Miguel saiu para a academia no condomínio do prédio onde mora e correu um pouco para suar a bebida que bebeu excessivamente, no dia anterior, depois foi para a piscina, tomou uma chuveirada antes de entrar e deu boas braçadas e depois boiou descansando, relaxado.
Quando saiu e voltou para o prédio, viu um carrinho vermelho passar e estacionar ao lado do seu. Ficou observando a mulher elegante em um terninho branco, sair de dentro do carro e entrar no prédio, entrando pelo elevador social e ele seguiu pelo de desportos. Chegando em seu apartamento, ligou para a portaria.
— Pois não, senhor Mendes?
— Alguém estacionou o carro na vaga do meu vizinho e não era o carro dele.
— Vou averiguar, senhor, obrigado.
Desligou e procurou esquecer, mas a imagem da mulher elegante, ficou em sua cabeça. Se arrumou e desceu para almoçar fora e o carrinho vermelho continuava lá, mas resolveu não se preocupar mais. Vai ver o vizinho reclamão, namora a mulher elegante. Elegante e linda!
**
Os dias passaram corridos com o novo empreendimento, Miguel estava sempre as voltas com o engenheiro e com Álvaro, vendo o cronograma, para cumprirem o prazo correto e não percebeu o tempo passando, até um oficial de justiça ser encaminhado a sua sala, carregando um cesto.
— Bom dia, CEO Mendes, sou o Oficial de justiça da vara da infância e fui incumbido de lhe entregar sua filha. Aqui tem alguns objetos de uso pessoal da bebê e os documentos, claro. A mãe desistiu totalmente da guarda, de maneiras que essa coisinha linda, é toda sua.
O homem não esperou resposta, colocou o cesto sobre a poltrona e aproveitando o susto do CEO, mostrou onde ele deveria assinar o recebimento e, tendo cumprido seu serviço, foi embora dali correndo, como se tivesse um enxame de abelhas atrás dele.
Miguel ainda estava estático, quando Álvaro e a secretária entraram na sala para ver porquê havia um choro de bebê tão desesperado ali dentro do escritório.
— Miguel? Miguel, desperta! — Chamou Álvaro.
— Oh, meu Deus, é um benezinho, tadinho. — a secretária se aproximou da cestinha e viu que era uma menina e a pegou no colo.
— Cuidado pra não quebrar ou não poderemos devolver! — gritou Miguel, fazendo a bebê chorar mais ainda.
— Não grita, tá assustando ela. Tem documentos?
— Sim, aqui. — mostrou o envelope com o olhar.
Alvaro pegou os papéis e a medida que foi lendo, franzia a sobrancelha e no final comunicou:
— Não há devolução, ela é todinha sua.
— Tem uma bolsa , vou ver se tem uma mamadeira, ela deve estar com fome.
A secretária achou uma mamadeira pronta, sentou com a bebe no colo e colocou o bico em sua boquinha e ela sentindo, abriu a boca e sugou com força, mamando com avidez.
— Calma, amorzinho ou vai se engasgar.
— Acho bom você sair dessa apatia e começar a tomar providências. Contrate uma babá experiente ou uma enfermeira, veja, aqui tem uma receita de medicação e alimentação para ela. Se não tiver na bolsa, providencie tudo.
— Tá, pode fazer tudo isso.
— Ah, não mesmo, eu te avisei e você não me deu ouvidos, agora cuida, que a filha é sua e o nome dela é Gabriela. Tchau.
Ele foi até a bebezinha e viu seu rostinho redondo e rosado, devia ter um mês de nascida, muito novinha para passar por aquela situação de abandono. Seu amigo era um inconsequente com as mulheres, esperava que não fosse com a filha. Foi embora depois de dizer à secretária que não o ajudasse, a responsabilidade era dele.
A secretária terminou de dar a mamadeira e levou a bebê até o pai, forrou seu ombro com um cueiro que veio na bolsa e colocou-a debruçada ali.
— Segure, vou soltar, coloque ela pra arrotar. — Ela retirou as mãos e ele segurou a bebê, rapidamente, com medo que caisse.
Quando se deu conta, a secretária já tinha saido e estava sozinho com um bebê, sem saber o que fazer.
— O qie foi que Álvaro disse? Contratar uma babá ou enfermeira, isso.
Segurou a bebê com uma mão só e foi até o telefone e ligou para o departamento pessoal, solicitando com urgência uma babá ou enfermeira. A chefe do DP não entendeu nada, mas enviou a enfermeira contratada da empresa, que chegou lá e tomou um susto.
— Não me olhe assim.e ajude,por favor, eu pagarei bem, é uma emergência.
— Tudo nem CEO, eu vou fazer melhor. Tenho uma sobrinha que é babá profissional, vou ligar para ela vir agora mesmo.
— Fico muito agradecido e pagarei bem, preciso que fique a noite ou pelo menos essa noite.
A enfermeira pegou o celular e ligou, falando rapidamente com sua sobrinha e desligando.
— Ela levará meia hora para chegar aqui, enquanto isso, verificarei o estado da paciente.
Ela pegou a bebê, que reclamou, levou até a cestinha, tirou sua roupinha e a examinou, limpou, passou pomada de assadura e vestiu-a com uma fralda e roupas limpas.
— Vou fazer uma lista do que vai precisar comprar.
Miguel suspirou aliviado, quando a babá chegasse, aproveitaria e compraria tudo no caminho.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Rosa Hosana Santos
agora ferrou vai ter que aprender a tomar conta da filha, isso que dá ser irresponsável
2025-03-21
3
Conceição Moreira
Miguel querido foi tão bom o tempo que ficou com Ester. foi tão bom que rendeu uma bebezinha. agora aguente!!! kkkkkk
2025-03-27
1
Edilene Araujo
/Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm/
2025-03-27
1