— Meu nome é Jéssica Bitencourt e sou sua vizinha.
— Desculpe, pensei que você fosse um homem.
— Não sou e gostaria muito que me respeitasse. Meus horários são difíceis e preciso dormir.
— Como pode ver, estou com um probleminha aqui.
— Um bebê só é problema quando é fruto de um descuido, o senhor já é bem grandinho para não usar métodos contraceptivos.
— Eu uso e sempre fui cuidadoso com isso, mas a mãe dela fez de caso pensado e eu não caí em sua armadilha e por vingança, recebi esse presente.
— Então, sugiro que leia as instruções e cuide corretamente do "presente", assim ela não gritará tanto, boa noite.
Ela se virou e foi embora não queria mais olhar para aquele peito nu, largo e lindo, com aqueles bíceps definidos, com aquela delicadeza de bebê no colo, que deus grego era aquele? Agora entendia as mulheres entrando e saindo daquele apartamento.
Ela não olhou para trás, entrou em seu território particular e propício para esconder sua vergonha. Fechou a porta e se encostou nela, agitada e com a respiração apressada. Esperava não vê-lo mais, para o bem de sua sanidade e controle emocional.
Miguel ficou olhando a mulher linda e elegante que era sua vizinha e havia visto no outro dia, descendo de um carrinho vermelho e agora vestia um baby doll com um penhoar curtinho, mostrando pernas lindas e um bumbum redondinho, que dava gosto de olhar. Se soubesse que ela era sua vizinha, teria atendido todas as vezes que a campainha tocou.
Gabriela arrotou na mamadeira e só então ele percebeu que ela terminou de mamar e dormiu. Colocou ela na cestinha e preparou logo duas mamadeiras, para não ter demoras da próxima vez. Deixou na geladeira e aqueceria na hora de servir, no microondas
Pegou ela do cesto e foi para o quarto, deitaram e dormiram até amanhecer, quando ela acordou e ele rapidamente a trocou e deu a mamadeira e dormiram mais um pouco, pois era sábado.
Três horas depois, já estavam acordando de novo e ele foi dar o primeiro banho de banheira, o bidê não era o correto. Percebeu que o umbigo estava sarado e que foi muito negligente ao não ler os dados de sua filha.
— Minha filha! Você é minha filha. Seu nome é Gabriela Mendes e tem, vamos ver na certidão.
Andou até onde havia deixado os documentos e pegou a certidão.
— Olha só, você está fazendo um mês hoje! É seu mesversário, filha.
Dançou com a filha no colo e o interfone tocou:
— Bom dia — atendeu.
— Bom dia, Senhor Mendes, estão aqui a babá Denise e o montador dos móveis.
— Pode deixar subir. — colocou o fone na lugar e falou com a filha — sua babá boazinha chegou, a outra nunca mais voltará, fique tranquila.
Foi abrir a porta e automaticamente olhou para o outro lado do corredor, tentando ver sua vizinha linda. O elevador parou e a babá saiu acompanhada de um senhor e ele os cumprimentou. Denise pegou a bebê de seu colo, percebendo que ela estava limpinha, de banho tomado e quietinha.
— Pelo visto a outra babá deu certo.
— Deu nada, foi embora ontem mesmo.
— Por quê?
— Encontrei ela na minha cama e a bebê só de fraldinha, no outro quarto.
— Meu Deus, desculpe, Seu Miguel.
— A culpa não é sua, Denise. Aquela deslumbrada é que achou que viveria um romance de babá com CEO e esqueceu de cuidar de quem devia.
— É, tem muitos livros com histórias assim e causa uma certa expectativa nas mulheres.
— Vamos esquecer dela, a vizinha é mais interessante.
— O quê?
— Nada não, entrem e vamos fazer o que tem que ser feito, aliás, ainda não tomei café, só cuidei de você, não é minha pequenina. — fez um carinho no rostinho da filha e foi indicar ao montador, onde ficarão os móveis.
Depois foi se banhar e comer, para a seguir, ajudar com a arrumação do quarto, que estava quase vazio. O último a dormir ali foi Carlos, bêbado. Desmontou a cama de solteiro e levou para o corredor, assim como as outras coisas que estavam no quarto.
Ajudou a montar os móveis e lembrou de pedir o almoço. Denise havia descido com Gabriela, por causa do som da furadeira e do martelo nos pregos, mas uma pessoa se incomodou e parecia ter esquecido o dedo na campainha. Ele abriu a porta e p pensamento dela foi:
” Ainda bem que hoje está vestido."
— Bom dia vizinha, desculpe o barulho, mas é necessário para montar o quarto da minha filha.
— Bom para o senhor, mas aturo o barulho, estou aqui por causa dessa tranqueira na minha porta.
— É a minha porta também e não é tranqueira, vendi na internet e estou esperando virem buscar.
— Mas que inferno, não tem um dia que você me dê sossego? Pelo menos a nenê está quietinha, hoje.
— Está lá embaixo, com a Denise, por causa do barulho.
— Denise é a mãe?
— Não, a babá.
— Então diga a ela para ter cuidado com o sol, ela só pode pegar o sol antes das 9 horas, ainda é muito novinha e sua pele sensível.
— Você não cansa, não?
— De quê? — perguntou ela irritada.
— De me encher o saco? Com licença.
Ele começou a fechar a porta na cara dela e ela já ia reclamar, quando ele falou pela fresta:
— E não toque a campainha, por favor estou ocupado.
— Ora, seu… — tremelicou no lugar com os punhos fechados e foi pega no flagra pela babá que saiu do elevador, com o carrinho de bebê.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Rosa Hosana Santos
esses dois vão ser pólvora e fogo não pode se tocar
2025-03-22
1
Tânia Principe Dos Santos
estes dois será uma sessão
2025-03-20
1
Expedita Oliveira
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2025-03-20
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