Na pressa, Miguel não tomou banho, então, foi o que fez quando entrou no quarto da bebê. Com o seu convênio, o quarto era particular. Tomou banho, vestiu seu conjunto de moletom e saiu para cuidar de sua filha. Passou lençol umedecido nela, limpando os resquícios de sujeira do vômito, trocou sua fralda e vestiu uma camisolinha. Cobriu-a com o edredon infantil que trouxe e satisfeito, puxou o sofá cama para mais perto do berço e deitando, dormiu.
No meio da madrugada, ela acordou, incomodada e chorando. Ele chamou a plantonista, que chegou e tirou a máscara respiratória, verificou que o soro havia acabado e trocou o frasco. Viu que ela estava limpinha e sorriu.
— O senhor a trocou?
— Sim, posso pegá-la, para ela sentir que estou aqui?
— Sim, dê a chupeta. Ela não precisa e não deve comer nada por enquanto, mas sente falta da mamadeira, então a chupeta vai ajudar.
Ela deu a chupeta para a bebê e ela se acalmou, mas ainda resmungava.Miguel foi até ela e falou:
— Papai tá aqui, bebê, papai tá aqui.
Pegou-a no colo e ela colocou a mãozinha em seu rosto, o reconhecendo, deitou em seu peito e fechou os olhinhos. A atendente verificou o soro, acertou a luminosidade da lampada de cabeceira e saiu, apagando a luz principal.
Miguel deitou no sofá, com ela em seu peito, enrolou os dois no edredom, prendendo ele sob o próprio corpo e dormiu. O que ele não sabia era a fofoca que corria no hospital, sobre o papai bonitão, que cuidava tão bem de sua filhinha.
Jéssica não teve tempo de descansar, precisou esclarecer o caso com a delegada, entregando todos os casos de negligência cometidos pelo Dr. Carlos, devidamente documentados pelo hospital. Foi feito um boletim de ocorrência, denunciado pelo hospital contra o doutor, deixando Miguel de fora.
Quando terminou essa situação, ela foi descansar no dormitório dos médicos e acordou um poucos antes de clarear o dia, lavou o rosto e foi ver como estava sua pequena vizinha. Seguiu até o quarto, sem ouvir nada de ninguém e entrou no quarto, devagar. O que vou a enterneceu. O homem podia ser um galinha, mas era lindo e aquela imagem dele dormindo com a filha em seu peito, era muito fofa.
Ela não perdeu a oportunidade e tirou algumas fotos com seu celular. Depois foi até pai e filha, sorriu e fez um carinho nos cabelinhos que começava a nascer em sua cabecinha. Seus olhos se encheram d'água, imaginando que poderia ser sua.
Miguel se mexeu e ele se afastou, esperando ele acordar e prestando atenção, caso ele esquecesse dela e se virasse, deixando-a cair. Mas ele a segurou e mexeu o corpo como se estivesse dolorido. Abriu os olhos aos poucos e olhou direto para sua filha, mostrando sua prioridade.
— Bom dia. — cumprimentou ela, revelando sua presença.
Ele olhou e, talvez por ainda estar sonolento, sorriu amoroso e cumprimentou-a com carinho.
— Bom dia, querida. Nossa menina parece bem, não é?
Ela ficou surpresa com o que ele falou e chamou-o com mais vigor.
— Senhor Mendes, dormiu bem? A paciente está bem sim.
Miguel esfregou os olhos e pareceu despertar, sem se dar conta a do que falou.
— Oi, doutora, bom dia.
Ele se sentou, segurando a filha e Jéssica ajudou com o soro, que já estava acabando.
— Deixe que eu a pego. — disse ela.
— Não precisa…
— Por favor, sim?
Ele consentiu ao perceber que precisava ir ao banheiro. Segurou o edredom, enquanto ela pegou a bebe e alojou em seus braços. Ela abriu os olhinhos, se mexendo e olhou para Jessica e sorriu, esticando a mãozinha para tocar seu rosto e depois, enfiou a cada em seu seio, gracejando.
Miguel ficou vendo a sena, emocionado. Passou pela sua cabeça que podia ter uma família linda assim, que Jéssica era perfeita como mãe e linda como.gostaria que fosse sua esposa. Levantou e foi para o banheiro, antes que sua situação piorasse, pensou seriamente em paquerar aquela mulher linda e sabia que teria muito trabalho.
*
Quando ele saiu do banheiro, ela tinha posto a bebê no berço e uma técnica cuidava dela.
— Bom dia, senhor. A doutora passará daqui a pouco e como ela está bem, pode ser que tenha alta. Não é normal altas no fim de semana, mas a diretora pediu ao pediatra de plantão, para vir.
— Obrigada e bom dia. Já retiraram o soro, ela já pode comer?
— Ainda não, só quando o médico passar e autorizar. Seu café já vai chegar, coma e espere, logo irá estar em vasa com essa fofurinha. Ela está acordada e parece feliz.
Ele se aproximou e ao vê-lo, sua filha bateu as perninhas e os braços, geliz ao ve-lo. Estava na fase de dar gritinhos e sons fofos e esses sons encheram o quarto.
— Oi, queridinha do papai, parai ficou com tanto medo de perder você, meu amorzinho.
A pequena respondia com o corpo todo e sua alegria era contagiante e a técnica parecia uma tiéte daquele pai, tirando inúmeras fotos com seu celular e postando nas redes sociais com a legenda, "Papai Modelo."
Logo o pediatra passou e deu alta para Gabriela. Brincou um pouquinho com a menina e se despediu comentando:
— O senhor está famoso no hospital e receio que nas redes sociais também, papai modelo. Boa sorte.
— Obrigado, doutor. — Miguel agradeceu, mas só entendeu o que rle disse, quando saiu do hospital e havia um grupo de mulheres com cartazes e celulares, tirando fotos.
— Venha por aqui, vamos pegar um atalho. — Era Jéssica, fazendo-o entrar e levando-o para uma saída lateral. — pode me dar uma carona, vim sem o meu carro?
Ele sorriu e não falou nada, claro que a levaria, foi ele quem a trouxe, ficaria feliz em agradece-la.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 65
Comments
Rosa Hosana Santos
❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️💞💞❤️🤍🤍🤍🤍🤍❤️❤️❤️💞💞💞💞🤍
2025-03-22
0
Tânia Principe Dos Santos
k tudo corra bem
2025-03-20
1
Expedita Oliveira
❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏🌹🌹🌹🌹🌹
2025-03-20
0