cap 18

DOMINIC,

Chamo a Allana para assistir a um filme. Não gosto muito de romantismo, mas sei que as mulheres se derretem nessas coisas, e já estou aprendendo também como ser romântico com ela, pois preciso de muitas aulas.

Peço para Maria mandar uns petiscos e suco para comer durante o filme, pois quero ficar aqui com ela por um bom tempo, sem pressa nenhuma de sair daqui, só eu, ela e o filme meloso.

Puxo para ela ficar entre minhas pernas, não tem malícia e nem sacanagem, somente o carinho e o romantismo. Espero estar fazendo o certo, para que ela não queira nunca mais ir embora por causa das minhas grosserias.

Não vou fazer mais nada com ela, a não ser que ela queira. Vou respeitá-la como eu deveria ter feito desde o começo. Vou deixar que ela se sinta preparada para isso, mesmo que eu queira tanto, que chega a ser doloroso para mim. Mas se ela não estiver a fim, vou respeitar, mesmo que viva de banho gelado e pünhëtä.

A Maria traz os petiscos e sai revirando os olhos, mulherzinha patética. Logo a mando embora. Deixa eu saber que ela está fazendo alguma coisa para a Allana, e o caminho da rua dela estará garantido. Vai se ferrar na minha mão para conseguir outro emprego. Detono a carreira dela todinha.

Quando o filme chega ao fim, ela faz movimentos para se levantar, mas eu não deixo. Quero abraçá-la bastante, quero que ela sinta meu carinho, e selo isso com um beijo na sua cabeça, mostrando que eu sei ser carinhoso também.

Ela se levanta e fica tonta e quase cai. Eu a seguro, mas ela diz que está bem. Mas aí ela sai correndo, e eu sigo ela chegando ofegante, e quando me aproximo, ela está vomitando tudo que comeu e bebeu, da alguns passos e do nada desmaia.

– Segurançaaaaas, ajudem aqui.

Eu mesmo a pegaria no colo, mas só de ter corrido um pouquinho já fiquei cansado, não vou conseguir pegar ela. Que droga de homem frouxo.

O segurança vem e deita ela no sofá, e eu ligo para o médico chamando ele com urgência.

Ele vem, e faz um exame rápido.

– Preciso levar ela para o hospital. Quando foi que vocês tiveram a primeira relação sexual?

– Tem dias, uns 3 ou 4, sei lá. Por quê?

– Poderia estar grávida, mas como tem dias, é impossível já sentir os sintomas — ele explica sua pergunta. Será que ela está grávida?

Colocamos ela no carro e vamos direto para o hospital.

Ele faz vários exames nela, e nesse tempo ela não acorda. Mas ele a leva às pressas.

– Calma aí, doutor, para onde vai com a minha mulher?

– Apareceu nos exames que ela foi envenenada com cianeto. Preciso fazer a lavagem estomacal antes que ele aglomere e retire as partículas de ferro das células sanguíneas da sua esposa, e impeça de transbordar oxigênio, o que levará sua esposa à morte.

Morte??? Ela não pode morrer.

Ele sai levando ela, e eu fico atormentando com isso.

Saio do hospital indo de volta para casa. Chego lá, e a Rosa está varrendo a entrada da casa.

– Rosa, quem preparou os petiscos e o suco para mim e minha esposa? — Desço do carro e já pergunto para ela, que para na hora de varrer.

– Foi a Maria, senhor. Cadê a minha senhora?

Eu passo por ela sem falar nada. Não acredito que ela fez isso com a Allana.

– Mariaaaaaa.

Ela corre vindo ao meu encontro, e meu sangue sobe. Quero pegá-la pelos cabelos e jogar no chão, mas eu seguro no seu pescoço e vou levando até a parede, e vou apertando gradualmente.

– O.que..aconte...ceu, Dom — Suas palavras quase não saem pelo aperto.

– Sua maldita desgraçada, você envenenou a minha esposa, e não adianta negar, já vi pelas câmeras. Você quer morrer???? — Minto que vi nas câmeras para ela não fazer cena, que tenho certeza de que ela vai fazer.

– Quero que ela morra, você é só meu ahhh.

