Capítulo 13

Eu sei muito bem que há um professor na

sala, explicando algo sobre probabilidade, posso imaginar. E afirmo, com toda

certeza do mundo, que não faço ideia do que está acontecendo. Um passarinho com

seu cântico, do outro lado da rua, se torna muito mais chamativo e interessante

do que matérias de começo do ano. Mas também sei que o professor não tem culpa.

Ninguém tem.

Maia.

Ainda no fundamental,

anos atrás, eu também estava sentando em uma cadeira, exatamente como estou no

momento, contemplando o lado de fora da sala, perdido em imaginações e

situações que nunca iriam acontecer. Lara. Uma garota bonita, afirmo. Cabelos loiros e olhos verdes. Eu gostava dela.

Não sei dizer se pela aparência ou por ter estendido a mão quando tropecei em

um maldito degrau logo na entrada do colégio. Mas ela também esteve em meus

pensamentos, por vários dias, eu diria.

Então tomei coragem.

Ela estava escorada na

porta do banheiro, como se esperasse uma amiga sair de lá. Eu, claro, me

aproximei. Estava nervoso. Muito nervoso. Ainda consigo sentir minhas mãos

suadas e pés frios. Mas eu sabia que não teria outra chance.

— Lara — eu havia sorrido.

Como eu era bobo.

— Caio, oi — parecia

surpresa. Olhava de um lado para o outro, como se temesse aproximação de

alguém.

— Eu... — minha garganta

estava seca. Eu tinha palavras na língua, mas, por alguma razão, elas não

queriam sair. — Obrigado por ter me ajudado. Naquele dia, quero dizer. Quando

eu caí.

— Ah.

Eu esperava mais,

confesso.

— Bem... Você é uma

garota legal, sabia? — por que alguém

diria isso? — Por acaso... Você tem namorado?

Sinto uma pontada de dor

cada vez que me lembro dessa pergunta. Minha antiga psicóloga já me alertou dos

problemas que eu teria em trazer memórias guardadas. Lembranças passadas nada

mais são que lembranças passadas. Não irá mudar seu futuro e nem ajeitará sua

vida. É apenas um fragmento esquecido pelo tempo.

— Nada de se machucar

gratuitamente, Caio. Passado é apenas passado — dizia minha antiga psicóloga, convicta

de cada palavra que saía de sua boca.

Lara parecia não entender

minha pergunta. Seus olhos estavam apertados.

— Namorado? — perguntou,

aumentando e muito seu tom de voz. — Não! — Sorriu. Por que sorriu?

— Então aceita ser minha

namorada? — não faço ideia de como consegui tomar coragem o suficiente para

fazer uma pergunta estúpida como essa.

Prefiro não ter que me

lembrar do “não” dito por Laura Souza naquele dia, muito menos do garoto que se

aproximou instantes depois e beijou seus lábios rosados. Mas agora entendo porque

ela havia sorrido.

Com Maia não será

diferente.

O amor não existe. Não

entendo porque sinto reações estranhas no corpo. O ser humano deveria ser capaz

de escolher alguém, e não o contrário. Deveríamos optar por gostar ou não de

outra pessoa. Provavelmente alguém que também deseje me escolher. Não quero ser

o único idiota sozinho, gostando de garotas que não fazem ideia da minha

existência, tampouco do meu sofrimento. Odeio o fato de não poder controlar meu

próprio destino.

Sinto um leve toque em

meu ombro. David.

Viro-me para trás.

Ninguém está presente; nem mesmo Helena. Estava tão perdido em devaneios que

nem pude notar sua saída. Outros alunos também já se foram, assim como o

professor. Apenas David permaneceu sentado, esperando-me.

Pego minha mochila do

chão e me coloco de pé. Um ar fresco atinge minhas costas, vindo da grande

janela atrás de mim. Ainda consigo escutar os cânticos deixados pelos

passarinhos distantes. David toma minha frente e caminha para fora da sala. Eu o

acompanho. Corredor completamente vazio. Nada de olhares em minha direção nem

julgamento superficial. Consigo notar a luz no fim do túnel. Ou simplesmente,

como gosto de chamar, a saída do inferno.

