Uma Vizinha Implicante
A balada estava boa e Miguel, com seu amigo Álvaro, se distraiam de uma semana dura de trabalho. Em um momento, uma loira chamou a atenção de Miguel e ele ficou olhando as curvas rebolativas da jovem mulher. Seu desejo cresceu e ele se moveu em direção a pista e se movimentou, envolvendo a mulher,mostrando interesse e dispensando os outros que queriam oesmo.que ele.
Ela não o preteriu, aceitou sua aproximação e a consequência foi a cama dele. Ele gostou de estar com a mulher, que só dois dias depois, descobriu que se chamava Ester. Era cômodo ficar com ela. Não reclamava de nada, fazia tudo o que ele queria e bastava liberar o cartão de crédito e estava tudo bem.
Álvaro estava descontente com esse arranjo, pois só o tapado de seu amigo, não sabia que aquela era uma caçadora de fortuna.
— Nunca mais nós saímos, companheiro. — cobrou Alvaro, sentado na quina da mesa de Miguel, no escritório.
— Não preciso. Saía só pra pegar mulher, agora tenho uma que não me dá trabalho.
— Você tem passado muito tempo com ela, tá gostando tanto assim?
— Só do sexo, nem sei muita coisa sobre ela.
— Mulher não funciona desse jeito, Miguel. Elas querem um homem rico pra casar.
— Mas isso ela não terá, já disse várias vezes, que sou avesso a casamento e que ela não poderá me cobrar nada.
— Fez ela assinar?
— Não, tá gravado.
— Você é ardiloso, amigo.
— Sou prevenido. Não seria quem sou se desse mole.
Miguel Mendes, 33 anos, CEO da Mendes Empreendimentos Imobiliarios Ltda. Solteiro e cobiçado, mas não quer compromisso.
*
Seis meses depois
Ester entrou intempestiva no escritório de Miguel, com a secretária tentando impedi-la.
— Por quê não está me atendendo? Há dias tento falar com você e não consigo.
Miguel olhou para a mulher, enfastiado. Havia cansado dela há dois meses e mandou ela embora e começou a insistir em falar com ele a uma semana.
— O que você quer, Ester, já terminamos.
Ela colocou um papel na mesa, a frente dele.
— Estou grávida.
Ele leu o papel, pegou o talão, preencheu um cheque com uma boa quantia e deu a ela:
— Pronto, não me perturbe mais, esqueceu da gravação.
Ela olhou para ele e para o cheque, se virou e saiu.
— Menos um problema.
Miguel é um empresário bem conceituado, de uma firma de empreendimentos imobiliários. Aos 33 anos é estável na vida. Não é um bilionário, mas é rico o suficiente para se dar vários luxos, como imóveis e automóveis. Sua coleção de relógios é conhecida e está sempre bem vestido, seja qual for a ocasião.
Branco de cabelos castanhos, barba bem aparada, alto e porte atlético, era considerado o melhor partido do momento. Álvaro não ficava atrás, descendente de turcos, tinha uma pele morena e cabelos ondulados, não gostava de barba e era arquiteto da empresa de Miguel. Se conhecem desde a faculdade e têm a mesma idade.
— Vi Ester saindo daqui, parecia aborrecida, aconteceu alguma coisa? — perguntou Álvaro, entrando no escritório.
— Não perturba Álvaro, ou vou te proibir de entrar na minha sala sem ser anunciado.
— Pelo visto, o caso é sério.
Miguel lhe estendeu o papel. Sua expressão era de aborrecimento e por dentro, parecia um vulcão prestes a explodir.
— Mandei ela embora com um cheque polpudo, assim, se ela vier cobrar mais alguma coisa, tenho o cheque pra provar que já paguei.
— Sei, cobrar por um filho… você é idiota ou o quê? É um filho, Miguel, não um carro batido.
— Quem me garante que é meu, sequer sei se esse exame é verdadeiro, já fiz foi muito. Vamos esquecer isso.
— Você quem sabe, só não reclame quando aparecer um bebê de olho azul igual aos seus, na sua porta.
Miguel jogou a caneta no amigo e ele saiu da sala rindo.
Os dias passaram e não se falou mais no assunto, Ester sumiu e Miguel esqueceu. Também não foi mais a baladas, saía com Alvaro apenas para uns drinks em algum bar badalado, pegava alguma mulher e depois a esquecia e assim foi vivendo seus dias.
Só uma coisa o aborrecia, alguém estava estacionando o carro em sua vaga na garagem de seu apartamento na cidade. Questionou na administração e lhe responderam que era uma vaga dupla para o seu andar. Uma para cada apartamento, já que eram dois apartamentos por andar. Não pôde fazer nada, pois nunca sequer viu quem era o seu vizinho e só precisava tomar cuidado para não bater no Bentley da pessoa.
Gostava de ficar no apartamento durante a semana, era mais prático, assim não precisava enfrentar o trânsito da cidade todo dia, já que o imóvel era próximo ao prédio da empresa. Um dos dias que chegou mais alterado, vindo do barzinho, estacionou de qualquer maneira e no dia seguinte, estava com o carro preso, pois o vizinho havia estacionado de forma a aproveitar o espaço que sobrou, mas praticamente, imprensando o para choque dele.
Não conseguiram acordar o vizinho e ele decidiu pegar um táxi e quando voltou, o carro não estava lá, mas haviam deixado um recado:
"A vaga não é só sua, respeite e será respeitado."
Não tinha assinatura e nem precisava, acertou o carro na vaga e deixou prá lá, alguém que dirige um bentley, merece respeito.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
juliana brandao
Sei nem que carro é esse mas já gostei🤣🤣🤣🤣
2024-11-10
0
Maria Alves
Vixi
2024-10-25
1
Erlete Rodrigues
vamos ver o desenrolar da história
2024-10-23
1