Cap 12

DOMINIC

Abro os meus olhos, e quando levanto a minha cabeça está pesada, me viro de barriga pra cima, e vou me levantando devagar, parece que fui atropelado por um trator. Que inferno, até pra beber é impossível, nem essa felicidade posso ter, só presta quando está bebendo, no outro dia é lapada na cabeça do indivíduo.

A dor de cabeça aperta mais ainda quando estou em pé, vou direto pro banheiro tomar um banho, me arrastando, me lavo e fico ali embaixo da água, pensando em tudo que está acontecendo, como a Allana é afrontosa, só me enche a paciência, mas também como é linda e gostosa pra caramba, minha mente me trai em pensar só nela a todo tempo.

Que tipo de encanto que ela tem? Mesmo que seja linda, não pode ter todo esse feitiço, parece que me jogou o canto da sereia e eu fiquei hipnotizado com seu jeito e sua beleza.

Saio do banheiro com uma toalha na cintura, e me troco, colocando uma roupa mais confortável. Saio do quarto e vou procurar pela Allana, e nada de achar ela.

Até que desço as escadas e estão os 3 empregados cochichando baixinho, parecem três fofoqueiros desempregados, pois serão daqui a pouco.

– Não tem trabalho não pra fazer pra ficarem fofocando, hein? — falo e os três pulam com o susto.

– Senhor... Eu... Eu... Eu — o motorista fala nervoso.

– Eu o que, Jorge? Não sabia que era gago.

– Sua esposa ontem pediu pro Jorge levar ela a uma farmácia e fugiu... sumiu. — Maria fala entregando o velho, que já coloca na cara um medo estampado.

– Como é que é? Eu não dei permissão para ela sair, e nem te mandei levar ela a lugar nenhum, mandei??? — falo quase gritando, uma raiva sobe pelas minhas veias, como assim ela fugiu de mim?

– Ela estava com cólica, senhor, e disse que aqui não tinha o remédio dela, como ia deixar a patroa com dor? — ele fala tentando se explicar, e Maria revira os olhos. Uma raiva já começa a subir.

– Poderia ter ido sozinho comprar o remédio, era só ter pedido o nome e ter ido comprar. Foi por isso que deixei o maldito cartão com você. E como ela fugiu de você pode me explicar?

– Eu ia entrar com ela na farmácia, mas ela me disse pra ficar do lado de fora, porque era vergonhoso entrar na farmácia com empregado.

Enganado fácil, ela sempre gentil não falaria isso assim.

– A mulher pula na piscina pra salvar uma empregada, e falou com você desse jeito? Inacreditável, ela já falou isso pra você não entrar com ela pra poder fugir, você é um banana. Agora vamos atrás dela, anda tapado.

– Não vai tomar café primeiro, Dom? — Diz a Maria sorrindo pra mim, e tô com vontade de socar a cara dela já.

– Não, estou de ressaca, bora, Jorge.

Ele balança a cabeça e vamos saindo da casa, ele já vai direto pro carro e eu chamo mais dois seguranças pra ajudar a vasculhar bem a área.

Eu vou em um carro e eles em outro. Tenho que achar essa maloqueira, eu estava decidido a tentar ser gentil com ela, mas essa fuga dela vai lhe custar muito caro.

Se ela não quer o melhor de mim, então não terá, vou dar um castigo tão grande pra aprender a nunca mais fugir.

Vasculhamos pelas redondezas próximo da farmácia, não é possível que essa mulher tenha andado tanto assim, mas ela não está por aqui.

Mas por via das dúvidas, vou para o farol onde ela trabalhava, mesmo eu dando tudo pra ela, ela foge pra voltar a viver na rua.

Mulher burra pra caramba. Maloqueira, prefere a rua do que o luxo.

Tem casa, comida da melhor, roupa exclusiva e um homem gostoso do lado, como pode preferir a rua?

É aquele ditado: você sai da pobreza, mas a pobreza não sai de você.

Chegamos no farol e ela não está por aqui, merda, quando foi que eu corri atrás de mulher?

Estaciono o carro em um canteiro, eu e o Jorge vamos fazer a busca a pé.