Mas uma voz me faz

interromper:

— Oi!

Sei que não estou

delirando. Eu realmente escutei alguém me chamar.

— Você ouviu isso? — me

pergunta David.

Eu o encaro por um

momento.

— Oi!

Novamente escuto. Está atrás de mim?

Não estamos tão sozinhos assim.

— Oi! — chama outra vez.

Viro-me para trás. Ela se

aproxima. Está suada, bufando. Não sei o que o dizer. Minha garganta se aperta.

David puxa minha camisa,

tão surpreso quanto eu.

— Eu sei, eu sei —

sussurro para ele.

A garota limpa a testa

com o dorso da mão, retirando um pouco do suor que escorre em seu rosto. Sua

camisa está molhada, assim como o pescoço e braços.

— Puxa, como isso cansa —

diz ela, sorrindo e repousando as mãos sobre os joelhos, apenas por um rápido

instante.

— Está tudo bem? —

pergunta David. — Aconteceu alguma coisa?

— Não. — Endireita o

corpo, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha. — Quer dizer, eu estou

bem, sim. Mas não aconteceu alguma coisa. Na verdade eu queria falar com você.

Caio, não é?

Maia sabe meu nome. Não

sei por que me sinto bem com essa informação.

— Isso — respondo, sem

saber se ela conseguiu me escutar. Saiu baixo demais. — Caio, isso. — Confirmo.

— Maia?

Claro

que eu sei o nome dela, idiota. Não se faça de difícil.

— Maia — ela parece mesmo

cansada.

Silêncio.

Por

que Maia gostaria de falar comigo?

— Mas não aqui. Prefiro

não ter que conversar em uma escola, se é que me entende — novamente sorri.

Felicidade ou nervosismo? — Conhece a Lanchonete do Burguinho?

— Claro.

— Hoje? Duas horas? Pode

ser?

Hoje?

Ela quer que eu encontre com ela? Duas horas? Por quê?

Meu coração bate forte.

Será

que não gostou da minha presença mais cedo, quando a espionei pela porta?

Sinto um calafrio

percorrer minhas espinhas.

Merda,

merda, merda.

— Então, Caio. Ela te fez

uma pergunta. Como vai ser? — pergunta David, quebrando minha linha de

raciocínio.

Respiro fundo. Não posso

titubear agora.

— Será um prazer — digo.

Será

um prazer? Por acaso está na idade média?

— Duas horas, então —

confirma. — Uma dica: não corram em volta da quadra quando se sentirem

entediados.

— Pode deixar — diz

David, sorrindo abertamente.

Em poucos segundos ela já

não está presente, saindo pela porta do inferno. Atrasada? Não sei.

Mas isso pouco importa.

Eu acabei de falar com

Maia, e ela me convidou para uma conversa, no qual eu não faço ideia do que

poderá acontecer. Por quê? Ela não pediu meu número, não me abraçou nem

perguntou como eu estava. Só queria conversar. Então por que me sinto bem? Por

que minhas pernas tremem? Por que meu coração bate forte?

— Então quer dizer que

hoje terá um encontro, é? — consigo notar sarcasmo na pergunta de David. —

Parece que o passarinho está prestes a voar, não é mesmo?

— Não é um encontro —

respondo, constrangido. Então sorrio. — Pelo menos eu acho que não. Quer dizer

que agora virou fãs de passarinhos?

— Só quando não posso

usar referências de baleias.

***

13h05. Confesso que não consigo pensar

nada além do encontro — se é que posso chamar assim — que terei hoje. Menos de

uma hora para encontrá-la e sinto uma energia incomum circular toda parte do

meu corpo, do dedinho do pé até o último fio de cabelo da cabeça. Estou sozinho

em meu quarto, tendo o reflexo de um garoto assustado e inquieto como

companhia.

