cap 16

DOMINIC,

Estou decidido a mudar por ela, para tê-la na minha vida, pelo menos ela terá o melhor de mim, para nunca mais querer fugir de novo. E se fugir, não tem problema, vou atrás dela e a trago de volta para casa de novo, e de novo, mas vou redobrar a segurança da casa, pois se um dia ela fugir e alguém fazer mal a ela, não vou me perdoar.

Quero vê-la sair de novo, e se sair, mando todo mundo embora. Não vou perdoar nenhum empregado que ajudar ela a fugir, mesmo que não tenha a intenção de ajudar.

Depois do meu banho, me deito ao seu lado e durmo juntinho dela. Seu cheiro é tão bom, seus cabelos me embriagam e me fazem dormir como faz tempo que eu não dormia.

E essa vida que eu quero com ela, sempre juntos, sempre nos amando como se fôssemos um só. Agora, só preciso que ela também queira ser uma só comigo, porque o problema aqui é que parece que só eu a quero, e que ela não me quer, e isso eu preciso mudar, preciso fazer de tudo para que ela me queira também, com a mesma intensidade que a quero.

Mas de manhã, quando eu acordo, percebo que eu não causei o mesmo efeito nela, já que ela não está mais aqui ao meu lado, mostrando que ela não quer montar uma família comigo. Até mesmo dormir no mesmo quarto que eu a incomoda tanto que ela tem que sair para longe de mim.

Mas isso não me fará desistir, não sou o que sou hoje desistindo das minhas conquistas. Ela vai ser uma mulher apaixonada, e sei que nossa relação será bem intensa.

Me levanto e vou fazer a minha higiene, começo a tossir, e debaixo do chuveiro, eu escarro catarro juntamente com sangue.

"Deus, sei que nunca fui um bom homem, mas se Você não me deixar morrer agora, eu juro mudar, juro que serei um novo homem, serei fiel à minha esposa, e não tratarei mal mais ninguém. Se existe mesmo, me livre de morrer."

Saio do banho e me troco. Quando estou saindo do quarto, encontro ela na porta do quarto em que estava dormindo.

Fico sério para ela. Queria muito que ela dormisse aqui comigo, mas a quero por vontade própria, não vou mais obrigá-la a nada.

Dou uma tossida de leve, e o gosto de sangue já vem à boca. Saio apressado, indo direto para o escritório.

Tranco a porta para que ela não invente de entrar aqui.

Ligo para o meu médico e conto o ocorrido, ele me diz que já está chegando, mas digo que vou até lá.

Ele fala: "Tá bom", estranhando, já que eu não gosto de ir lá. Eu não quero que a Allana veja o médico vindo aqui.

Saio às pressas, sem olhar para ninguém, entro no carro e sigo para o consultório.

Estaciono o carro e já subo para a sua sala.

Ele já manda eu sentar na maca e manda eu tirar a camisa.

Ele usa o estetoscópio, vai de um lado, do outro.

– Vou pedir para tirar um raio X do seu tórax, seu pulmão está com chiado.

– De novo isso, doutor? Eu estou tomando o remédio, tomo a inalação, que droga, mais tenho que fazer para não morrer?

– Se acalme, senhor Bernardes, vamos ver como está seu pulmão e eu direi o melhor tratamento.

Respiro fundo, cansado já de tudo isso.

Vou fazer o exame de raio X, um verdadeiro saco.

Volto para a sala do médico e vejo na tela do computador dele:

"Obstrutiva crônica (DPOC)"

Que droga é essa agora?

– Olha, senhor, teremos que começar um tratamento bem rígido. O seu pulmão está bem comprometido, você se sente cansado facilmente.

– Já até parei de ir na empresa, vou só uma vez por mês, e são poucas coisas que me cansam.

– Ficará hoje internado em observação, e vamos começar o tratamento para limpar o seu pulmão, ou a situação pode piorar.

– Eu preciso avisar a minha esposa, eu volto amanhã e ficarei em observação.

– Ligue para ela, senhor Bernardes, não posso te liberar desse jeito.

– Ela é surda, doutor. Prometo voltar amanhã cedinho.

