Mary fez uma careta quando a sua tia Amy esfregou com mais força que o normal as suas costas.
— Tia! Vai arrancar a pele das minhas costas! — retirando o pano das suas mãos.
— Não se preocupe, ainda que fique sem couro nas costas, aquele homem ainda irá te querer na sua cama essa noite. — falou a tia com voz temerosa.
— Está zangada tia? Afinal o soberano arrumou-me um casamento. — Mary falou em tom de desafio — Não era o que queriam?
— Sim, criança. Toda a mulher precisa de um homem para empunhar uma espada por ela, as Terras Altas não são um lugar seguro e muito menos um lugar civilizado como a Inglaterra.
— Então estarei segura com um homem guerreiro e gigante. — falou a sorrir.
— Não é brincadeira menina! — ralhou a tia enquanto lhe estendia a toalha. — os deveres de uma esposa não são fáceis, com um homem gigante, o seu sofrimento será maior você sendo uma jovem delicada...
Mary estranhou o tom de preocupação na voz da tia. Mas calou-se, era melhor a tia não saber que Sir Connor também era sua escolha.
— À noite após o enlace, os dois subirão até um quarto preparado para as núpcias e quando o sol nascer, o rei, a rainha, eu e o seu tio, mais duas testemunhas, subiremos todos até o aposento de vocês para a confirmação do enlace. — a tia ficou em silêncio, depois segurando nas mãos da moça, continuou — Será uma noite longa, difícil e cheia de dores, mas terá que honrar os seus votos no altar. Terá de ser submissa e, mesmo que a dor for insuportável, terá que aceitar o seu destino.
As palavras da tia martelavam na sua cabeça enquanto descia as escadas, ladeada pela rainha e as suas aias. Não havia pensado nessa parte do casamento quando se interessou por aquele homem alto, forte e solitário. Agora estava apavorada com a perspectiva de se deitar com Connor Cameron.
Connor teve que fazer um grande esforço para não deixar cair o seu queixo quando Mary foi levada até ele no salão repleto de convidados. Os cabelos caiam numa profusão de ondas pelas costas e pedras brilhantes os adornavam, dando-lhe um ar angelical. O tom do vestido era um contraste com os olhos negros, fazendo o pensar se era mesmo merecedor de tanta formosura.
Muitos olhares masculinos sobre ela agora tomavam consciência da delicada e rara beleza de Mary. Os olhares femininos eram de pura inveja, o que para Connor era estranho já que nunca mulheres lhe deram atenção.
Ela era pequena, o vestido sem muitos adornos deixava revelar uma cintura fina e quadril bem-feito, deixando-o com pensamentos impróprios para aquele momento.
Só ouviu parte das palavras do sacerdote. Desde o momento que pôs os olhos sobre o seu guerreiro, sabia que ele era sua melhor opção, mas depois das palavras da tia, o seu coração se apertava de medo da sua noite.
No final da cerimônia, quando ele tocou delicadamente os seus lábios num beijo casto e puro, o seu coração acelerou de antecipação. Foi quando os seus lábios separaram-se que ela notou um brilho diferente nos olhos dele e um calor estranho tomou conta do seu corpo.
Na hora do banquete, os dois ficaram sentados à mesa do Rei. Mary sem saber como agir na presença tão ilustre, ficou em silêncio pela primeira vez na sua vida, mas sentia a presença forte do seu marido sentado ao seu lado.
Mary abriu o baile dançando com o rei e Connor dançou com a rainha, depois trocaram de parceiro e ela sentiu-se bem com um toque suave das mãos do seu marido na sua cintura a conduzindo pelo salão.
Mary sentia-se um pouco embriagada quando as mulheres a levaram ao aposento nupcial. A cama estava coberta com pétalas de rosas, um jarro de vinho fresco e duas taças sobre um pequeno móvel, com uma bandeja de frutas.
As mulheres a ajudaram a se lavar e a vestiram com uma delicada camisola de renda e linho. A rainha beliscou as suas bochechas para ficarem rosadas e aconselhou:
— Vamos, agora morda os seus lábios para terem cor e ficarem mais atrativos.
Mary estranhou, mas fez o que a rainha ordenava-lhe.
— Sabe o que acontecerá nessa noite, certo? — a rainha questionou. — O seu marido irá se enfiar entre as suas pernas e com isso, irá sangrar pelas partes íntimas e deixará de ser uma donzela. Se tiver sorte, ele fará isso apenas uma vez essa noite e logo ficará prenha.
Depois dessas palavras, a rainha passou a falar amenidades, deixando Mary apavorada com o que descobriu. Logo a rainha anunciou:
— Aí vem os homens. — falou a rir e bater palmas como uma criança.
Mary corou, quando o grupo entrou causando grande comoção. Ela e o marido foram postos sentados na cama lado a lado com taças de vinho na mão, ficou envergonhada na presença dos homens e quanto mais cobrava, mais eles se divertiam.
Assim que ficaram sozinhos, bebeu quase todo o seu vinho para se acalmar.
Estava trêmula quando o seu marido retirou a taça da sua mão. Mary abaixou o seu olhar, não queria pensar no que tia Amy falou ou nas palavras da rainha. Nunca quis ter um marido, mas a partir do momento que soube que deveria se casar, ela olhou para Connor e sabia que esse era o seu destino, mas agora sentia medo das palavras que se repetiam na sua mente.
Connor ficou em pé a sua frente. Ele era enorme, segurou as suas mãos e a fez ficar de pé, estremeceu... olhou-o nos seus olhos, que estavam escurecidos e não se desviavam do seu rosto. Ele ergueu delicadamente o seu queixo e tocou os seus lábios com os dele, como o beijo no altar, mas lentamente o beijo tornou-se exigente, ele enlaçou-a pela cintura e ainda com os lábios colados nos dela, sussurrou:
— Minha pequena Mary...
Aquela voz vibrante a agradou, sentiu o calor correr pelo seu corpo. A língua dele contornou os seus lábios e ela segurou nos seus braços para não cair. Estava sentindo-se fraca, talvez pelo vinho ou será ser a emoção do momento?
O seu único pensamento era: como um gigante poderia ter o toque tão delicado?
Sentia as mãos dele em sua cintura. O hálito quente se misturando com sabor do vinho, a língua dele forçava a sua boca e ela por instinto a entreabriu. Ele aproveitou o momento e deslizou a sua língua dentro da sua boca e lentamente MARY foi gostando daquela sensação...
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Regiane Pimenta
Meu pai amado eu infarto não vai ter plateia durante o ato não neh?
2024-11-26
0
Regiane Pimenta
Eu não aguento essa vergonha alheia que eles arruma de ver o lençol
2024-11-26
0
Luisa Nascimento
Só preliminares!😨😨
2024-12-17
1