Não gosto de me observar

no espelho. O corpo magro, levemente corcunda. Cabelo alto e bagunçado, sem

contar os lábios finos e sem graça. Bem, é isso que eu vejo quando encaro meu

reflexo por alguns minutos, mesmo que algumas pessoas tentem me fazer acreditar

que nada do que enxergo seja real. Mas eu sei o que sei.

Respiro fundo.

13h10. O tempo não é

muito favorável quando se necessita dele. Não sei dizer se quero encontrá-la.

Uma parte de mim deseja ficar em casa, deitado em uma cama confortável e fugir

de todas as obrigações e desafios que surgem em meu caminho. Enquanto outra

parte — no qual eu odeio profundamente — prefere um encontro em uma lanchonete

tão antiga quanto meu avô e com uma garota tão misteriosa quanto o conteúdo da

maleta em Pulp Fiction.

Não

tenho o que temer. Talvez ela só não tenha gostado da minha presença mais cedo,

quando a observei tocar violino.

Expiro e inspiro,

fechando meus olhos por algum tempo.

13h22, horário que saio

do meu quarto e caminho até o banheiro. Preciso de um bom banho antes de

encontrá-la. Estou suando demais para vê-la desse jeito, sem contar no forte

calor que paira na cidade. Não consigo deixar meu corpo quieto. Parece mesmo

que levei um choque e toda energia insiste em circular dentro de mim.

Assim que os ponteiros

apontam 13h37, após eu permanecer sentado por longos minutos, refletindo, eu

saio de casa. Caminho em um ritmo lento, sentindo cada batida em meu coração. O

local marcado não fica longe de casa, apenas algumas quadras de distância. Não

tenho pressa. Na verdade, eu sinto medo. Não sei o que poderá acontecer. Não

entendo porque Maia gostaria de falar comigo agora. São muitas perguntas para

poucas respostas.

Estou parado do outro

lado da rua, observando-a. Ela está sentada, distraída em seu celular. Lanchonete do Burguinho, diz o grande

letreiro em cima, colorido. Meus pés não obedecem minha mente. Não consigo

caminhar em sua direção.

Vai

ficar tudo bem. Não precisa temer.

Respiro fundo.

Vai

ficar tudo bem.

Ela não me viu. Seria uma

boa hora para girar sobre meus calcanhares e voltar para casa.

Não,

idiota. Não seja covarde.

Não posso fugir agora.

Um...

Dois...

Três...

Tomo coragem e me aproximo.

Maia me observa, assim

que entro no estabelecimento. Um calafrio percorre minhas espinhas, seguido por

um rápido aquecer no peito. Sinto minha garganta seca. Não consigo demonstrar

segurança ou tranquilidade perto de uma garota capaz de causar reações

estranhas em meu corpo.

Porém, não posso vacilar

agora.

Frio da barriga? Pode apostar

que sim. Algumas pessoas estão em volta, e, para ser sincero, não ligo se elas

me observam. Mas Maia? Sim, eu me importo. Muito. E ela está me observando

agora. O celular não está mais em seus dedos, deixando toda atenção em meu

corpo esguio e sem jeito.

Sigo para sua direção.

— Então é aqui que você

trabalha? — apesar de toda instabilidade psicológica que corrói minha mente,

prefiro começar com uma pergunta. Quem sabe assim não sinto um peso sendo

retirado das costas. Tudo é possível.

Mas obviamente eu não

precisava dessa pergunta, até porque o avental amarelo e o cabelo amarrado em

um rabo-de-cavalo deixa claro que ela trabalha nessa lanchonete.

— Faça o possível para

ajudar sua família, pequena Maia. Bem, é isso que eu escuto quase sempre — ela

se levanta, estendendo o braço em minha direção, esperando que eu aperte sua

mão. Eu obedeço. Um frágil sorriso se estende em seus lábios. — Agradeço por

ter vindo. Prometo que será rápido.

— Não se preocupe, minha

agenda não está tão cheia assim, na verdade — deixo um sorriso surgir, em uma

falha tentativa de acalmar meu coração, que insiste em bater de forma

acelerada.

