Rayka e o homem se encaravam com ferocidade. Suas auras brilhavam intensamente, escapando de seus corpos como energia pura. Em um piscar de olhos, avançaram um contra o outro, e o impacto foi brutal, lançando poeira e faíscas amarelas pelo ar. O som da colisão ecoou, como trovões em pleno campo de batalha.
Os punhos colados um no outro, seus corpos tremeram com o esforço. Parecia um impasse, até que Rayka deixou escapar um grito feroz, intensificando os raios amarelos que dançavam em torno de suas mãos. O homem vacilou por um instante, permitindo que ela desferisse um soco direto em seu rosto, carregado de energia. Ele cambaleou, mas revidou com um golpe poderoso no abdômen de Rayka. O ar foi expulso de seus pulmões, mas ela não cedeu.
Ambos trocavam socos em uma velocidade insana, os golpes faiscando e cortando o ar ao redor. Rayka começava a ganhar vantagem, forçando-o a recuar pouco a pouco. Porém, algo mudou. O ar ao redor deles ficou gélido, uma brisa cortante que fez Rayka hesitar por um segundo. O homem abriu um sorriso cruel, e com uma voz que parecia gotejar escárnio, murmurou:
— Agora é a minha vez de brincar.
Antes que Rayka pudesse reagir, sentiu suas mãos sendo envolvidas por um frio intenso. O gelo se formou instantaneamente, prendendo seus punhos. Mas Rayka não era do tipo que se intimidava. Com um grito de raiva, ela desferiu um chute de baixo para cima, atingindo o homem no queixo e o afastando. O gelo em suas mãos se rachou, e com um movimento brusco, ela o quebrou completamente, seus olhos faiscando de raiva.
— Desgraçado, estava escondendo seu elemento o tempo todo? — As palavras de Rayka saíam entre dentes enquanto seus raios amarelos ferviam, derretendo os últimos vestígios de gelo.
O homem limpou o sangue do canto da boca com a ponta dos dedos e riu, um som baixo e sombrio.
— Ah, Imperatriz, perdoe-me. Foi tão divertido ver você acreditando que poderia vencer... não usei meu poder apenas para prolongar seu desespero. Ver você com esperança foi... delicioso. — Ele sorriu, um brilho macabro nos olhos, enquanto uma névoa gélida envolvia seu corpo.
Rayka o encarou com desdém, seus olhos cerrados.
— Aberração.
Ele avançou com a mão direita emanando uma aura congelante. Rayka se esquivou, mas o homem tocou o chão e, num instante, estacas de gelo irromperam do solo sob seus pés. Rayka saltou, mas o homem já antecipava seus movimentos. Com um gesto fluido, ele lançou uma rajada de espinhos de gelo em sua direção.
Rayka, percebendo que não conseguiria escapar a tempo, intensificou seus raios, erguendo uma barreira de energia. Os espinhos colidiram contra a proteção, transformando-se em vapor ao contato, mas a força do ataque a empurrou para trás. Ela caiu de joelhos, sentindo o gosto metálico do sangue subir à garganta. Respirava com dificuldade, as mãos tremendo.
— Droga... — murmurou, encarando o chão enquanto o sangue escorria de um corte na testa.
O homem se aproximou lentamente, a satisfação em seu olhar.
— Que pena, Imperatriz. Parece que o meu elemento é a sua fraqueza. — Ele levantou a mão, e uma lâmina de gelo começou a se formar. — Não que você tivesse alguma escolha.
Ele estava prestes a desferir o golpe final, quando uma enorme luz cintilante cortou o ar em sua direção. O homem mal teve tempo de reagir, desviando-se para o lado. A lâmina de gelo se dissipou quando ele recuou, e Samuel apareceu ao lado de Rayka, sua espada envolta em chamas.
Mesmo claramente exausto, Samuel manteve os olhos fixos no inimigo.
— Consegue se levantar? — Ele perguntou a Rayka, sua voz grave, mas cheia de preocupação.
Rayka, ainda ofegante, forçou-se a levantar. Cada movimento parecia uma luta, mas ela se recusava a ceder.