Procuramos por essas redondezas, e nada.

Vou comprar uma joia pra ela, vou mandar colocar um rastreador, quero ver essa maloqueira fazer isso de novo.

Fui um tapado, era pra ter colocado na aliança, mas deixa, deixa ela comigo.

Voltamos pro carro ao perceber que aqui ela não está.

Meu celular toca, é o segurança que está ajudando na procura, ele diz que está vendo ela indo sentido a uma praça, ele me passa o endereço e seguimos para lá.

Paro o carro e vejo ela sentada. Maldita gostosa, eu vou te dar um castigo bem grande.

Ela se levanta, e aquela bundinha redondinha me dá vontade de olhar só pra ela.

– Não vamos descer, senhor? — Jorge me tira do meu pensamento malicioso.

– Vamos, mas vamos esperar pra ver o que ela vai aprontar mais. — digo isso, porque sei que ela sempre apronta.

Ela vai até uma barraca de lanche, e vejo que tem uns homens ali, e eles estão mexendo com ela, como ela não escuta, acaba ignorando eles sem nem se dar conta.

Pelo menos a surdez presta pra alguma coisa.

Ela vira as costas e um deles se levanta furioso, gritando com ela, xingando ela de vadia e puta.

Miserável, ela não é nada disso.

Saio do carro às pressas, e ele sai puxando ela, ela ainda tenta se puxar, até que ele dá um grito de dor.

Chego bem na hora, e ela se vira batendo em mim e caindo no chão.

Risos, está com cara de assustada, acho que não imaginava que eu iria encontrá-la.

– Sua vagabunda, eu vou te dar uma lição pra não morder mais. — diz o cara cheio de raiva.

Ele vem chegando perto da minha Allana, ah, ele vai receber a minha fúria agora.

Passo por ela e grudo no seu pescoço, e começo a apertar.

Ele se esperneia todo, e seus amigos vêm pra cima de mim, só levanto as mãos e os seguranças apontam as armas.

– Vagabundo é você, filho da p* e muito corajoso pra tocar na minha mulher.

– S...sua mulher? Eu não sabia, hum — ele fala gemendo de dor.

– Não muda em nada você saber ou não — dou um soco na sua cara pra aprender a não tocar mais em mulher nenhuma.

– Senhor, a senhora tá fugindo.

Largo ele e vou correndo atrás dela, ela é rápida, bem rápida.

Mas como toda presa sendo seguida pelo caçador, ela cai, e eu a pego pelo braço e vou levando ela pro carro.

– Me solta, você é um maluco, eu não vou ficar naquela casa, e muito menos com você.

– Ah, você vai sim, vai ficar porque sou eu que mando nessa p*.

Arrasto ela, e coloco dentro do carro, chamo meus homens, não vamos nos sujar com aqueles lixos.

Entro no carro junto com ela, e em seguida o Jorge já entra ligando o carro e dando partida.

Ela se afasta o mais longe possível de mim, indo pro outro lado, toda encolhida, tenho certeza que atravessaria a porta se pudesse.

– Eu quero mudar por você, mas você precisa me ajudar a fazer isso, sozinho eu não consigo, nunca tive alguém bom na minha vida pra me ensinar o amor, só você pode fazer isso por mim.

Ela fica olhando pra janela, vejo seu corpo dando alguns saltos, ela está chorando, e isso acaba comigo.

Me aproximo dela, e ela me olha, seus olhos estão cobertos de lágrimas, passo a mão limpando, e ela se encolhe com medo.

Eu não digo nada, mas a olho com carinho, preciso dela, preciso descobrir o que o amor faz com uma pessoa.

E tenho certeza que só ela vai poder me ensinar a isso, me ensinar a amar.

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Comments

Julia Cruz Gomes

Julia Cruz Gomes

gostei de suas palavras

2024-04-19

1

Daniela Ferreira

Daniela Ferreira

infelizmente algumas pessoas pela forma que foram criadas não aprendem a amar mais também não buscar a aprender a melhorar

2024-04-14

0

LUPI🤭😍

LUPI🤭😍

olha quem fala

2024-04-14

1

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