Passaram pelo estacionamento e ao avistarem o carro, viram também uma pessoa indesejada, escorada nele.
— O que faz aqui, Carlos?
— Vim ver como está minha paciente, já que não me deixaram entrar no hospital.
— Você não tinha esse direito. — disse Jéssica.
— Muito interessante, não é Miguel, cuidei de sia filha por três meses e agora você me denuncia, que amigo é você?
— Não fale como se tivesse me feito um favor. Você foi muito bem pago e quase matou a minha filha.
— Você que é um pai relapso, e ainda por cima me denunciou como negligente, sabe o que vai acontecer?
— Não foi ele e sim eu, quem te denunciou. Eu avisei a você que faria isso se pegasse mais uma negligência sua. — respondeu Jéssica.
Nesse ponto, Miguel abriu o carro e colocou Gabriela na cadeirinha, presa pelo cinto e fechou a porta.
— Ah, então a frigida está se unindo ao meu ex amigo, pra me ferrar.
Foi um instante e o punho fechado de Miguel encontrou o centro do rosto de Carlos, quebrando seu nariz e derrubando-o no chão.
— Seu escrxtx, quebrou o meu nariz.
Miguel não esperou ele falar mais nada e pegou o celular. Jéssica também pegou seu celular e chamou os seguranças e um maqueiro para levar o ferido para a emergência.
— Pode deixar, vão cuidar dele, tem câmeras que gravaram tudo, caso ele queira dar queixa. Vamos embora, estou cansada.
— Você manda, Gabriela já está reclamando, entre no carro.
— E eu, vou ficar aqui largado?
— Como você deixou a minha filha? Não, o socorro está vindo, não faria o que você fez, nem com você. Adeus.
Ele dirigiu até o condomínio, estacionou em sia vaga, ao lado do carrinho vermelho e ela desceu e foi embora. Ele ficou olhando ela ir, sem sequer se despedir.
— Mulher maluca, sequer se despediu.
Tirou a filha do carro e fechou-o, indo para o prédio. O recepcionista v o saudou e perguntou pela pequena e Miguel disse que ela estava bem, então o recepcionista comunicou:
— A sua vizinha pediu para avisar que pediria uma refeição leve para o senhor e que não precisava se preocupar com os remédios, que a farmácia vai entregar.
— Obrigado.
Ele subiu sorrindo, pensando que ela não era tão fria assim. Entrou em seu apartamento e estava uma bagunça e só teria arrumadeira na segunda-feira.
— É, filha. Papai pisou na bola, mas não vai, nunca mais, fazer isso. Vamos tomar um banho?
Ele foi com ela para o quarto e lá também estava uma bagunça, ouviu a campainha tocar e pensou que era a comida e foi atender, mas ao abrir a porta, teve uma surpresa, era a faxineira mais linda que podia existir em sua vida. Ela estava de bermuda e camiseta larga, com os cabelos presos e um lenço cobrindo-os.
Ele sorriu e Gabriela em seu colo também e esticou os bracinhos para Jéssica, que segurava um balde e uma vassoura.
— Devo dizer que você e a vizinha ma.is surpreendente que um homem pode desejar, além de linda, claro. — dosse ele sorrindo.
— Imagino que sua casa esteja precisando de meus serviços e pelo cheiro, tenho razão. — disse ela, também sorrindo.
— Com certeza, entre, por favor. Vou dar banho nela, pode arrumar o berço dela?
— Sim, senhor. — falou ela, em posição de sentindo.
Fechou a porta e foram para o quarto, trabalharam como uma equipe, ela trocou as roupas de cama e colocou para lavar. Voltou e preparou a roupinha dela e pegou-a com a toalha e enquanto ela cuidava da pequena, ele foi preparar a mamadeira.
— Como essa menininha está linda, é o meu amorzinho. — dizia Jéssica ao levar a menina para a sala e encontrou com Miguel no caminho.
— Me dê ela, vou dar a mamadeira pra ela no quarto, a sala está um nojo.
— Vou limpar, vá.
— Mandona.
— Ossos do ofício. — explicou ela, rindo.
Ele quase esqueceu de ir para o quarto, embevecido com aquele sorriso. Gabriela o despertou, tentando pegar a mamadeira e ele seguiu para o quarto, sentou-se na poltrona e alimentou sia filha que logo estava dormindo. Ele colocou-a para arrotar e depois a deitou no bercinho limpo.
Quando chegou na sala, ela já tinha recolhido garrafas e copos e até encontrou um sutiã.
— Depois que nós saímos para o hospital, eles continuaram a farra, incluindo mulheres. Eu os coloquei para fora e proibi a entrada.
— Sinto muito, são seus amigos.
— Infelizmente, não entendem que a minha vida mudou.
— Vão entender, quando formarem sua família. — a campainha tocou — Deve ser a comida, demorou. Pedi para entregarem a minha aqui, tudo bem?
— Claro.
Ele atendeu e pegou as sacolas, passando para ela, a que era dela. Deu uma gorjeta para o entregador e perguntou:
— Vai comer comigo, não é?
— Pode ser.
Almoçaram na própria embalagem, para não sujar a louça, agora que estava tudo limpo.
— O Carlos era tão ruim assim? Ele pareceu correto cuidando de Gabriela.
— Acho que ele começou a exagerar nessas noitadas e beber de mais. Isso atrapalhou muito seu trabalho e não dá para ser negligente com crianças.
— Você está certíssima. Por que ele te chamou de frígida?
Ela olhou para ele, séria, mostrando que não gostou da pergunta.
— Desculpe, se te incomoda falar sobre isso, não fale.
— Claro que não preciso falar, a vida é minha e isso não lhe diz respeito. Já terminei, vou embora.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Fatima Souza
O Carlos deve ter tentado talvez algo mais íntimo com a Jessica e não rolou por isso a chamou frigida idiota
2025-03-20
4
Joy Savage
Ah eu tô gostando muito, já ri bastante. Adorando a Jéssica que mulher maravilhosa... vamos prosseguir a leitura
2025-03-23
0
Tânia Principe Dos Santos
eu fiquei com a ideia k Carlos e Jéssica já transaram ou algo assim
2025-03-20
1