodita cairia em encantos por ela e a desposaria. Ao invés de um galanteador, ele mais parecia um "bobo da corte".
— Não sei de onde tirou essa idéia de que vim até a corte para arrumar uma esposa. Vim apenas para me reunir com o soberano. — Connor falou, dividido entre o riso pela situação e a vergonha por ofender a dama.
— Sim! É o que irei fazer. Vou casar-me, terei muitos filhos, não importa qual seja o meu pretendente, afinal são todos iguais.
A declaração arrogante da moça quase o fez gargalhar. Ela parecia segura, o quê o fez ter a certeza de que ela pouco ou nada sabia o que acontecia entre um homem e uma mulher. Infelizmente, algumas moças eram protegidas demais pelos pais e isso as tornavam ignorantes a respeito dos fatos da vida e quando eram arrancadas da proteção da família, aí descobririam o que era o verdadeiro casamento.
— Passar bem, Sir Cameron!
Com essa declaração, saiu andando tão rápido quanto as suas pequenas pernas lhe permitiam. Com o queixo levantado, numa clara demonstração de zanga. O seu tio sempre tentava controlar o seu jeito independente de ser, não tinha as habilidades de uma verdadeira dama inglesa, dizia que ela foi contaminada pela exuberância escocesa.
Ele afirmava que damas de verdade não ficavam de quatro no chão para participar de jogos de dados, muito menos cavalgavam a pêlo como um guerreiro.
Sabia que poucos homens poderiam ser igualar a imagem que tinha de Sir Connor. Seria difícil não fazer comparações entre ele e o seu futuro marido, como não recebeu nenhuma enxurrada de propostas ou atenções dos candidatos a desposa-la, era fato que não teria sorte de ter um belo e jovem homem ao seu lado. Esperava que ao menos o seu pretendente fosse educado e carinhoso.
A noite, quando descia as escadas para o salão principal, vestia o seu melhor vestido, a sua tia havia escovado os seus cabelos até que brilhassem, depois fez um arranjo elaborado, deixando apenas alguns fios soltos para adornarem o rosto. Gostaria de ter sido a sensação da noite ao descer aqueles degraus, os olhares que caíram sobre ela, logo foram desviados para as moças mais ricas em dotes corporais e com belos dotes e terras.
Connor estava sentado ao lado do rei, numa audiência aberta, no salão principal. Queria voltar o mais breve possível para DUNHILL, mas precisava saber porque foi convocado pelo soberano.
— Sir Connor, está solteiro há muito tempo, não é mesmo?
— Deixo o casamento para meus irmãos, meu soberano. — Connor falou, suspeitando dos planos do rei.
— Você, sendo chefe do clã Cameron e Lord de DUNHILL, precisa de uma esposa. Ter muitos filhos para fortalecer a coroa. — O tom que o rei usou já demonstrava que não aceitaria a sua recusa.
— Meu soberano, não creio que seja um bom marido. As damas não costumam ter interesse em mim. Jovens donzelas tem preferência por homens mais delicados.
O rei observou o salão por um tempo, depois o mediu com os olhos e sentenciou:
— Você só será liberado da corte quando for um homem casado. Não aceito desculpas ou reclamações. — O rei observou mais um pouco o salão — Como diz não ter interesse, eu mesmo indicarão uma boa esposa. DUNHILL precisa de uma mulher forte e destemida para comandar aquela fortaleza ao seu lado, tenho uma em mente.
O rei fez sinal para um dos seus pajens se aproximar, falou algo no seu ouvido. Logo notou uma dama se aproximado, conduzida pelo serviçal. Era a pequena dama do jardim, o seu coração acelerou, o ar faltou e Connor ficou incomodado com a sua presença.
O que era aquilo? Seria possível que estava sobre o encanto da Alma Gêmea? O mal que atingia a todos os Cameron? Connor foi enfeitiçado pela pequena dama como o seu pai e os seus tios?
Estava ele ali sentado, encarando uma delicada Mary, mas linda como uma verdadeira princesa. O rei devia estar louco! Entregá-la a ele? Bruto e sem a delicadeza dos homens daquele salão. O soberano apenas falou com ela algumas poucas palavras e a liberou.
— Percebi que não é imune a pequena menina. Desde que ela chegou a nossa presença, ficou mudo e não tirou os olhos dela. — O rei falou com um olhar inquiridor para ele e em seguida sorriu. — Não se preocupe, mesmo sem um grande dote ou terras, você terá um tesouro nas mãos.
— Meu soberano, não desejo desposá-la ou qualquer outra dama.
— Não creio que esteja em posição de reclamar ou negar-me algo. Eu creio que a menina ficará melhor com você do que com qualquer outro nesse salão.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Regiane Pimenta
Nisso de montar cavalo sem cela vou concordar pq assa a ppk toda e se for na garupa do cavalo até feri a ppk e bumbum
2024-11-26
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Regiane Pimenta
Uma coisa que eu faria na hora da raiva para provar que tinha seios simm rsrs
2024-11-26
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Luisa Nascimento
Tomara que fiquem juntos!❤ ❤
2024-12-17
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