O primeiro dia de viagem já estava chegando ao fim e para Connor, a paciência também.
Ele era por natureza um homem solitário, agora tinha a presença nada silenciosa da sua pequena esposa. A cada pedido dela para parar, pois precisava se aliviar, ele tinha que ajudá-la a descer do seu cavalo, as saias dela atrapalhavam a sua autonomia.
A cada vez que a segurava pela cintura, constatava o medo nos seus olhos.
Para Connor, isso era doloroso. Outras olharem assim não o incomodava, mas não sabia o porquê, gostaria de ver naqueles olhos negros admiração e não medo.
Quando ia iça-la novamente ao lombo do Baran, via bem mais que os seus tornozelos e se lembrava da noite de "núpcias". Ele esteve ali, entre aquelas coxas, mas agora não acreditava que teria esse prazër um dia. Gemeu alto com esse pensamento.
— Eu machuquei-o, meu senhor? — ela perguntou com a voz doce.
Connor apenas revirou os olhos. Ele mesmo se feria a pensar em como seria bom toma-la para si e se perder no seu calor...
Pararam em meio as árvores, longe o suficiente da estrada para evitar os ladrões oportunistas. Estava mentalmente cansado, demoraram um dia para fazer o percurso que ele poderia fazer na metade do tempo. Pelos seus cálculos, demoraram mais que cinco dias para chegarem em DUNHILL.
Ficaram longe da fonte de água, por sorte tinha odres de vinho e de água limpa para eles e para os animais.
Mary ficou admirando o seu marido carrancudo montar o pequeno acampamento para eles. Estava sentada num tronco sem ajuda-lo, como a sua tia Amy havia recomendado: "Comporte-se como uma dama e não como uma serviçal."
Estava sentada ereta, olhando para frente, as mãos postas no colo, pernas juntas, como devia ser. Mas por dentro gritava! Queria tirar aqueles sapatos delicados e impróprios para cavalgar. Gostaria de rasgar em mil pedaços aquele vestido de saias bufantes.
Ele fez uma fogueira para espantar os animais e pegou queijo, pão e vinho para se alimentarem. Ela estava olhando com um sorriso congelado no rosto. Connor sentia que ela fazia um esforço sobre-humano para se manter quieta e isso o fazia sorrir. Alguém deve ter-lhe aconselhado a se portar como uma dama, mas era visível que estava sendo torturante.
Bem… Nessa viagem, a sua esposa iria aprender que "damas" não sobreviviam nas terras altas. Mesmo as mulheres, deveriam ser fortes ou pareceriam e Connor esperava que ela não fosse tão delicada como queria parecer.
Se ela tinha um cavalo de guerra, certamente não era de saias que cavalgava e certamente sabia ao menos empreender fuga sobre Baran, caso fosse necessário.
Preparou uma cama improvisada para ela descansar perto da fogueira e apenas separou uma manta para ele se proteger do frio da madrugada. Teria que ficar de vigia. Não confiava naquele acampamento improvisando, era próximo da corte.
Esperou que a sua pequena e delicada esposa se deitasse e foi fazer uma ronda pelo local e deixar os cavalos amarrados próximos à fogueira, assim ficavam também de vigias, já que o seu garanhão era treinado para isso.
Recostado num tronco de uma árvore, Connor ficou a observar as chamas tremulantes da fogueira por um bom tempo, até que foi fraco e sucumbiu à tentação de olhar para Mary.
Ela era linda! Ele estava a pensar na sorte que teve do rei ter lhe escolhido uma bela dama. Poderia ter sido qualquer outra que não lhe agradasse, mas sua esposa era sua "alma gêmea ". Só precisava descobrir como fazê-la ser dele por completo.
Acabou adormecendo e só se deu conta disso quando foi acordado com um pequeno gemido. Abriu os olhos rapidamente, olhando em alerta ao seu redor. Percebeu que a sua esposa estava tendo um pesadelo. Aproximou-se e a observou de perto, estava bastante agitada. Deitou-se ao seu lado para acalmá-la, essa era a sua intenção.
Mas, o perfume de flores nos seus cabelos, o corpo quente ao seu lado... tudo isso o deixaram excitado.
Enlaçando-a pela cintura, trouxe o seu pequeno corpo para perto do seu, sentiu a maciez da sua nuca e gemeu tentando controlar o seus impulsos masculinos.
Ela era dele, a sua "alma gêmea", mas ainda não estava pronta e se ele quisesse que ela se entregasse por inteiro, teria que saber esperar. A sua pequena esposa era como um bom vinho, que precisava ser saboreado lentamente.
Logo ele que pagou sempre algumas poucas moedas para ter o" alívio" que queria, agora precisava curvar-se as vontades da sua dama.
Tocou a cintura delgada, não sabia como uma mulher tão pequena podia mexer tanto com a sua masculinidade. Cheirou os cabelos dela, lentamente desfez a trança que ela manteve presa a viagem toda, queria sentir entre os seus dedos aqueles fios negros. Ela era perfeita, pequena, mas causava um estrago enorme nele.
Ela estava fazendo um esforço sobre-humano para controlar a sua natureza, ele percebia o que ela tentava fazer. Connor apenas queria saber até onde ela fingia ser uma dama submissa. Esperava que ela não fosse assim realmente, não iria gostar de viver ao lado de uma esposa previsível e fútil.
Seria uma longa jornada. Estava quase enlouquecendo apenas com um dia ao lado dela, não queria pensar como seria os próximos dias até a chegada deles em DUNHILL.
Sua sorte era aquele monte de saias, ao menos ele não sentiria o contorno daquele corpo, que ele sabia que se encaixava perfeitamente ao dele. Sentia dores horríveis na sua virilha de tanto desejo contido. Mas ele, o impiedoso, o animal, o carniceiro Lord Cameron deveria se controlar para não assustar a sua esposa donzela.
Um homem bruto como ele, tinha que conquistar os carinhos de uma dama e não tinha até agora idéia se conseguiria. O seu medo maior, era chegar em DUNHILL sem consumar o casamento e ela se apaixonar por seu irmão ARON. Afinal as mulheres caíam de encantos por ele assim que o viam. Esse pensamento o fez perder pouco do sono que sentia.
Levantou-se e foi fazer uma ronda. Era melhor manter-se ocupado ao invés de ficar tendo pensamentos tolos. O seu irmão jamais faria isso com ele, mas ele poderia confiar na sua jovem esposa?
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Luisa Nascimento
Tomara que dê certo esse casal!💘💘
2024-12-18
0
Rosária 234 Fonseca
cuidado não se pode confiar nem na própria sombra
2024-07-04
2
Lena Macêdo E Silva
é mais corriqueiro uma mulher que já foi deflorada trair do que as virgens se submeter a tal ato...
2023-12-01
5