Zilo, companheiro de Cleide, da Alcateia de Jason, contou a história que sabia sobre a vida de seu Alfa e sua esperança na loba dourada.
— Você acha que ele, conseguindo pegá-la, a matará?
— Acredito que ele se unirá a ela e não será para brincar de casinha.
— Inferno! Preciso encontrá-la antes dele.
— O que será difícil, já que não pegamos o rastro dela. — argumentou Osnir.
— Então será difícil para ele também. — disse Lucius.
— Nem tanto, Alfa. O Alfa Jason conhece todas as práticas de camuflagem dela, graças ao seu pai.
— Ferrou! Temos que ir atrás dela o mais rápido possível. Junte os melhores rastreadores, Osnir e sairemos assim que estiverem prontos.
Jason seguia o rastro da loba e o dia amanheceu. Parou no rio e tomou um banho, olhou ao redor e encontrou uma pista sobre as árvores. Ela sempre fugia pulando de galho em galho, como os macacos, e usava certas ervas para disfarçar seu cheiro, mas pelo cheiro das ervas, conseguiu segui-la e ali estava. Ela parou no rio, bebeu água e seguiu pelos galhos. Pelo jeito, andou a noite toda, deve ter parado em algum lugar, para descansar.
Os lobos são animais noturnos, mas os homens são diurnos. Não é uma mistura natural, mas uma mistura de DNA criada por cientistas, que descobriram a doença da licantropia e acharam uma boa ideia para fortalecer o gene humano. Misturaram o DNA humano com o do lobo e criaram os homem/lobo. Apesar dos primeiros experimentos, serem muito animalescos e eles terem destruído todos, conseguiram chegar à criação ideal, que eram mais humanos, do que animais.
Mantinham os melhores hábitos do animal e a consciência do homem. Assim, tinham uma só fêmea da mesma espécie, que reconheciam pelo cheiro emitido por suas glândulas e que era específico para cada macho e os outros tinham que respeitar isso. Os criadores desses seres, não lançaram sua ao grupo científico, sua criação, pois eram seres muito magníficos e receavam uma caçada. Mas algo aconteceu com o casal original, eles não eram um só, mas dois seres dentro do mesmo corpo, o que causou muita estranheza. Eles fugiram e procriaram, espalhando a espécie pelo mundo, vivendo ocultos, criando suas próprias leis e Alcateias.
Agora, todos caçavam a loba dourada, única e cheia de poder, como contavam as histórias. Fazia parte das histórias que contavam entre as Alcateias, de uma fêmea especial, capaz de curar e liderar com sua capacidade mental excepcional, o povo lupino. Parecia uma lenda, até que viram Luz transformada.
Luz ria junto com Bella, divertida ao lembrar do assombro do povo em vê-la, como se fosse algo mágico e agora descobriu que tudo não passava de efeito colateral das ervas que usava.
— O povo adora acreditar em crendices e poder sobrenatural. — disse Luz.
— Sim, mas temos muitas coisas na natureza, que podemos utilizar para resolver problemas e curar doenças.
Ouviram um rosnado, seguido de um uivo, próximo a cabana e Bella sabia que um lobo caiu em sua armadilha, viu a expressão assustada de Luz e a tranquilizou, pegou uma espingarda e sua sacola de medicamentos e saiu.
Quando Bella saiu, pediu que Luz não saísse, para não ser vista e Luz, que já estava sonolenta, foi para a cama estreita e deitando, dormiu, sem presenciar o que aconteceu. Bella saiu empunhando a arma e localizou o lobo, preso na armadilha e desmaiado. Pegou um apito e assobiou, o som foi ouvido e um alçapão, encoberto por muitas ervas totalmente oculto, foi levantado e alguns homens surgiram.
— Podem levá-lo. Tranque-o em uma das celas até que acorde, eu o examinarei.
— Sim, doutora.
Eram três homens que se aproximaram e retiraram a armadilha que prendeu suas pernas, mas não o feriu. A doutora Bella, cientista de um famoso laboratório de pesquisa genética, voltou para verificar se Luz já estava dormindo e não viu o lobo pular, depois de solto, e matar os três homens. Jason já estava acostumado com os hábitos de caça dos humanos e quando sentiu o cheiro da erva de lobo, saiu e procurou a erva antídoto e comeu algumas, voltou e deixou o lobo sair, se deixou prender na armadilha e esperou.
Fez bem, pois descobriu algo grave, oculto naquela floresta. Voltou à forma humana, vestiu a roupa de um dos homens, ocultou os corpos e fechou o alçapão, para a tal doutora pensar que deu tudo certo. Rodeou a cabana e se abaixou próximo a janela que era contrária de onde a cama estava, assim ouviu e viu o que ocorria dentro da cabana.
Bella se aproximou de Luz, ajeitou-a na cama, colocou um cateter e com uma seringa, retirou um pouco de sangue dela e depois lhe injetou o conteúdo de outra seringa. Retirou tudo e colocou um pequeno curativo no furinho que ficou.
— Pronto, querida, você está pronta para voltar. Sinto muito por tudo que tem passado, mas você é a minha cobaia mais preciosa. Infelizmente aquele homem inescrupuloso a levou para me extorquir, mas aqui está você, todinha para mim e ainda trouxe aquele lobo contaminado.
Bella se levantou e guardou tudo, escondendo da vista de qualquer um que aparecesse. Saiu para ver se já tinham levado o lobo e se deparou com Jason.
— Eles já levaram o lobo, estava bem apagado, ele está doente?
— Nada que um antídoto não resolva.
— Ele não está com nenhuma doença contagiosa, não é? — fingiu Jason, estar com medo.
Bella riu e menosprezou aquele que ela pensou que era humano. Estava sempre sozinha, fazendo suas pesquisas e quando encontrava um homem bonito com quem podia não só conversar, gostava de se exibir. Riu da ignorância do homem, que parecia bobinho, apesar de grande e forte.
— Não, seu bobinho, ele tem um experimento nele, que libera algumas substâncias como o cortisol e provocam mudança de humor.
— Entendi, não é contagioso, só deixa o lobo doidão.
— Sim, não precisa se preocupar, vem cá. — puxou-o pela camisa e grudou o corpo no dele e se esfregou.
Ele pensou em conseguir mais informação, percebeu que Luz estava apagada e entrou no jogo da cientista. Baixou a cabeça e a beijou, segurando-a pelo traseiro, com força. Suspendeu-a sentando-a na mesa e tirando sua roupa, enquanto ela desabotoava sua camisa e sua calça. Ele começou a ir mais devagar e ela o atiçou:
— Com força, garanhão, gosto de homens com pegada.
— Que tal me colocar aquele negócio de lobo, eu vou ficar com uma pegada animal. — os dois riram.
— Você não precisa…
— É ? — Mordeu de leve, o pescoço dela.
— Isso, continua assim, vem, morde, sou toda sua.
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Atualizado até capítulo 58
Comments
Silvia Araújo
eu em amiga da onça
2024-11-15
1
Kerollen🌺
Já desconfiei desde o princípio, tava bom de mais pra ser verdade.
2024-11-09
2
Suelen Andrade
tomara que depois disso ele mude de opinião em ter luz para ele e busque o antídoto
2024-10-23
2