cap 10

DOMINIC,

Termino a refeição e vou direto para o meu escritório, estou furioso com essa mulher. Deu vontade de apertar seu pescoço, esmagar cada pedacinho e ouvir os ossos quebrar um por um na minha mão.

Só falta ela querer seduzir os homens desta casa também. Eu sou quem coloca chifres, não quem os leva. Quem ela pensa que é?

Ela não é ninguém, nada além de uma moradora de rua maloqueira, sem família, sem dinheiro e sem nada na vida. Eu a resgatei de lá, a transformei na dona dessa casa, e é assim que ela me retribui? Paquerando os homens do restaurante? Não poderemos sair, pois ela vai dar em cima de todo mundo que ver pela frente?

Vou fazer da sua vida um inferno, ela vai levar chifre sobre chifre, e vou começar agora mesmo.

Chamo a Maria, quero que ela veja a Maria entrando no meu quarto. Ela vê, eu sorrio para ela e entro. Os seus olhos de "não tô nem aí" me incomodam demais. Mando Maria sair, pois, não fez o efeito que eu queria. Droga Allana, o que você sente, tem algum coração aí?

Preciso dar um jeito de arrumar essa audição dela, agora mais do que nunca quero que ela escute tudo o que vou fazer com ela, cada gemido saindo do quarto, ela tem que ouvir.

Olho pelas câmeras do meu computador e vejo ela perambulando pela casa, conhecendo o território. Espero que goste, porque se não gostar, não fará diferença nenhuma. Só pode aceitar sua nova realidade e dar graças por não morar mais na rua e ser alguém.

Vejo que ela saiu e chegou perto da minha ala hospitalar, mas está trancada. Deixo ela na curiosidade.

Vejo a Rosa tropeçando e caindo dentro da piscina.

Oh, velha burra, que não olha por onde anda, meu pai.

Vou até lá fora para não morrer afogada, mas a cena que vejo mexe comigo.

A Allana entra na piscina para salvar a Rosa, como pode fazer isso se nem a conhece? Como pode se arriscar por uma empregada da casa?

Poderia ter morrido junto, ela me vê e finge que não está me vendo, a pior sensação do mundo que essa mulher está me fazendo passar.

Odeio ser desprezado desse jeito, nenhuma mulher nunca me esnobou como essa maloqueira está fazendo.

Ela passa por mim e nem me olha.

Maldita. Preciso tratar logo dessa surdez dela.

A chamo para o meu escritório, ela vem toda molhada. Se a roupa fosse branca, eu ia adorar.

Escrevo perguntando se há alguma cirurgia para tratar da surdez dela. Não vou passar minha vida toda escrevendo em papelzinho.

Com a sua resposta, fico irritado, até ela dizer para eu estudar Libras.

Dou uma gargalhada que, dentro dessa casa, só ela não escuta.

Isso é tão desrespeitoso, ela precisa ter bons modos, e eu vou adorar ensinar isso a ela.

Mando ela sair com as mãos, ela não sai. Mando de novo e ela acaba comigo com suas palavras.

Nunca tive um amigo de verdade. Sempre fui azedo por causa do meu problema, sempre soube que um dia ou outro eu iria morrer, só não imaginava que viveria até os 28 anos.

Por que fazer amizade sabendo que sua vida está por um fio, que hoje está aqui e amanhã pode não estar mais?

Me isolei do mundo todo. Vou à empresa uma vez por mês, o resto dos dias fico trabalhando de dentro de casa mesmo.

Não viajo para lugar nenhum, e sempre trago as mulheres para cá.

No máximo, uma noitada em uma balada, é o máximo que me faz sair de casa.

Olho pela janela e vejo ela indo em direção ao portão. Pego o rádio e já aviso que ela é proibida de sair sem mim.

Eles barram ela e eu cruzo meus braços sorrindo, sorriso de vitória, ela acha que vai ser fácil sair dessa casa, han, ela está muito enganada.

Ela sai dali e eu dou mais risada ainda por ela ter pensado na ideia de sair pelo portão.

Repondo mais dois emails e vou para a sala de jantar.

DOMINIC

— Rosa, cadê a Allana?