Sento-me em um banco

vermelho, ficando de frente para Maia.

Poucas pessoas estão

presentes; um número infinitamente menor do que eu imaginei antes de entrar. Uma

música no fundo, provavelmente indie,

acalma o ambiente. O ar-condicionado também ajuda, embora não por completo. O

calor ainda prevalece na cidade.

— Caramba, faz muito

tempo não visito esse lugar — digo em um sussurro, fitando tudo que me cerca. O

mesmo balcão, bancos, mesas e luzes fracas. Tudo o que já existia há algum

tempo. — Lembro que meu pai costumava me trazer aqui, principalmente quando eu

ficava triste por tirar notas ruins em provas. Era um jeito dele de me mostrar

que, apesar da situação ruim no momento, a vida ainda não acabou.

Maia me observa por um

momento, em silêncio.

— Desculpe. Nem sei por

que estou dizendo isso...

— Não! — ela sorri. —

Está tudo bem. Nem sempre consigamos manter tudo dentro de nós. Eu também

costumava visitar esse lugar, se quer saber. Agora eu visito por obrigação. Mas

é um bom lugar.

Concordo com um aceno de

cabeça. Lentamente, como o fim de uma tempestade de novembro, sinto meu corpo

se acalmar. Minhas mãos deixam de suar e meus pés param de tremer. Meu coração

se tranquiliza, aliviando toda tensão que antes se acumulou em meu peito.

Não entendo porque me

sinto bem conversando com Maia. Não gosto de dialogar com pessoas no qual eu

não tenho intimidade. Toda pressão para ser alguém perfeito em uma primeira

conversa, passando uma ilusão que nem sempre corresponde com seus atos

rotineiros. Mas com Maia é diferente. Não tenho medo de ser julgado ou de

tentar ser um ser humano incrível. Porque eu não sou. E eu sei que ela sabe

disso. Portanto, não temo o pior.

— E então, pretende me

deixar ainda mais ansioso?  — pergunto,

sentindo um calor emanar de dentro do meu peito. Suor escorre em meu rosto, apesar

de tudo. — Eu imagino que tenha me chamado aqui por causa da minha espionagem

mais cedo. Então, eu peço desculpas. — Engulo em seco. — Eu estava passando,

ouvi você tocar, era uma música que eu gostava...

— Não. Não é isso — me

interrompe, sorrindo mais uma vez. — Na verdade você descobriu minha paixão,

parabéns. — Me encara nos olhos por um momento. — Mas não é para isso que te

chamei aqui. — Respira fundo.

Algumas manchas de

ketchup e mostarda estão espalhadas por todo seu avental. O colar se mantém escondido

por trás da camisa, enquanto pouca maquiagem preenche seu rosto.

Se

não me chamou aqui por causa da minha presença inconveniente mais cedo, então qual

o motivo?

— Como tenho apenas vinte

minutos de intervalo, que agora já não são mais vinte, precisamos ser rápidos.

Quer dizer, eu preciso ser rápida. Por acaso alguém... — Dá um tempo antes de

responder. Parece tão nervosa quanto eu, olhando de um lado para o outro. —

Aceitou ser sua... Como podemos chamar? — Seus dedos batem na mesa, subindo e

descendo. — Acompanhante de casamento?

Acompanhante

de casamento?

Alguns segundos se passam

antes que eu possa entender o que ela está dizendo.

— Espera! Acompanhante de

casamento?  Está falando do panfleto?

— Sim. Olha, não quero

que pense de forma errada, sabe? Não é como se eu estivesse interessada apenas

no dinheiro, porque não é o caso. Mas não posso negar que não preciso dele, me

entende? Então... Você que decide.

Então

esse é o motivo de ter me chamado aqui? Por isso não queria conversar na

escola. Estava com vergonha?

Apesar de tudo, enxergo sinceridade

em seu olhar. Sei que não está mentindo, não me chamaria aqui se não precisasse

do dinheiro. Também sei que não é por total interesse, ou então ela teria

ficado em uma fila junto com outras garotas. Mas por que precisa do dinheiro?

