ALMAS GÊMEAS
Terras Altas, Escócia por volta de 1450.
Connor Cameron, Lord de DUNHILL, estava a caminho da corte por ordem do Rei.
Deixou o seu irmão Aron tomando conta da Fortaleza enquanto estava ausente. Não gostava de se misturar com aqueles almofadinhas, mas o soberano ordenou, não era possível recusar.
Sempre foi Aaron quem tratou dos assuntos com o rei, agora ele foi chamado e não estava gostando nada disso.
Viajava sozinho, não queria ninguém atrapalhando a sua jornada e, ao mesmo tempo, vendo que ele era obrigado a obedecer ordens, coisa que apenas o rei conseguia era colocá-lo numa posição de submissão.
Connor era um gigante guerreiro, assim como os seus irmãos ERIC e ARON, mas ele era literalmente uma muralha gigante.
Cuidava da segurança de todos na fortaleza. DUNHILL era a sua responsabilidade desde a morte do seu pai.Todos nas redondezas temiam a força da sua espada e a ira de Lord Cameron.
Esse pensamento o fazia sorrir, o impiedoso, o animal, o carniceiro Lord Cameron. Esses eram os nomes que antecipavam o seu, a sua fama o ajudava nas muitas batalhas e era só brandir a sua espada e dar o bramido de guerra que inimigos fugiam assombrados.
Mas tudo isso afastava as damas da sua cama. Para se satisfazer, tinha que se valer dos favores das meretrizes e elas cobravam muitas moedas.
A sua vida era solitária, mas já estava acostumado. O seu dever era proteger o seu povo e por um pouco de juízo na cabeça dos seus irmãos que a cada dia estavam com uma mulher diferente e por onde iam, donzelas, damas e até meretrizes jogavam-se aos seus pés.
Esse pensamento o fez sentir um pouco de inveja, não tinha tanta sorte com as mulheres. Agora isso não o incomodava mais, não perdia o seu tempo com as conquistas, quando se tornava impossível ficar sem se enfiar entre as pernas de uma mulher, ia até alguma taverna distante pela atenção de alguma meretriz.
Apesar de que, no seu íntimo, gostaria de ter alguém com quem conversar à noite, um corpo para se deliciar e talvez a sua "alma gêmea" que o seu pai e o seu tio tanto propagavam.
Diziam ser como uma doença, quando atacava não tinha cura e nem como fugir. O seu pai contava que todos os Cameron sofriam com essa doença. Quando encontravam a sua "alma gêmea" eles sabiam no mesmo instante. Era como uma doença sem cura e a mulher predestinada seria a única quando se olhassem.
Connor duvidava que algum dia isso acontecesse com ele, afinal as mulheres fugiam dele. Não se considerava um péssimo amante, mesmo com a sua pouca experiência, já que as meretrizes eram pagas e tinham pressa para ir até o próximo cliente ganhar mais moedas.
Após alguns dias na estrada já estava cansado e só em pensar que deveria passar alguns dias entre mulheres depravadas e homens libertinos, ficava tenso. A Corte não era um lugar para ele, que não presava pela etiqueta e nem palavras empoadas. Para Connor, qualquer disputa se resolvia na espada ou nos punhos e não com acordos diplomáticos. O enviado do Rei havia deixado bem claro o que o soberano queria. E era Lord Connor Cameron de DUNHILL. Deveria passar alguns dias na corte e assim tratar de assuntos relevantes.
Agora lá estava ele, a caminho da corte e era sua segunda vez naquele lugar, em algumas horas chegaria. Desmontou do seu cavalo, um garanhão negro como a noite e forte o suficiente para aguentar um homem do tamanho dele, precisava se lavar e trocar as suas roupas. Esse foi o conselho que ARON repetiu por várias vezes.
"Nada de usar o seu kilt na corte. Use calças e camisa engomada. Mantenha os cabelos longos presos por uma fita e a sua espada ficaria nos seus aposentados e o principal: cuidado com certas damas casadas."
Fez como o seu irmão ARON aconselhou e ao passar pelos portões da muralha, já notou a diferença. Ali tudo era requintado, até os serviçais vestiam-se bem, com roupas limpas. Não haviam porcos ou ovelhas andando pelo pátio, um lindo jardim circundava o castelo. Ao ser anunciado, um lacaio veio até ele e o levou até os seus aposentos, quase no final do corredor.
— No horário das refeições, sempre será tocado uma sineta nos corredores, apenas o desjejum fica com o horário livre.
Sem esperar resposta, o servo engomadinho saiu em direção as escadas. Connor ficou a olhar o rapaz tomar distância e depois entrou desanimado nos seus aposentados. Guardou os seus poucos pertences e jogou-se na cama para experimentar, era perfeita, aguentava o seu peso e era grande o suficiente para que os seus pés não ficassem de fora.
Atrás de um cortinado ele tinha o luxo de uma tina para o seu banho, o que lhe agradava muito, ele apreciava banhos diários.
Passado um tempo, resolveu ir ver como estavam as coisas no salão, mas antes guardou um dos seus punhais na sua bota, não andaria desarmado naquele antro de perversidade que era a corte. Muitos conflitos, pessoas falsas, mulheres a caça de aventuras e de marido.
Mesmo ainda sendo dia, pessoas vagavam pelo salão em busca de entretenimento, ele preferiu o silêncio do jardim, longe dos empoados lordes e ladys.
Caminhou por um tempo e depois sentou num banco afastado, imaginando se em DUNHILL seria possível ter um jardim, gostava do colorido das flores. Abaixou-ser cheirou uma que não conhecia, aliás, a única flor que conhecia era as flores de urzes.
— Rosa. Ela é uma flor especial, mas os seus espinhos não são agradáveis.
Connor assustou-se com a voz rouca atrás de si, ergueu-se rapidamente e pôde perceber o espanto da pequena moça ao vê-lo de pé a sua frente. O que chamou a sua atenção, foi o ritmo do seu coração que falhou e depois acelerou e não era por conta dela ter aparecido repentinamente.
A Dama a sua frente não lhe chegava aos ombros, o seu corpo era sem muitas curvas ele podia perceber no pouco que as saias deixavam amostra. A cintura era tão fina que ele tinha a impressão de poder circular com apenas uma mão, mas o rosto era angelical, a boca carnuda e num tom rosado, mostrava ser saudável. Os olhos tinham um brilho estranho e eram tão escuros quanto à noite. Os cabelos negros caíam como cascata sobre os ombros.
Connor, o lord guerreiro de DUNHILL, o gigante das terras altas, ficou sem palavras diante de uma jovem dama que tinha um estranho sotaque.
Mulheres voluptuosas nunca o deixaram mudo e sem ação, agora lá estava ele sem saber como responder, parecendo um menino imberbe.
💥 AMADINHAS, avisando que as fotos são aleatórias, apenas para entrar no clima da época.
BJS DE LUZ 💓💓
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Regiane Pimenta
Simm nossa pq homem com essa roupa que parece uma sai é muito broxante kkkk
2024-11-26
0
Ninon Rose Nascimeto
começando 04/10/2024
2024-10-05
1
Ana Geraldina
Começando hj 01/08/24
2024-08-02
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