Os dois saíram, ele guardou as compras no porta malas e dirigiu até o seu restaurante favorito. Ela olhou o local elegante e todas as mulheres bem cuidadas e vestidas, que estavam no lugar. Pararam na recepção e o recepcionista sorriu, cumprimentanto o CEO.
— Seja bem vindo, senhor Wolfgang, aesa de sempre?
— Sim, por favor.
O recepcionista chamou uma garçonete para guiá-lo até aesa e ele seguiu na frente, mostrando que era habitué do local. Ela deu um passo para segui-lo e o recepcionista parou na sua frente, a impedindo de seguir.
— Desculpe, senhorita, mas não é permitido a entrada em traje casual, por favor, volte outra hora.
Luz olhou para o homem e desculpou-o, ele não tinha culpa da displicência de seu companheiro, então, agradeceu e pediu um papel para escrever um recado. Se afastou um pouco, percebendo que estava atrapalhando a entrada e deixando as pessoas incomodadas e preencheu o bilhete:
" Lucius, precisei me retirar, bom apetite.
Luz."
Entregou o bilhete,pedindo para ser entregue ao senhor Wolfgang e se retirou como lhe foi pedido. Em nenhum momento abaixou a cabeça ou desviou o olhar das pessoas, mas saiu com dignidade. Levou seu pensamento a Osnir e pediu ajuda para ir embora, dizendo onde estava, mas não o que aconteceu. Logo um táxi parou diante dela e a levou para casa, onde só lhe restou, fazer seu próprio almoço.
No restaurante, estava feita a confusão. Quando percebeu que Luz não o havia seguido, pensou que tivesse ido ao toalete, mas como ela estava demorando muito, chamou a garçonete e perguntou pela sua acompanhante e ela franzindo a testa, foi perguntar ao recepcionista, que também franziu a testa, sem lembrar de mulher alguma, acompanhando o CEO.
Lucius estava acostumado a estar sempre acompanhado por lindas mulheres e é claro que estranhariam ele com uma mulher tão simples, tanto que não fizeram caso dela. Mas o recepcionista lembrou do bilhete e deu-o para a garçonete entregar. Lucius leu o bilhete e não entendeu nada, levantou-se e foi a recepção e perguntou ao recepcionista:
— Por quê essa mulher me enviou esse bilhete?
— A senhor, perdoe minha liberalidade com ela, eu apenas quis ser educado com uma pessoa tão simplória. Me dê o bilhete, me desfaço dele agora mesmo.
— Então você apenas fez um favor a ela, para ser educado? Por que ela não entrou? — Até então, Lucius se controlou.
— As normas do restaurante não permitem pessoas com vestes tão casuais, senhor. Na verdade, a jovem não tinha nenhuma classe ou finess, para estar neste restaurante, as pessoas já estavam incomodadas com ela aqui na recepção.
Foi então que Lucius percebeu o que realmente aconteceu e a fúria o tomou e Wolf quase conseguiu sair para arrancar a cabeça do homenzinho afetado.
— Como ousa? Aquela é a minha esposa, passou por uma situação de sequestro terrível e quis trazê-la para se distrair e você a humilhou? Quem você pensa que é?
— Desculpe, senhor Wolfgang, eu não sabia, realmente não fazia ideia, o senhor sempre vem com mulheres finas e…
— Mulheres que não servem para ser minha esposa. Quem passou a você essas normas ridículas?
Lucius notou que o recepcionista ficou meio sem graça, sabia que não existia nenhuma daquelas normas discriminativas, pois ele detestava aquele tipo de tratamento, fazendo distinção das pessoas pela aparência. Levou Luz, agora sabia o nome dela, ali, por pensar que ela seria bem tratada, como ele sempre foi, mas foi exatamente o contrário.
— Eu não vou despedi-lo, porque o culpado fui eu, que não deixei claro que ela estava comigo e quero que você esteja aqui para paparicá-la quando voltarmos.
Olhou a sua volta e viu vários funcionários observando a cena, assim como os clientes, em suas mesas. O recepcionista estava de cabeça baixa, mas continuava empertigado. Aproveitou então para dar uma instrução:
— Quero aproveitar que estão todos aqui, para esclarecer que não quero preconceitos nesse restaurante, prezo muito pela liberalidade, como você tão bem colocou. Que nunca mais isso.se repita, pois conheço alguns milionários, que adoram andar de bermudas e chinelos. Fui claro!
— Mas, senhor, as normas da empresa… — tentou falar um outro funcionário.
— As normas dessa empresa, quem cria sou eu, rapaz, que sou o DONO e se estou dizendo que teremos liberalidade, então TEREMOS! Ficou claro, agora.
Todos ficaram admirados e abaixando a cabeça, envergonhados, foram se retirando, um por um e o recepcionista não sabia onde enfiar a cara.
— Desculpe-me, senhor. Eu não fazia ideia, trabalho aqui há dois anos e sempre o vi como um cliente comum e cometi a maior gafe da minha vida. Traga nossa patroa e vou tratá-la como uma rainha.
— Basta tratá-la com respeito, aliás, a todos. Não entrarão pessoas aqui, que não possam pagar, isso já fará o equilibrio e sebtiver vestido sem elegância, lembre-se dos meus amigos milionários.
Neste instante, Osnir entrou e foi até Lucius, perguntando o que aconteceu, que precisou socorrer a Luna.
— Ela está bem?
— Sim, foi para casa. Mas e você, o que houve?
— Houve um desentendimento, mas já foi esclarecido. — acenou com a cabeça para o funcionário e se dirigiu a saída — eles desfizeram dela por causa da aparência. Você sabia que eles seguiam esse tipo de noa, aqui?
— Foi Sônia quem criou. — disse Osnir, com uma careta, pois não suportava a mulher. — Inclusive, foi ela quem viu nossa Luna, parada na quina da calçada de entrada do prédio da empresa e mandou enxotá-la de lá.
— Com essa sociedade do irmão dela com aqueles laboratórios, terei um bom motivo para colocá-la pra correr de lá. Tô cheio de ser tão politicamente correto.
Os dois se despediram e Lucius foi para casa, com fome e sem saber o que diria a sua companheira. Luz, que nome significativo, pensou. Chegou e retirou as sacolas do carro, entrou e colocou tudo no sofá. Aspirou o aroma gostoso de bifes e foi direto para a cozinha e ela o recebeu sorrindo.
— Senta aí, vamos almoçar. Osnir me contou que você não comeu, então fiz para nós dois.
— O cheiro está muito bom. Desculpe não ter te acompanhado como merecia, você não merecia passar por aquilo. Obrigada por ser quem é e estar aqui comigo.
Ela serviu os dois e sentou-se à sua frente, olhou-o e sorriu. Talvez houvesse chance para ele.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 58
Comments
Edineia Freitas da cruz
que merda de alfa e companheiro é esse que não sabe nem o nome da companheira afff e ainda se diz Ceo. decepção total quero desistir, mas vou dar um voto de confiança, vamos lá, mas 3 capítulos de chance pra esse babaca
2024-11-08
3
Kerollen🌺
Engraçado ele fazer um lugar que não julga pela aparência e fez e tem feito exatamente isso com a Luz./Left Bah!//Right Bah!/
2024-11-09
1
Kerollen🌺
como se você se importasse, né?/Smug/
2024-11-09
1