— Acho que sim... — grunhiu ela, enquanto Samuel lhe estendia a mão.
Ela aceitou a ajuda, levantando-se com dificuldade.
— Obrigada.
O homem, observando a cena com desprezo, inclinou a cabeça.
— Ah, que adorável! Um casal unido na desgraça, muito fofinhos.— Ele riu, zombeteiro. — Mas não é uma pena? Vocês estão à beira da derrota.
Samuel olhou rapidamente para Rayka, com um olhar determinado.
— Você tem energia suficiente para um último ataque? — perguntou ele, com um tom de urgência. — Odeio admitir, mas não posso vencê-lo sozinho.
Rayka fechou os olhos por um breve momento, concentrando-se. Quando os abriu, havia um brilho feroz neles.
— Tenho... mas preciso de tempo para carregar o golpe.
— Quanto tempo? — Samuel perguntou, apertando o cabo da espada.
— Um minuto.
Aqui está a versão revisada, com uma escrita mais imersiva, cenas de ação mais fluidas e explicações sobre técnica e estilo aprimoradas:
Samuel lançou um olhar confiante para Rayka, um sorriso de canto nos lábios. Ele girou a espada, sentindo o peso familiar da lâmina em suas mãos e, sem hesitar, disse:
— Certo, eu seguro ele. — Firmando as mãos no cabo da espada, seus músculos se tensionaram, prontos para o combate.
Mas havia algo que Rayka ainda não havia revelado...
[Uma semana antes... Treinamento com Zack, em um local isolado e cercado de árvores.]
*BOOOOM!!!*
Uma explosão colossal devastou várias árvores em linha reta, deixando o solo derretido. Rayka ofegava pesadamente, suada e exausta, enquanto a fumaça subia ao redor.
— Ah... Consegui... — disse ela, ofegante, enquanto deixava sua metralhadora cair no chão.
Zack, com os braços cruzados e encostado em uma árvore, observava com um olhar crítico.
— A execução foi boa... mas está incompleta. Apesar de ser poderosa, essa técnica é ineficiente. Gasta muita energia — comentou ele, o tom calmo, mas firme. — Não recomendo usá-la ainda. Por enquanto, use aquela outra técnica que você desenvolveu... como era mesmo o nome?
— Resplendor Dourado — respondeu Rayka, tentando recuperar o fôlego.
Zack assentiu levemente.
— Isso. Use-a por enquanto. Ela é mais eficiente e consome menos energia. Se você usar essa técnica instável em uma condição ruim, as consequências podem ser desastrosas. — Seus olhos penetrantes transmitiam o aviso com seriedade.
— Certo... — murmurou Rayka, acenando com a cabeça, ainda exausta.
Zack havia ensinado Aline a diferença entre Estilo e Técnica. O estilo era a base, uma forma de canalizar seu poder de maneira mais controlada e versátil, permitindo ajustar a intensidade dos ataques conforme a necessidade. Quanto mais energia investida, mais devastadores seriam os golpes. A Técnica, por outro lado, exigia um controle mais refinado, elevando o poder de ataque de forma exponencial, mas a um custo alto de energia e destruição. Essa era a fraqueza de Rayka, o seu poder destrutivo ainda estava em desenvolvimento, diferente de Samuel, que já dominava técnicas extremamente poderosas.
Curiosa sobre o poder de Zack, Rayka o questionou enquanto ainda respirava com dificuldade.
— Zack, me diz uma coisa... você tem algum tipo de poder, ou algo semelhan...?
Sem sequer deixar ela terminar, Zack respondeu de forma melancólica:
— Nao...eu não tenho... — Sua voz parecia distante, e ele se afastou lentamente, deixando Rayka surpresa.
Ela o observou, pensativa: "Ele é tão forte assim sem nenhum poder? Se ele tivesse, seria uma verdadeira força monstruosa."
[De volta ao presente...]
Rayka segurou sua arma, concentrando-se profundamente. O homem, percebendo algo diferente no ar, avançou em sua direção, os olhos fixos nela. Mas antes que pudesse se aproximar, Samuel interceptou, desferindo um golpe diagonal. O homem desviou com agilidade, recuando para evitar o corte.