– Precisamos resolver logo isso, senhor...

– Eu virei.

– Senhor, não faça nenhum esforço físico...

Me levantei e saí da sala dele antes que ele me falasse que, se eu não ficar, irei morrer.

Mais como vou dizer isso para a Allana?

Tenho certeza que ela vai dizer:

"Agora você morre porque eu não vou mais te ajudar."

Imagino isso com aquela voz linda da minha maloqueira.

Pego o meu carro e volto para a minha casa.

Chego, vejo que ela está me esperando, ou pelo menos eu acho isso.

Vou direto para o quarto, e quando estou tirando a roupa para tirar esse cheiro de hospital de mim, ela entra no quarto.

Ela me pergunta o que aconteceu. Não posso dizer o que tenho para ela, seria um jeito de dizer que sou fraco, e ela pode querer ficar comigo só por pena, e eu odeio quando sentem pena de mim.

Digo que está tudo bem, pego meu pijama e vou tomar banho.

Quando eu saio, ela me espera na cama. Será que está preocupada mesmo comigo?

Ela me pergunta se estou bem, e só digo que sim, me deito e a levo para a cama comigo, dormir abraçado com ela.

Mas acordo bem cedo, só precisava sentir seu cheiro, não sei quanto tempo vou ficar no hospital, mas preciso que ela fique aqui e me espere.

Faço minha higiene, coloco uma roupa e deixo um bilhete para ela. Quero voltar bem, quero estar completo para você, minha linda.

Saio do quarto e vou direto para o consultório do médico.

Lá, ele me encaminha para o hospital para começar o tratamento.

Faço vários exames, os mesmos que sempre fiz durante toda minha infância.

Depois sou levado até o quarto para ficar em observação, me dão o medicamento e fico tomando oxigênio.

Não sabia que estava tão ruim assim, não estava me sentindo tão mal ao ponto de ter que passar por tudo isso.

A noite chega, e aqui estou eu ainda, e o médico chega com uma cara nada boa para o meu lado.

– Senhor Bernardes, as notícias não são boas, precisaremos colocar o senhor na fila de transplante. Infelizmente, seu pulmão não vai aguentar mais que dois meses.

– Então estou com os meus dias contados? — digo com uma tristeza enorme no coração. Vou deixar a Allana sozinha, como vou dizer a ela o que estou passando? Se eu disser que vou morrer, será que ela fica triste ou pula de alegria?

Apesar do jeito que eu a tratei desde o começo, é mais fácil ela pular de alegria.

– Eu sinto muito, teremos que esperar um doador de órgãos que seja compatível com você, vai precisar de um pulmão novo.

Eu dou um leve sorriso e me levanto da cama.

– Não pode sair, senhor, terá que esperar aqui no hospital.

– Eu tenho dois meses de vida, doutor, e não vou passar minha vida toda aqui, pelo menos não até resolver um problema que eu mesmo criei.

– Como assim?

– Não é da sua conta, esse assunto é pessoal.

Vou até o banheiro e rasgo aquela roupa, que ódio, que raiva que eu estou. Eu estava decidido a mudar por ela, e agora tenho que desistir dela por causa dessa doença.

Agora que quero alguém do meu lado, vou ter que deixá-la, sem ao menos fazer ela sentir o que eu sinto por ela.

Me troco rápido e sumo daquele hospital, se chegar um pulmão novo, ele que me ligue, não vou morrer aqui, vou passar meus últimos dias fazendo de tudo para que a Allana me ame, ou pelo menos goste um pouco de mim.

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Comments

Ana Paula Muzitano Santos

Ana Paula Muzitano Santos

Ah não. Já deu. Vou parar por aqui. O estuprador está morrendo e agora tem que ter peninha dele. Coitadinho nunca foi amado e está doente. Me poupe.

2025-04-01

0

Ana Paula de Miranda

Ana Paula de Miranda

mas ele tá fazendo doutor,tá pegando a esposa a força

2025-03-03

0

Ana Paula de Miranda

Ana Paula de Miranda

engraçado que tem fôlego e forças pra estrupar.. Aiai

2025-03-03

0

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