Capítulo 20. Surpresa

Lúcios esmurrou a cara do Jason e o levando ao chão e Luz gritou lá da sacada ergueu em um instante e levou outro murro caindo novamente, luxos aproveitou e sentou com o joelho de cada lado sobre o ventre do oponente rolou segurou seus pulsos no alto e olhando bem no rosto de Jason, falou em bom Tom:

— Ela é minha companheira destinada, está prenha de meus filhotes, pois só eu posso emprenhar ela e além disso, você não copulou com ela, seu idiota pretensioso.

Jason rosnou e fez força, tentando se soltar, mas Lucius deixou Wolf soltar as garras e as presas, rosnando para o Alfa, que viu o curativo em seu pescoço e entendeu a força extrema de Lucius e se aquietou.

— Parece que também te injetaram drogas, parceiro. Me solte, vou ficar quieto, precisamos conversar.

Wolf grunhiu forte e se retirou, deixando Lucius resolver o caso. Lucius levantou e estendeu a mão, a contragosto, para ajudar o Alfa, pois sua fêmea falou em sua mente:

— " Ele me salvou da cientista, liberte-o e escute o que tem a contar."

— Te darei uma chance, a pedido de minha fêmea, que não pode se aborrecer.

— Pode confiar, temos coisas mais importantes a resolver.

Lucius olhou para Luz e fez um gesto de cabeça para qie ela voltasse para dentro e ela obedeceu, por seus filhotes.

— Venha, vamos entrar. Temos muita platéia.

Vários moradores do condomínio, assim como as fêmeas que estavam em sua casa, estavam encarando os dois.

— Voltem para suas casas, farei um pronunciamento mais tarde. — ordenou o Alfa Lucius.

Todos se retiraram, sem ousar falar ou pensar sobre o assunto, mas estavam preocupados com o que o Alfa Jason falou sobre as drogas, mas confiavam em seu Alfa e admiraram a postura de sua Luna, que conseguiu controlar a fúria dos Alfas, coisa difícil de fazer. Pensavam que era o poder da Loba Dourada, o ser mitológico tão famoso entre eles.

Os dois machos Alfas entraram e Cleide serviu-lhes um refresco e depois foi levar também para Luz e verificar como estava a Luna. Também tinha que tratar com os Alfas, a permanência de seu companheiro na Alcateia. Ela queria permanecer cuidando do Alfa e da Luna, sentia-se em dívida com ela.

Os dois Alfas conversavam e Lucius quis saber o porquê da insistência de Jason em querer sua Luna.

— Você a mordeu por cima de minha marca, foi um total desrespeito, a mim, minha Luna e a nossas leis.

— Eu fiquei descontrolado, ainda não estou limpo por completo e ela tem um cheiro que acalma meu lobo e eu. Ela me jogou na cara que já estava marcada e eu, para mostrar que não tinha problema, a mordi por cima.

— Me contaram que você a queria por ter perdido sua companheira e achou que a Loba Dourada conseguiria substituí-la. É verdade?

— Não, não encontrei minha companheira, mas com a demora e as drogas que me injetaram, estava me descontrolando muito. Uma fêmea iria me acalmar.

— Ou não, e no final, você acabaria matando-a por não se sentir satisfeito. Sabe que só nossa companheira pode nos acalmar.

— Pois é e também descobri que essa história de Loba Dourada é lenda.

— Luz me falou sobre isso e confesso que foi uma surpresa, jurava que éramos sobrenaturais e tinhamos magia. Que decepção. — disse Lucius.

— Na verdade, tem algo que não entendo e já tentei descobrir, é o porquê de sermos dois em um, um corpo para um humano e um lobo.

— É uma questão.

Jason parou de repente, se aprumando na poltrona e puxando o ar com força. Depois se ergueu rapidamente, dizendo:

— Minha?

— Sua?

Jason se moveu rapidamente em direção a porta e abriu bem no instante em que a mão feminina ia bater.

— Minha!

— NÃÃÃOOOO, você não!

— Eu sim, amor, e não adianta negar, por baixo de todo esse… fedor artificial que você usa, consigo sentir perfeitamente o aroma de "minha" fêmea.

— Não posso acreditar nisso, você é  é  selvagem…

— Hum! — ronronou ele, se aproximando e passando seu braço ao redor da cintura da fêmea  — Pra mim, isso é um elogio.

Antes que ele conseguisse se apoderar de sua boca, ela gritou:

— Luciuuuussss, socooooorro!

Lucius contemplava a cena, escorado no umbral da porta e riu, achando aquela união perfeita.

— Solte ela um instante, Jason. O que veio fazer aqui, Sônia?

— Se ele me soltar, eu falo.

— Por favor, solte ela Jason.

Jason fez uma careta e soltou a fêmea, mas não se afastou e sua vontade era levá-la para o box e dar-lhe um banho, para tirar todo aquele cheiro de perfume artificial e depois passar a noite mostrando a ela como seria bom acasalar e deixaria ela impregnada com seu cheiro.

Entraram e ela foi direto para a poltrona do Alfa Lucius, que segurou seu braço para impedi-la de sentar e recebeu um rosnado de Jason, que puxou-a pelo outro braço e sentou-se com ela no colo, na poltrona. Lucius riu com vontade, entendendo o ciúme do macho. Sentou-se em sua poltrona e perguntou mais uma vez:

— O que veio fazer aqui, Sônia? — ele desconfiava do que seria.

— Só vim ver se você está bem?

— E por quê não estaria?

— Bem, é que…— notávasse o desconforto dela.

— Eu ainda vou melhorar mais, assim que toda a toxina do adesivo que colocou em mim, suma totalmente.

Jason ficou horrorizado com a revelação de Lucius e empurrou a fêmea do seu colo, para o lugar ao lado no sofá.

— Como assim, você está ligada aquele laboratório? — perguntou para sua companheira.

— Era o irmão dela, meu sócio na empresa, que financiava o laboratório. — informou Lucius.

— Então foram vocês, os responsáveis? — foi uma pergunta generalizada, incluindo Lucius no pacote.

Lucius olhou para o Alfa, vendo seu lobo querendo sair, tal a fúria contida dentro do macho.

— Eu não tenho nada com isso, não sabia de nada, aliás, o que seu irmão pretendia com isso, Sônia? 

— Eu também não tenho nada com isso, fui usada como mensageira. Meu irmão me ameaçou de expulsão da Alcateia, só por não ter encontrado meu companheiro. — parecia a pobre menina explorada.

Jason não sabia em quem acreditar e se levantou, agoniado. 

— Olha, Sônia, essas toxinas deixam os lobos nervosos e alterados. Perdemos o controle por causa disso e nossa mente não raciocina corretamente. — explicou Lucius.

— Sim, vivi isso por muitos anos, precisei ser trancado nos dias de Lua cheia, pois virava um monstro e matava tudo que via na frente.

Sônia olhou para Jason de olhos arregalados, com medo de ser atacada e morta por ele. Ele percebeu e se acalmou, respirando fundo. 

— Tomei um antídoto e estou muito melhor, não totalmente bem, mas controlado. Não vou te ferir, se é disso que tem medo.

— Então conte, Sônia, o que Klaws queria? 

— O irmão dela é o Klaws Landon? O Alfa da Alcatéia Prime? Até no nome da Alcateia ele é pretensioso, sempre quis ser o supremo mas é um fraco. — disse Jason, tendo uma ideia do que o putro queria.

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