ALLANA,
Ele vem e me agarra, puxando meu corpo contra o dele, e eu morro de medo de ele querer me machucar de novo, de ele me tocar novamente, as lembranças daquela noite invadem minha mente, e eu já começo a chorar em desespero porque doeu muito, e não quero que se repita.
Ele fica me olhando, sua respiração está ofegante, e posso sentir a batida rápida do seu coração no meu peito, tão acelerado que parece que vai sair fora do peito a qualquer momento.
Ele me deita na cama e vem se deitando em cima de mim, e eu começo a chorar ainda mais, e começo a pedir por favor pra não fazer isso, de novo não, sinto até nojo dos seus toques, sinto formigamento, não quero isso de novo, não posso ser seu brinquedo sexual, preciso sair daqui com urgência, ou vou virar escrava dos prazeres dele.
Começo a me debater, o que é quase impossível, já que seu corpo é mais pesado que o meu, mas eu tenho que lutar para não ser violada novamente.
Seus olhos transbordam desejo, ele quer muito me tomar novamente, passa seus lábios nos meus, e o meu medo me consome ainda mais, mas eu não quero, e com as minhas súplicas, dessa vez ele me larga e sai do quarto bem irritado, sem olhar para mim.
Eu me levanto rápido e tranco a porta do quarto e me sento no chão encostada na porta e começo a chorar, quase ele me força de novo, quase virei outra bonequinha sexual pra ele, pois sinto que só isso que eu sou, nada mais que um objeto de prazer.
Mesmo que tenha me feito sua esposa, mas me sinto assim.
Hoje ele não me tocou, mas por quanto tempo vou conseguir fazer com que ele não me toque? Preciso fugir o quanto antes dessa maldita casa, para bem longe dele, mas antes preciso ver meus amigos, eles devem estar doidos me procurando.
Vou dar um jeito de sair de casa de hoje para amanhã, não posso mais correr o risco de ele fazer de novo o que fez comigo.
Coloco uma roupa e desço, vejo que ele não está na sala de jantar, mas o almoço ali está servido.
Começo a andar pela casa, e por último vou no escritório e ele não está ali.
Saio na garagem, e vejo que o carro que ele me trouxe também não está, então, ele saiu, se ele saiu eu vou inventar uma história, e passar pelos seguranças sem ser barrada.
Agora, sem ele aqui, vou dar um perdido legal. Subo pro meu quarto e coloco uma calça, e uma camiseta. E saio às pressas, tenho que agir antes de ele voltar.
Chego no portão e os seguranças me param.
– Cadê o motorista? Preciso ir na farmácia, estou com cólica e aqui não tem o meu remédio.
Eles só me olham sem falar nada.
– Ok, vou ligar pro meu marido, e dizer que estou com dor e vocês não me deixaram sair, preparem-se para demissão.
Um deles aponta para onde o motorista está. Merda, é um homem já de idade, se eu fugir dele e o satã machucar ele?
Quer saber, vou sentir pena de ninguém não, foi nessa que eu me ferrei todinha, se tivesse um pouco de ódio na alma, eu não estava presa aqui agora.
Chego até ele e peço para que me leve a uma farmácia, faço até careta de dor, e como uma bela atriz que sou, ele acredita e abre a porta do carro para eu entrar.
Sento no banco de trás sorrindo por dentro, não foi tão difícil até aqui, e ele segue pra fora do portão, e eu já posso sentir o cheiro de liberdade, dou até uma respirada bem forte e nem olho pra trás, nem pra me despedir dessa casa maldita.
Quando ele para na farmácia, ele vai descer do carro junto comigo, e isso não pode acontecer, ou não vou conseguir pedir ajuda.
– Não precisa descer, eu vou ser rápida prometo, me espere aqui dentro mesmo.
Ele balança o dedo, dizendo que não e coloca a mão no peito em forma de dizer sinto muito. Droga, ele não pode descer comigo, preciso fugir sem ele ver, ou vai chamar o satã aqui e já era vida livre.
– Então me espera fora do carro, é vergonhoso entrar com empregado na farmácia.
Ele me olha triste, e meu coração aperta, nunca destratei ninguém na minha vida, mais não posso deixar ele entrar comigo. Ele balança a cabeça e sai do carro.
Eu vou entrar na farmácia e vejo que ele está encostado na porta do carro. Estou me sentindo tão mal por ter falado daquele jeito com ele, fiquei parecida com o satã desse jeito.
Mais só tem essa forma de ter minha live novamente, pois nem mesmo pode me livrar das mãos do patrão dele, e eu não vou ser mais uma bonequinha sexual, eu não sou isso, não mereço isso. Chego até o atendente já pedindo ajuda.
– Moço, por favor me ajuda, eu sou surda e um homem me sequestrou, eu preciso fugir, tem alguma saída de emergência?
Ele me olha espantado e balança a cabeça que sim. Ele me leva até a parte de trás, e tem a porta de emergência lá. Eu agradeço a ele, e já saio correndo para o outro lado da rua.
Perna pra que te quero. Chega senti meus pés batendo na minha bunda. Vou até um viaduto, e atravesso ele, preciso chegar até o Marcelo e a Bia, eles devem estar preocupados com o meu sumiço.
Mais eu não vou poder ficar com eles, eu não sei do que o meu marido é capaz de fazer. Chego no farol que eu vendia bala, e já vou direto pro abrigo deles. Eles já estão armando a barraca, pois já está escurecendo.
Quando a Bia me vê, ela já vem correndo e me abraçando. Ela faz gestos pra saber o que aconteceu, e eu começo a explicar tudo pra eles, desde o momento que salvei o satã, até o momento que eu fugi de lá.
Digo que tenho que ir embora, pois ele pode vir atrás de mim, mas eles dizem pra eu dormir hoje ali com eles, e amanhã cedinho eu saio.
Concordo com a cabeça, e me deito junto com Noah, e durmo sentindo seu cheirinho. Acordo antes do dia clarear, eu me levanto e dou um beijinho na cabeça do Noah, e quando estou saindo, o Marcelo toca no meu braço, e me dá um dinheiro.
– Não Marcelo, pode ficar, eu me viro.
Ele pega na minha mão e coloca o dinheiro, não ligando se eu quero ou não. Dou um abraço nele, e saio dali indo em direção ao contrário do farol.
Estou próximo a uma praça, uns homens estão usando drogas do outro lado, minha barriga começa a roncar, tem um carrinho de hot dog, que está próximo deles.
Eu vou lá, e peço meu lanche e pago. Quando o moço termina de aprontar, eu pego o lanche, vou indo em direção à onde eu estava, até sentir uma mão apertar o meu braço.
Quando eu olho para trás, é um dos homens que estavam sentados ali, ele estava falando irritado, e pelo medo não consigo entender nada.
Eu puxo meu braço, e ele me puxa pro lado dele com força, e vai me arrastando. Eu começo a gritar, pedindo socorro, mas ninguém me ajuda, eu vou me debatendo pra tentar soltar do agarre dele.
Eu levo a mão dele até minha boca e mordo bem forte, ele puxa a mão e eu saio correndo dele, e bato em uma muralha de músculo, me fazendo cair de bunda no chão.
Olho pra cima e adivinha quem é?
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Atualizado até capítulo 81
Comments
Rosilene Oliveira
jente apesar do Satã tá maltratando ela tô amando o jeito dela mesmo com tudo isso ela não se rebaixa
2025-03-12
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Michelly De Jesus
o Satã dela meu Deus como poder!!!!!!!!
2025-03-21
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fabiana melo
não foi dessa vez que ela conseguiu...m
2025-03-09
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