Os dois se encararam brevemente, e então avançaram ao mesmo tempo. Quando se chocaram, o impacto foi brutal, a colisão de gelo e fogo encheu o ar de vapor, e faíscas voaram entre os golpes. Lá dentro, ocultos pela fumaça, a espada flamejante de Samuel encontrava a lâmina gélida do adversário em uma dança frenética de ataques e defesas.
Samuel saltou, desferindo um golpe de cima. O homem esquivou-se para o lado e, em um movimento rápido, acertou um chute direto no rosto de Samuel, que foi arremessado para trás com violência. Ele cravou sua espada no chão, impedindo que seu corpo colidisse com a parede, e respirou fundo, recuperando-se antes de voltar à ofensiva.
Com a espada envolta em chamas, Samuel avançou novamente. O homem contra-atacou, lançando uma rajada de espinhos de gelo. Com um movimento rápido, Samuel girou sua espada, criando uma barreira de fogo que derreteu os espinhos antes de eles o atingirem. Aproveitando o breve momento de confusão, Samuel desapareceu da vista de seu oponente.
Aparecendo ao lado dele, Samuel desferiu um golpe rápido, mas o homem bloqueou com sua lâmina de gelo, e, encarando Samuel, zombou:
— Isso é tudo? Eu esperava mais de você.
Samuel sorriu, o olhar confiante.
— Parece que você não é tão esperto quanto pensa. — Atrás dele, uma rajada de raios vermelhos se formava, carregada por Rayka.
O homem, distraído com o confronto direto, não percebeu a energia acumulando-se. Samuel aproveitou a oportunidade e desferiu um soco firme no estômago do homem, seguido de um chute violento no rosto, derrubando-o. O homem se levantou rapidamente, limpando o sangue do canto da boca com raiva.
— Não se ache demais, tampinha! — gritou ele, furioso.
Samuel riu baixinho, recuando com um salto.
— Já fiz a minha parte.
De longe, a voz de Rayka ecoou pelo campo de batalha, forte e determinada:
— Técnica Destrutiva: Tempestade Escarlate! — A arma de Rayka disparou, liberando uma onda de energia avassaladora, raios vermelhos destruindo tudo em seu caminho.
Desesperado diante do poder destrutivo que se aproximava, o homem ergueu uma espessa barreira de gelo, tentando se proteger.
Mas Samuel, com a espada em chamas, apareceu na frente da barreira e gritou:
— Técnica Especial: Corte do Dragão Ascendente! — Sua lâmina cortou o ar, e um dragão flamejante emergiu, destruindo a barreira de gelo com facilidade.
No último instante, Samuel saltou para o lado, escapando da onda de destruição. A energia da técnica de Rayka atravessou o campo de batalha, derretendo o solo por onde passou e atingindo o homem em cheio, jogando-o contra a parede, que estilhaçou com o impacto.
Cansado e ferido, Samuel caiu de joelhos, ofegante. Ele olhou para o rastro de destruição deixado pelo ataque de Rayka e, quando seus olhos a encontraram, ela estava caída, exausta, sem forças para se levantar. Preocupado, Samuel reuniu o resto de sua energia, cambaleando até ela.
Ele a pegou nos braços e, com a voz cheia de desespero, gritou:
— Rayka! Rayka! — O medo em sua voz era palpável.
Ela não respondeu, e Samuel, com o coração apertado, tentou controlar sua respiração, enquanto lutava contra o esgotamento, esperando que ela estivesse bem.
Uma risada ecoou do buraco na parede, distorcida e bizarra.
— MUAHAHAHAHAHAHA! — O som grotesco reverberava enquanto o homem surgia da escuridão, uma seringa fincada em seu pescoço.
— Não... Não pode ser... — Samuel murmurou, rangendo os dentes, a incredulidade se espalhando pelo seu rosto.
