Mary acordou toda dolorida. Definitivamente dormir no chão não era uma boa experiência e aquela roupa não era nada confortável ou prática. Onde tia Amy estava com a cabeça para orientá-la a usar esse vestido na viagem?
Levantou-se e olhou ao redor, Connor estava cuidando dos Cavalos, ela precisava se aliviar, então correu até a primeira moita que encontrou. Ao voltar para o acampamento, pegou um dos odres de água e fez uma breve higiene pessoal. Quando o marido retornou, ela prendia os longos cabelos negros no alto da cabeça, ele olhava-a fixamente.
— Estou tão horrível assim?- perguntou irritada.
— Minha Lady Mary, não tem nada de horrível na imagem a minha frente. — falou com a sua voz potente um pouco rouca — Venha, vamos comer algo para seguirmos viagem.
Pegou um belo pedaço de broa de milho e uma caneca de vinho. Comeram em silêncio, os seus pensamentos estavam apenas em trocar de roupa. Precisa substituir aquele vestido por algo mais adequado para continuar a viagem.
Connor pena sofrer notou que a sua esposa inquieta, mas fingiu não perceber nada. Ela foi até
os seus poucos pertences e começou a procurar algo, de repente virou para ele com um ar de satisfação:
— Preciso trocar-me. Vire-se. — falou num tom que não admitia questionamentos.
— Não se afaste, é perigoso. — Connor falou com um arquear de sobrancelhas e de braços cruzados.
— Ande! Quero privacidade.
Connor apenas obedeceu. Seria bem melhor um vestido com menos rendas e laços, a viagem iria render mais.
Os seus pensamentos foram para as lembranças daquele corpo nu nos seus braços. Agora só em pensar que ela estava nua, bem ali próximo dele, ficou duro nas calças. Teve de usar de um controle extremo para não se virar e admira-la enquanto se trocava.
— Eu estou pronta. — ele ouviu-a falar alguns minutos depois.
Ao ouvir isso, Connor virou-se, para sua surpresa, ela estava usando calças masculinas e uma longa túnica por cima, presa na cintura por uma faixa de cor viva. Os sapatos de feltro bordados, deram lugar a uma bota masculina.
— Agora não tomarei o seu tempo durante a viagem. — falou ela enquanto guardava o punhal no cano da sua bota.
Connor ficou a olhar para ela enfeitiçado. Se tinha uma coisa que ele havia notado, era que, sem dúvidas ela ficava bem mais sensual naquela roupa, que no vestido cheio de rendas.
A sua doce esposa era cheia de truques e muitas surpresas e ele gostava disso, mas não a deixaria saber...
Revirou os olhos ajuntou o resto dos alimentos na sacola, que pendurou na cela. Estava sendo uma luta controlar o desejo que sentia por sua esposa. Não queria trair a confiança dela, deveria ser cauteloso para não assusta-la novamente.
Precisava começar a cortejar-la, se alimentava a esperança de que ela sentia ao menos excitaçãö por ele, deveria conquista-la gradualmente.
Observou quando ela, com agilidade, montou Baran sem a ajuda dele.
— Vamos! Guie-me, a hora estou vestida adequadamente para a nossa jornada.
— Onde foi parar a minha doce e frágil esposa? — zombou ele.
— Fique calado. Aquele vestido ridículo serve apenas para a corte do rei. Ele irritava a mim e a Baran.
Connor gargalhou feliz com a volta da sua "alma gêmea". Instigou o seu garanhão para que as montarias andassem lado a lado. Seria longa viagem, ao menos não cairia no tédio com as mudanças de humor da sua doce Mary.
Mary sentia-se bem mais confortável com a sua roupa do dia a dia, até Baran parecia mais contente. Ela ainda tentou ficar um pouco quieta durante o percurso, não gostaria de assustar o seu marido carrancudo com a sua personalidade forte e dominante. Nisso tia Amy tinha razão, nenhum homem gostava de mulheres como ela.
Enquanto tentava controlar o ímpeto de enchê-lo de perguntas, foi olhando pelo caminho o formato das árvores, as poucas flores de ursis que apareciam aqui e ali, tudo muito bonito.
Quando cavalgava com o seu primo, gostava de correr como o vento, a sensação de liberdade era inexplicável. Baran compreendia os seus comandos com rapidez e isso passava-lhe muita segurança.
O sol já ia alto e passava da hora do almoço, quando os pingos grossos de chuva começaram a cair. Connor a chamou para se protegerem daquele aguaceiro antes que ficassem encharcados.
Voltaram alguns metros do cominho percorrido, onde ele havia avistado um bom abrigo no tronco oco de uma árvore.
Desmontaram rapidamente e os dois entraram no interior do tronco. Não era muito espaçoso, mas cabiam os dois sentados. Ali dentro estava desconfortável, mas era a única proteção que eles tinham daquela chuva toda.
— É apertado aqui. — reclamou Mary ensejando o seu papel de donzela fraca.
— Venha, sente-se a minha frente, assim ocupamos com sabedoria o espaço.
Eu dou para o marido com desconfiança, mas vou olhar sério a convenceu de que seria melhor dessa forma. Sentou-se entre as pernas dele e manteve-se ereta, quase que sem respirar. Ele entregou-lhe queijo e broa para enganarem a fome. Ela comeu em silêncio, mas o tempo foi passando e o cansaço da noite mal dormida a venceu...
Connor percebeu o silêncio da esposa, ela devia estar com medo da proximidade dele, mas agora ela adormeceu e deixou as suas costas encostarem no seu peito, a cabeça no seu ombro e agora, o cheiro de flores dos cabelos negros dela tomavam uma conta do seu nariz.
Era prazeroso tê-la assim nos braços, deslizou os seus dedos pelo pescoço exposto, sentindo a maciez daquela pele. Fechou os olhos na tentativa de controlar a excitaçãö, mas não resolvia em nada. Parecia um rapazinho sem controle e senti-la encostada nele era bom.
Tentava resistir à tentação de beijar a sua orelha, o seu pescoço, a sua boca carnuda...
O quanto um homem poderia suportar a tentação de um corpo quente encostado nele dessa forma? Estava perdendo o seu juízo e a sua vontade era de possuí-la ali mesmo como um porco violentador de mulheres.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Regiane Pimenta
Gente ela virou uma guerreira
2024-11-27
1
Luisa Nascimento
Bota esse pensamento para. bem longe!😁😁
2024-12-18
0
Isabel Esteves Lima
Connor está tão ansioso para ter sua noite de núpcias .
2024-10-22
2