— Agora tenho cinco

minutos de intervalo — ela sorri, colocando poucos fios de cabelo atrás da

orelha.

Não sei o que responder.

Ainda sou apenas um garoto amedrontado e confuso, que tira conclusão

precipitada de tudo que acontece em minha vida. Minha mente trabalha de forma

acelerada, juntando ideias e encaixando peças, mas nem sempre de forma

positiva. Por mais que eu esteja me sentindo bem, tanto por conversar com Maia

quanto por saber que ela pretende ir ao casamento comigo, não me sinto

totalmente seguro em ter que aceitar o convite. Sei que ela não aceitaria se

não envolvesse dinheiro, mas também sei que eu jamais poderia conhecê-la se não

fosse pelo convite.

Merda.

Parece que estou em um beco sem saída.

Porém, não tenho outra

opção. Faltam poucos dias. Além do mais, não quero aparecer sozinho, como um

ser incapaz de levar alguém. Serei tachado como um idiota, principalmente pelo

meu primo, que sempre duvidou da minha capacidade.

— Então... — começo, após

alguns segundos em silêncio, refletindo. — O que faremos?

— Como assim?

— Bem... Não sei como

faço para organizar isso. É só aparecer na hora marcada e entrar? Preciso te

buscar, como acontece em filmes? Alugo uma limusine?

Maia parece relaxar os

ombros, sorrindo.

— Não se preocupe,

daremos um jeito. Casamentos só são complicados para quem organiza. E, falando

em organização, precisamos ajeitar esse seu visual.

— O que tem o meu visual?

— olho para baixo, enxergando minha camisa com estampa de super-herói.

— Ou o que não tem no seu

visual, né? Mas como eu disse, daremos um jeito. E se prepare, teremos uma

agenda cheia essa semana.

— O que quer dizer com

isso?

— Diário Da Princesa, meu caro amigo.

— Está me dizendo que...

Antes que eu possa

terminar de perguntar, alguém me interrompe:

— Maia, seu tampo acabou!

— grita um homem, atrás do balcão. — Volta para o serviço.

— Se cuida, pequeno

gafanhoto — diz ela em minha direção, se levantando. — E se prepare para

mudanças.

— Espera... Diário Da

Princesa? É sério? E por que não Ela É Demais?

Mas Maia não me responde,

precisando sair, caminhando em direção ao homem de avental amarelo.

Por um segundo, talvez

dois, esqueço todo defeito em meu corpo, toda timidez em meu ser, todo

nervosismo corriqueiro e toda escuridão em minha alma. O mundo se torna um

lugar melhor. Pessoas parecem belas e encantadoras. Maldade? Como se nunca

tivesse existido. Uma simples conversa, de sete ou mais minutos, fez meu

coração se acalmar e minha mente se distrair. Já faz algum tempo que não me

sinto tão bem.

Mas eu sei que tudo tem

um fim e que nada é como esperamos. Descobri isso de várias formas diferentes.

Felicidade, por pior que seja admitir, é passageira. Quando Camila, ainda no

ensino primário, me negou uma mordida em seu chocolate, afirmando que eu não

era bonito o bastante para que ela dividisse comida comigo, eu comecei a

entender que justiça não prevalecia no mundo. Ou quando Bianca, minha vizinha

que eu tanto conversava depois da aula, resolveu namorar Victor e desde então

passou a me evitar, alegando que encontrou pessoas mais interessantes do que

eu, pude perceber que sonhos e planos não se tornam reais apenas pela força do

querer.

Portanto, felicidade

sempre será passageira. Mas isso não apaga o fato de eu me sentir bem, pelo

menos por um minuto. Maia me causou esse sentimento. Ainda não entendo o

porquê. Será uma mais uma peça do destino? Ou será que tudo o que sentimos é

por consequência de nossas escolhas?

Não me lembro de tê-la

escolhido. Na verdade, isso pouco importa. Hoje eu voltarei para casa cantando

e sorrindo, esquecendo que existem pessoas lá fora que não se importam com

minha existência.

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