— Ah, aquele ataque foi... perigoso. — A voz do homem tinha um tom debochado. — Eu perdi um braço e uma perna. Mas, felizmente, trouxe comigo um elixir especial, feito com as células de um "variante". — Enquanto falava, seu braço e perna mutilados regeneravam-se, os tecidos se reconstruindo com rapidez assustadora.
Samuel, ainda segurando Rayka em seus braços, sentiu uma onda de frustração e impotência subir como um maremoto. Ele mordeu os lábios, o gosto de sangue se misturando ao sabor amargo do fracasso. O homem, observando sua expressão de desespero, decidiu cutucar ainda mais fundo.
— Oh, parece que ela quebrou. — A provocação saía com um tom irritante e sarcástico, cortando como uma lâmina.
As veias no pescoço de Samuel pulsaram, seu corpo inteiro tremia de raiva. Mas o homem não parou, saboreando a tortura psicológica.
— Patético... seu mestre deve estar se revirando no caixão, por ter tido um discípulo tão inútil. — O sorriso debochado se alargou, enquanto cada palavra escorria com veneno.
— O que você disse?! — Samuel sussurrou, colocando Rayka gentilmente no chão antes de se levantar, seus punhos cerrados, as unhas cravadas na palma de suas mãos.
O ar ao redor deles pareceu mudar, tornando-se denso e sufocante. A tensão crescia, pulsante, como se o próprio ambiente estivesse esperando pelo próximo movimento.
Movido por uma fúria cega, Samuel avançou. Seu olhar era de puro ódio, e quando colidiu com o homem, o impacto foi brutal. Seus olhos fixos, cheios de uma raiva assassina, encaravam o adversário enquanto ele rosnava:
— Repete o que você disse! — As palavras saíam como uma ameaça mortal, seu corpo tremendo de pura fúria.
O homem, por outro lado, apenas se afastou com um sorriso selvagem nos lábios, os olhos brilhando de excitação.
— Interessante! — gritou, enquanto bloqueava com facilidade os golpes furiosos de Samuel.
A ira de Samuel o deixava mais rápido, mas também mais descuidado. Seus ataques eram previsíveis, cheios de força, mas sem estratégia. O homem parecia estar se divertindo, esquivando-se e bloqueando com precisão, como se estivesse brincando.
De repente, com um movimento fluido, o homem desferiu um chute poderoso, atingindo o peito de Samuel e o jogando ao chão. Antes que Samuel pudesse reagir, ele foi erguido pelo pescoço, os dedos gélidos do homem apertando sua garganta. Com tédio na voz, o homem murmurou:
— Cansei. Quer saber uma coisa sobre o seu mestre? — Sua voz tornou-se mais baixa, sinistra. — Eu estava lá. Eu vi quem o matou. Você se lembra? O dojo inteiro estava em chamas naquele dia...
Os olhos de Samuel se arregalaram, o choque se misturando à raiva em uma tempestade de emoções. A imagem do dojo em chamas voltou à sua mente com uma clareza brutal.
— Isso! Essa expressão! — O homem exclamou, eufórico. — Mostre-me mais! — Ele continuava segurando Samuel pelo pescoço, seu riso insano ecoando pelo campo de batalha.
A atmosfera mudou de repente. Uma presença sombria, densa e sufocante, surgiu atrás do homem. Instintivamente, ele soltou Samuel, que caiu de joelhos, ainda tentando processar a revelação devastadora.
O homem recuou rapidamente, virando-se para encarar a origem da nova ameaça. Seus olhos arregalaram-se ao perceber quem estava ali.
Zack.
Sua presença era sufocante, quase palpável, e seus olhos brilhavam com uma intenção assassina pura, fria e calculada. O silêncio que se seguiu era quase insuportável, e o homem sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Pela primeira vez desde o início da batalha, ele parecia hesitar, seu corpo congelado pela aura assassina de Zack.
A batalha estava chegando ao seu clímax. O fim se aproximava, e Zack, com um olhar que prometia morte, estava prestes a mudar o curso de tudo.
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Atualizado até capítulo 26
Comments
Alin3
sério mesmo, mal posso esperar por mais
2023-02-10
1
Alin3
essa história ta mt boa, perfeita
2023-02-10
1