...POV Kris...
Eu sempre tive medo do apego porque ele muitas vezes leva as pessoas a sofrer.
O único amor que eu confiava era o dos meus pais e mesmo assim foi preciso anos até que eles conseguissem me conquistar.
Eu e meu irmão somos adotados. Talvez devido a nossa diferença de idade, Christian tenha aprendido a lidar melhor com o sentimento que em mim se tornou algo que dificultou minha vida durante a infância e adolescência. O medo de ser abandonada, sofrer por causa de outra pessoa, era algo que no passado eu tinha muito e assim me acostumei a viver longe da possibilidade de criar laços afetivos com alguém além de minha família. Com o tempo se tornou fácil porque me acostumei a ser assim e também porque nunca encontrei pessoas que despertassem o desejo de tentar. Isso até me envolver com Victoria e aquele sentimento bom que ela me causava quando estava por perto, mas ainda assim eu tinha medo.
— Isso é... — Miseravelmente eu estava sem palavras.
— Gosto de estar com você e cada minuto do meu dia longe fica um vazio. Fico torcendo para que você acabe com nossa distância ou eu mesma faria isso sempre. Estar ao seu lado me traz paz, segurança. Eu fico feliz apenas por sua presença. Seus beijos me fazem sentir voando para o mais distante possível da realidade. Somos eu, você e esse sentimento bom. Tudo que você fez e faz por mim, como você pensa e quem você é como pessoa me faz te admirar. Eu tenho medo de te perder, sei que a qualquer momento vou ser apenas uma página que você vai virar, mas acredito que não existe nada agora capaz de mudar o que sinto.
Fiquei em silêncio por um tempo enquanto tentava raciocinar.
— Desculpa por não conseguir reagir de uma forma melhor...
— Não espero que diga o que sente, só queria que soubesse como me sinto. — Ela apertou minha mão e baixei a cabeça enquanto respirava profundamente.
— Droga, parece que tudo que eu diga vai soar da maneira errada.
— Kris, calma, eu tenho outros problemas no momento e acredito que você também tenha os seus. Não falei isso para te pressionar a nada.
— Primeiro quero que saiba que não vou virar página alguma, você é importante! — Pelo menos aquilo para mim estava claro.
— Até outra mais importante aparecer — murmurou e levantei a cabeça para olhar ela.
— Vic isso não vai acontecer...
— Eu não devia estar falando isso, mas esse é meu maior medo, nós ficamos, mas... você pode ficar com outras, gostar mais de outras.
Desde que começamos nenhuma outra me interessou, eu não sei se por estar tão focada nela, por estar sempre girando em torno dela acabei não vendo ou desejando nenhuma outra pessoa.
— Eu não quero ficar com outras. — Passei a mão pelos cabelos. — Você quer garantias? Algo sério? Quer que eu prove que é, e vai continuar sendo única?
Por Deus, porquê aquilo parecia tão difícil? Para qualquer outra pessoa tudo se resolveria de maneira simples, mas na minha cabeça as coisas não funcionavam tão facilmente.
— Eu apenas não quero te perder.
— Você não vai! — esclareci e algo entalou em minha garganta, mas me esforcei para falar. — Namore comigo — cuspi as palavras de uma vez senão elas não sairiam nunca.
Vic me olhou com a boca entreaberta, sem dizer nada, então conclui que precisava dizer mais alguma coisa, mas nada saiu.
Eu precisava falar sobre meus sentimentos? Nem eu mesma os entendia.
— Kris… eu acho que você nem sabe o que sente — disse ela.
Aquele não era o jeito certo, eu precisava colocar alguma coisa para fora, não podia deixar ela pensando que eu só estava agindo por impulso e somente isso. Tudo bem que o pedido foi desajeitado, mas eu sabia que sentia algo completamente diferente de tudo o que senti antes, só não sabia como externar isso.
— Eu quero estar com você sempre, quero te proteger e te fazer sorrir. Não quero que fique achando que vou virar alguma página porque não há página nenhuma, você é especial e... — Repentinamente Vic me abraçou e retribui me calando.
— Eu quero namorar você! — disse ela antes de se afastar segurando meu rosto e me encarar fixamente, algo passava por sua cabeça, mas ela nada pronunciou, apenas aproximou o rosto e me beijou.
Quando eu pensei sobre namorar alguém? Nem mesmo no início daquela conversa. Tudo bem, era só um rótulo, mas antes eu fugia dele como o diabo da cruz.
O fato era que, eu não queria ficar sem ela ou deixa-la infeliz, queria poder fazer as coisas sem me esconder ou ficar negando, até porque não devia nada a ninguém.
— Olha... — murmurou ela ainda em meus lábios e em seguida afastou-se. — Não quero que se sinta pressionada.
— Não estou, eu quero isso. — Dei um fraco sorriso. — Eu sou uma tonta quando se trata de sentimentos, não sei bem como eles funcionam, mas você desperta os melhores em mim. Além do mais agora que tem um idiota na jogada, não posso vacilar. — Ela sorriu deslizando os dedos por meu rosto.
