Se fosse um filme passado em alta velocidade, seria engraçado. A babá chegou, ele pegou o cesto ao contrário, colocou no banco da frente do carro e a babá atrás, ajeitando tudo. Ele sequer perguntou o nome ou a idade da babá e esqueceu de ver os documentos da própria filha. Saiu com o carro e parou no primeiro ponto, a farmácia. Foram tantos itens, que saiu cheio de sacolas, ajudado por um atendente.
Parou depois em uma loja de roupinhas e a vendedora aproveitou o pai de primeira viagem e o encheu del roupinhas que talvez Gabriela nunca viesse a usar e mais uma vez saiu carregado de bolsas. Continuou sua peregrinação, esquecendo que a bebê e a babá estavam no carro, sozinhas, com calor e com fome e a babá não tinha como preparar uma mamadeira e daí veio o choro.
Quando ele saiu da terceira loja, não levou nada,andou entregar em casa e entrou no carro apressado e lá estava o grito irritante novamente.
— Faça ela parar de gritar!
— A culpa é sua, esqueceu que não tem como fazer mamadeira aqui e ela tem que comer de três em três horas.
— Tá, tá, vamos para casa.
Durante o trajeto até em casa, a bebê se calou com o movimento do carro, mas quando entraram no prédio, subiram pelo elevador e seguiram pelo corredor com ela aos berros. Miguel teve dificuldade até para abrir a porta a chave caiu duas vezes e quando ele conseguiu passar, a babá botou o sexto com a bebê em seu colo e foi direto para a cozinha fazer a mamadeira.
Ele não sabia o que fazer com o cesto e foi com ele para o quarto de hóspedes. Lá Ele olhou aquele rostinho em julgado e molhado com aquela boquinha escancarada gritando e resolveu pegá-la para testar se ela parava de chorar.
Segurou o seu corpinho com as duas mãos e ficou mantendo ele afastado do corpo olhando para ela e ela olhou para ele e por um instante parou de chorar, mas foi só um instante. Logo o interfone tocou e a reclamação começou. O vizinho reclamava do barulho,pois precisava dormir.
A sorte é que a babá chegou logo com a mamadeira e pegando a bebê das mãos do pai desajeitado sentou-se na cama e fechou o berreiro da menina, com o bico da mamadeira.
— Como uma coisa tão pequena, consegue fazer um estardalhaço tão grande?
— É o normal de um bebê e o senhor terá que arrumar outra babá, uma só não dará conta, tem que levá-la a um pediatra e ver se ela não tem nenhum problema de saúde.
— Ela já veio com um atestado de saúde.
— E como está a carteira de vacinação?
— Vacina? — ele começou a ficar cansado com tantas perguntas que não sabia responder e deu uma desculpa — vou buscar o resto das coisas no carro.
Ele desceu, pegou uma parte das coisas e colocou no elevador, prendendo a porta. Deu mais três viagens até conseguir carregar tudo e quase não sobrou espaço no elevador para que ele entrasse. Subiu e foram mais viagens para levar tudo para o apartamento e deixou tudo na sala.
Lembrou que tinham que comer também e ligou para o restaurante que sempre pedia comida e pediu porção dobrada do prato do chefe, esquecendo de perguntar a babá, o que ela gostaria de comer. Foi para seu quarto, tomou banho e quase esqueceu que tinha outra pessoa em casa. Vestiu um moletom com uma regata e foi receber a comida.
Preparou tudo na mesa e esperou, mas a babá não apareceu e ele foi até o quarto chamar, encontrou as duas dormindo na imensa cama de casal. Achou melhor deixá-las dormindo e foi jantar sozinho, como sempre. Comeu, arrumou tudo e foi dormir, sorrindo por ter conseguido ajustar tudo a contento.
Doce ilusão, um pai de recém nascido, dormir à noite.
— Que inferno de barulhos são esses, não se pode mais dormir sossegado.
Levantou, passou água no rosto e viu que a babá estava na cozinha, fazendo a mamadeira para a criança que berrava no quarto, o interfone tocava, junto com a campainha. Não sabia o que fazer primeiro e resolveu pegar a bebê. Pegou ela e colocou no braço, raciocinou que se ela calava com o bico da mamadeira caloria Se colocasse uma chupeta, como não achou, colocou o dedo e a criança chupou e calou a boca.
Instantaneamente, a campainha e o interfone pararam de tocar, quem estava na porta deve ter ouvido que a criança parou de chorar e o interfone foi a babá quem atendeu. Miguel foi até a cozinha e a babá se aproximou com a madeira e subistituiu o dedo dele, por ela.
— Agora segure a mamadeira e depois não esqueça de po-la pra arrotar. Vou aproveitar pra dormir um pouco. — terminou de falar, correndo para o quarto.
— Espere, quem tem que dormir sou eu… ai…o que faço com você, coisinha?
A bebê mamou, ele colocou ela no ombro e ela fez um barulhinho e dormiu.
— Ótimo, agora vamos deitar e tentar dormir o restante da noite.
Quando deitou ela em sua cama, ela reclamou e parecia que iria começar o berreiro e ele pegou-a no colo novamente e acabou dormindo com ela no colo, meio sentado, meio dormindo e foi assim que acordou, com a bebê iniciando um novo berreiro, já de manhã.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Claudia
kkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkk... achou que só o polpudo cheque resolveria né mané!?!? kkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkk... toma!!!!
2025-03-27
3
HENEMANN- MEDEIROS. Henemann
😃😃😃😃 faça me rir né 😂
2025-03-16
3
Conceição Moreira
nem tudo se resolve com dinheiro.
2025-03-27
1