ROSA

— Ela disse que estava sem fome, senhor, e acho que foi para o quarto.

Respiro fundo, só falta querer ficar sem comer.

Quando eu abro a porta, ela está só de lingerie, ela se assusta e corre para pegar a toalha para se cobrir, e eu corro para que ela não pegue, chego primeiro e já puxo o corpo dela colando no meu.

– Por favor, não me machuque de novo.

Suas palavras saíram como um tiro. Eu a machuquei, não queria tê-la machucado, e porque esse sentimento de arrependimento me assola nesse homem.

Eu a quero, quero senti-la sem nenhum tipo de bebida, mas ela está com seus olhos apavorados.

Olho em seus olhos, o desejo me assola, mas o seu rosto de medo me faz ficar com raiva de mim mesmo.

Talvez Allana seja uma coisa boa que tenha entrado na minha vida, se eu continuar assim, posso perdê-la.

Droga, nenhuma mulher nunca pediu por favor para não ser tocada, muito pelo contrário, o por favor sempre foi para penetrá-la logo.

Ainda tento responder aos meus instintos e a conduzo até a cama, me deitando sobre seu corpo, mas aí ela começa a chorar.

E fode com meu psicológico que já está ferrado.

Roço meus lábios nos dela e fecho meus olhos e escuto ela falar baixinho.

– Por favor, não.

Aperto os lençóis ao lado dela e me levanto, nem a olho mais, bato a porta com força e vou para o meu quarto.

Ando de um lado para o outro, passando a mão nos cabelos. Pensei que ela ia se apaixonar por mim como todas sempre fazem.

Por que ela não se encantou?

– DROGA!

Grito para aliviar essa raiva que estou sentindo nesse momento.

Vou para o chuveiro tomar um banho, já que ela pede por favor para não tê-la, já que ela não me quer, vou procurar quem me queira, vou procurar quem, com um dedo, já se rasteja aos meus pés.

Saio do banho e coloco uma roupa normal, vou até meu carro e dirijo para qualquer boate próxima, só preciso gozar, só preciso me aliviar para não ficar com as bolas roxas.

O que estou vendo, que vai ser constante nesse casamento.

Paro na boate e já vou para a área vip, peço meu whisky preferido, dose dupla, e viro de uma vez, mas mando a garçonete me trazer logo a garrafa.

Logo vem uma morena, e eu dependo, quero uma que pelo menos os cabelos pareçam com os da Allana.

E tem uma loirinha gostosinha, a chamo e ela já vem para o meu colo.

Bebemos duas garrafas de whisky, a chamo toda hora de Allana, e ela sempre me corrige, falando seu verdadeiro nome.

Eu já estou bem bêbado, a mulher me puxa para o quarto.

Vou sendo guiado para ela, e me deito.

Não queria fazer nada, mas pelo embaçado da cachaça, acabo pensando que ela é a Allana. Coloco a camisinha todo atrapalhado, e logo me desmancho dentro dela.

Vou para fora, trôpego, chego até meu carro e já entro.

Um dos seguranças pergunta se não quero que chame um táxi, já que estou muito bêbado e posso sofrer um acidente.

Se eu morrer nesse acidente, seria bom, assim a Allana não atormentaria mais a minha mente.

Até consigo chegar em casa, o dia já está claro, saí ontem daqui e nem tinha escurecido, e já é de manhã do outro dia.

Subo as escadas e abro a porta do quarto, me assusto ao ver que ela não está no quarto dela, mas pode estar pela casa. Então me deito ali mesmo e durmo.

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Comments

Rosilene Oliveira

Rosilene Oliveira

tô amando tava pensando que ela ia se apaixonar lê lascou quem tá se apaxonando e ele é se não mudar e tratar ela com carinho vai piorar o ódio dela

2025-03-12

0

Lenny Souza

Lenny Souza

como ela vai se apaixonar por um cretino estuprador como vc que se acha o último biscoito do pacote só sabe humilhar ela e ser cruel

2025-03-09

1

Silvana Marilia

Silvana Marilia

Quem não tem coração é você estúpido que além casar a força com a moça ainda estrupar /CoolGuy/

2025-03-04

3

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