— Então agora você é minha! — Arqueei uma sobrancelha.
— Que possessividade é essa agora?
— Desculpa é apenas uma maneira de dizer.
Vic beijou minha boca já vindo para cima de mim. Nosso beijo não demorou a se tornar provocante o suficiente para sentir o corpo dela se movendo sobre o meu demonstrando o desejo que aflorava. Minhas mãos em suas coxas deslizaram levantando o vestido e ela separou nossas bocas para retirar a peça rapidamente, assim como também o sutiã. Victoria voltou a sentar em meu colo vindo direto para meu pescoço onde beijou e chupou como nunca fez antes. Seu corpo quente movia-se sobre o meu e levando uma mão para entre as pernas dela, deslizei os dedos por dentro da calcinha onde massageei, logo sentindo o rebolar de seus quadris enquanto puxava meus cabelos na nuca e gemia baixinho em meu ouvido.
Abocanhei o seio direito e a medida que meus dedos pressionavam o ponto sensível entre suas pernas ela gemia cada vez mais alto rebolando até que eu pudesse senti-la puxando mais forte meus cabelos enquanto estremecia em meus braços.
— Senti muita falta disso — confessou, ainda ofegante, me fazendo sorrir antes de beija-la.
— Eu também — murmurei em seus lábios e ela me encarou antes de começar a tirar minha blusa.
As mãos dela vieram para meu seio e os apertou devagar, ainda me olhando, beliscou levemente o mamilo e fechei os olhos, ela então me beijou aos poucos fazendo com que eu deitasse e quando já estava na posição perfeita para apertar-lhe a bunda com o intuito de deslizar meus dedos para outro lugar, Victoria parou o beijo, um sorriso brincava em seus lábios e ela inclinou-se passando a língua por meu mamilo me fazendo gemer arqueando o corpo, mas limitou-se a isso. Observei cada um de seus movimentos enquanto ia até entre minhas pernas me olhando fixamente e começou a retirar meu short junto a calcinha, logo depois seus dedos deslizaram suavemente por minha boceta e suspirei, jogando a cabeça para trás. Senti um de seus dedos timidamente circulando minha entrada e devagar começou a deslizar para dentro de mim. Arqueei o corpo surpresa pelo ato, mordi os lábios com força ao iniciar um lento movimento de vai e vem que me torturou fazendo meu ponto sensível pulsar.
Victoria não demorou a acrescentar mais um dedo me fazendo apertar a colcha da cama enquanto inclinava a cabeça para olhar ela que me encarava de maneira curiosa, como se estudasse minhas reações.
— Me chupa — praticamente exigi e observei ela morder o lábio parecendo receosa.
Devagar, Victoria inclinou-se e passou a língua por meu clitóris me fazendo fechar os olhos apreciando. Seus dedos não paravam de se mover, mas parecia se concentrar mais na língua que me explorava de maneira deliciosa. Ela começou tímida, mas eu rebolei ditando a velocidade que gostaria de sentir e nem era preciso muito para me levar ao ápice, só de vê-la alí entre minhas pernas eu já estava queimando a ponto de não suportar aquele ritmo gostoso e explodir em um intenso orgasmo.
Ofegante, vi ela se arrastar para cima de mim e nossas bocas logo se uniram em mais um beijo. Minhas mãos apertaram sua bunda enquanto nossas línguas brincavam e ela sorriu em meus lábios antes de deixar que o próprio corpo relaxasse sobre o meu, apoiando a cabeça em meu ombro.
— Se eu soubesse que um pedido de namoro ia surtir tal efeitos, teria feito antes — brinquei e ambas rimos.
— Antes eu tava com medo de tentar e não fazer direito...
— Que bobagem, eu sei que você está começando agora. Foi perfeita. Não precisa de muito, basta olhar esse teu corpo e já fico louca, se você me toca então...
— Ah é? — Ela me olhou mordendo o lábio enquanto deslizava os dedos por minha boceta e sorri.
— Desde quando ficou tão safada, hein beata?
— É culpa sua!
...(...)...
Eu estava rindo atoa em plena segunda-feira, mesmo morrendo de sono por ter ido dormir tarde.
Durante o almoço fiquei concentrada em minha comida, ouvindo Candice e Vic conversavam sobre um evento beneficente que a universidade realizava todos os anos. Era algo bem chato ao meu ver, pois não tinha bebida e geralmente eramos obrigados a realizar tarefas bobas.
Tudo estava calmo, até que por minha visão periférica notei alguém se aproximando e quando virei para encarar a pessoa, era o tal Mike McKean. Eu nem lembrava que ele existia, ao contrário do irmão, ele era bem discreto, não aparecia muito nas festas e não era popular entre as garotas.
— Oi Vic. — Ele sorrio para ela que me olhou.
— Não me diga que agora é amiga do Mike — falou Candice. — Porque se for, eu dou a maior força, ele é muito gente boa!
Traidora!
— Na verdade somos bem mais que isso. — Ele piscou para ela.