Aperto mais, que vontade de apertar até matar.

Mas a Rosa segura no meu braço.

– Senhor, não faz isso, se não o senhor vai ser preso. Solte.

Eu solto, e ela cai sentada no chão, com a mão no pescoço e tossindo.

– Arrume suas coisas e suma da minha casa, colocarei seu nome na lista negra, vai ter que se prostituir para sobreviver, nunca mais encontrará um emprego digno. Você não merece nem viver.

– Não pode fazer isso comigo, Dom, eu te amo, fiz isso por nós dois.

– Onde colocou o veneno? Porque eu também comi e bebi do suco.

– No copo de suco dela, eu nunca te machucaria, Dom.

– Não imagina o quanto me decepcionou, suma da minha casa agora.

– Não vou a lugar nenhum, ela vai morrer e você vai casar comigo, estou grávida de você.

Solto uma gargalhada do tamanho da casa.

– Não posso ter filho, eu fiz vasectomia, minha linda. Vai procurar o pai do seu filho. – Conto outra mentira, adoro ver ela morrendo na própria língua.

– Dom, não faz isso, eu não estou grávida, mas nós podemos ser um casal, não acha?

Me agacho ficando bem de frente para ela, rosto com rosto.

– Sabe o que eu acho? Que é melhor suas orações darem certo para minha mulher viver, porque se ela morrer, não vou ter pena de nem um pedacinho do seu corpo, e depois te jogo no meio da rua para os urubus comerem sua carne podre.

Me levanto, e antes de sair para o hospital, aviso.

– Não quero encontrar você na minha casa quando eu voltar. Rosa, mande os seguranças tirá-la nem que seja à força.

Ela diz sim, senhor, e eu volto para o carro, indo de volta para o hospital.

Chego lá, e o médico me chama, diz que já deu o medicamento para cortar o efeito do veneno, e já fizeram a lavagem, e que ela já está bem, só está dormindo, mas acordou perguntando por mim.

Fiquei tão feliz em saber disso, de vagar vou conquistar o coração dela, é minha missão antes de morrer.

Chego no quarto, fecho a porta de vagar, e me aproximo dela me sentando na cadeira ao seu lado.

Acaricio seu rosto angelical.

– Ah, Allana, você não imagina como está me mudando, posso dizer que já te amo, minha maloqueira bravinha.

Ela abre os olhos, e quando me vê, até se assusta um pouco.

Será que é medo? Mas por que perguntou por mim então?

Me levanto e vou até a recepção, peço uma caneta e um papel, pego e volto para o quarto, e vou escrevendo na linha.

-- Como você está se sentindo?

– Estou bem, só com um pouco de dor no estômago.

-- Quer que eu chame o médico? – Ela só balança a cabeça que não.

-- Me desculpe, a Maria te envenenou, mas já mandei ela sair da nossa casa, quando chegar em casa, ela não vai mais estar lá, da bom.

Mais uma vez ela só balança a cabeça, mas desta vez fica séria e vira o rosto para a parede.

Pego no seu queixo e faço ela olhar novamente para mim, tento transmitir para ela o que sinto, para que ela sinta e retribua nem que seja 1% do meu amor por ela.

Mas não consigo ver se ela sente por mim o que eu sinto, pois seus olhos não revelam muito, ou é porque ela não me quer mesmo, e eu esteja somente fazendo papel de besta.

Mas prometi que amaria por nós dois, e é isso que eu vou fazer, até o último dia da minha miserável vida.

Me aproximo do seu rosto, paro no meio do caminho para ver se ela recusa, mas como não o faz, resolvo então beijar seus lábios deliciosos.

Percebo a falta que eles me fizeram, já que daqui eu não quero sair.

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Comments

Priih

Priih

Maria deve ter colocado no suco dela, não é à toa que a Allana disse que ela colocou do lado dela!

2024-03-19

3

Priih

Priih

Eu tbm não pensei em gravidez por conta que só tem dias, a Maria botou alguma coisa no suco!

2024-03-19

0

Joyce Santos

Joyce Santos

beleza ele mandou a Maria embora, mas o certo era ter chamado a polícia

2024-02-15

9

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