— Eu diria menos. — Levantei para encara-lo de frente. — Vic e eu estamos namorando agora, então é melhor que você e sua familia procurem outra pessoa para usar em prol de seus negócios.
— Desculpa Michael, mas não vou embarcar nessa loucura — disse Victoria.
Desculpa? Desculpa nada! Ela tinha que da um chega pra lá bem mais a altura.
— Espera aí, que papo é esse? — perguntou Candice, perdida no meio da conversa. — Vocês estão torrando meus neurônios.
— Seus pais já sabem disso? — perguntou Mike para Vic.
— Não tem nada a ver com você, eu vou resolver isso com eles — respondeu.
— Não ferra comigo e eu não ferro com você — concluiu ele antes de nos dar as costas e sair.
— Se ele contar? — Victoria estava temerosa.
— Você precisa conversar com seus pais — falei voltando a sentar. — Se imponha, não podem simplesmente jogar uma bomba nas suas mãos e esperar que se vire com isso.
— Tem razão...
— Hello! Eu ainda estou aqui tentando entender esse negócio. — Candice chamou nossa atenção e percebi que outras pessoas ao redor nos olhavam.
Explicamos a situação para a loira que ficou incrédula, mas ao final da conversa ela afirmou que ia tentar conversar com o Mike, já era próxima dele, para que não fosse dedurar Vic.
— Mas agora, sobre vocês... — Ela deu um sorrisinho. — Estão ouvindo isso? — Eu e Victoria paramos pra tentar ouvir algo e nos olhamos, negando. — Como não? São os anjos cantando amém por finalmente terem se assumido! — Revirei os olhos enquanto Vic ria.
— Idiota! — falei, levantando da cadeira para voltar à aula.
...(...)...
A noite enquanto esperava Victoria, fiquei no pub jogando cartas com uns caras que eram frequentadores assíduos e eu já tinha quase me familiarizado. Estava também o pesqueiro que nos contava sobre a última viagem em que enfrentou uma tempestade e quase perdeu Rosita.
— ... Segurei ela faltando assim para cair no mar de ondas perigosas.
— Essa mulher é muito sortuda — falou um dos homens e riu alto assim como todos os outros.
Percebi que não era só eu que não conseguia acreditar nas histórias dele. Em sua descrição a tal Rosita era demais para uma mulher que vivia em um barco pesqueiro com um homem que tinha um pouco mais de um metro e meio de altura. Segundo ele, Rosita era uma loira siliconada com corpo violão e mais jovem uns dez anos.
— Não acha que bebeu demais? — cochichou Vic de repente em meu ouvido.
— Relaxa, estou me controlando. — Virei o rosto para olhar ela que estava logo atrás de mim, inclinada, deixando aquele bendito decote em evidência.
— Vou aproveitar que a novata está atendendo as mesas, para ir ao banheiro. Vem comigo? — Franzi o cenho não entendendo, mas confirmei e levantei jogando as cartas sobre a mesa.
— Quer que eu segure a porta ou o quê? — perguntei enquanto caminhávamos e ela sorrio negando.
Assim que passamos pela cozinha onde cumprimentou a cozinheira, Vic me empurrou no estreito corredor e parei de frente a porta do banheiro que ela abriu.
— Vem! — A maluca me puxou e fechou a porta, seus braços vieram para meus ombros e ela me beijou inesperadamente.
— O qu... — Tentei murmurar em seus lábios, mas ela me empurrou contra a porta.
— Me toca — pediu.
Eu estava surpresa, mas não ia questionar.
— Vou fazer algo melhor — anunciei invertendo nossas posições, encostando ela contra a porta.
Me ajoelhei diante dela e enfiando as mãos por baixo do vestido deslizei a calcinha por suas pernas, em seguida meti o rosto alí, onde lambi devagar e Victoria gemeu baixinho, levantando a saia do vestido que estava mesmo me atrapalhando, mas uma batida na porta a fez sobressaltar.
— Victoria, está aí? — Era a voz de Simon.
Retirei a cabeça do meio de suas pernas e olhei ela que estava pálida, com os olhos arregalados.
— Responde — sussurrei.
— E-eu, estou... Passando mal. — Sua voz estava trêmula e ri.
— Precisa de alguma coisa? Quer ir ao médico? O que você tem?
Quanta pergunta!
— Não, tudo bem a Kris ta aqui me ajudando. — Ambas sorrimos e eu voltei para entre suas pernas.
Vic tentou me afastar, mas permaneci brincando com a língua em seu clítoris e logo ela estava entregue novamente.
— Tudo bem, qualquer coisa estou aqui.
Ignorando o mala, continuei enquanto ela se contorcia, claramente lutando contra os gemidos que ainda escapavam vez ou outra, até que eu pudesse senti-la estremecendo de prazer.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Mary Lima
/Tongue//Tongue//Tongue//Tongue//Tongue//Tongue//Kiss//Kiss//Kiss//Kiss/
2024-08-08
0
Floriney Mendes
muito boa. amei ❤️❤️❤️❤️❤️❤️
2024-06-15
2
rafa
quero mais
2023-01-07
5